terça-feira, setembro 30, 2008
Meninas, eu vi!
Um homem brigava com uma mulher, já uma senhora, de forma bem grosseira. Ela então disse para ele: - Carrega a minha bolsa.
Ele respondeu: - Não quero. 'Tá pesada!
Ela então retrucou: - Ué? Só a sua língua é forte para bater nos outos? Se você tem a língua forte, deve ter o braço forte também! Leva a minha bolsa!!!
E ele pegou a bolsa para carregar, sem reclamar.
Pano rápido!
Meninas, eu vi! (2)
- Quanto é 20 mm?
A outra responde:
- Não faço a menor idéia!
Pano rápido - de novo.
domingo, setembro 28, 2008
Madeleine Peyroux
Chuva e frio
Chove lá fora
Aonde está você?
Nem sempre se vê
Tá tudo cinza sem você
Aonde está você?
Nem sempre se vê!
Nem sempre se vê!
Cadê você?
Day Spa x Barriga de Chopp (a revolta!)
Mulher sofre muito, cara. Sempre. Para ficar bonita, tem que primeiro ser magra (vide post mais abaixo). Depois, manter o cabelo escovado e pintado, sem brancos, unhas dos pés e das mãos feitas, corpo depilado, rosto limpo, sem acne, sobrancelha linda, nem grossa, nem fina, nem muito arqueada para não parecer má...
Agora, além de tudo isso, saiu no jornal hoje uma série de cirurgias plásticas para voltar a ser virgem (leiam a Revista de Domingo do O Globo, que lá você encontra os detalhes)... tem até lipo para a região supra-pubiana, gordinha e flácida em todas as mulheres quando a idade chega...
Quem é que vai cobrar pelo fim das barrigas de chopp dos homens? Hã? Hã? Quem? É muita injustiça!
sexta-feira, setembro 26, 2008
Males do mundo moderno
Ela acreditava em mim
O que será que aquilo significava? Quem acreditava nela, no tempo passado? A mãe? A irmã? A amiga? Uma namorada?
Criei um enredo. E descobri que sou dada a enredos, que começam e não têm fim, como os contos de Clarice. Como assim tatuar algo deste tipo na nuca e ainda deixá-la a mostra para que qualquer estranho - como eu - dê uma olhadinha?
Se é alguém que acreditava, não acredita mais. Então, como eu acho que quando nossos entes queridos morrem, continuam olhando por nós, esta pessoa - que acreditava, no passado (pretérito imperfeito) - não está morta. Estarão brigadas? Será ela, ela mesma, numa tremenda crise de auto-estima, quando se tatuou?
Enfim, miserável, você me deixou encafifada! Pena que eu não tive coragem de te cutucar e esclarecer este enigma. Mas, tudo bem, amanhã já esqueci!
quarta-feira, setembro 24, 2008
Clarice Lispector
O cheiro do lixo
Estava se habituando a ir ao cinema sozinha e gostava cada vez mais da sua companhia. Pegou um táxi para casa, um carro velho, meio sujo.
Deu boa noite ao motorista e lhe informou o destino. Ousou até dizer o itinerário que queria, e ele acatou sem reclamar.
De repente, parou atrás de um caminhão de lixo extraordinário. Os vidros do táxi estavam abertos pela metade. Havia um homem pendurado no caminhão, com a cara enfiada na caçamba. Ela teve ânsia de vômito e pensou no filme. Vomitou palavras, já que o estômago estava vazio:
- Quanto tempo será que esse homem teve que conviver com este cheiro até se acostumar a ele?
Não se deu conta que o motorista podia achar que ela estava falando com ele. Mas, se bem que ele achou, e respondeu:
- A gente se acostuma com tudo nesta vida. Só não se acostuma com a morte.
Seguiram em silêncio o resto da viagem.
segunda-feira, setembro 22, 2008
Fifteen
Meu amigo esteve lá e adorou, voltou cheio de fotos. Disse que o restaurante do cara é o máximo, que a comida é saborosíssima e que o astral é o maior barato. O rango foi salada caprese e risoto. Tudo de primeiríssima, assim, bem superlativo mesmo.
A foto que eu mais gostei foi a das placas indicativas dos toilettes. Muito fofas, não? Adorei a criatividade. Agora, por que será que eles estão apertados, heim?
Meu amigo não viu o Oliver, ele estava cuidando das suas empresas. Mas, adorou a experiência.
Sábado, vendo o programa do Oliver em sua investida pela Itália, vi uma cena que não sai da minha cabeça.
A cena do Oliver matando uma ovelinha, para cozinhá-la para o jantar de uma família local. Tudo muito natural, como ele mesmo disse. Me disseram que a ovelinha não grita quando vai morrer. Mas, ela chora.
Noam Chomsky
Paciência
Por isso, me deu gana de postar sua letra aqui, para que vocês também possam apreciá-la. É de um lirismo incrível, mas é triste, triste...
de Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Le podreaux...
Desilusão
Tenho lido o blog da Clarisse e pensado no quanto a gente sofre desnecessariamente, por quem não merece.
Ô, derrota... que esculacho!
Chegar no Rio de Janeiro depois de uma longa viagem de avião, e desembarcar no Terminal 1 do Aeroporto do Galeão é uma derrota, como diria a minha irmã. Precisa ter muita paciência. E nestas horas, não adianta ser VIP e ter carteirinha de bicho escr... não! Tem que esperar a mala, por mais de uma hora. Às cinco e meia da manhã, então, o negócio fica divertido. 470 pessoas descendo de um Boeing 747 lotado (o famoso karma coletivo), querendo ir para o freeshop (outra derrota, ô lojinha michurruca!), e correr para casa, para se esticar numa cama macia...
Todo mundo muito mal-humorado se aboleta sobre a esteira... enquanto a minha mala não aparecer, não saio daqui e nem deixo ninguém se aproximar... Só comprando stress-tabs na farmácia para levar numa boa!
Chique mesmo é o aeroporto Charles de Gaulle, de Paris. Muitas lojinhas no freeshop, muitas coisinhas tentadoras, espaço, educação, cordialidade e uma fila de emigração com vários atendentes. Aliás, falando em imigração, voltei sem carimbo no meu passaporte. O cara estava emburrado, puto da cara, e mandou a brasilerada passar. Isso, sem falar na Alfândega. O que teve de gente que teve que pagar por itens que não declarou na ida, foi uma beleza. Ô, povo otário. Saca a filona aí ao lado que a gente teve que encarar, em mais 1 hora de stress.
Daí a gente tenta tomar uma média com pão com manteiga e está tudo fechado na praça de alimentação. Só tem um restaurante aberto, o que nos deixa meio sem opção... fazer o quê, né?
Turismo não é isso que a Dona Marta acha que é.. relaxar e gozar! Turismo é business, é seriedade. Enquanto não entendermos isso, estamos perdidos.
A Paz
Vem num fio de navalha, retratada em paisagem cortante. Cinza, cheia de fog, muita, mas muita névoa, e chuva. Mas nos mostra, de relance, que está dentro da gente, e que quando menos esperamos, está pronta para se revelar.
Vi a paz neste lugar aí da foto, em Londres, num jardim, ao redor da Catedral de St. Paul, lugar de paz no meio do burburinho da cidade, que você quase não percebe mais quando está aqui. Num lugar limpo, cuidado, tratado, sem insetos (se eles estavam lá, eu não os vi). E não é porque é um jardim de igreja, não! Mas, a paz estava ali, posso te garantir. No silêncio absoluto.
Tão europeu, como se a paz não pudesse estar por aqui, logo ali, na Quinta da Boa Vista, ou no Campo de Santana, ou ainda, na Praça Paris. Quero a paz em todo lugar, sem ter que ficar me cuidando, olhando para os lados, com medo do outro que atravessa a rua em minha direção. Quero poder dar a um estranho meu melhor sorriso, porque com ele sou mais bonita que a mulher amedontrada pela cidade opressora.
Rio, cidade maravilhosa, cidade partida ... e perdida. Já não acredito mais em ti...
Entreouvido por aí...
- E aí, cumpadi? Tudo na boa?
- Então...
- E aí?
- Então...
Desafio você a me dizer quem é o carioca e quem é o paulista!
sexta-feira, setembro 19, 2008
Música-chiclete
I touch myself
Pretenders
I love myself I want you to love me
When I feel down I want you above me
I search myself I want you to find me
I forget myself I want you to remind me
I don't want anybody else
When I think about you I touch myself
Ooh I don't want anybody else
Oh no, oh no, oh no
You're the one who makes me come running
You're the sun who makes me shine
When you're around I'm always laughing
I want to make you mine
I close my eyes and see you before me
Think I would die if you were to ignore me
A fool could see just how much I adore you
I get down on my knees I do anything for you
I don't want anybody else
When I think about you I touch myself
Ooh I don't want anybody else
Oh no, oh no, oh no
I want you I don't want anybody else
And when I think about you
I touch myself
Ooh, ooh, oo, oo. ahh
I don't want anybody else
When I think about you I touch myself
Ooh I don't want anybody else
Oh no, oh no, oh no
quarta-feira, setembro 17, 2008
Fantasmas nas gavetas da vida
Fechou a gaveta, de rompante. Não vou mais mexer nisso...
Ela pensou nos "e se?"(s) da sua vida e viu que não havia mais o que fazer. O fantasma estava lá, para lembrá-la da porta que se abriu, do vendaval que passou, e do esforço que ela fez para resistir a ele. Como alguém que procura a calmaria do olho do furacão para se proteger.
No final da tarde, ela voltou a abrir a gaveta, para pegar um documento. Descuidada, deixou que o envelope se abrisse e mostrasse uma pontinha de uma foto. Ela viu o negro do cabelo apontando e sentiu vontade de chorar.
Eu não posso pensar nisso, é passado.
Fechou o envelope correndo, para não ser pega em uma armadilha que ela mesma armou. Fechou de novo a gaveta e continuou seus afazeres.
No final do dia, seu telefone tocou. Os fantasmas sempre aparecem, quando estão vivos.
Oi, pensei em você hoje.
Enquanto ele falava, ela, quieta, sentia as lágrimas escorrerem. Não sabia que ainda sentia tanta emoção em falar com ele. Balbuciou algumas palavras e disse a ele que aquele não era o melhor momento para conversarem, que havia muita gente a sua volta. Desligou o telefone e depois não retornou a ligação. Nunca mais.
.....................................
Ainda hoje, quando abre a gaveta, tem que segurar o fantasma que insiste em se expor para ela, como ferida aberta, não cicatrizada. Ainda dói. E ela sabe porquê.
domingo, setembro 14, 2008
Houston, esta semana
Tks, God!
sexta-feira, setembro 12, 2008
Ike
Amedrontador...
Acaba de chegar ao continente, agora, sexta-feira, no final da noite. Quem terá coragem de ir ao seu encontro? Que restará destas cidades depois dele?
terça-feira, setembro 09, 2008
O Carluccio's
__________________________
UNA RICETTA DALLA CALABRIA
BRANZINO CON SALSA E PATATE
Sea bass with tomato salsa and sautéed potatoes
Calabria is a mountainous territory between two seas, with a climate of extreme temperatures. Calabrese history is layered with Greek, Albanian, Spanish and Arabic influences. This recipe offers a classic taste of the region: fresh fish and rich tomatos, simple and roboust flavoours. Match with Gravina Bianco DOC from Puglia, an elegant dry white wine made from Greco and Malvasia grapes.
Serves 4
For the salsa:
250g medium-sized vine tomatoes
100g Spanish onion, finely diced
120ml olive oil
6g garlic (about 2 cloves), finely diced
60ml white wine
1 punnet of cherry tomatoes, cut into halves
160g semi-dried tomatoes
salt and freshly ground black pepper
8g (about 3 tbsp) shredded basil
30g finely chopped chives
20g finely chopped flat-leafed parsley
For the potatoes:
olive oil
24 small new potatoes
80g butter
salt and freshly ground pepper
For the fish:
4 filles of sea bass (about 170g each)
40g plain flour
salt and freshly ground pepper
80g butter
olive oil
Cute the vine tomatoes into quarters and remove the seeds. Cut each wedge into half lenghtways, then thirds, so that you have 6 pieces per quarter. Set aside. Sweat the onion in a little olive oil. When the onion is trnslucente, add the garlic and cook for a minute, then add the dash of wine. Reduce a little before adding the fresh tomatoes. Cook for a minute or two. Add the sun-kissed tomatoes. Season. Allow to cool, then add the herbs and adjust the seasoning.
Deep fry the potatoes in hot olive oil until golden brown, then add the butter asn seasoning to taste.
Season and dust each fish fillet with flour. Heat the butter with a little olive oil. Add the fish, skin side up, and fry until golden on both sides.
On a pasta plate, place a spoonful of salsa on one side with plenty pf juice. Then add a heap of potatoes and lastly the sea bass. Serve straightaway.
segunda-feira, setembro 08, 2008
Londres :: casas italianas
Huuuuuummmmmm! Que delícia!
Modelos de Negócio
Pensando nisso, um cara muito esperto criou uma cadeia de lojas chamada Wasabi. Eles têm um site interessantíssimo na internet (http://www.wasabi.uk.com/), que mostra, inclusive, a etiqueta para se comer sushi: sabia que uma vez que você escolheu o seu sushi ou sashimi, você deve comê-lo por inteiro, sem partí-lo pela metade? Do contrário, é considerado falta de educação.
Só que, apesar de parecer fast-food, porque tudo já está pronto previamente, a proposta desta cadeia de lojas é criar um ambiente de tranquilidade no meio do burburinho londrino (um quê de slow-food). Ao entrar no restaurante, nota-se um ambiente de paz, com um silêncio relativamente razoável, só maculado pelo barulho do trânsito do lado de fora.
O wasabi é um tempero em pasta utilizado na culinária japonesa, feito da planta Wasabia japonica sendo cultivado nos frescos planaltos de Amagi, na península de Izu, Shizuoka, Hotaka e Nagano. A Wasabia japonesa é conhecida também como rabanete japonês ou wasábia. O rabanete japonês apresenta alguma semelhança com a raiz-forte (Armoracia rusticana), mas tem um sabor e aroma mais delicado. Atualmente o rabanete japonês é usado para acompanhar o sushi e o sashimi.
Não é fantástico o cara ter pensado nisso? Num momento em que todo mundo tenta se manter saudável e a comida japonesa tem sido considerada uma fonte de vitalidade, já que aquele povo vive à beça, o cara tirou um coelho da cartola, literalmente! E o melhor, ele ainda entrega em casa - ou no escritório, se você preferir.
Você mete o carão na vitrine, dá uma olhadinha no que já está lá, prontinho, te esperando, bem preparado, bem arrumado, e é impossível não se sentir tentado a comer uma, duas, três, várias peças... ainda mais se elas vêm embaladas uma a uma. Sensacional!
Fiquei me perguntando por que ainda não pensaram em alguma coisa parecida no Rio de Janeiro, ali, no centro da cidade...
Bom, eles não têm os restaurantes à quilo, como nós, que já se arvoram a fazer a comida japonesa, misturando-a com o churrasco.
Uma casa parecida, com este mesmo espírito, é a de rodízio japonês, onde as peças ficam circulando na sua frente e você pode eleger as que quer comer... tudo para a gente relaxar, no meio desse nosso dia-a-dia caótico.
London London
Não estava sozinha. Me senti sozinha algumas vezes.
Cumpri alguns itens da programação dos turistas, mas me encantei com os hábitos, os transeuntes, a cara da cidade. Vi uma cidade cosmopolita, grande, desordenada em alguns momentos, ordenada em outros. Vi diversidade. Vi até solidariedade.
Mas as pessoas não se olham, principalmente na rua, ou quando estão no transporte público. Talvez para que não sejam acusadas de assédio. Estranho.
É uma cidade bonita. Com poucas lixeiras, é até engraçado. Eles temem as bombas.
Cidade cara, mas limpa. Cidade cinza, chuvosa. Cidade rara.
__________________________
Foto Rebecca Leão: London Eye, Big Ben, Parlamento.