terça-feira, outubro 08, 2013

Conduzindo Miss Daisy

A pedido da instrutora de um treinamento que estou fazendo, tive que me render ao mau humor de ver filme antigo (não sou muito fã) e vi, finalmente, o premiado filme "Conduzindo Miss Daisy", com os maravilhosos Morgan Freeman e Jessica Tandy.

Jessica Tandy e Morgan Freeman

O filme se passa em 1948, em Atlanta, e é cheio de nuances e detalhes interessantes. Fala do preconceito entre ricos e pobres no Sul dos Estados Unidos, e entre brancos e negros, e do preconceito contra os judeus... Fala, portanto, de como aquele povo é arrogante e preconceituoso. Sempre foi e nunca vai deixar de ser. É um filme de 1989, e retrata uma personagem com problemas dos seus 72 anos (quando o filme começa) a pouco mais de 90, quando termina. Na cena da foto, os dois estão parados na estrada fazendo um lanche, quando são abordados por dois policiais que, ao os verem partir, comentam: "Que cena triste, uma velha judia, com um velho negro!" Nada muito diferente do que se vê ainda hoje em dia em alguns lugares daquele país.

Incrível perceber que, com pequenos atos de fidelidade, o personagem Huke, de Morgan Freeman, vai ganhando a confiança da Miss Daisy, até que se torna seu único amigo, capaz de lidar com sua esclerose e confusão mental melhor do que os membros da família. E é a mensagem que o filme passa, que quando envelhecemos, e nos tornamos difíceis e voltamos a velha infância, é preciso que sejam nossos amigos do peito para nos dar suporte...

Martin Luther King em um de seus discursos famosos!
O belo filme ainda traz uma mensagem de Martin Luther King muito apropriada aos dias que estamos vivendo...
“A história terá de registrar que a maior tragédia deste período de transição social não foram as palavras ácidas e ações violentas das pessoas más, e sim o assombroso silêncio e a indiferença das pessoas boas. Nossa geração terá muito do que se arrepender e não apenas pelas palavras e atos dos filhos das trevas, mas também e principalmente pelo medo e apatia dos filhos da luz.”



Vale a sua reflexão!



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