domingo, maio 25, 2008

Depressão e Melancolia

Hoje, a Ana Cristina Reis publicou uma crônica na qual se dizia melancólica. Eu me sinto assim há muito tempo. Sem conseguir me concentrar no trabalho, com um rendimento muito abaixo do que eu espero, com uma tremenda irritabilidade, prestes a matar um colega que faça qualquer barulho.

Pensei que isso fosse depressão, já que existem problemas que eu não consigo resolver. Segundo ela, não é. Vamos à diferença:

Depressão.
A depressão é uma doença preocupante e necessita ser tratada. Ela é fruto de um distúrbio no humor e provoca o desinteresse na realização de tudo que possa gerar prazer. Não adianta tentar curar esta enfermidade apenas com palavras de estímulo, é preciso ouvir o paciente e, se ficar claro que ele não está apenas momentaneamente triste, tentar encaminhá-lo ao especialista. Este distúrbio é de natureza neurológica, e, portanto, de longa duração, acompanhado dos sintomas específicos. Este mal ocorre com maior freqüência nas mulheres do que nos homens, e é mais normalmente encontrado em pacientes entre 24 e 44 anos. São muitas as fontes da depressão, entre elas fatores de ordem genética, alimentação, stress, drogas e outros.

Determinar os sintomas desta enfermidade nunca é uma tarefa definitiva, pois somente os pacientes, os mais variados, sabem o que sentem e conhecem seu próprio sofrimento. Mas alguns deles são mais comuns, tais como pensamentos negativos, modificações sensoriais no organismo – dores e náuseas -, carência energética e de interesses, mutações no humor, perda da concentração, mudanças no apetite e no sono, as tarefas físicas e mentais são cumpridas com maior lentidão, sensação de fracasso. No corpo físico costuma haver batimentos cardíacos incômodos, prisão de ventre, dores de cabeça, problemas na digestão. Alternam-se os momentos de alívio e de recaída, o que muitas vezes provoca no paciente a sensação de não estar se recuperando, ou de estar se convalescendo sozinho. Os sintomas dificilmente se apresentam em sua totalidade, geralmente variam de paciente para paciente, e se manifestam ora de uma forma, ora de outra. Com o tratamento, a melhora é gradual.

Melancolia.
A melancolia – em grego ‘bílis negro’ – caracteriza-se por ser um estado mental depressivo sem uma causa definida. Assim como a depressão, ela também apresenta sintomas como a falta de ânimo e de energia para realizar determinadas ações. Freud, em seu clássico texto Luto e Melancolia, já previa uma certa dificuldade para definir esta condição emocional. Segundo o psicanalista, ela se assemelha ao luto, mas sem o contexto da perda. O problema na identificação da melancolia é que ela se manifesta de diversas formas, dificultando seu enquadramento em um bloco único.

Assim, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, definia a melancolia como um árduo estado de desânimo, de desinteresse pelas coisas do mundo, incapacidade de amar, contenção na realização de qualquer tarefa, baixa gradual da auto-estima, até alcançar um patamar de desejo de uma punição. Estes mesmos sinais estão presentes, segundo ele, no luto, exceto o desequilíbrio da auto-estima.

Você já se olhou no espelho hoje? Gostou do que viu? Se você está se sentindo cansado(a), parecendo ter anos a mais do que realmente tem, acima do peso ou magro(a) demais, procure ajuda. Nunca é tarde! Cuide-se!

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Fonte: http://www.infoescola.com/psicologia/, acesso em 24 de maio de 2008.

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