segunda-feira, março 29, 2010

Esquizofrênicos corporativos

Eu tenho uma grande amiga que deu esse nome ao seu blog, e a quem eu já me referi algumas vezes aqui... Ela me disse que o lugar onde trabalho, e onde ela também já trabalhou, é um terreno fértil para a Esquizofrenia. Pois bem. Não é que ela tem razão?

Mesmo recebendo uma avaliação complicada, que não correspondeu às nossas expectativas, hoje estávamos lá, às 18:30 discutindo uma tarefa com o chefe que é para amanhã. E a demanda só chegou às 17:00.

Estou começando a achar que a resposta "Me desculpa por ser brilhante" (*) é a única que vale naquela empresa louca, em qualquer situação.

_______________________
(*) Essa foi a resposta que uma outra amiga deu ao seu chefe na sua avaliação (que também foi fraca). O argumento dele foi surreal, a resposta dela foi perfeita.

Para os dias de "bode" extremo!



A-D-O-R-O!

Cachorros, sentimentos e nós na garganta

Coloque um cachorro bem grande numa jaula bem pequena.

Imagine assim: se ele for alto e magro, coloque numa jaula mais baixa do que ele e bem estreita, um pouquinho maior do que a sua largura.

Faça-o se sentir apertado, encurralado, sem saída, sem poder se mexer.

Prenda-o a uma corrente, ponha nele uma focinheira que o impeça de uivar.

Deixe-o acoado, acossado, de orelhas baixas.

Hoje eu vi alguém assim.

Eu já me senti assim.

O tempo não passa.

Qualquer tentativa de grito é pouco esforço para abafar a dor.

O esôfago se contrai.

O estômago se retrai.

Mas, uma hora, o cansaço te vence.

O pior é saber que o alívio só viria se se pudesse proferir aquilo que não pode ser dito, que não deve ser dito.

A covardia mata lentamente.

Entorpecido, dependente, se opta pela droga à cura.

O final, este já se conhece.

Frase do dia

"Amor é uma questão de química.
Sexo é uma questão de física."

domingo, março 28, 2010

I'm not in love...

Voltando pra casa ontem, a Paradiso FM tocava uma música muito antiga, numa regravação bonitinha, qundo meu marido comentou...

- Essa música é velha à beça, né? Eu já escutava isso quando era criança...

No que eu respondi:

- É a música do "empata-f...". O cara não quer nada com a menina, mas não deixa ela seguir a sua vida...

- É, ele disse, ela está esperando há mais de 40 anos...

(pano rápido!)

I'm not in love, so don't forget it
It's just a silly phase I'm going through
And just because I call you up
Don't get me wrong, don't think you've got it made
I'm not in love, no-no
(It's because...)

I like to see you, but then again
That doesn't mean you mean that much to me
So if I call you, don't make a fuss
Don't tell your friends about the two of us
I'm not in love, no-no
(It's because...)

(Be quiet, big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)

I keep your picture upon the wall
It hides a nasty stain that's lyin' there
So don't you ask me to give it back
I know you know it doesn't mean that much to me
I'm not in love, no-no
(It's because...)

Ooh, you'll wait a long time for me
Ooh, you'll wait a long time

Ooh, you'll wait a long time for me
Ooh, you'll wait a long time

I'm not in love, so don't forget it
It's just a silly phase I'm going through
And just because I call you up
Don't get me wrong, don't think you've got it made, ooh

I'm not in love, I'm not in love...



Os meus anos 80

Nos anos 80, estávamos lá, eu, minha mãe e minha irmã voltando de carro da casa da minha avó, de Botafogo para a Praça da Bandeira, ouvindo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens e muitos outros no rádio do carro. Cantávamos alto, minha irmã e eu, e minha mãe dirigia depois de um dia de trabalho, bastante cansada.

Eram tempos difíceis, já que meu pai trabalhava em São Paulo e só vinha para casa nos finais de semana. Nós três vivíamos sozinhas, de casa para a escola e da escola para casa. Vovó dava uma força, ficando com a gente enquanto a mamãe estava trabalhando, e tomando uma conta danada das netinhas. A escola era em frente a sua casa, então era bem difícil dar uns perdidos nela e ir curtir com a galera, porque ela ficava de olho.

A gente estudava à beça. O colégio era o Princesa Isabel, em Botafogo, até que a minha irmã resolveu que não ia fazer o 2o. grau lá. Tentaria o 2o. grau técnico no CEFET. Eu não lembro bem se a questão era falta de grana, ou o fato de que a escola era muito longe de casa. O que eu lembro é que eu não abri mão de terminar o 2o. grau naquele colégio, o meu colégio da vida inteira. Tinha um apreço especial pelos amigos que eu achava que tinha por lá. Amigos que eu nunca mais vi. Estranho, né?

Depois que terminamos a escola e fomos cada um para uma faculdade diferente, poucos foram os que mantiveram contato, ao contrário dos amigos que a mana fêz no CEFET, que se encontram regularmente até hoje.

Mas, voltando a nossa trilha sonora da época, o incrível era o caderno que tínhamos, no qual escrevíamos todas as letras das músicas, e que usávamos para ficar horas decorando letra por letra. Lulu Santos, Cazuza, Barão, Capital Inicial, Blitz... amávamos aquelas músicas.

Lembro-me de um disco do Hanoi Hanoi que a minha irmã comprou e que ouvíamos sem parar. Totalmente demais era uma música incrível, super contemporânea, que já tratava de assuntos que só vieram a ser corriqueiros nos dias de hoje...

Linda como um neném
Que sexo tem, que sexo tem?
Namora sempre com gay
Que nexo faz tão sexy gay

Rock´n´roll?
Pra ela é jazz
Já transou
Hi-life, society
Bancando o jogo alto

Totalmente demais, demais

Esperta como ninguém
Só vai na boa
Só se dá bem
Na lua cheia tá doida
Apaixonada, não sei por quem

As letras das músicas eram antológicas, e a memória que fazíamos questão de cultivar, permanece viva até hoje. Eu ainda sei cantarolar aquilo tudo, e não é nostalgia, é paixão mesmo. Quando os Titãs lançaram Sonífera Ilha, tratamos de apelidar a mamãe com esse nome, porque ela chegava em casa e literalmente "apagava" no sofá depois do jantar (assim como eu faço hoje, de tão cansada). Adorava o RPM, o Léo Jaime, o João Penca e os Miquinhos Amestrados... Sem falar no Ira! e no Plebe Rude, que tinham um tom mais rebelde (que eu não entendia muito bem), mas que também faziam parte do nosso repertório.

E quando o Ultraje a Rigor apareceu no Fantástico, com uma prévia do que seria um videoclip, lançando a incrível Nós vamos invadir sua praia, aquilo virou febre, a gente comprou o disco e ficou como loucas, ouvindo todas aquelas músicas e decorando tudo...

Os amores platônicos daquela época foram ainda embalados pela Marina Lima, Ritchie (com sua indefectível Menina Veneno), Metrô (e no balanço das horas tudo pode mudar...), Nenhum de Nós e Engenheiros do Hawaii.

Me pego pensando como uma safra tão boa não perdurou, ou não deu origem a outras coisas incríveis. Hoje, os grupos são poucos, e a programação da tv é tão eclética (com sertanejos, sambas e outros pagodes), que parece que o rock brasileiro minguou, sumiu, desapareceu.

Um viva aos Raimundos, aos Detonautas, ao Rappa e a todos os que estão nesta luta...

Velhinhas incríveis

Esse comercial me faz lembrar de um monte de velhinhas incríveis que eu já conheci (minhas avós estão neste rol)!



Prender a carta na testa da outra é surreal! A-D-O-R-O!

sábado, março 27, 2010

Uma incrível prova oral de Inglês

Hoje, ao chegar no curso de Inglês, me deparei com a coordenadora. Eram nove horas da manhã e ela já foi se levantando da mesa do café (é, porque meu curso de Inglês é "fancy" e tem um bistrozinho pegado à recepção) e me disse: "I'm here to apply your oral test". Eu pensei: "É hoje!"

Ela então me perguntou em que sala eu tinha aula: na 12, Tânia, na 12. "In English, please".

A criatura é da Macedônia, então eu demoro um pouco para entender o que ela fala. Mas, depois que eu engreno, fica tudo tranquilo.

Quando a prova começou, foi uma loucura. Ela ficou me perguntando do meu problema de saúde, ficou falando dos benefícios da Homeopatia, disse que eu tinha que procurar desestressar, que tudo ia correr bem e blá, blá, blá...

Falou mais de meia hora: S-O-Z-I-N-H-A! Eu passei a maior parte do tempo só olhando aquela louca, mas, falar que era bom, não tinha espaço. Ela simplesmente não deixava. Chegou a buscar a agenda para me passar o contato da sua fabulosa homeopata, pode?

No fim, me perguntou como se chamava aquele tipo de conversa que estávamos tendo. Eu confesso que já tinha ido à Lua e voltado e não me lembrava o nome que se dava àquele tipo de conversa. "Small talk", ela disse.

Depois, me perguntou o nome que se dava às situações de happy hour nas quais as pessoas continuavam a falar sobre suas carreiras e trabalho. Eu disse: "Nightmare". Ela riu e corrigiu: "Shop talk". "Ah, não ferra", pensei.

Então ela perguntou sobre o que não se deveria conversar em small talks. E eu respondi: "Politics, religion and, nowadays, Big Brother". E ela me olhou com cara de quem estava espremendo uma espinha do tamanho de um furúnculo...

E depois de não me deixar falar por quase toda prova, disse que eu precisava melhorar o meu vocabulário, que a minha fluência não estava legal, que eu não estava entendendo o que ela dizia (hellooooooooô, eu estava entendendo....!), e que ela ia me dar 8,5.

Agora, que diferença faz pra minha vida saber o que é small talk ou shop talk? Ai, meu Deus, tenho que ter mesmo paciência. É cada uma que me aparece, que parecem duas.

No final, ela se disse adepta à teoria do abraço, e me deu um, bem apertado. Foi a história do dia.

Uma tomografia e uma ressonância magnética

Aí, por que não me contaram que esse negócio era F...? Afe, eu que sou uma mulher guerreira, hoje tive dúvidas da minha coragem...

Na semana passada, encarei a tomografia de frente. Foi uma coisa de louco, mas o exame até que é rápido, então... pode se dizer que é uma tortura relâmpago. Quando o enfermeiro chegou alisando o meu braço, eu me apressei a perguntar: "Que foi moço, o que foi que você viu? Eu vou morrer ou o quê?" Ele não disse nada, ficou por isso mesmo. Depois, com o laudo do exame, pude ver do que se tratava, o cara estava mesmo preocupado.

Agora hoje não, hoje foi um exame de respeito. Caríssimo, diga-se de passagem. Bom, vamos combinar, o que é ficar enfiado naquele tubo com um barulho infernal na sua cabeça, mesmo usando fones protegendo os seus ouvidos? Ninguém merece, cara! Quando a enfermeira disse que seriam de 40 a 50 minutos ali dentro, pensei que fosse ter um troço. Agora, o contraste é um capítulo a parte. Que incomodo é esse?

Enfim, a gente nunca sabe se é ou não claustrofóbica. Hoje, eu pedi pra sair ("02, pede pra sair!"). Eu pedi. Mas, a enfermeira disse: "Falta pouquinho, aguenta firme, são só dez minutos". Incrível como esses dez minutos podem parecer uma eternidade. Eles simplesmente não passam!

Ah, a quem me lê, acho que a coisa não é tão séria quanto pode parecer. Existem tratamentos alternativos, alguns inclusive que não são invasivos (traduzindo: talvez não seja preciso fazer nem uma videolaparoscopia). A gente vira Dr. Google de uma hora para outra, sai pesquisando tudo o que existe no Rio de Janeiro, no Brasil, em todos os lugares. Encontra mil soluções pro problema, hoje em dia existe solução pra tudo.

Mas, é preciso confiar num médico. Acho que esta é a minha grande questão agora: estou precisando encontrar um médico (ou médica) para chamar de meu, a quem eu possa recorrer na hora do perrengue. Como a vida é feita de desafios, este é o desafio da semana. Quem sabe não consigo resolver na 4a. feira?, já tenho consulta marcada e tudo!

Esperar o resultado do exame, que só sai no dia 05 de abril, é outra parada, mas eu não vou deixar de dormir por causa disso, prometo.

É preciso ter fé, acima de tudo.

Parabéns pelos 50, Renato!

Vento no Litoral
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...

Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...


quinta-feira, março 25, 2010

Saudades de Cassia Eller e do Renato Russo

Por Enquanto
(de Renato Russo, o aniversariante da semana)

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre
Sempre acaba...

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa...

quarta-feira, março 24, 2010

Deus

Eu creio nele. Pra mim, ele existe. Mas, anda me pondo a prova. Dizem que a gente só carrega a cruz que é capaz de carregar. Só que eu fico pensando... por que tantas barreiras a transpor? Por que tudo tão complicado?

A saúde, por mais que eu brigue com ela e tente torná-la forte, é sempre frágil. Agora, mais surpresas. Dores. Possibilidade de outra cirurgia. Eu não quero fazer. Desta vez, vou buscar uma alternativa.

Eu quero tão pouco, mas o pouco é tão caro, tão raro...

Meu mundo por um abraço, um cafuné... por alguém que me diga que tudo vai ficar bem. Que Deus está aqui ao lado, que eu preciso ter fé... Ele já me deu tantas coisas, tão boas... por que eu sinto às vezes que Ele dá com uma mão e tira com a outra?

Estou cansada... exausta... onde está esta força que dizem que eu tenho que ter... onde está meu balão de oxigênio?

domingo, março 14, 2010

Outono

A primavera é linda, cheia de cores, cios e odores. Mas não me comove. Não encontro nela lugar para a saudade. Por isso, lhe falta aquela gota de tristeza, que mora em toda obra de arte. É que ela existe na paradisíaca inconsciência do fim... O verão é diferente. Excita meu lado de fora, e me transforma em sol, céu, mar. Misturo-me com seu universo luminoso, quente e suarento, cheio de cachoeiras e limonadas geladas. Tudo me convida a não pensar. A só rir, gozar, usufruir. (...) Mas o outono me chama de volta. Devolve-me à minha verdade. Sinto então a dor bonita da nostalgia, pedaço de mim, de que não posso me esquecer. (...) O céu, azul profundo, as árvores e grama de um outro verde, misturados com o dourado dos raios de sol inclinados. Tudo fica mais pungente ao cair da tarde, pelo frio, pelo crepúsculo, o que revela o parentesco entre o outono e o entardecer. O outono é o ano que entardece.

_________________________
Rubem Alves. "Ostra feliz não faz pérola".
São Paulo: Ed. Planeta, 2008, pg. 99.

São Francisco de Assis


Eu adoro ele, e o tenho espalhado pela casa, na sala (três), no meu quarto, na carteira, por todos os cantos.

Acho que ele me protege, e lhe sou grata. Sempre que peço por mim, e pelos outros (mais por eles), ele me atende.

E todo dia eu agradeço a ele por todas as dávidas a mim oferecidas.

Agora, descobri a sua casa. E como não poderia deixar de ser, me senti bem lá.

Vou voltar.





Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discordia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender, que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna...


Pode mensagem mais bonita? Quanta coisa para aprender numa só mensagem...

sábado, março 13, 2010

Ler as estrelas...

Ela entrou na sala do chefe e 45 minutos depois, quando saiu, tinha recebido a sua avaliação e feedback e ainda estava agradecida por ele ter sido justo. Mas, não tinha atingido as metas todas, segundo ele, o que contava no processo de promoção, ao ser comparada aos demais. E daí que tinha trabalhado à beça? E daí que estava fazendo uma média de 40 horas extras por mês? Nada disso importava, o que importava é que ele tinha sido justo, mesmo que os outros chefes fossem mais justos do que ele, e avaliassem melhor seu pessoal, puxando todas as notas para cima.

Chegou em casa, tomou um remédio para dor de cabeça e foi dormir. Tentou rezar um pouco, mas estava sem concentração pra isso. Mesmo assim, mentalizou algumas orações e acabou dormindo.

De tempos em tempos, viajava sozinha ou em equipe para uma cidadezinha industrial distante, à beira da praia, onde prestavam consultoria a uma das unidades de negócio da sua empresa. Desta vez, eram seis pessoas. Eles se hospedaram num hotel de frente para o mar.

Um dia, depois de uma longa jornada com o cliente, chegaram exaustos ao hotel e após o jantar, ficaram conversando um pouco no saguão. Pouco a pouco, os colegas foram se recolhendo aos seus quartos, até que ficaram apenas ela e um outro amigo. Ele então perguntou a ela: "Você sabe ler as estrelas?"

Ela foi logo dizendo que não, e então ele resolveu pedir duas toalhas ao atendende e a convidou a atravessar a rua e ir com ele até a praia. Estenderam as toalhas na areia e deitaram, um ao lado do outro, para ver as estrelas. Como a cidade era pequena, a iluminação era fraca, a poluição era pouca, o céu era, portanto, o mais negro céu que ela já havia visto. E muito estrelado.

Apontando uma a uma aquelas lindas estrelas brilhantes no céu, ele foi aos poucos ensinando a ela como fazer para ler as estrelas e ela começou a enxergar as constelações. Todas elas. Uma por uma. Como nesta imagem.


E, com ele mostrando, ela foi aprendendo os caminhos, e entendendo que é preciso ser muito sensível para que se consiga enxergar, para que se consiga ver através dos olhos do outro. Aquela foi uma experiência incrível. Ela, que nunca tinha tido alguém, quando criança, que se propusesse a ensiná-la a ler as estrelas, havia aprendido como mágica.

No meio da noite, acordou sobressaltada, e pulou da sua cama. Olhou pro relógio, eram duas e meia da manhã. Tinha prova de inglês às 8, então, às 6 deveria estar de pé, se arrumando para sair. Ficou rolando na cama e pensando no sonho que tivera, quando percebeu que não conseguiria dormir até que entendesse o que significava "ler as estrelas".

Foi para sala, pegou papel e lápis, e começou a tomar notas de tudo o que havia feito no ano anterior. Quanto mais escrevia, mais tinha certeza do que tinha que fazer: correlacionar as atividades com os processos e mostrar ao seu chefe, no dia seguinte, que tinha feito muito mais do que o que estava ali registrado naquele sistema de acompanhamento de desempenho. Aquele resultado ainda poderia ser revertido.

E de repente se deu conta de que mais do que ser ou estar alerta, era preciso estar aberta à intuições, que nos chegam por meio de sonhos, "avisos", ou pelas mãos dos amigos...

domingo, março 07, 2010

Não foi convidado

Uninvited
Alanis Morissette

Like anyone would be
I am flattered by your fascination with me
Like any hot-blooded woman
I have simply wanted an object to crave

But you
You're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

Must be strangely exciting
To watch the stoic squirm
Must be somewhat hard-telling
To watch shepherd meet shepherd

But you
You're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

Like any unchartered territory
I must seem greatly intriguing
You speak of my love
Like you have experienced love like mine before

But this is not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

I don't think you unworthy
I need a moment to deliberate




________________________
Dói, mas é isso aí!

quarta-feira, março 03, 2010

Tá no inferno?

Estava tentando ler algo para me distrair quando dei de cara com o post do blog da Dani que me fêz rir um pouco...


"Tá no inferno?


Abraça o Capeta!"

Não consegui achar nada mais adequado para representar o meu dia de hoje. Comecei discutindo com o marido, que já saiu de casa p... da vida. Depois tive que fazer um registro de ocorrência na Segurança Empresarial da minha empresa, porque meu armário do banheiro foi arrombado de novo (e me levaram mais um pacote de absorventes - essa mulher deve ser uma necessitada). Aí, tive que participar de uma reunião non sense, e depois do almoço teve mais uma reunião surreal. Então discuti com um grande amigo por discordarmos demais das coisas e da vida... Cheguei em casa, meu marido estava "fora da ordem"! E, para coroar a noite, minha melhor amiga teve uma crise provocada por uma cachorra sádica (e que para tal não já há remédio) e eu não sabia o que dizer para fazê-la rir um pouco...


SO-COR-RO!
PÁRA ESSE BONDE QUE EU QUERO DESCER!

Ainda bem que o meu mal, por enquanto, não é falta de dinheiro! Jesus me abana!


Highway to Hell, AC/DC