domingo, março 30, 2008

uma tatoo que diz tudo...




Elogios no trabalho [2]

Já comecei a receber a conta... ela é compridaaaaaaaaaa!

Chutando cachorro morto [1]

O resultado desta semana pode ser traduzido na frase-título deste post. Ela não sai da minha cabeça, de alguma forma, no gerúndio, ação.

Estão chutando cachorro morto...

Por que é que será que se perde tempo chutando cachorro morto?

Ai, coitado, mas ele já é cachorro morto!!!

Chutar cachorro morto é realmente um desperdício de tempo. É acabar de enterrar. É dar aquele chutezinho de ódio no final por tudo que a criatura fez pra você. Pra quê? O quê que se ganha com isso?

Às vezes, o ser humano não se dá conta do que faz. Essa é uma das vezes, porque ninguém, em sã consciência, parte para o chute, sabendo da inexistência de vida naquele ser. Os conscientes viram a página, partem para outra.

Como eu estou com a frase na cabeça...vai rolar outro post depois. Peço contribuições a esta temática.

domingo, março 23, 2008

Limpeza

Estou numa fase de limpeza. De arrumar tudo. De diminuir a carga. De esvaziar gavetas. De doação - o que não serve para mim, pode servir para alguém.

Estou querendo ter ao meu lado apenas o que é bom e somente os que importam. Até no orkut já andei dando uma espanada. Estou numa fase em que ou gosto ou não gosto. Sem meio-termo.

Estou querendo arrumar a minha vida. Limpar vícios, mágoas, antigos hábitos. Estou mudando. Os que me gostam, já perceberam. Os que sequer me olham, vão levar um susto um dia.

Que as águas venham e levem para bem longe tudo o que é negativo. Que Iemanjá nos abençoe.

"Imagine você e eu"

Ontem, me deparei com o início de um filme no Telecine que eu já havia visto em pedaços e que morria de curiosidade para ver desde o começo. Pois é... não costumo ver filmes na TV pela manhã, mas como era finalmente o início de "Imagine você e eu", resolvi encarar... mesmo sabendo que isso representaria o atraso do meu almoço (mas, tudo bem, era feriado!).

Esse filme não me dizia nada, a não ser pelo nome de dois dos personagens que formariam um triângulo amoroso: Rachel e Hector. Quem me conhece sabe o que isso significa. Não é que o filme começa com o casamento dos dois?

A Rachel está linda, com um vestido bem simples, que sua irmã mais nova, a Henriqueta (a "H") - bem mais nova, por sinal (11 anos) - define como "um merenguinho"! Na igreja, depois de mostrar-se bem moderna para os padrões londrinos (ela pára para urinar vestida de noiva num McDonald's), ela troca olhares com a Lucy e percebe que, enfim, encontrou o amor da sua vida (não é a Lucy in the Sky with Diamonds, mas deixa a guria bem doidona!).

Mas, ela já está casada e sente uma vontade incontrolável de se encontrar com a nova amiga, de estar com ela, de abraçá-la e beijá-la...

O diretor é realmente fantástico. Em nenhum momento isso fica esquisito para quem não é gay. O sentimento é apresentado ao espectador de um modo bem natural, ele não se prende a convenções e a gente fica até emocionado quando finalmente a Rachel consegue ficar com a Lucy.
Quando o Hector vai embora, ele não fica triste porque descobre que a mulher é gay e sim porque, segundo ele, quer vê-la feliz e sabe que não será com ele que ela será feliz. Muito civilizado, como aliás, tudo deveria ser.

O que me tocou neste filme foi me dar em conta de que não existem verdades absolutas. Que mesmo quando você acha que tem certeza de tudo, você pode, no momento seguinte, não ter mais certeza de nada. Que amar alguém pode não ser o suficiente para passar o resto da sua vida ao lado desta pessoa e que, infelizmente, às vezes, ela tem que aceitar isso. Que é muito difícil encontrar alguém por quem a gente realmente se apaixone e por isso, quando de fato isso acontece, não se pode deixar passar tamanha sorte.

Os atores não são famosos, mas a narrativa é agradável... faz pensar, é o que me vale! Se você vir um grande amor passando por aí... vá atrás dele!

domingo, março 02, 2008

Sabedorias...

El pensamiento SIENTE los límites de todas las cosas mientras la sensación PIENSA que todas son ilimitadas. Recorridos todos los senderos del bosque siempre volvemos a la misma encrucijada.

Yoki - "Learning to Fly"

Mediocridade

Hoje vou deixar de lado um pouco o tema principal deste blog, que são as relações amorosas, para tratar de um tema que anda me incomodando muito recentemente. Desta vez, resolvi abordar a mediocridade, na vida profissional e na pessoal . Ele é mais adequado ao blog de uma amiga, o Esquizofrenia Corporativa, mas vou tratá-lo aqui mesmo; no entanto, recomendo a visita ao blog da minha amiga, pois ela escreve muito bem sobre a temática do locus organizacional, com extrema sensibilidade.

Mas, voltando aos medíocres, como tentar entendê-los?

Quando comecei a trabalhar na empresa em que estou hoje, recebi um conselho muito valioso (mas ao qual só dei o devido valor agora, anos mais tarde) de um cara com muita experiência – de vida e de mercado. Ele me disse que trabalhar nesta empresa não seria difícil como eu imaginava. O difícil seria ter que lidar com os medíocres, em posições hierárquicas superiores a minha.

Me dei conta, com o passar do tempo, que os medíocres são realmente terríveis. Assistindo agora pouco ao “Saia Justa” no GNT, vi as meninas falando sobre o “Fodão-merda”, aquele cara que se faz de “o melhor de todos”, mas que no fundo é um fraco. Ele trabalha o tempo todo estabelecendo relações de assédio moral com as pessoas de seu núcleo e as transforma – ou, pelo menos tenta transformá-las – em camundongos, daqueles que os gatos gostam de jogar de um lado para o outro. Perto destas criaturas, a gente se sente um “nada”, rebaixado, diminuído, como se nossa opinião não tivesse nenhum valor, ou se não fossemos dignos de crédito.

Difícil mesmo lidar com estes caras (sejam eles homens ou mulheres). Eu tenho identificado alguns tipos característicos: os que tentam menosprezar as nossas idéias, os que dizem sempre que o trabalho que fez é melhor do que o nosso, os que passam grande parte da reunião da gerência tentando expor suas idéias, escolhendo palavras bonitas para parecer cultos e importantes, como aquele jogador de futebol que ao final do jogo fica batendo bola com os amigos para passar o tempo só porque acha que já ganhou.

Pior é aquela pessoa que, por não conseguir lidar com um tipo específico, cria tantos problemas de comunicação que acaba não tendo mais ambiente para conversar com a pessoa, discutir os problemas mais insignificantes. E aí estes probleminhas viram problemões e a esta pessoa só resta reclamar com o chefe, na esperança que ele intervenha a seu favor. Ora bolas, por que é tão difícil conversar, pôr as cartas na mesa? Por que esse comportamento tão infantil, de alguém que precisa sempre usar a tática: “vou falar com a minha mãe!!!”???

E quando a pessoa ameaça chorar na sua frente, mostra suas suscetibilidades e fraquezas, como se isso demonstrasse uma honradez maior, uma hombridade, uma grandeza de caráter? Porra nenhuma! Serve apenas para que a gente se sinta culpado por ser superior. Porque quando se é superior, a gente se concentra em ser apenas profissional, respeitando os outros, as opiniões dos outros e suas idéias, dando crédito a elas, fortalecendo a equipe, enxergando que quando todos crescem, o nível das discussões melhora e todos aprendem juntos. E isso não é balela, eu é que já não sei mais ser diferente.

No meio de tantos medíocres, como não ficar contaminado? Como não absorver todo esse horror para a sua vida, como chegar em casa totalmente limpo dessa energia?

Parece que o superior medíocre precisa de outros medíocres para sustentar sua mediocridade. A gente fica precisando de espaço para respirar, como se estivesse afundando na areia movediça. E a tal da mediocridade imobiliza. Num dado momento, parece que a gente não é mais capaz de fazer nada de bom, de concreto, de prazeroso.

Como se não bastasse isso tudo na vida profissional, às vezes, a mediocridade insiste em invadir a nossa vida pessoal. Ela se revela como alguém muito próximo que é muito covarde, como aquele que abandona planos e nos deixa na mão, como alguém que faz coisas sem sentido, e nos deixa desorientado, como quem teme dizer o que pensa e quando resolve dizer, sai magoando a todos a sua volta.

Eu já passei por isso uma vez. E me prometi que não iria passar de novo. Porque viver uma situação assim é como ser engolido por uma onda, a gente fica sem chão, sem direção, sem saber o que fazer. Eu sei que não é fácil para alguém lidar com isso. Já vi tantas amigas passarem por situação semelhante que agora sei bem no quê os autores de novela se inspiram para escrever aquelas cenas absurdas – elas realmente acontecem na vida real.

Enfim, preciso de ar. Preciso de uma bomba de oxigênio. Não, não quero entrar em transe, quero minha lucidez bem aqui comigo. Mas, quero uma vassoura, para varrer para bem longe todos esses medíocres que resolveram assolar a minha vida...