quinta-feira, julho 19, 2012
Paixão na contramão
Ela já nem se lembrava quantas vezes havia esperado por um telefonema dele. Sempre tão longe, tão distante. Estava sempre com a cabeça ligada nele, em cada notícia que recebia dele, sabia quando ele vinha e quando não vinha. Tentava ser sútil, mas seu coração vivia aos pulos a cada chamado... Com o tempo, as notícias foram rareando, rareando... ele aparecia de vez em quando, contava algumas poucas coisas sobre a sua vida...adorava receber seus e-mails, cartas, postais, telegramas, fotografias... ele fazia de tudo para dizer pouco ao mesmo tempo que fazia questão de manter algum contato...
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Ele já nem se lembrava quantas vezes havia andado de um lado para o outro pensando se era conveniente ligar para ela. Pensava nela nas horas mais estranhas, naquelas horas em que não havia um motivo plausível para um telefonema, algo que fosse causar um mínimo de interferencia em sua vida. Estava sempre com a cabeça ligada nela, em cada notícia que recebia dela, sabia como ela estava e os rumos que sua vida haviam tomado. Acompanhava de longe, sem entender... Tentava ser sútil, mas seu coração vivia aos pulos a cada chamado... Com o tempo, as notícias foram rareando, rareando... ela ligava de vez em quando, e mandava algumas fotos, em retribuição as suas.
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Ela estava cansada daquele jogo. Eles tinham suas vidas agora. O que quiseram viver no passado não mais os pertencia. Tinha ficado no passado. O futuro era feito de esperança, de que algo bom se realizasse, e ele não tinha mais espaço na sua vida, refeita, estruturada, certinha e no lugar. Não adiantava, nem era bom que ele insistisse em se fazer presente. Não havia mais tempo para bobagens.
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Ele estava cansado daquele jogo. Era hora de fazer alguma coisa, no tudo ou nada. Aquela mulher o fazia tão bem, como tinha sido tolo em deixá-la ir. Estremecia só de olhar para ela. Tinha que arriscar. Afinal, só se vive uma vez.
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Um telefonema. "Tá bom, eu te encontro. Sim, tá bom. Perto do restaurante de sempre? Sim, para tomarmos um café? Ok, ok". Ele se olhou no espelho antes de sair, arrumou os cabelos e foi... entregou a sorte aos ventos do amor... que eles fizessem a sua parte...
Música do dia: Set fire to the rain - Adele
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2 comentários:
Felizes os que tiveram a oportunidade de viver um momento assim. Independente do final da história...
(Nossos maiores arrependimentos são por aquilo que deixamos de fazer).
Esse foi um quase encontro. Por isso, ficção. Tem sido assim há anos. Uma hora, ele quer, ela não sabe. Noutra, ela quer, ele se faz de rogado. E vão vivendo a vida... Mas, não se largam...
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