sexta-feira, abril 02, 2010

Conselhos que eu daria ao meu chefe, se ele me ouvisse

Eu gosto muito do meu chefe, que fique muito claro. Mas, ainda sobre a demanda que motivou o post anterior, eu andei pensando numas coisas que eu gostaria de dizer a ele, se ele pudesse me escutar só um pouquinho:

1) Se a demanda que ele nos entrega é pra amanhã, por favor, diga exatamente o que quer que a gente faça. Meu chefe tem a mania de deixar a gente ter idéias e, depois do trabalho pronto, começa a querer mudar tudo, pra coisa ficar do jeito dele. Tem horas que tudo o que a gente quer é que alguém diga exatamente o que tem que ser feito, para nos poupar tempo e esforço;

2) Se pediu para que alguém supervisione o trabalho, não passe a supervisão para outra pessoa no meio do caminho, sem comunicar à primeira. Assim não dá, assim não pode. É tirar o trabalho da sua mão, sem te dar a oportunidade de terminar o que você começou;

3) Se no meio do caminho decidir envolver outra pessoa, explique direitinho pra essa pessoa o que os outros, que já haviam sido envolvidos anteriormente, estão fazendo. Caso contrário, a pessoa não saberá porquê está sendo envolvida e não vai engolir as resistências dos demais às suas críticas tardias;

4) Se tem um prazo a ser seguido, não fique mudando o deadline a todo tempo. Caso contrário, a gente se sente "enrolado no xale da doida"(*) por muito tempo, e fica querendo se livrar do trabalho a qualquer custo e isso, infelizmente, prejudica a qualidade da entrega.

Eu diria isso pra ele, mas ele não interioriza essas coisas, não. Fazer o quê, né? Ele acha que faz uma gestão-natural, que as pessoas são auto-gerenciáveis, e que tudo dá certo no final. Até dá. Mas, que sobrecarrega uns poucos, ah, sobrecarrega!

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(*) Expressão cunhada por uma amiga baiana do escritório, que quer dizer mais ou menos "enlouquecido, doido com um monte de tarefas, ficando tererê!!"

Um comentário:

O_PRG disse...

O dono da empresa que eu trabalho é assim, igual ao teu chefe.
Isso é o projeto do caos.
Detalhe: a empresa que eu trabalho não tem o Estado para aportar fundos. Ou seja: pode quebrar.