Realmente, encarar uma viagem de quase dez horas de dia, sem a prerrogativa do sono e do cochilo para ajudar a passar o tempo, é doloroso. Embarcamos às 9:55 da manhã, exatamente doze horas após o horário previsto. E partimos rumo a Houston, numa viagem mais do que cansativa (principalmente porque estávamos despertos). E agradavelmente surpreendente, apesar de tudo.
Embora a fila que se formou no check-in da Continental no Galeão tenha sido enorme, na terça-feira, na quarta o avião estava bem vazio. Tanto que boa parte dos passageiros que embarcaram em assentos na fila do meio (o avião era um 2-3-2 assentos), conseguiram viajar deitados, dormindo como bebês (alguns conseguiram). A maioria deles era homem, e teve uma hora que ao olhar pra eles, vi um monte de crianças dormindo aninhadas. Engraçado como a posição fetal sempre nos remete à infância, não é mesmo? Só o ronco que ecoava no avião era coisa de gente grande!
Para me manter entretida e não pensar no feriado perdido, decidi ler o livro que havia elegido como companheiro de viagem. Vou falar dele depois, já que separei alguns trechos para transcrever aqui. Eu simplesmente retomei a leitura na página 53, onde havia parado antes da viagem, e terminei de ler o livro, devorando as 104 páginas que restavam durante o vôo. Nào consegui parar. Simplesmente adorei! Nada como uma história bem escrita para nos entreter.
Parece que as histórias dos livros são sempre melhores do que a vida real. Eu até que aproveitei alguns momentos do vôo - quando estávamos sobre a Amazônia, e seu mar-verde-de-árvores, ou quando voávamos sobre a Cordilheira dos Andes - para pensar na minha vida.
Sei que há muito para fazer, há que se ter muita coragem para se encarar tantos desafios, e mais, há que se querer muito para realizar tantos desejos. Eu os mereço realizados. Sempre fui uma guerreira, não posso desistir agora. Por que eu desistiria?
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