terça-feira, outubro 13, 2009

Por um pouco mais de gentileza neste mundo...

Lá estava eu viajando de novo. Dessa vez, uma viagem maior, para fora do país. Vamos de American Airlines, eu e meu chefe. Ele tem o cartão fidelidade da companhia aérea, Gold. Euzinha, querida(o), nunca voei de American, que dirá ter o cartão de fidelidade.

Ao chegarmos no decrépito aeroporto do Galeão, ele me disse: "Vem comigo!" E me orientou a acompanhá-lo para fazermos o check-in na área para os VIPs (que poderia ser a tradução "pessoas que viajam muito e só por esta companhia"). Eu imediatamente pensei: "vai dar m...!"

Na hora H, a moça que estava fazendo o check-in me perguntou um monte de coisas, inclusive se eu tinha o tal cartão. Eu, imediatamente tirei meu corpo fora, e disse que só estava acompanhando o meu chefe, mas que se tivesse que encarar a outra fila, ia na boa (mas ela era quilomééééééétrica!). A moça então me deu um sorriso amarelo - euzinha, que sabia que estava errada, fiquei passada - e já ia me enfiando na outra fila, quando apareceu o Super Gilvan!

O Super Gilvan é um empregado da AA, que além de ser simpatissíssimo, na mesma hora disse:
-"Não, você pode ficar aí, você está acompanhando ele, não é? É comum abrirmos esse tipo de exceção!" (ufa, escapei da outra fila!)

Gilvan é um homem alto, gordo, de cavanhaque, que eu não consegui mensurar quantos anos tem, e que, quando te olha, sorri de orelha a orelha. Uma simpatia em pessoa.

Não é então que eu tive a grande idéia de tirar uma pashmina de uma das malas, para o caso de estar frio dentro do avião?! Então, qual não foi a minha supresa, mas na pressa, eu havia colocado o cadeado quebrado na mala. E então, Super Gilvan entrou em ação novamente!

De repente, o cara entortou um clips, tirou a capinha de plástico que encobria o cadeado, e prontamente descobriu que se tratava de um cadeado comum. Foi lá atrás, no escritório da companhia, e demorou, mas trouxe um chaveiro com um milhão de chaves de cadeado diferentes.

Eu, que já estava marcando o meu assento, estava ansiosa por sua volta, até que ele chegou, testou um monte de chaves e, então, ao achar a que abria o meu cadeado, fez questão de entregá-la para mim... e ainda disse sorrindo:
- "Voilá, seus problemas acabaram!"

Eu fiquei tão feliz com o Gilvan. Nossa, foi um alívio saber que eu não precisaria chegar nos EUA e procurar um lugar para arrebentar o meu cadeado. Pois onde é que eu ia encontrar alguém com tamanha gentileza? Em lugar nenhum...

Para uma pessoa que parece uma grande criança, pois parece estar se divertindo o tempo todo, um VIVA para o Super Gilvan!

Um comentário:

Lady Shady disse...

Super Gilvan!!!
Ainda existe gentileza, que gera gentileza...
Benza Deus!
Eu estou desacostumada com isso...sempre acho que no final ouvirei algo do tipo: "Obrigada nada, minha querida, vai arriando essa calcinha!"
hahahahaha