Não tem sofrimento maior do que viajar na cadeira do meio, entre dois marmanjos enormes. É realmente uma dureza. A gente fecha os olhos e fica rezando para a tortura acabar logo, tomando cuidado para não olhar no relógio, para que o tempo passe mais rápido.
Eu tive o maior azar desta vez. De um lado, um cara grande. De outro, um cara que estava passando mal. E eu, que estava do mesmo jeito, mareada, mas sem querer incomodar o pobre.
Foi uma viagem daquelas. Eu até que tomei um remedinho para tentar dormir, mas definitivamente não consegui. Passei as nove horas do vôo apenas cochilando, quando a criatura ao meu lado deixava. Não é que ele foi ficando mal humorado, mal humorado e mais mal humorado que parecia que quem estava fazendo ele passar mal era eu? O cara sentava na cadeira com tamanha violência, que era impossível passar desapercebido. Agora, precisa isso? Não dá para fazer o que tem que fazer com discrição (neste caso, passar a noite no banheiro do avião!)?
O pior foi quando os cheiros começaram. Meu Deus! Eu não imaginei que pudesse ser tão ruim... por que as criaturas não fazem uma dietinha antes de entrar no avião, não é mesmo?
(Mas, cheiro ruim é tão ruim quanto - teoricamente - cheiro bom. Me lembro de uma vez, indo para Amsterdan, que uma criatura ao meu lado usva um perfume francês, gostoso, a princípio, mas que foi virando uma tortura chinesa, pois a cada duas horas ele ia ao banheiro e botava mais perfume. Acho que era medo que sua inhaca pessoal se sobrepusesse ao cheiro do tal perfume. Uma loucura!)
Então, ao chegar em Miami, onde fizemos conexão, o meu alívio foi tão grande que, apesar de estar "batendo-cabeça", praticamente dormindo em pé, a minha felicidade foi enorme ao saber que desceria daquele avião e andaria praticamente o terminal inteiro até pegar novamente as malas, despachá-las e embarcar novamente.
Deus existe, até nas coisas mais chatas a gente é capaz de ver felicidade.
2 comentários:
Putz!!!!
Bem, mas no fim, tava em Miami!
bjs, bjs!!!
Tudo depende do ponto de vista...
;)
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