sexta-feira, dezembro 11, 2015

Sim...

Sim, eu vou chegar em casa. E vai estar tudo lá. O que construímos e o que ainda não fizemos. Os sonhos, os planos. Menos você.

Sim, é temporário. Eu sei que você volta, você sempre volta. Mas eu vou ter que conviver com a sua ausência, vou ter que preencher meus dias, e entender o que é esse vazio que eu vou sentir. Porque, sim, eu vou sentir.

Sim, eu vou sentir falta do teu corpo ali na cama, na hora de dormir. Vou sentir falta do teu ronco, da tua respiração. Eu vou dormir por muito tempo espremida no lado direito, mesmo que tenha a cama toda para mim. E vou esperar por cada chamada, cada telefonema, cada minuto que você resolver interromper a sua viagem, sua agenda cheia para lembrar de mim.

Sim, eu vou me sentir amada cada vez que você lembrar de algo que sabe que eu gosto, e mandar um whastapp ou sms para avisar que comprou para mim uma bobagem de um creme ou um batom de uma cor qualquer. E vou sentir meu coração bater mais forte, ao achar um recado escrito às pressas num pedaço de papel: "amor, te amo". Cada lembrança é como um ato de amor.

Sim, eu acho que isso é amor. Acho que com mais ninguém nesta vida eu vou sentir isso. Por mais eu que me apaixone mil vezes por um desconhecido na rua, eu acho que é ao teu lado que eu vou envelhecer. É com você que eu quero ficar, brigar, me enroscar, é com você que eu quero viajar, e é com você que eu quero tirar selfie dentro do carro no meio do engarrafamento.

Sim, eu acho que dá pé. Que a gente ainda consegue se entender, que a gente ainda tem muito tempo para pôr nossos planos em dia. Se você quiser, eu acho que a gente ainda tem muito para fazer juntos.

Sim, eu gosto que você cuide de mim, e eu gosto de cuidar de você. Se isso não é amor, não sei que nome se dá.

Sim, obrigada por você voltar. Por sempre voltar para mim.

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