domingo, novembro 30, 2008

Os melhores do mundo

Para a minha irmã...


Carolina, do Seu Jorge

Eu quero colocar esta música no meu iPod, mas não a acho. Se alguém encontrar, ou tiver, manda pra mim. Tô pedindo, já tentei comprar algum CD do Seu Jorge que tivesse essa música, mas não consigo descobrir qual é...

Faz favor, me manda!

Filme do final de semana: Queime depois de ler

Fui assistir à "Queime Depois de Ler" ontem. Um filme como esse realmente nos faz pensar, apesar de talvez, esse não ser o propósito dos irmãos Cohen, autores de mais esta pérola. Quem já os conhecia de "Onde os fracos não têm vez", pode imaginar do que eu estou falando.

O fato é que eu me senti numa montanha russa, onde as sequências vão acontecendo sem que a gente consiga imaginar o que vem depois.

Tudo fica muito confuso, como confusa é a vida da gente, e num dado momento do filme eu me lembro de ter dito aos meus companheiros de jornada que não sabia como o filme acabaria. Tudo muito cohen para a minha cabeça.

Mas, quantas e quantas vezes eu não me senti assim, como que dentro de um novelo de lã, cheio de nós, sem conseguir sair, uma montanha russa mesmo?

Algumas cenas do filme são impagáveis. Eu destaco as do personagem Chad, interpretado pelo Brad Pitt, simplesmente sensacional em todas as sequências em que aparece como o personal trainning que quer se dar bem com as informações que descobre.

Brad se supera quando tenta chantagear o Ozzie, como nesta cena aí ao lado, em que tenta engrossar a voz para paracer um sequestrador e se mostra completamente amador. Não tem como não cair na gargalhada com ele.

Ou ainda, como o maluco que não desgruda do iPod e fica cantando as músicas e balançando a cabeça o tempo todo.

Mas, o que é pior, além de balançar a cabeça, ele dança, dança na esteira, dança quando orienta os alunos, dança dentro do carro... ou seja, um completo imbecil.

Quem também está muito bem (como ator) é o George Clooney, que emagreceu demais, depois de ter engordado horrores para fazer Syriana, e está muito envelhecido, usando uma barba muito escura - aquilo ali tem tinta, meu bem - e com a calça jeans frouxa. Seu personagem é louco, e tem também umas sequências impagáveis.
O engraçado é que, para mim, Clooney não interpreta o personagem principal, como parece a princípio. O seu Harry louco, neurótico e doido pela mulher, não é, nem de longe o personagem mais interessante, ao meu ver. Sou das antigas: um filme com John Malkovich não pode ter outro personagem principal que não o dele.
Acho esse ator simplesmente o máximo. A cena em que ele é despedido da CIA é algo simplesmente fantástico, ele diz para os seus pares e superiores tudo aquilo que um dia a gente já teve vontade de dizer para o chefe e não teve coragem. E olha que esse é o começo do filme, heim? Só por esta cena a gente já imagina o que pode vir pela frente, o viés que o filme deve seguir.

John ainda é o mesmo de "Ligações Perigosas", o primeiro filme de que eu me recordo com ele e que me impressionou tanto. Eu só tenho que confessar que a sequência final de seu personagem alcólatra foi completamente desnecessária, por ser tão violenta. Eu virei o rosto. Não estava na montanha russa dos "Fracos...", achei que não teria estômago para olhar. Mas, o saldo, pra lá de positivo, valeu os R$ 18,00 que paguei pelo ingresso.
Cinema está caro, né?

sexta-feira, novembro 28, 2008

Gatinho carente


Papai me mandou uma mensagem linda com esta foto no final... não é fofo este gatinho?

Eu achei a imagem linda, a composição excelente, a cor do fundo, as cores das canecas e da flor e o filhote de gatinho com essa carinha...

Mas, gatos são como as crianças... depois eles crescem, daí ninguém segura...

Ainda Santa Catarina

Estava tomando meu café da manhã hoje, assistindo ao Bom Dia Brasil, quando assisti a uma cena terrível: um jovem homem estava sendo entrevistado e a repórter lhe perguntou:

- Quem o senhor perdeu nesta tragédia?

Ele respondeu:

- Perdi toda a minha família. Na verdade, minha mulher, grávida do meu filho, e minha filhinha pequena.

A repórter perguntou novamente:

- O senhor viu o desmoronamento?

E ele disse:

- Vi. A casa caiu na minha frente. Quando conseguimos tirar as duas de baixo da terra, elas estavam tão abraçadas que eu resolvi enterrá-las juntas. Eu perdi tudo que eu tinha.

E eu comecei a chorar e chorei por uns dez minutos.

Festa de confraternização na empresa

Estou participando do comitê de organização da festa de confraternização do final de ano. Confesso que estou com medo do que vai dar. Aqui no meu trabalho tem muita gente enjoada, fresca mesmo. Fico me perguntando se as pessoas vão gostar do que estamos propondo, se não vamos ferir suscetibilidades. Eu não quero me envolver em confusão, já que as minhas intenções são as melhores.

No entanto, como dizem, de boas intenções o inferno está cheio.

Eu não queria ter tanta idéia.

O chefe gosta de tudo que propomos, estamos tendo que nos dedicar bastante ao projeto porque a ordem agora é reduzir os custos ao máximo. E é o que estamos fazendo.

Mas, tudo pode dar errado, e do jeito que eu conheço o povo aqui, chego a gelar a espinha de preocupação.

Fatos bizarros

Cheguei no trabalho e fiz uma listinha: dois sutiãs, duas calcinhas, três meias ... estava na hora de renovar minha gaveta de lingerie.

Na hora do almoço, entrei na Lupo e comecei a fazer a minha escolha. Tudo muito caro, mas como dura bastante, eu achei que valiam o preço pedido. Na hora de fazer o pagamento, debrucei-me sobre o balcão, que ficava na diagonal dos provadores. Eu estava preocupada, a máquina do cartão de crédito da loja não funcionava e eu queria chegar logo de volta no escritório porque estava com um trabalho atrasado.

Qual não foi a minha surpresa quando me deparei, de repente, com um tenebroso par de peitos de uma cliente, que faceira, faceira, havia pedido ajuda a uma das vendedoras para abotoar um corselete e, abrindo a porta da cabine, estava, naquele momento, dando um show!!! Eu nunca vi peitos tão grandes e tão caídos. Fiquei muito constrangida, o que a minha irmã ironicamente chamaria de "constrangimento alheio".

A moça que me atendia percebeu o meu constrangimento e correu para, delicadamente, fechar a porta. Eu fiquei pensando se o rapaz que também pagava sua conta havia visto a cena, mas não tive coragem de olhar para ele.

De repente, sem mais nem porquê, voltei no tempo e no espaço uns dezoito anos e me lembrei de algo que vivi naquela época. O cara com quem eu estava saindo recebeu um amigo holandês no Rio e me pediu para ajudá-lo, ciceroneando o rapaz, porque ele achava que meu inglês era melhor do que o dele. Quando perguntamos a ele onde ele queria ir, ele disse que gostaria de comprar uma calça jeans. Mas, não uma calça jeans qualquer, ele queria uma Levi's 505, calça muito fora dos nossos padrões naquela época. Nós o levamos ao Rio Sul, um shopping carioca que possuía a melhor variedade de lojas e que, certamente, tinha uma loja da Levi's.

Quando chegamos, ele foi logo tratando de se entender com a vendedora, explicando que queria a opção de botões e que não queria uma calça muito escura... Não precisou da minha ajuda para nada e, de posse das calças já escolhidas, tirou a roupa, ali, bem no meio da loja. A vendedora levou um tremendo susto. Ficou olhando para aquele holandês alto, louro, de olhos azuis, como se ele fosse um E.T. de cuecas, e, meio sem reação, tratou de pedir a ele que fosse a uma cabine, experimentar as calças.

Ele não entendia o porquê daquela solicitação. Cabine?, perguntava num inglês esquizito, Que cabine?

Nós, eu e meu namorado, custamos a entender que aquele comportamento era comum na sua cultura. O pior é que começou a juntar uma mulherada querendo tirar uma casquinha do holandês - porque olhar não tira pedaço, né?

Meu namorado começou a ficar p*** da vida com a situação e queria matar o cara, que calmamente, escolheu sua calça, pagou com um American Express International, e saiu feliz e contente da loja com a sua sacola, sem se dar conta do buxixo que provocou.

A vida é simples, acho que a gente é que complica.

22

Ontem, voltando para casa de um compromisso na Gávea, passei por um picolé (aqueles relógios digitais no meio da rua) e estava marcando:

22:22
22 graus

Eu, que ando me sentindo meio 22 - na linguagem psico-jurídica, código dos "maluquetes" - achei que aquela minha visão poderia ser o prenúncio de alguma coisa... sei não!

terça-feira, novembro 25, 2008

Mário Quintana


"Amar é mudar a alma de casa."

"Se as coisas são inatingíveis, ora! Não é motivo para não querê-las.
Que tristes seriam os caminhos se não fora a presença distante das estrelas."

"A maior dor do vento é não ser colorido."

"Estes, os que atravancam meu caminho... Eles passarão, eu passarinho!"

"A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer."

"As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua
por conta própria o seu caminho."

domingo, novembro 23, 2008

Papo seríssimo...

Deu no jornal. Notícias de famosos.

1. Dado Dolabella agrediu a namorada, Luana Piovani, na Boate 00, na Gávea. Agressão física contra mulher, enquadrado na Lei Maria da Penha.

2. Amante do marido Marcelo da Silva, ex-soldado da PM, comunicou o relacionamento à sua esposa, Susana Viera, que o expulsou de casa. O dito-cujo encheu a amante de por***da e ela o denunciou na polícia. Agressão física contra mulher, enquadrado na Lei Maria da Penha.

3. Num vôo de volta dos EUA, Dudu Nobre e sua mulher, a modelo Adriana Bombom, foram tratados de forma humilhante por dois comissários de bordo da American Airlines, que ainda agrediram um produtor e amigo do casal. Neste caso, a agressão se enquadra na Lei Afonso Arinos.

4. Finalmente, nesta sexta-feira, dia 21/11, Marcelo Novaes foi agredido no rosto durante uma briga na mesma Boate 00, ao tentar defender seu amigo Fábio Mondego, de uma briga envolvendo um grupo de rapazes. O cara teve que fazer uma cirurgia plástica porque levou um corte no rosto profundo (21 pontos). Neste caso, a pena é leve e a prisão pode ser substituída por multa.

Casos de famosos que foram parar nos jornais nas duas últimas semanas, e que terão alguma consequência porque estas pessoas são famosas, só isso! Que que esse povo faz tanto por aí, frequenta boates, se casa, viaja de avião? Não pode, meu amor, não pode mais sair de casa!

E os não famosos, cujos casos passam desapercebidos pela sociedade? Quando estes casos são julgados, na maioria das vezes, não dão em nada. Estou cansada de viver num país onde as pessoas acham que podem te julgar pela sua cor, te provocar até começar uma briga, chegando as vias de fato, te bater, te agredir, te insultar, e fica por isso mesmo. Eu já passei por uma situação dessas e a turma do "deixa-disso" entrou em ação. Quando a situação se acalmou e a fera que queria me agredir foi domada, eles ainda me acusaram de tê-la provocado.

Outro dia, vinha voltando com o meu marido de um restaurante aqui perto de casa, e um cara jogou sua moto em cima da gente, sobre a calçada, porque ele queria trafegar na contra-mão e a rua em questão é de muito movimento. Meu marido ficou chocado com a petulância do cidadão (???), se sentiu agredido. Eu fico chocada todo dia por não fazermos mais nada, por não acreditarmos mais nas nossas leis.

BASTA! BASTA!

Pânico de chuva forte

temporal. sm 1 Anat Osso par situado na
parte lateral e inferior da cabeça. 2 Grande
tempestade; estado de grande perturbação atmosférica.


Tenho verdadeiro pânico de temporal. Talvez seja por isso que fiquei tão irritada de passar pelo que passei na segunda-feira passada. Saí do trabalho às 19:00, achando que ia dar para chegar em casa, mas só consegui chegar às 22:00. Choveu um pouco e o Rio de Janeiro virou um caos. Tudo alagado, metrô entupido de gente, ônibus parados num engarrafamento sem tamanho...

A previsão é de mais chuva esta semana. Enquanto isso, não posso estrear as minhas sandálias novas, grandes objetos de desejo, influência da minha irmã.

Mas, a coisa está séria. Não sei se é esse tal de aquecimento global que anda nos mostrando os maus tratos a nossa Mãe-Terra, mas o fato é que em alguns lugares, o povo anda sofrendo mais ainda. O contato com o povo de Santa Catarina neste final de semana me fêz pensar se o estado já não pode ser considerado uma nova New Orleans. Veja só as imagens de umestado submerso...




Essa aí em cima é Itajaí. Conheci a cidade quando a minha cunhada morou por lá. É uma cidade portuária, a mais próxima do aeroporto de Navegantes (que usamos quando vamos a Balneário Camboriú), e que é majoritariamente constituída por casas e edificações baixas. Tenho pena dos que perderam tudo debaixo destas águas. As chuvas por lá já estão durando dois meses...

Veja o estado que ficou a BR-470, completamene distruída. A Defesa Civil está tendo que lidar com mais este problema: estradas destruídas, bloqueadas, quedas de barreiras e a correnteza dos rios, que impede a navegação de barcos menores. Eles estão buscando descobrir uma forma de ajudar as pessoas que estão ilhadas, já que não conseguem chegar até lá.


Essa aí é Blumenau, mais uma cidade que foi severamente atingida pelas chuvas e que está assim, sem saída.

E as crianças lutando para salvar os animais, não é incrível como o homem sempre tira forças, não se sabe de onde, para ser solidário?


Esses meninos são de Joinville e esse pessoal ilhado, também. Fiquei com muita pena deles.

Juro que me peguei pensando que a melhor iniciativa natalina deste 2008 terrível seria passar na Defesa Civil e deixar alguma doação que pudesse ser enviada para eles. Feijão, arroz, farinha, água potável, cobertores, roupas usadas... enfim, algo que possa aquecer o coração de quem perdeu tudo...

terça-feira, novembro 18, 2008

Califórnia em chamas


Vi as notícias na tv e no jornal e fiquei me perguntando que tempo o povo tinha para fugir. Vendo as mais recentes fotos do Denverpost, vi que a galera tem tempo para outras coisas...



o bicho pegando lá embaixo...


... e o povo com tempo para tirar foto...



Preciso falar...

Ela pegou o saquinho com o sanduíche a o copo do suco e caminhou em direção ao banquinho da praça. Era um bonito dia de primavera, quase verão, e estava começando a esquentar pra valer. E aquele era um bom lugar para fazer um lanche, já que almoçar não seria possível para ela. Com o tempo, estava se acostumando a estas substituições de refeições, coisa comum naquele país, mas tão incomum no seu.

No entanto, apesar do clima agradável daquele lugar, ela sentia um mal estar, como se algo estranho estivesse prestes a acontecer. Sentou-se no banco, acomodou o lanche em suas pernas e abriu o pacote com o sanduíche. Na segunda mordida, começou a perceber a chegada de moscas, muitas moscas. Elas vinham na sua direção e ficavam pousando no seu corpo. Num piscar de olhos, já estava tomada por moscas da cabeça aos pés. De chofre, soltou o sanduíche que caiu na terra, ao lado dos seus pés. Sentia o corpo todo tomado por moscas, como fica de abelhas o corpo do apicultor quando lida com colméias.

Abertos, apenas os olhos, buscando ajuda, alguém que pudesse afugentar aqueles insetos repugnantes. O medo era tanto, que ela evitava piscar, apreensiva de ter uma mosca presa em suas pálpebras. A boca mantinha fechada, para evitar qualquer contato. De súbito, começou a sentir dor em seus lábios, pois era tanta a força em prende-los que seus dentes começaram a feri-los. O zumbido em seus ouvidos era enorme e as asas das moscas lhes faziam sentir cócegas, dando-lhe a sensação de que seus ouvidos haviam virado túneis para aqueles seres brincarem de esconde-esconde.

Diante do inesperado da situação, ficou se perguntando: por que com ela? De onde haviam saído aquelas moscas todas? Se mosca gosta de carne podre, onde estaria escondida aquela podridão toda, por tanto tempo? Por que nela? Por que ninguém se prontificava a ajuda-la?

Sentia um asco tão grande, um desespero, um nojo daquela situação. Os olhos aflitos começaram a ver gente se aproximando, gente que estava muito assustada, sem entender o que se passava, mas ao mesmo tempo querendo descobrir quem estava ali embaixo. Pessoas foram se aglomerando em torno dela, mas como medo do contágio, evitavam espantar as moscas, pois temiam que as mesmas os escolhessem também como pista de pouso.

De repente, diante da agonia de não poder falar, nem pedir ajuda, ela se deu conta. Tinha que sair daquele filme de terror. Não era real. O cérebro percebeu que tinha que agir e rápido. Com um movimento brusco, ela jogou o corpo para trás.

Sete horas. Soou o alarme do despertador.

Ufa! Consegui acordar.

domingo, novembro 16, 2008

It's now or never

Outro dia, estávamos planejando um arremedo de festa de final de ano quando alguém sugeriu um karaokê, para animar. Todo mundo topou na hora. Meu chefe, baiano, disse que ganharia todas se ele pudesse cantar "It's now or never", do Elvis.

Eu fiquei imaginando o chefe empolgadão cantando essa música, concentradíssimo, para arrebentar no Karaokê. Na boa, eu também me amarro em cantar em Karaokê.

Dois dias depois, fui à Salvador. No café da manhã, restaurante à beira da piscina, me dei conta de que estava tudo muito silencioso. Eu só ouvia o barulhos de garfos, facas e colheres em ação. Pedi uma tapioca e fiquei contemplando o prato, quando, de repente, o metre disse a uma das garçonetes que ia colocar uma musiquinha.

Quando a música começou a tocar, para minha surpresa, era "It's now or never". Me peguei pensando que todo baiano cresce ao som de Elvis, ao contrário do que eu imaginava. Afinal, quem tem Gal, Gil, Caetano, Bethânia, João Gilberto etc., precisa do Elvis?

Segue a letra da música para quem quiser decorar:


It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow
will be too late,
it's now or never
My love won't wait.

When I first saw you
with your smile so tender
My heart was captured,
my soul surrendered
I'd spend a lifetime
waiting for the right time
Now that your near
the time is here at last.

It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow
will be too late,
it's now or never
My love won't wait.

Just like a willow,
we would cry an ocean
If we lost true love
and sweet devotion
Your lips excite me,
let your arms invite me
For who knows when
we'll meet again this way

It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow
will be too late,
it's now or never
My love won't wait.

Entreouvido por aí...

Enquanto andávamos na orla da Lagoa, hoje pela manhã, ouvimos uma senhora, com o celular em punho, berrando, como se imaginasse tão surdo quanto ela quem estava ao outro lado:

- "Pode ir, seu barango, pode ir! Quem vai querer saber de você por aqui? Vai, barangão!"

Eu fiquei imaginando o "barangão" - será que esse era um apelido carinhoso? Pela entonação de sua voz, não deu para saber!

Para dois amigos, Vania e Sergio, que adoram Nasrudin

O sermão de Nasrudin

Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça em Nasrudin. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe para fazer um sermão na mesquita.

Ele concordou.

Chegado o tal dia, Nasrudin subiu ao púlpito e falou:

"Ó fiéis! Sabem o que vou lhes dizer?"

"Não, não sabemos", responderam em uníssono.

"Enquanto não saibam, não poderei falar nada. Gente muito ignorante, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja", disse o Mullá, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.

Desceu do púlpito e foi para casa.

Um tanto vexados, seguiram em comissão para, mais uma vez, pedir a Nasrudin fazer um sermão na Sexta-feira seguinte, dia de oração.

Nasrudin começou a pregação com a mesma pergunta de antes.

Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:
"Sim, sabemos".

"Neste caso", disse o Mullá, "não há porque prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora."

E voltou para casa.

Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da Sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.

"Sabem ou não sabem?"

A congregação estava preparada.

"Alguns sabem, outros não."

"Excelente", disse Nasrudin, "então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimento para àqueles que não sabem."

E foi para casa.

A viagem da vida

Vários escritores famosos já escreveram sobre ela... alguns, cito aqui:

"Longa é a viagem rumo a si próprio,
inesperada é sua descoberta."
Thomas Mann

"Há um tempo em que é preciso abandonar
as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre
aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não
ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem
de nós mesmos".
Fernando Pessoa

"O que você deixa para trás não é o que é gravado
em monumentos de pedra, mas o que é tecido nas
vidas de outros."
Péricles

Fullgás

Hoje, o dia começou maravilhoso. Voltando para casa na hora do almoço, ouvimos no carro uma clássica. Aumentamos o volume. Dançamos, cantamos. Nos sentimos felizes.


Salve, Marina Lima!

sexta-feira, novembro 14, 2008

Porque as mulheres odeiam quando os maridos as trocam pelo futebol

Recebi de uma amiga e queria compartilhar com vocês... isso explica tudo!

Cheirinho de Flores Silvestres

But!

Inteligência agúda!

O calendário humano aí do blog


Por que a plaquinha de 2008 é sempre
segurada por uma gordinha?


Será que ela está querendo me dizer alguma coisa?
Não precisa, o espelho do provador da loja hoje já me disse!


Teoria


Eu tenho cá uma teoria particular que avião com muitos artistas não cai. Então, quando eu entro num que está cheio de gente que eu reconheço da tv, não fico com medo.

Hoje, no meu vôo de volta de Salvador, estavam o Luiz Fernando Guimarães, com uma amiga, a Cris Viana, lindíssima, diga-se de passagem, e a Nara Gil e sua banda. Dava pra cair esse Air Bus com toda essa gente?

Pois não é que ficamos numa turbulência danada durante 1 hora e 15 minutos? Resultado: dor de cabeça e enjôo. Um stress! Afinal, eu estava viajando de TAM, né?

Mas, como a minha teoria não falha... Agora, se tiver um artista só, daí, pode se preocupar.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Citações

Gostei do que vi no evento que fui na Bahia, sobre administração hospitalar.

"Não é o mais forte da espécie que sobrevive,
nem o mais inteligente.
É o que melhor se adapta às mudanças"
(Charles Darwin)

"O pior inimigo é aquele que
está do seu lado da trincheira"
(Sun Tzu)

Não são complementares estas citações?

Preconceito

Numa época revolucionária de um Barack Obama eleito presidente dos EUA, hoje ouvi um comentário no mínimo interessante. Pela primeira vez, me colocaram um taxista a disposição, para me levar a todos os cantos. Isso que dá ser convidada a fazer uma palestra num evento. Seu Osvaldo, o taxista baiano, era simpatissíssimo. E negro.

Ontem, ao final do evento, quando foi me buscar para me levar para o hotel, teve a maior dificuldade de acessar o local onde eu estava. Haviam fechado uma das entradas, e o povo estava tendo que entrar pela porta de saída.

Quando finalmente eu entrei no táxi, S. Osvaldo me disse: - Tive que esperar uns vinte minutos até conseguir entrar, porque a porta estava fechada! Parece coisa de preto ou de português!

Eu fiquei besta. Logo ele, um negão, se referindo assim aos seus 'pares'?! Eu não vejo um branco dizendo: É coisa de branco!

E o português, então, que só porque foi nosso colonizador leva a fama de burro consigo para o resto da vida?! Estamos sempre generalizando, né?!

Mas, não fica só nessa não: a baiana que me convidou para fazer a palestra me levou para almoçar. Na volta para o local do evento, parou o carro no meio da rua, movimentadíssima por sinal, e disse que "ia fazer uma baianada" (sic), digo, um retorno em lugar proibido. Como assim, cara pálida, então você assume que baiano tem fama de dirigir mal? E comprova essa fama? (Graças à Deus, ela resolveu andar um pouquinho e fazer o retorno no lugar correto, depois de esperar um tempo e não conseguir uma brecha para fazer aquela m*** toda!)

E a pior, uma dona no avião cismou que ia viajar numa poltrona que não era a sua para ficar perto dos amigos. De repente, a dona da poltrona chegou. E era uma senhorinha muito humilde, que estava viajando de avião pela primeira vez, e que queria viajar naquela poltrona ao lado de seu filho (o vôo estava lotado!). A dona então saiu do lugar, não sem antes arrumar uma confusão. Quando ela já estava sentadinha algumas poltronas atrás, se deu conta que tinha perdido seu Black Berry (BB). Voltou ao local onde já estavam acomodados a senhorinha e seu filho e pediu para procurar seu celular. Como não encontrava, pediu à sua amiga que telefonasse para o seu celular para que, ao ouvir seu toque, pudesse localizá-lo mais facilmente. Foi quando teve a brilhante idéia de profanar:
- Senhora, acho que meu celular está dentro da sua bolsa!, baixinho, já com vergonha do que ia dizendo!

E a senhorinha respondeu: - Você está me chamando do quê?

Eu pensei que fosse rolar um barraco no ônibus, digo, avião. A gente já estava perdendo a paciência, pois enquanto a situação não se resolvia, o avião não decolava. E, ao final, acho que a dona achou o BB dentro da própria bolsa.

Vivemos ou não num país de fidalgos, senhores de engenhos, negros e pobres, heim? Que fim achamos que demos às nossas castas? Acho que elas estão bem aí, na nossa cara, nós é que insistimos em não vê-las!


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PS.: Qual gato te dá mais sorte: o preto ou o branco?

Voltando a história do motel

Estive em Salvador ontem e hoje, menos de dois dias na verdade, e fiquei hospedada num hotel na orla. Pude observar vários motéis a caminho do meu hotel, e reparei nesta história de almoço grátis.

As plaquinhas diziam: R$49,00 no período de almoço, e o almoço é grátis! Fiquei me perguntando quanto tempo de almço esse povo baiano tem... se bem que essa história é assim no Brasil inteiro (aqui no Rio é a mesma coisa).

Pois bem, não deveria ser "e o almoço está incluído?" Ninguém dá nada de graça para ninguém. Então se o motel está cobrando R$ 49,00 e oferecendo o almoço, talvez a hora de permanência lá é que seja grátis.

Analisando o "balanço" da contabilidade do motel, acho que tem alguma coisa errada nesta conta, ou o marquetingue é que está muito mal feito! Enfim, o que importa é atrair a clientela!

A propósito, e mudando a prosa lá para o sul do Brasil, eu adoro a criatividade do povo catarinense. Chamar motel de " 'Cê que sabe" é o suprassumo da criatividade. A história lá é a seguinte: o moço leva a namorada para passear e pergunta pra ela: - Quer ir aonde, meu bem? E ela reponde - 'Cê que sabe! E daí ele corre pro motel. Ê, catarina cheio de manha!

Para aqueles dias em que tudo dá errado...

... podemos até pregar um quadrinho na parede... como esse aí embaixo:

Quer ver outros bacaninhas? Vá em http://decoeuracao.blogspot.com/2008/11/frase-de-efeito.html e divirta-se!

Eu tenho cara de quê?

Hoje, voltando para casa, resolvi tomar um táxi. Chovia, o engarrafamento estava enorme e eu estava saindo do Rio Sul com um sacola. Eu sempre fico apreensiva de pegar ônibus com um sacola. Ainda mais nesta época de Natal. Acho sempre que vou ser assaltada, que a sacola vai chamar a atenção. Tudo bem, era uma sacola da Renner, mas chama a atenção do mesmo jeito (a Renner até que tem umas coisas bem bacaninhas).

Entrei no primeiro táxi que vi. Não era de cooperativa nenhuma, apesar de eu tê-lo tomado no ponto da Sul Táxi, a cooperativa do próprio Rio Sul. Só depois que eu entrei no táxi, é que o motorista comentou que ele não tinha bandeira.

Pois bem, o cara era bem falante e foi logo me dizendo que era solteiro e tinha 43 anos (????? - e eu com isso?). Foi falando das pessoas que entravam no táxi, como elas se comportavam, porque não pegavam qualquer táxi e, de repente, o papo descambou para banho. É isso aí: banho. Ele disse que adorava tomar banho e que se ficasse em casa o dia todo perigava tomar 4 banhos por dia, pelo menos. Ah, e com um detalhe: tudo banho frio. O cara disse que só tomou banho frio a vida inteira e que, por isso, nunca ficou doente, nunca teve nem um resfriado. Todas as doenças da família restaram ao irmão dele, que operou-se sete vezes (eu juro que não perguntei o quê o cara operou!). Outro detalhe, ele quase não come carne vermelha, só frango. Disse que o frango é milagroso e a carne vermelha faz um mal danado. Acho que o cara estava querendo me converter, vai ver era isso.

Eu fiquei me perguntando por que ele estava me contando aquilo tudo, quê que ele tinha visto em mim para sair falando aquelas coisas tão pessoais. Olha que hoje eu nem estava num bom dia! Mas, fiquei lá, ouvindo. Não tinha opção, né?

De repente, a história do banho ficou surreal: o cara resolveu me dizer que, certo dia, faltou água na casa dele e ele queria sair para trabalhar. Como não tinha alternativa, ele se lembrou que um motel perto da casa dele oferecia almoço grátis. Então, resolveu que ia passar um tempo no motel, tomar banho, almoçar, e depois sair para trabalhar. Dito e feito: foi para o motel no táxi, sozinho. O cara da recepção não entendeu nada. Entrou, tomou banho, almoçou, mas como o almoço era para dois, bateu um rango duplo, ficou embuxado. Descansou um pouquinho e depois saiu. Nesta brincadeira, passaram-se 40 minutos e ele saiu do motel, deixando o cara da recepção mais surpreso ainda.

E eu ali, fazendo o maior esforço para não cair na gargalhada, porque o papo era seríssimo! Agora, eu me pergunto, eu tenho cara de quê? Por que esses loucos sempre me acham?

Ah, e para quem achou que isso era uma cantada, eu acho que essa não era sua intenção, mas, se era, o cara seguiu a risca aquele manual do conquistador barato, no que diz respeito ao que não fazer. Vai ver, é por isso que ele tem 43 anos e é solteiro!

Não sei o que me choca mais...

Estive fora um dia e meio. Pela TV e internet, vi o que andam fazendo com o mundo...não sei o que me choca mais. Veja você mesmo.

Este menino aí da foto está com cólera e é mais uma das vítimas da guerra civil do Congo. Este lugar onde ele está é um hospital, onde ele está recebendo tratamento, mas suas chances são poucas. Veja mais em: http://blogs.denverpost.com/captured/2008/11/12/fighting-in-the-congo

Estes dois aí de cima estão no meio de um tiroteio entre a polícia e traficantes no Morro do Pavão-Pavãozinho. Aconteceu ontem. É guerra civil, meu caro, se você ainda não se deu conta. Leia a matéria em: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/11/13/policia_informa_que_operacao_no_complexo_pavao-pavaozinho-cantagalo_vai_continuar-586386020.asp

Se for possível, se compadeça! Ó, Senhor, protegei as crianças deste mundo!

Tenho tanto sentimento...

TENHO TANTO SENTIMENTO

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isto é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa - Cancioneiro (II)

sexta-feira, novembro 07, 2008

Blogs

Tô ficando obcecada por ler blogs. Tem muita gente boa escrevendo coisas! Muito mesmo! Passeando pela indicação dos outros, a gente se perde na quantidade de blogs bacanas, com imagens bacanas e textos legais para a gente ler. Ah, se eu tivesse mais tempo....

Queria tempo para escrever mais, para produzir mais, para dialogar mais comigo mesma, mesmo quando estou com uma roupa sem botões. Terapia "de grátis". O mais estranho é que quanto mais eu leio e escrevo, menos me lembro dos meus sonhos. É como se descarregasse o HD no blog, ao invés de utilizar o sonho para isso. Acordo zerada, mas zerada mesmo, se à noite tiver passado por aqui, tiver lido a Clarice, a Letícia, a Flor de Lotus, o PRG, a Cacau, a Cristiana, enfim, todos aqueles que eu acompanho... e tiver deixado um ou outro pequeno e singelo comentário.

Blog é uma cachaça! Escrever é muito bom! Desopilar a alma, abrir-se para o Universo, sem medo por não estar certo, por não ter sentido, por ser descoberto...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Só para registrar...

A cena mais tocante do filme Mamma Mia é a que a personagem Donna canta "I don't wanna talk..."

Segue a letra da música... fantástica!

The Winner Takes It All
ABBA
Composição: Benny Andersson & Björn Ulvaeus

I don't wanna talk
About the things we've gone through
Though it's hurting me
Now it's history
I've played all my cards
And that's what you've done too
Nothing more to say
No more ace to play

The winner takes it all
The loser standing small
Beside the victory
That's a destiny

I was in your arms
Thinking I belonged there
I figured it made sense
Building me a fence
Building me a home
Thinking I'd be strong there
But I was a fool
Playing by the rules
The gods may throw a dice
Their minds as cold as ice
And someone way down here
Loses someone dear

The winner takes it all.
The loser has to fall
It's simple and it's plain
Why should I complain


But tell me does she kiss
Like I used to kiss you?
Does it feel the same
When she calls your name?
Somewhere deep inside
You must know I miss you
But what can I say
Rules must be obeyed


The judges will decide
The likes of me abide
Spectators of the show
Always staying low
The game is on again
A lover or a friend
A big thing or a small
The winner takes it all


I don't wanna talk
If it makes you feel sad
And I understand
You've come to shake my hand
I apologize
If it makes you feel bad
Seeing me so tense
No self-confidence
But you see
The winner takes it all
The winner takes it all...


Someone dear...
Takes it all...
The loser ...
Has to fall...
Throw a dice...
As cold as ice...
Someone way down here...
Someone dear...
Takes it all...

Estou preocupada...

Antes queria que outubro acabasse logo. Agora, quero que 2008 vá para o inferno...

Incrível como nossa mente às vezes nos prega peças quando estamos preocupados...

Mamma Mia!

Que delícia de filme! Que trilha sonora! Que barato! Eu quero ser a Meryl Streep: ela está sensacional! Que coragem! Muito bacana o estilão do Pierce Brosnan, meu 007 fantástico de sempre...



O tempo não parece passar... diversão garantida!

Dia histórico

Não sabemos quem ele é, nem o que ele vai fazer. Se Obama é um louco, ou se é são, só o tempo dirá. Belicoso, ou não, já deu pistas. Judeus estão com medo. A comunidade negra está orgulhosa. O primeiro negro a comandar o país mais "poderoso" do mundo (será ainda, depois de toda esta crise?).
Gosto das fotos deste fotógrafo. Por isso, as posto aqui. O endereço, para ver mais, é:


Eu torci para este cara. Espero não me arrepender.

terça-feira, novembro 04, 2008

Nilton Bonder

"Toda a compreensão que temos dos outros deriva de nós mesmos. Quando nos identificamos com alguém e podemos aceitar sua forma de ser, significa que encontramos em nós mesmos elementos semelhantes ao outro. Identificamo-nos com os outros quando entendemos existir em nós as mesmas limitações, angústias e ansiedades que experimentam. Por esta razão, para que este mundo seja mais tolerante é fundamental que as pessoas se conheçam mais. O autoconhecimento é um dos movimentos políticos menos reconhecidos e computados nas análises das forças que transformam este mundo. A paz só é possível entre pessoas que se conhecem."

Nilton Bonder

Unha quebrada

Adoro fazer minha unha. Apesar de ser destra, tenho a maior facilidade para pintar a mão direita. Fica direitinho. Nem parece que não é unha de salão. Não tenho paciência para salão. Ontem, um "zoiudo" meteu o olho na minha unha e ficou me elogiando. Não é que a unha do indicador quebrou logo em seguida? Que saco! Tem gente que tem olho grande mesmo! Xô, "zoiudo"! Vai azarar as unhas da sua patrôa!

sábado, novembro 01, 2008

Me deixa em paz

Me deixa em paz
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

Evitar essa dor
é impossível
Evitar esse amor
é muito mais
Você arruinou
a minha vida
Me deixa em paz

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar

Evitar essa dor
é impossível
Evitar esse amor
é muito mais
Você arruinou
a minha vida
Me deixa em paz
Você arruinou
a minha vida
Me deixa em paz
Me deixa em paz
Me deixa em paz
Me deixa em paz

......................................................


Depois de uma semana fora ouvindo essa música, está difícil tirá-la da cabeça. Linda, linda, linda. Seu Jorge e Tereza Cristina dão um show. A música é antiga, a composição é do Ayrton Amorim e Monsueto, mas é super atual!

A Rainha

Ontem, depois de muito tempo, assisti ao filme "A Rainha". Comprei o dvd há um tempo e esqueci na estante. Como tenho muitos, fui assistindo um por um aos poucos e deixei este para lá. Eu queria mesmo era ter visto esse filme no cinema, mas muito rapidamente ele saiu de cartaz, aliás, como vem acontecendo com a maioria dos filmes.

Fiquei muito impressionada com o filme. Primeiro, com a semelhança obtida pela caracterização da Helen Mirren. Ela está a cara da Rainha da Inglaterra. Depois, porque achei que seria muito difícil escrever um roteiro sobre uma pessoa ainda viva. E atuar então, nem se fala, pois guardar as semelhanças com este personagem vivo e ouvir suas críticas não deve ter sido fácil para quem estava atuando.

Mas, acho que o que mais me impressionou foi o fato do filme tratar de um tema tão recente, e tão vivo ainda nas nossas lembranças, como foi a morte da Princesa Diana. Não faz muito tempo, nós a adorávamos. Eu assisti pela televisão as imagens de seu casamento com o feioso do Príncipe Charles e amei cada centímetro daquele véu que ela usou, enorme e exuberante. Ao mesmo tempo, ela parecia uma princesa de contos de fada. Depois, vimos pela tv as cenas de seu funeral, e acompanhamos o desdobramento do inquérito sobre a sua morte, que recaiu sobre os ombros dos paparazzi que a seguiram. Enfim, tudo tão fresco na memória, que chega a assustar. As imagens reais intercaladas com o filme davam um ar de documentário muito louco, e me fizeram chorar muito.

Ver que, na Inglaterra, a rainha do coração era a Lady Diana, e que a Rainha Elizabeth e sua família eram vistas apenas como um bando que têm que ser sustentado pelo povo é chocante. Uma instituição como aquela parece tão sólida e tão adorada, que nos custa acreditar que não seja querida por seu povo.

Estive recentemente na Inglaterra, como você pode ter visto em posts anteriores, e visitei uma exposição sobre esta rainha, sua coroação, e tive a chance também de ver suas jóias, suas louças e suas roupas. Ela era tão garota quando tornou-se rainha! Não sabia nada da vida. Teve que aprender a carregar este peso muito cedo, não do manto, mas do cargo. Me peguei pensando no que deve ter sido a vida dela, sempre muito sozinha e, ao mesmo tempo, solitária.

Cada vez mais me convenço que a gente não pode julgar o que a gente desconhece. A vida tem muito mais mistérios do que sonha nossa vã filosofia - mesmo!

10 Saias Justas

Eu adoro o programa Saia Justa do GNT. Vejo este programa desde que começou a ser exibido, ainda com a formação original (Marisa, Fernanda, Rita e Mônica). Muitas "saias" já passaram por lá, eu sei, e eu gosto muito das debatedoras atuais.

Estava fazendo uma arrumação nas minhas revistas, para separar algumas que vão para o lixo, outras, para doação, quando encontrei uma revista do Fantástico que trazia uma matéria com a Glória Kalil, que eu também adoro, e ela dava uma receita das dez saias justas mais saias justas. São as situações em que ninguém deseja ver a si mesmo ou a uma amiga (e dicas de como salvar-se ou salvá-la):

1 Mau hálito
2 Desodorante vencido
3 Salsinha no dente
4 Zíper aberto
5 Peito pulando para fora do biquini
6 Alguma coisa grudada no sapato
7 Meleca no nariz
8 Mancha de sangue menstrual na roupa
9 Dizer "pobrema" ou "a nível de"
10 Olheiras de rímel derretido.

Eu incluíria (no caso de um amigo), ter um sutiã preto pendurado no bolso traseiro da calça! Tudo isso, segundo a Glorinha, tem jeito. Veja o que ela sugere:
As mulheres devem avisar às mulheres; os homens, aos homens.
E caso ninguém tenha coragem de abordar os temas mais delicados, como o mau
hálito, até um bilhete anônimo seria mais caridoso do que deixar o
pobre coitado entregue à própria sorte.

As "saias" já debateram esses temas inúmeras vezes. Tudo isso é mesmo uma coisa bastante complicada, se bem que com relação ao sapato, a única coisa que, ao meu ver, pega muito mal é pisar em cocô. Lembro de um episódio de Sex and the City no qual Carrie estava melancólica em Paris quando pisou com seu maravilhoso scarpin num cocô de cachorro e ficou desolada, como se aquilo não combinasse com a cidade luz.

Eu não tenho do que me queixar: tomo o maior cuidado e raramente passo por estas situações. Tenho o maior medo de uma grande árvore lá no Largo da Carioca que é abrigo de pombos e fico bem atenta para evitar que eles resolvam fazer a minha roupa ou cabelo de banheiro.

Mas, a vida é isso. Se essas situações não existissem, não teria a menor graça.

Histórias de criança

Quando eu era criança, nos tempos da escola, eu sempre era chamada de girafa. Era muito alta, tinha uma estatura muito acima dos meus coleguinhas de classe e, ainda por cima, era muito magrinha.

Isso me dava um complexo de inferioridade danado. O pior é que eu sempre me apaixonava pelo menino mais baixinho da turma, o que não ajudava em nada. Com o tempo, eu fui tentando encolher, fechando os ombros e me entortando toda para não parece tão alta.

Quando chegava ao final do ano, era a hora do sofrimento pois tínhamos sempre que tirar aquela foto de turma, enfileirados, ao lado da nossa querida professora. Eu ficava sempre lá atrás, junto com os meninos mais altos e mais desengonçados, como se fosse o final da escadinha. Os meninos mais legais, aqueles de quem eu gostava, assim como as minhas amigas, ficavam na frente e apareciam em destaque.

Um dia, ainda na escola, um coleguinha chamado Romualdo, irmão da Marcinha, me chamou de girafa e eu me enfureci: quebrei meu guarda-chuva vermelho na cabeça dele. Ficou um galo enorme. Fomos enviados para a coordenação. Tia Silvona, a diretora, nos perguntou o motivo da briga e eu contei. Não é que ela me deu razão? Até hoje ela diz que me adora! E eu também adoro ela, minha diretora que era altona e que agora está baixinha (o tempo passa e a gente encolhe).

Num dos meus anos mais sofridos, precisei fazer fisioterapia na ABBR, onde eu ia para uma sala de alongamento. Naquela época, eu tomava muito ácido fólico e fazia alongamento quase todos os dias, num estalar de ossos que me dava arrepios. Eu estava entrando na puberdade, uma época que a gente muda muito. Minha mãe começou a ficar apavorada quando percebeu o quanto eu estava crescendo (em média 1 cm por mês). Não tinha jeito, eu estava cada vez mais desengonçada. Me lembro da minha mãe me ameaçar de colocar um aparelho nas costas caso eu não me endireitasse. Como teria sido bom se ela tivesse feito isso, hoje eu penso! Eu não parava quieta na cadeira, era muito difícil ficar ereta. Hoje, também sofro para manter as costas no lugar e penso muito em fazer RPG ou pilates.

A girafa estava lá, desengonçada e sem remédio. Foi quando a escola fechou um convênio para que tivéssemos aula de ginástica no Clube Militar, no bairro do Jardim Botânico. Eu escolhi fazer jazz, porque eu adorava música. Mas, eu era como aquela girafinha ao nascer, que mal consegue dar os passos corretamente. Fazia um giro e já alcançava o final da sala. Tinha que ficar na última fila, porque se não encobria todas as meninas. Eu mal conseguia me ver no espelho de tanta gente que havia na minha frente. Tinha muita flexibilidade, mas não conseguia ter uma boa noção do tamanho do meu corpo e sempre esbarrava em alguém quando tentava dançar.

Foi uma pena que eu tenha desistido do balé, porque hoje eu estaria muito melhor no que diz respeito à minha flexibilidade (que eu teria mantido em níveis excelentes), mas porque eu não teria endurecido tanto ao dançar - e naquela época eu dançava muito, em casa então, nem se fala!

Hoje, não tão magra, já não pareço tanto a girafinha, mas sim uma mulher grande. Gosto de salto alto, coisa que eu demorei a usar, e de me exibir, hábito que eu não tinha quando menina, pois o que eu queria mesmo era sumir. Não ligo mais de ser grande. Luto é para manter o peso sobre controle, com tantas guloseimas ao alcance. Não tive tanta dificuldade assim para arrumar namorados. Afinal, eles também cresceram nesta minha geração e nas que vieram depois. Homens altos são bonitos e cada vez mais comuns, mas sem tirar o charme dos baixinhos. Com o tempo, e a maturidade, foi ficando cada vez mais fácil ver a beleza no coração das pessoas e não no seu corpo físico. E a girafinha virou ícone, um animal querido, parte da infância, que vou levar para toda a vida.