... pois estou de férias e às 19 horas e 30 minutos me vi parada no ponto de táxi em frente à empresa, completamente exausta e sem forças e coragem para encarar um vagão de metrô lotado.
Estou me sentindo como um "boi de piranha", ralando à beça, num projeto que está me tirando o sono, e com a sensação de que tudo tem que mudar para continuar como está.
Eram sete horas e trinta minutos e estava o maior sol. Meu marido havia ligado uma hora e meia antes para dizer que ia dar um mergulho e ver o pôr do sol no Arpoador. Eu podia estar com ele.
Mas, estava lá, querendo que alguém me abraçasse, me dissesse que vai ficar tudo bem, e que por mais que eu seja só um peão nesse jogo de xadrez, minha cabeça não está a prêmio. Mas, está. Sempre está.
Chorei sozinha, vendo o sol brilhar naquele céu do centro da cidade. Chorei so-zi-nha. Mais sozinha do que nunca. E num dia bonito de verão, acabei na minha cama, exausta, esperando a noite cair, querendo um alento, esperando por um convite à contemplação que só as férias podem proporcionar.
Tive pena de mim mesma, pois mesmo estando acompanhada, senti na garganta o nó da solidão daqueles que andam sozinhos... e fiquei sem ar.
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