Tinha perdido o hábito de lutar. Estava certa de que a vida se resumia a casa-trabalho-casa e olhe lá. Não sabia mais o que era o amor. Racionalizava tudo. Era melhor, mais seguro. Lera em algum lugar que "navegar é preciso, viver não é preciso", de algum autor famoso. Se não é preciso, como pode ser seguro? Vivia enforcada aos nós que ela mesmo escolhera tecer. Tinha medo, não arriscava. Nem se lembrava quando foi a última vez que dissera um "eu te amo" enebriado pelo calor da emoção. Sequer lembrava se um dia esse "eu te amo" foi dito.Tinha perdido o hábito...
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