terça-feira, junho 30, 2009

O final de um ciclo

Há mais ou menos um ano, eu me inscrevi num curso que eu tinha ouvido falar lá na empresa e que me atraiu por ter uma proposta diferente, por ser num local isolado e por me permitir ficar uma semana, de dois em dois meses, afastada de tudo, tranquila, sem telefone, tv e jornal.

Fui a três módulos neste sítio distante até que, no final do ano passado, optei por vir fazer o curso em Itaipava, no Rio de Janeiro. O local distante tinha ficado distante demais: de dois em dois meses, era uma luta ir à São Paulo e encarar uma corrida de 1 hora e meia até o sítio. A volta então, era dolorosa.

Mas, o curso em si, foi transformador. Do primeiro módulo até esse que estou fazendo agora, muita coisa aconteceu. Sofri, aprendi a dar e receber feedback, aprendi a conduzir uma reunião para tomada de decisão com efetividade, aprendi que a vida da gente é dividida em setênios e que cada um é marcado por uma série de características que a gente só vai entender no setênio seguinte. Descobri que eu sou uma pessoa muito colérica, que fica braba quando é contrariada e que, para não magoar os outros, tem que sair de perto - é uma estratégia - porque, caso contrário, fala besteira e depois se arrepende. Aliás, todo colérico tem um coração do tamanho do mundo.

No primeiro módulo, fomos convidados a escrever uma carta, na qual contaríamos para a pessoa que somos hoje, quase um ano depois de iniciado o processo, como estamos, o que aprendemos, como vivemos esse ciclo, de que modo evoluímos e como queremos dar continuidade ao que fizemos. Nesta carta, que reli hoje, me surpreendi com um parágrafo em especial, que transcrevo aqui:


"R., com o tempo você foi aprendendo a pensar mais antes de agir, a perdoar-se pelos seus erros e a entender que a sua dúvida, ou o seu medo, também pode ser o medo do outro. Você viu que não precisa estar armada o tempo todo, andar desconfiada de tudo e de todos, com uma armadura que a torna invencível mas que também te presenteia com dor e solidão".

Na aula de hoje, vimos que estas armaduras são típicas da fase racional, em que o homem se veste de cavaleiro, monta em seu cavalo e acha que pode tudo. Ela se configura entre os 28 e 35 anos, uma fase em que a gente está com foco nos resultados, e acha que se mudar a vida toda, tudo vai acabar bem. E eu, que já estou no setênio seguinte, estou acabando por entender, como diz um grande amigo, que eu sou o que sou. E o que sou já é algo tão grande, que eu não preciso me esforçar em parecer mais nada. Nossa, como eu aprendi. E como doeu...

Eu não sei o que vem neste último módulo, que estou fazendo esta semana. Trataremos da nossa biografia. Não sei quando foi a hora da minha virada. Só o que sei que ela já está se refletindo externamente, no meu astral e no meu corpo, num encontro com aquela que eu era e de quem eu já gostei tanto um dia.

O único problema que teremos que enfrentar, além dos nossos fantasmas particulares, é o frio, que insiste em nos castigar. Mas, nada que a gente não consiga vencer, com calma e tranquilidade...

Em tempo, o curso que estou fazendo é a Formação de Consultores e Líderes, da ADIGO.

segunda-feira, junho 29, 2009

Compaixão

Tenho a maior compaixão por estas pessoas que são estátuas vivas, destas que ficam horas paradas no meio da calçada numa rua movimentada, por onde passam milhares de pessoas que passam por ela, e sequer reparam...

Se eu fosse 'interagir' com todas as estátuas-vivas que eu vejo, já teria ganho várias florzinhas... (é que a que eu mais gosto fica na esquina com Sete de Setembro e Rio Branco e sempre nos dá uma florzinha quando conversamos com ele, ou damos uma moedinha).

O caso é que esse assunto me veio à mente porque o McDonald's lançou uma campanha publicitária recentemente (que eu ainda não achei no Youtube), cujo mote é "Pausa no Expediente" e mostra uma estátua-viva parando para fazer um lanche, toda pintada de prateado.

Eu sempre me assusto com aquela tinta toda. Acho que aquilo faz mal, pode dar algum tipo de intoxicação, ou seja, pode ser até artístico este trabalho, mas daqui à alguns anos, tem grandes chances de dar problema ao pobre coitado que se submete a isso.

Veja o caso da Mara Manzan, a atriz, que foi engolidora de fogo muitos anos e agora está com um tremendo câncer de esôfago e pulmão por causa da fumaça e do querosene... tudo tem uma consequência.

Enfim, quando passarem por uma estátua viva, lembrem-se que, por debaixo daquela tinta toda, tem um ser humano tentando ganhar a vida, e trazendo um pouco de poesia pro seu dia.

domingo, junho 28, 2009

Seu olhar



Seu Olhar
Paulinho Moska
Composição: Paulinho Moska / Suely Mesquita

Gosto quando olho pra você
Gosto mais quando seu olho vem
Na direção do meu
Na direção do meu
Na direção do meu

Gosto ainda mais quando esquecemos
Onde estamos e olhando em volta escolhemos
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar

Gosto quando olho com você o mundo
E gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você

Na direção do meu
Na direção do meu
A mesma coisa pra olhar
A mesma coisa pra olhar

Gosto quando olho com você o mundo
E gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você
Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com você

Gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele...com você

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Obrigada, Paulinho. Eu nem preciso dizer mais nada.

sexta-feira, junho 26, 2009

O fim

O fim da gente é a morte. Se existe ou não outra encarnação, e se a gente passa um tempo vagando por aqui antes de partir de vez, estas respostas só temos quando partimos. O que deixamos é a nossa história, o que fomos e o que fizemos por aqueles que amamos.

A morte tinha chegado de repente com a queda do avião da Air France, no qual perdi uma aluna querida. Ontem, veio através do jornal, com as notícias das mortes do Michael e da Farrah. Ela estava lutando muito pela vida, fêz o que pôde. Ele, parecia que havia se entregado, que tinha deixado o fim chegar, que estava dando seus últimos suspiros.

Sempre achei a Farrah linda, e quando criança, só não dizia que queria ser a Pantera loura - porque bricávamos de Panteras na escola - por causa dos meus cabelos castanhos. Mas, eu a admirava tanto, com aquele jeito firme, e aqueles lindos cabelos em camadas. Uma barbie, magrinha, bem feitinha. Ela envelheceu como deu, com integridade.

O Michael se perdeu, se esbranquiçou, enlouqueceu, deu pena. Trocou as músicas dançantes pelas baladas tristes. Teve uma "Neverland" e se afundou em dívidas. Pra ele, não daria mesmo pra envelhecer.

O que me surpreendeu com estas duas mortes recentes foi que uma quase passou desapercebida, ofuscada pela segunda. E essa última virou festa, as pessoas cantando nas ruas as músicas do álbum de maior sucesso, Thriller, que eu ouvi-até-furar e que embalou a minha adolescência, sem medo, sem terror, apenas como se eu fosse um daqueles zumbis, que se divertia a valer com aquela dança.

As pessoas estavam lá, comemorando o Michael, que minha queria Clarisse disse ser 'o cara', enquanto ele deve estar por aí, vendo o quanto suas inseguranças eram infundadas, pois as pessoas gostavam mesmo de você, Michael, e isso era de verdade, senão não tinha tanta gente na rua querendo te homenagear.

E Farrah, querida, pra você eu deixo o meu descanse-em-paz, você que foi uma guerreira e que lutou contra a pior doença deste mundo.

Pra vocês, deixo a música que me é mais querida, do Michael, a eterna abertura do Video Show...



Aproveitem e dancem com ele!

segunda-feira, junho 22, 2009

Você não me conhece



Acompanhe essa maravilha com a letra da música...

You give your hand to me
And then you say, "Hello."
And I can hardly speak,
My heart is beating so.
And anyone can tell
You think you know me well.
Well, you don't know me.
(no you don't know me)

No you don't know the one
Who dreams of you at night;
And longs to kiss your lips
And longs to hold you tight
To you I'm just a friend.
That's all I've ever been.
Cause you don't know me.
(no you don't know me)

For I never knew the art of making love,
Though my heart aches with love for you.
Afraid and shy, I let my chance go by.
A chance that you might love me too.
(love me too)

You give your hand to me,
And then you say, "Goodbye."
I watched you walk away,
Beside the lucky guy
Oh, you'll never ever know
The one who loved you so.
Well, you don't know me

(For I never knew the art of making love, )
(Though my heart aches with love for you. )
Afraid and shy, I let my chance go by.
A chance that you might love me too.
(love me too)

Oh, you give your hand to me,
And then you say, "Goodbye."
I watched you walk away,
Beside the lucky guy
Oh, you'll never ever know
The one who loved you so.
Well, you don't know me
(you don't love me, you don't know me)

domingo, junho 21, 2009

Mais um blog pra lista de blogs queridos

Caríssimos @migos,

Recomendo o blog da Daniela, uma pessoa muito espirituosa que conheci na hidroginástica, e que canta as músicas enquanto malha, está sempre sorrindo e é uma geminiana típica. Vocês vão gostar, é só clicar aqui.

Ela é impublicável!

Beijocas xxxxx

Rebecca

Blogando

Eu não criei o blog para ser famosa, popular. Criei o blog quando me dei "alta" da análise e decidi que precisava continuar me analisando. Muitas vezes, achei que a minha terapeuta devia achar um porre o fato de eu continuar trazendo à tona questões um pouco recorrentes. Hoje, quando eu escrevo e, por vezes, trago de volta estes assuntos, não estou preocupada com quem me lê, porque sei que muitos dos que estão aqui ou eram meus amigos antes, ou se tornaram amigos virtuais, e vão ter - ou melhor, estão tendo - uma enorme paciência comigo. Tanto que eles sempre voltam.

Eu adoro quando me comentam. Minha mãe me lê, mas não escreve nada, e às vezes, me liga ou comenta pessoalmente algum post querendo fazer relação com a realidade. Pois é, alguns têm, outros não têm, e eu não estou preocupada em ficar explicando, se querem achar que eu sou doida, que achem. Mãezinha, escrever ficção é bom porque a gente se salva através dela, sabia? Dá o final que quiser, bota a criatura bem corajosa pra fazer o que deveria ter sido feito, se joga rumo ao desconhecido, o que na maioria das vezes não fazemos na vida real.

Enfim, sei que vocês podem não entender todos os posts, mas eles saem todos do meu coração. Sinto-me muito feliz em poder partilhá-los com vocês.

sábado, junho 20, 2009

Cena carioca: o espírito do Carioca onde está?

12:30. Metrô, sentido Zona Norte. Uma mulher entra na estação Uruguaiana e senta ao lado de uma senhora de cabelos brancos. Estou de frente para elas. De repente, a mais nova abre as pernas e cospe no chão, entre as pernas. A mais idosa a olha com uma desaprovação do tamanho do mundo. Eu não queria ser aquela mulher - a que cuspiu. Ela se desculpa com a mais velha e diz que está se sentindo mal. Não tem desculpa. Eu também senti nojo. Isso aqui não é trem, é metrô. Mais educação!

14:30. Shopping Tijuca, porta da Avenida Maracanã. Uma mulher numa cadeira de rodas se esforça para vencer a porta automática. Ela não tem forças para ultrapassar o desnível e a porta insiste em fechar sobre ela. Eu observo a cena, mais uma vez. Vejo também que ninguém a nota, ninguém percebe aquela pessoa lutando pela vida num momento para nós banal do cotidiano: vencer uma passagem de nível. Eu páro e espero. Penso se ela quer ajuda. Mas e se ela se ofender? Comento com a minha mãe, que está comigo. Ela me pergunta a mesma coisa. Eu chego por trás dela e me ofereço para ajudar. Ela fala tão baixinho. Pede que eu também a ajude a vencer a rampa, inclinada demais para ela. Mais um erro dos engenheiros, que projetam sem pensar no fim daquela obra, em quem ela estará servindo, ou ajudando. Quando enfim chegamos na calçada, ela está agradecida, mas a sua voz é tão pequena que eu quase não escuto seu agradecimento. Tudo isso me deixa emocionada. Ninguém nota mais ninguém. Não há mais solidariedade. Quando retorno ao shopping, minha mãe comenta que eu fiz minha boa ação do dia. Isso não me consola. Não quero esses pontos no meu credi-karma. Mais solidariedade!

Onde foi parar o espírito do carioca? Onde estão os simpáticos de sempre, os atenciosos de sempre? Onde é que guardamos as palavras afetuosas, o muito-obrigado, o por-favor, o com-licença? Onde foi que perdemos tudo o que nos fazia diferentes? Vocês sabem?

Propaganda do Ford Fusion

Amei a propaganda do Ford Fusion. Lá no fundinho do meu eu feminista, adorei a idéia do publicitário, porque homem só pensa 'naquilo' mesmo (se bem que a mulher também!!!!).

Vejam só do que estou falando e me digam se não tenho razão. Meninos, mil perdões, mas a propaganda arrebenta!

quinta-feira, junho 18, 2009

Ensinamento

Ele me ensinou que é preciso parar e dar atenção a alguém quando a pessoa pede. Não se faça de ocupado. Não continue digitando um texto qualquer. Se a pessoa pede que você a olhe, olhe-a nos olhos. Ele me ensinou isso. Páre de fazer o que está fazendo e preste atenção. Concentre-se. Não na boca do outro, mas em suas palavras. Não nas suas palavras, mas nos seus pensamentos. Não nos seus pensamentos, mas nos seus sentimentos. Ora bolas, não perca a concentração. Deixe de lado o que não interessa, esqueça os outros, a tv, o computador, as interferências do meio ambiente. Olhe-a nos olhos. Veja os seus olhos. Veja o que olham os seus olhos. Você. Completa, inteira, pulsante, ativa, viva. Você. Seja você nos olhos do outro.

Você verá que ensinamento bacana é esse!

quarta-feira, junho 17, 2009

Intuição

Normalmente, ela não me falha. Eu presto muita atenção no que ela me diz. Eu sei das coisas antes, porque meu sexto sentido me avisa. Se me sinto ameaçada com alguma coisa, às vezes, sonho. Se sonho alguma coisa boa e lembro quando acordo, trato de analisar o sonho. Se a coisa não é tão boa, penso no que o sonho quis me dizer. E guardo os recados. Acho que meus mentores espirituais falam comigo assim.

Eu tenho também uma prima querida, que é meio bruxa, e que às vezes me ajuda a elucidar alguns enigmas. Hoje ela fez isso, e me disse com todas as letras que a minha intuição estava correta. Era isso que o tarô dizia. Era isso que eu, de certo modo, temia ouvir. Sim, porque a minha irmã também tinha visto isso em outro jogo, alguns dias atrás.

A única coisa que atrapalha o processo de ouvir o que a intuição diz é o sentimento. Ele confunde, borra, torna tudo mais complexo, menos linear, mais embaçado. Se você deixa o sentimento de lado, e olha as coisas com frieza, tudo bem. Fica fácil. Caso contrário, pode pagar um preço alto, alto...

terça-feira, junho 16, 2009

Olhares

Hoje foi o grande "Dia dos Olhares". Dois homens, muito cientes da intensidade com que olham os outros, me olharam lá no fundo. Mas, viram pouco do que tinham que ver...

Eu olhei também, com firmeza, querendo as respostas que há tanto tempo espero. É incrível como esses olhares intensos nos aproximam e nos levam a ter uma cumplicidade com o outro e ao mesmo tempo nos tornam tão distantes, pelo que não é dito, em função da intensidade com que as palavras brotam, e devem ser freadas, na maioria das vezes... em função da emoção que as acompanha.

Hoje, tenho que reconhecer, ganhei um presente. Um presente na forma de um olhar. Eu o vi de costas, reparei, gostei, esperei para ver de novo, e quando, de repente, meu olhar se encontrou com o dele, meu dia ficou ensolarado, ganhei o sol, o céu, a lua e todas as estrelas numa tacada só. Uma onda de energia me invadiu o corpo e eu comemorei como se fosse final de copa do mundo, na qual o Brasil sai vencedor. Ah, tenho que registrar, esse olhar veio acompanhado de um sorriso, uma paradinha, um aceno, um outro olhar. E pena, havia um vidro enorme nos separando, não dava nem para trocar umas palavrinhas.

O segundo olhar foi uma intimidação. Ele estava repleto de palavras nas entrelinhas, de coisas para serem ditas, de interrogações, de medos, de dúvidas, de incertezas. Era o olhar de alguém que está muito inseguro, mas que quer mostrar que não, que sabe tudo que pensa, que entende suas certezas, suas vitórias, e que acha que consegue controlar até os desejos mais obscuros, aqueles que a pessoa desconhece, ou com os quais não sabe lidar, daqueles que teme até em pensar.

Esse segundo olhar resultou do primeiro. Do efeito que o primeiro provocou. Da inveja de não ter sido ele o provocador de tamanha felicidade, de não poder se aventurar, se jogar em algo que é desconhecido, mas que ele desconfia que pode ser bom. Este olhar veio acompanhado de um discurso de menino feliz, que tem uma vida feliz, pessoa capaz de controlar todas as variáveis que acompanham a vida, inclusive aquelas relacionadas ao imponderável. E eu, olhando que estava, mais desconfiada ficava do discurso do menino feliz, eu que não acredito há muito tempo nessa tal de felicidade plena.

Eu, que olhei de volta nos dois casos, agradeci pela benção de ter sido olhada. Se alguém não me viu por inteiro (e foi o que aconteceu nos dois casos), pelo menos tentou, se interessou. Ao menos, eu causei um movimento, e ele foi de aproximação, e não de reação, apesar de, em nenhumas das situações, termos dito tudo (ou de termos dito praticamente nada).

A única coisa que sei é que esses olhares me deixam mais viva, mais feliz, mais disposta, com mais vontade de lutar por um futuro que é hoje, é amanhã de manhã, e que estou construindo, dia a dia, pouco a pouco...

segunda-feira, junho 15, 2009

Programaço para sábado

Dizia assim o cartaz colado no carro velho, detonado, abandonado, estacionado na porta da 5a. DP na Gomes Freire, centro do Rio:

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"Excursão com Carlos Evaney"
(Sósia do Rei Roberto Carlos)

ao sítio dos Empregados da Caixa Econômica Federal

no próximo sábado

CERVEJA, CHURRASCO, PLAYGROUND & PISCINA

10 horas de diversão, das 8 às 18 horas

saída do ônibus do Largo da Carioca, impreterivelmente às 8:00
(o babado já começa no ônibus, sacou?)

Compre aqui o seu ingresso por R$ 100,00
(caraca, não é cruzeiro com o Rei, mas é caro, heim?!)

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Como assim? Tem gente que vai nesse negócio, ver o Carlos Evaney? Onde será que é esse sítio? Será que o carro detonado era do próprio Carlos Evaney? Meu Deus... !

Só sei que morri de rir sozinha enquanto lia isso...

Responsabilidade

"(...) Colocados diante do outro, de seu rosto e de suas mãos suplicantes,
não podemos nos negar: temos que responder. É o que significa
a palavra reponsabilidade, dar uma resposta ao outro."

Leonardo Boff, "A força da ternura", Sextante, 2006.

domingo, junho 14, 2009

Para os que passaram o Dia dos Namorados 'de bode'

Eu sei, eu sei, ficar sem namorado nesta época é dureza. Eu mesma já sofri muito nesta data, olhando os apaixonados na rua e pensando: por que não eu?

Mas, o destino da gente é a gente que escreve, não é mesmo?

Pensando nisso, eu me lembrei de uma música que eu amo, e quis oferecer para vocês, não para deixá-los tristes, mas porque ela diz que é assim que o rio corre... temos que deixar o rio correr, não apressá-lo!



Fiquem bem!

(Re)começo

Os personagens

Ela – trinta e poucos anos, casada, carreira em ascensão, sem filhos, do signo de gêmeos

Ele – dez anos a mais que ela, recém separado, carreira estagnada, uma filha adolescente, do signo de capricórnio



[Hora do almoço no hall]

Ela acabara de ultrapassar a roleta em direção à saída do prédio. Já passava das 13 horas e ela ainda ia almoçar com mais três amigos. De repente, ela o viu entrando. Suado e com os cabelos molhados e desalinhados, ele parecia haver corrido uma meia maratona. Enfrentar o centro da cidade na hora do almoço, sol à pino, era mesmo tarefa para heróis.

Ele também a viu. Quando os olhos deles se cruzaram, ambos abriram-se em sorrisos largos e francos, porém nervosos, quase que instantaneamente. Seu sorriso é o que há de mais bonito nela, ele pensou. Com esse sorriso, sou capaz de largar a família, foi a vez dela sonhar acordada.


Ele piscou para ela, dando a entender que estava feliz em vê-la. Ela respondeu, apenas movendo os lábios, num abrir e fechar que dizia: “Quero falar com você hoje”. Não havia voz naquela fala, talvez como forma de manter a conversa só entre eles, no meio daquela gente toda. Ele entendeu e assentiu, compreendendo sua discrição. Agiam como se não houvesse mais ninguém ao seu redor, sem perceber que muitos prestavam atenção neles. O amor é mesmo fogo que arde sem se ver...

Ela venceu, então, a porta de saída e foi absorvida pela onda de calor que emanava do asfalto e das calçadas. Ainda estava inebriada com a visão daquele homem. Agia como uma atriz que não sabia muito bem qual era o seu papel, nem qual o perfil de seu personagem: ora uma “balzaquiana romântica”; ora uma mulher doida, capaz de fazer qualquer coisa para estar com aquele homem por quem havia se apaixonado, quando eles ainda eram casados. Lá ia ela caminhando distraída, alheia aos amigos, perdida num julgamento no qual era ré e juíza.


[O almoço no restaurante]

Os três amigos que a acompanhavam no almoço pouco perguntaram sobre o episódio, apesar de haverem presenciado toda a cena. Alguns se detiveram a falar sobre alguns poucos detalhes, baixinho entre si; outros chegaram a sentir o que ela sentiu, praticamente na mesma freqüência acelerada do coração prestes a sair pela boca e do sangue a esquentar descontroladamente.

Enquanto comiam, pouco se falaram, esboçando apenas algumas opiniões sobre assuntos de trabalho, decisões mal tomadas, algo sobre o futebol do final de semana, sabendo de antemão que ela estava presente à mesa, mas, em espírito, estava muito longe.

Olhando para ela, podiam ver seus olhos vidrados num infinito distante que a impedia de participar da conversa com a empolgação que lhe era peculiar. Sabiam que ela estava vendo e revendo a tal cena naquele outro plano, alheia ao que se passava entre eles.

Na volta, um deles, o mais íntimo, arriscou perguntar um “o que foi aquilo no hall do prédio?” para o qual ela não respondeu. Ela simplesmente sequer o ouviu.


[À tarde no escritório dela]

Pensar naquele homem era a maior tortura mental, algo com o que ela não sabia como lidar. Pior do que vê-lo, era ainda enfrentar o seu sorriso e o seu olhar de desejo. Já se iam meses desde que aquilo começara, e ela ainda não conseguia encarar seus sentimentos de frente.

Trabalhar depois daquele breve episódio no hall ia ser, com certeza, a tarefa mais árdua do mundo. O que ela queria ali, naquele momento, era vê-lo de novo. Tentou desmarcar as reuniões que estavam agendadas para aquele período, livrou-se de uma. Na outra, fez um esforço danado para manter-se atenta a tudo que estava sendo discutido e decidido, mas perdeu um ou outro acordo feito.

Ao retornar a sua mesa, duas ligações perdidas no celular. Dele.


[À tarde no escritório dele]

Há muito tempo ele não se sentia tão inseguro na presença de uma mulher. Foram 20 anos de casamento, 10 deles sentindo-se um morto-vivo, alguém de quem a vida se esqueceu, sem prazer, sem tesão, sem amor. Após o divórcio, além de cultivar uma tremenda ojeriza à sua ex-mulher, havia se envolvido com algumas mulheres: às vezes, só para exercitar seu poder de sedução e sentir-se em forma; noutras, para sentir-se vivo, pura e simplesmente.

Mas, com ela, tudo parecia diferente. Era intenso e bonito, porque parecia verdadeiro. Era verdadeiro, ele sabia que era. Era um pouco daquela sensação pela qual ele vinha ansiando, desde que o mundo começou a desmoronar a sua volta. Só que ele já não acreditava na possibilidade de aquilo se concretizar. Quase como um adolescente, ele não conseguia falar o que queria daquela mulher, para aquela mulher. Será que ela também se sente insegura ou está só brincando comigo?

Eu preciso dizer a ela o quanto eu gosto de vê-la, o quanto eu a quero perto de mim... que ela dê adeus ao seu casamento, mande seu marido às favas..., ele pensou. Buscou seu número no celular, chamou por ela, mas nada, entrou na caixa postal. Não vou deixar recado, tento de novo mais tarde.

Meia hora, 2 cafezinhos, 1 copo d’água e um papo bobo com o colega do lado depois, ele tentou de novo. Nada. Mas que almoço demorado! Onde será que ela foi?, ele sentia uma estranheza por não conseguir controlar a situação. Pela primeira vez era assim.

O chefe chamou para uma reunião de emergência. Ele sabia que esse final de dia ia ser difícil. Muito difícil.

[Na sala do chefe dele]

- Você sabe que eu tenho reparado muito no seu trabalho, e identifiquei em você a pessoa certa para aproveitar uma excelente oportunidade. Trabalhar no exterior, que tal? Acho que você vai gostar, proferiu o chefe.

Ele, que estava esperando por esta proposta há muito tempo, ficou sem jeito de responder, pensando no tanto que ainda queria falar com ela. Ele esboçou uma resposta para o chefe, quando, de repente, seu celular tocou... era ela.

- Oi, pode falar? Você me ligou?, ela perguntou.

- Sim, mas agora estou numa reunião. Posso te ligar depois?, ele disse.

- Pode, mas não deixa para amanhã. Quero te ver hoje ainda.

O chefe falou dos detalhes da viagem, disse quando ele partiria, do que ficaria responsável e o quanto teria que abdicar de sua vida pessoal pelo trabalho, mas lembrou que seria por uma boa causa. Depois de duas horas discutindo os detalhes do trabalho, saiu e foi direto para o corredor.

[O telefonema]

- Oi, sou eu. Você está livre agora?, ele perguntou.

- Mesmo se não estivesse... posso te encontrar em 45 minutos. Você me espera?

- Espero, ele respondeu, te espero naquele café que costumamos ir. Pode ser?

- Pode, daqui a pouco estou indo pra lá.

[No café]

- Oi, até que enfim você chegou. Estava ansioso. Senta, tenho uma coisa para te contar.

- O que é? Assim você me deixa nervosa. Fala logo.

- Eu vou ser expatriado. Viajo no final do mês para procurar um apartamento. Tenho dois meses para resolver tudo e me instalar lá.

Ela ficou muda de tão decepcionada. Adorava ele. Adorava estar com ele. Não queria que ele fosse embora. Não agora.

- Que bom pra você, fico feliz..., ela disse, disfarsando a decepção.

- Você vai dar um jeito de vir comigo, não vai? Nem que seja por um tempo. Três meses, que tal? Temos que pensar em alguma coisa...

- Eu? Com você? Como? Com que justificativa eu ficaria com você três meses?

E se enchendo de coragem, ele disse: - Ah, não sei, pensa em alguma coisa, um trabalho, seu chefe. Pensa. Você não quer...?

De repente, sem pensar nas consequências dos seus atos, ela se aproximou dele, passou o braço por sobre o seu ombro e o abraçou forte. Roçou seu rosto no rosto dele, nariz com nariz, e ele se virou a ponto de encará-la bem de pertinho, a boca quase colada na dela, respirando junto... e ele repetiu: Você não quer?

Ela quis, e com um beijo quente, apaixonado, sedento dele, ela disse que queria, que ia pensar em alguma coisa. E sem se dar conta do tempo, sem ligar para o celular ou para o relógio da parede, amanheceram juntos e ali souberam que não mais seriam o que foram até então.

[O (re)começo]

A grande virada se deu numa noite de outono, na lua cheia de junho, sob os lençóis de um quarto de hotel no centro da cidade. Ela largou tudo, deu um jeito na vida, no trabalho, mudou hábitos, tornou-se outra.

E juntos, já viveram em vários países, com a paixão de sempre, o carinho de sempre, e a urgência dos grandes amantes.

______________
* Essa história é para aqueles que acreditam que o amor existe e que nunca é tarde para começar de novo. Mesmo que ela não seja verdade.

sábado, junho 13, 2009

Home

Página do Home Project no Youtube

Uma das coisas mais bonitas que eu vi nos últimos tempos foi o filme HOME, do Yann Arthus-Bertrand.

Ele retrata as mudanças que estão acontecendo com a nossa Terra, o que estamos fazendo com ela e, principalmente, o fruto da nossa arrogância sem limites. É todo filmado de cima e, às vezes, do espaço. A trilha sonora é do Armand Amar e nos deixa emocionados a cada cena.

A urgência em fazermos alguma coisa é enorme, as previsões de que a maioria dos recursos naturais se esgotará em breve são para dez anos.

É um projeto gratuito, financiado por empresas que compõem o PPR group (a maioria delas do segmento de moda).

Você já viu? Sugiro que você o veja em inglês, com closed caption. É melhor do que assistir com o narrador português. Veja e pense a respeito. Pode ser até que você mude o seu jeito de viver depois disso.

Frase do dia

"Deixar de chorar é ter consciência do próprio abandono".

(Benedito Ruy Barbosa)

sexta-feira, junho 12, 2009

Iggy Pop e a Clarisse

A minha amiga Clarisse está apaixonada por esta gravação. E eu estou aqui com ela ensinando a colocar as músicas nas postagens. É fácil, escutem só a música que ela curte!



Bjs!

quinta-feira, junho 11, 2009

Maybe I'm amazed

Esta música diz tudo. Paul McCartney & Wings, no rádio do carro, meu coração aos pulos.

Escuta aí... a letra vem logo em seguida.



Maybe I'm Amazed...

Baby I'm amazed at the way you love me all the time
Maybe I'm afraid of the way I love you
Baby I'm amazed at the the way you pulled me out of time
Hung me on a line
Maybe I'm amazed at the way I really need you

Baby I'm a man and maybe I'm a lonely man
Who's in the middle of something
That he doesn't really understand
Babe I'm a man and maybe you're the only woman
Who could ever help me
Baby won't you help me understand

(lead solo)

Baby I'm a man and maybe Im a lonely man
Who's in the middle of something
That he doesn't really understand
Babe I'm a man and maybe you're the only woman
Who could ever help me
Baby wont you help me understand

Baby I'm amazed at the way you're with me all the time
Maybe I'm afraid of the way I leave you
Baby I'm amazed at the way you help me sing my song
You right me when I'm wrong
Maybe I'm amazed at the way I really need you...

domingo, junho 07, 2009

Nó(s)

Estou com um nó na garganta desde sexta-feira. Às vezes, sem que eu perceba, eu me pego pensando, e uma lágrima me escapa no canto dos olhos. Sou emotiva, e não sei expressar meus sentimentos de outro jeito. Neste final de semana, o sol não veio me ver.

Uma frase

"Aprendi com as primaveras
a me deixar cortar para poder voltar inteira".

Cecília Meirelles

sexta-feira, junho 05, 2009

Elas cantam Roberto... [2]

Amei também a interpretação da Cláudia Leite de "Falando Sério". Ela estava ótima, cantou muito bem, daquele jeitão baiano dela... e que letra, né? Super oportuna nestes tempos em que todo mundo olha com olhos de promessas e depois sorri como quem nada quer...



Veja só a letra, que linda... é do Carlos Colla e do Maurício Duboc.

Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar p'ra mim com olhos de promessas
Depois sorrir como quem nada quer.

Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez.

Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais um na sua cama
Por uma noite apenas e nada mais.

Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira p'ra me arrepender.

Elas cantam Roberto...

Cá entre nós... eu adorei a hebe cantando o Roberto Carlos, achei a interpretação dela maravilhosa e a música escolhida, então, nem se fala...



Mas, a Marília Pera, que eu adoro, achei que estava completamente over, exagerada mesmo, nada a ver... sinto muito pelos que gostaram, mas a mim não me tocou nem um pouco...



E você, o que achou?

Sonhar nunca é demais...

Ela se preparou para dormir e puxou a coberta até o pescoço. Estava frio. Dormiu bem quentinha, com seu pijama de flanela e sonhou.

No dia seguinte, ao acordar, lembrou-se apenas que tinha tido um sonho bom, mas não exatamente sobre o quê.

No trabalho, uma amiga revelou que há alguns dias tinha tido um sonho estranho (que ela supôs, ao ouvi-la, fosse relacionado a sexo), com uma pessoa conhecida (mas não exatamente seu marido) e que se sentiu um tanto desconsertada quando acordou e se viu naquela situação. Ora bolas, ela pensou. Todo mundo tem direito a ter fantasias sexuais com estranhos (ou até mesmo, com conhecidos). Não há nada de errado nisso. O subconsciente ajuda muito nestas horas, 'descarregando' os nossos desejos mais íntimos e permitindo, que durante o dia, acordados, nós nos controlemos (pois vivemos em sociedade e somos animais racionais) e não pulemos no pescoço dos outros. Ninguém aguenta andar por aí com o buffer cheio de tesão.

No caminho pra casa, ela fechou os olhos. Lembrou do lindo sonho que tivera, do inusitado de ter tido um sonho semelhante ao da amiga, e sorriu... bem melhor resolvida. Êta, sonho bão!

quinta-feira, junho 04, 2009

Brilho nos olhos

Ter paixão pelo que faz... sempre ouvi que esse era o segredo do sucesso. Eu gosto muito do meu trabalho, mas tenho que admitir que faço com prazer tudo a que me dedico. Tenho uma lista de discussão na minha área de atuação que já existe há uns bons anos e da qual eu cuido com bastante carinho. Tenho esse blog aqui também há um bom tempo, e adoro escrever nele as minhas idéias e fantasias. Tenho os meus cds, e adoro criar cds para os meus amigos com as minhas músicas favoritas. Da minha coleção de dvds, com as temporadas completas do Sex and The City, dos filmes da Meg Ryan e da Julia Roberts, aos meus livros na estante, amo tudo, não me desfaço de nada. Enfim, sou uma leonina apaixonada.

Adoro futebol, curto estudar idiomas e outras culturas, adoro ler uma revista de negócios, mas também curto uma revista de moda e estilo. No sábado, o primeiro caderno do jornal O Globo que eu leio é o Ela, e mais especificamente, sou fissurada na coluna do João Ximenes Braga. Gosto dos meninos do volei e de cinema de rua.

Sábado pássado, meu professor de inglês, o João, me mostrou um vídeo pra lá de interessante, sobre o George Orwell, personalidade do qual não há imagens gravadas, nem registros de gravações de áudio. George foi um ensaísta britânico que escreveu "1984". Neste vídeo encenado, o ator mostra como George respondeu às perguntas do entrevistador, enfatizando a forma como ele se descreveu (fantástica, por sinal). Ele diz que gosta de 'english beer', 'french red wine', 'spanish red wine', e por aí vai... (vale a pena conferir aqui). E depois, diz o que não gosta.

Eu andei pensando nisso. E sei do que não gosto e do que gosto.

O que eu gosto mesmo é de família, de ficar em casa papeando com os meus queridos, de ir ao cinema, de ir ao teatro, de viajar, de ir a museu, de uma boa partida de futebol, de ouvir música bem alto, de caminhar num dia de sol, de praia deserta, de um dia frio embaixo das cobertas, de amor, de sexo, de sair de casa maquiada e arrumada pra qualquer evento (até comprar pão na padaria - mesmo que seja só um lápis no olho e um batonzinho!), de amizade verdadeira.

(Meu marido mandou que eu escrevesse também que eu gosto de chocolate, de sorvete, de ser reconhecida, de coca-cola normal, de escrever, de fotografia... e dele! E ainda disse que se eu não tinha escrito nada disso neste post, é porque eu não me conhecia nada, nada! Ele é que está certo!)

E eu não gosto de joguinhos amorosos, de gente falsa, da loucura do ambiente corporativo, de chuva no centro do Rio durante a semana, de calçadas cheias de buracos nas quais eu prendo os meus saltos, de que sintam pena de mim (em hipótese alguma!), de cheiro de esgoto, de gente pedante e arrogante, de derreter de calor arrumada para o trabalho, de gente chata, mala sem alça e inconveniente (de todos os tipos), de chantagem emocional.

Sou uma pessoa com brilho nos olhos. Eu sei.

E você? Como se descreve?

quarta-feira, junho 03, 2009

Flor de Lótus

Há duas semanas, tenho pensado diariamente na minha amiga Flor de Lótus. É estranho sentir falta de alguém, mas não encontrar tempo para passar a mão no telefone e dizer um alô. Eu adorava quando a gente trabalhava junto e fugíamos no meio da tarde para ela fumar um cigarro enquanto conversávamos um pouquinho... era a minha hora do recreio e ela sempre tinha uma ponderação interessante para fazer em relação a uma ou outra situação na empresa.

Tanto que criou o blog Esquizofrenia Corporativa, que está aí nos meus favoritos. Mas, ela também anda muito ocupada, pois às vezes, de tempos em tempos, me envia uma mensagem falando que vai dar notícias (rs rs rs), e acaba não conseguindo ligar.

Minha querida Flor de Lótus, as coisas continuam as mesmas, eu continuo carregando o piano, mas estou bem. E tenho saudades de você. Fique com Deus. Um beijo pra sua filhota.

Gostar de alguém

O problema de você gostar de alguém é você acabar gostando mais do que deve.

(a frase é minha mesmo!)

terça-feira, junho 02, 2009

Salve um pen-drive de 256 Mb! Ou pequena fábula sobre um pen-drive abandonado.

Ele estava abandonado na gaveta. Já havia sido há tempos substituido por um de 1 Gb, que depois foi susbtituido por outro de 2 Gb, que foi substituído por outro de 8 Gb, que foi substituído por um HD portátil de 40 GB...

Nada cabia mais naquele pequenino, e ele continha alguns dados com os quais ninguém mais se importava. Um dia, na falta de um meio para transportar uma apresentação de 12 Mb, ele foi redescoberto.

Depois de limpo e formatado, recebeu o arquivo e ficou todo faceiro, passeando por aí pendurado no pescoço de sua dona. Eu ainda tenho serventia!

Como um velho disquete de tempos atrás, o pobre pen-drive ganhou mais uns anos de vida!

E foram felizes para sempre... FIM!

segunda-feira, junho 01, 2009

Eu uso cremes e eles funcionam!

Um dia, entrei num blog que eu acompanho e a pergunta da enquete era se usávamos cremes. Eu não me lembro de ter sido criada como uma menina que usava mil cremes, nem de ver a minha mãe se empapando de creme hidratante como faz a Xuxa na propaganda do Leite de Aveia Davene.


Mas, um dia esta história mudou. E eu adotei os cremes como meus grandes amigos. Começou com a minha avó, que sempre usou hidratantes no rosto. Quando ela faleceu, estava com mais de 80 anos e parecia ter, pelo menos, dez anos menos. Um dia, na primeira vez que eu viajei a trabalho pro exterior, ela me pediu para comprar na farmácia, dois frascos de um hidratante da Johnson & Johnson que só tem nos EUA. Eu comprei. Foi muito barato: US$ 11,00 cada um.

Ela usava o produto aí do lado incansavelmente no rosto e tinha uma pele maravilhosa. Eu comecei a observá-la e vi que esta história de usar cremes fazia sentido. Mas, como tudo na vida, tinha uma premissa importante: Disciplina! Para que os cremes funcionem e tenham o efeito desejado, você deve usá-los regularmente.

Um dia, fui a uma dermatologista muito famosa entre as minhas colegas de trabalho, cheia de ansiedade. Ela me disse, com a maior veemência, que o meu problema não tinha jeito. Eu estava com a pele bastante marcada de acne da adolescência, tinha algumas espinhas eventuais, resultado de um processo de somatização que me leva a ter acne nervosa, e também algumas manchas no rosto provocada por anticoncepcionais. Eu saí do consultório da médica tão frustrada, mas tão frustrada, que me senti a mulher mais feia do mundo, só porque não nasci com a sorte de ter a pele da Gisele Bünchen.

Então, passando umas férias na casa da minha sogra com as minhas cunhadas, elas começaram a me mostrar a luz do fim do túnel (apesar de nenhuma das duas ser dermatologista). Depois de um dia de sol e de eu ter ficado igual ao "boi da cara preta" (porque o sol acentua as manchas já existentes), fomos à farmácia e elas me apresentaram aos produtos da marca La Roche-Posay.

Comecei a minha jornada com dois deles, um para clarear as manchas, o Melani-D, e o outro para tratar as espinhas, o Effaclar A.I. E o que parecia não ter mais jeito começou a mudar, a situação tenebrosa reverteu-se com a minha dedicação diária, à noite e pela manhã, antes de sair para o trabalho.

Com o tempo, passei a ter sempre um spray de água Thermal na bolsa, para aqueles dias em que a gente sua muito e precisa de um SOS para não ficar com a pele superoleosa. E passei a usar maquiagem decente, da Lancome, que eu só compro quando viajo, porque os preços aqui são um absurdo.

A propósito, os melhores lugares para comprar os produtos da la Roche são a Argentina e os EUA, por incrível que pareça. A gente paga, pelo menos, a metade do preço. Eu nunca estive na França (um dia eu chego lá), mas na Inglaterra, não os encontrei.

Bom, mais duas dicas. Quando a gente é adolescente, sofre muito com aquelas acnes que aparecem de um dia para o outro e que parecem estar ali para estragar toda a nossa vida social. Eu sei como é. Descobri duas gracinhas de produtos muito úteis para estas horas, desta vez de outra marca, a Vichy, também francesa. Eles são SOS de espinhas, da linha NormaDerm. Esta linha tem um conjunto de produtos fantástico, que ajuda a nivelar os poros e a fechá-los, disfarçando as imperfeições causadas por anos e anos de espinhas espremidas na frente do espenho. O primeiro é o Concentrado Ativo Anti-imperfeições. Ele é maravilhosos, porque seca a espinha em 8 horas, enquanto você dorme, e se o resultado não é bom em oito, basta continuar usando o produto, que pode ser usado durante o dia, que o resultado aparece em 24 horas. Aquela espinha-monstro vai embora, eu garanto! Bom, o preço, há o preço! Aqui no Brasil, é caro, mas dura pra caramba. Esta bisnaguinha, com 15 ml, me custou R$ 62,00. No Rio de Janeiro, os melhores lugares para comprar são a Farmalife e a Droga Raia, que dão desconto se você for "fiel"!

Numa destas viagens, eu também comprei um lápis corretivo da Vichy que é secativo para espinhas. Já procurei a beça no Brasil, mas não encontrei. Tenho que esperar a próxima viagem, ou quem sabe alguém traz pra mim.

Bom, não preciso nem dizer que todos estes produtos tem pelo menos FPS 15. Mas, para quem ainda precisa de mais dica, o interessante é usar um bloqueador solar gel ou loção não gordurosa, como o da própria La-Roche Posay, o Anthelios XL 60. Ele é ótimo e não provoca espinhas.

Eu sei que as recomendações são caras, mas encare estas compras como investimento. Cada produto desses dura, comigo, uns 4 a 5 meses, porque você não precisa passar grandes quantidades para que eles façam efeito. Ah, e lembre-se de sempre tirar a maquiagem antes de dormir, aconteça o que acontecer. Mesmo que você esteja de porre! E de ter uma necessaire grande, para levar estas coisas nas viagens.

Por fim, esta é a última e derradeira dica, já dizia a minha avó: Se você não se cuidar, e se gostar, ninguém mais vai!