Ontem à noite, cheia de um tédio que só fazia aumentar graças à maravilhosa programação da tv (inclusive da tv à cabo), resolvi pagar para ver "Meu nome não é Jonny" no cinema. De garantido, eu tinha a certeza de ver muita gente bonita na ante-sala do cinema, pegar um ar fresco, deixar o Fantástico sem audiência...
Há muito tempo que já não tenho preconceito contra o cinema nacional. Muita coisa boa está sendo feita, e eu acabei de comprar dois DVDs de filmes brasileiros, de tanto que eu aposto na diversão que eles podem me proporcionar.
Mas, a temática de "Meu nome não é Jonny" me assustava um pouco, ainda mais porque o personagem principal está vivo e eu ainda não consegui formar opinião sobre o "cara". Fiquei me perguntando se o mote da história era fazer apologia das drogas, transformar o João Guilherme em vítima, o bonzinho da história, ou fazer do filme mais um "filme-denúncia", que a gente está cansado de ver e que não muda nada.
Qual não foi a minha surpresa, e acho que da maioria dos que estavam no cinema! Como disse o Serginho Grossman no seu "Altas Horas" do último sábado, o filme é bom, a atuação do Selton está perfeita - como sempre - e a diversão é garantida.
Incrível como se consegue tratar de um tema tão sério com tanta piada. Mas, o roteiro não exime ninguém da culpa, nem os pais do "Jonny", nem o próprio, nem a sociedade burguesa chapada do Rio de Janeiro, nem as autoridades (o Governo, os juízes, os defensores públicos, a galera toda), nem as "otoridades" (a polícia, melhor dizendo), ninguém escapa!
A gente vê aquilo tudo e se sente também um pouco culpado. De nunca fazer nada. De não tentar mudar este estado de coisas paradas, entregues à bandidagem. De tanto não fazer nada, eles acabam fazendo por nós, o que querem.
É como diz o dito popular, quem não dirige a sua vida, acaba dirigido.
Um comentário:
Eu quero ver esse filme!!!!
Tô de endereço novo: http://disritmidia.blogspot.com
Bjs
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