"Ufa! Quem bom que a gente conseguiu chegar, né? Pode deixar que a moto do seu irmão vai ficar bem protegida aqui na garagem. O Seu Osvaldo é legal, ele foi maneiro em nos deixar parar a moto aqui dentro, mesmo com o carro da Cecília na garagem.", ela sussurra pra ele.
"Ainda tem gente que pensa por aí. O que custava a ele deixar eu parar a moto aqui dentro?", ele responde.
"O emprego dele, ué! Está na convenção do condomínio que não existem vagas para visitantes. Ele só deixou porque me conhece. Amanhã, vou falar com o síndico e explicar que foi a chuva...", ela continua sussurrando.
"Ah, tá bom! Pára de falar um pouco e me beija...", ele pede. Ela corresponde, com as chaves de casa na mão. Ele está encharcado, ela também, com a roupa grudada no corpo. Vão caminhando em direção a cozinha, falando baixinho para não acordar a Cecília, que está no quarto, de porta fechada, dormindo o sono dos justos.
Ele então começa a tirar a camisa, que pinga no assoalho de cerâmica da cozinha. Ela observa seu peito, com pelos grisalhos e pensa em como ele é bonito. Ela vai ao banheiro buscar uma toalha e pede que ele espere ali. Ele continua se despindo, tira os sapatos e as meias, e fica só de calça, a espera dela e de sua toalha. Acha um pouco cedo tirar a calça, mas não vê a hora de se livrar daquela roupa molhada.
Ela vem com uma toalha felpuda e passa pelas costas dele, abraçando-o com a mesma. Ele então começa a despi-la, tirando primeiro a blusa e depois a saia, deixando-a apenas com suas roupas íntimas. Ele também nota que ela tem um corpo muito bonito, apesar de bem magro. Eles então começam a disputar a toalha, um secando o outro, quando ela pergunta: "Por que a gente não toma um banho logo de uma vez? Assim a gente se aquece e pode trocar de vez estas roupas..." Ele sorri, e diz que sim, pensando que não pretende colocar roupas tão cedo. Então ela diz: "Mas, sem muito barulho para..." e ele emenda: "não acordar a Cecília! Já sei, já sei". Eles caminham para o banheiro do quarto dela, mas não sem antes deixar as roupas molhadas apoiadas no tanque, na área de serviço.
Ao fechar a porta de seu quarto, ela passa a chave e lá eles ficam até o final da tarde. Nenhum dos dois sequer lembra da existência de Cecília. O dia permanece chuvoso, ideal para todo aquele romance. Ela finalmente se sente viva. "Esse dia poderia não acabar nunca mais", ela deseja.
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2 comentários:
Foi!
Uiiiii! In the shower!
Delííííícia!
PS: Sei bem como pode ser lindo um peito grisalho...ai,ai...
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