Saudade dele... |
Passou dias pensando nele. E nela. E neles juntos. Morreu de saudades. Queria vê-lo, queria saber dele, observar seus movimentos... Ao invés disso, optou por um distanciamento seguro. Não quis voltar a vê-lo como se nada houvesse acontecido.
Enquanto isso, ensaiou textos de despedida. Pensou em como poria os "pingos nos is". Precisava ouvir algo dele que desse significado ao que sentia.
Viu que ele ligou, uma, duas, três, ..., dez vezes. Ela não atendeu a nenhuma das chamadas. Ele parou de ligar. Orgulhoso, ela pensou, não ligaria mais. Então, o movimento tinha que vir dela.
Pois, depois de quinze dias sumida, sem dar notícias, ela resolveu ligar enquanto rumava de táxi de seu escritório para outra base da empresa. Era um trajeto bem curto. Entrou no carro, avisou ao motorista que era um trajeto curto, combinaram o melhor caminho e partiram. Ela se ajeitou no banco e pegou no celular para falar com Marco. Bia estava bonita, era dia de reunião. Sentia que ele quase podia vê-la.
Respirou fundo, enquanto esperava que Marco a atendesse. Ele atendeu. E já foi resmungando...
Pôxa, por onde é que você andou todo esse tempo? Fiquei preocupado, sabia?
Ela esboçou um sorriso e puxou papo. Mas, não deu tempo. Viu o carro que vinha na outra pista dirigir-se na direção deles sem nenhum controle. Soltou o telefone, que caiu em seu colo, e gritou pro motorista: Cuidado, moço. E contraiu o corpo, procurando proteger-se, já que tinha o péssimo hábito de não colocar o cinto quando viajava no banco de trás.
Marco ouviu o grito. Segundos depois, ouviu também o tranco, a batida. E ficou chamando por Bia. Nenhuma resposta. O carro rodara diversas vezes e acabara no poste. Ninguém estava acordado para responder qualquer coisa.
Continua na parte 7.