quarta-feira, outubro 28, 2009

Nem sempre a gente concorda...

... e então, eu prefiro me calar. Não que eu não tenha argumentos, mas é que eu prefiro ouvir você falando incisivamente sobre os seus pontos de vista. Você me pede para pensar, analisar o que disse, refletir, e eu, que quando você ia, já voltava com o bolo pronto, guardo minhas idéias para mim. Não tenho mais tempo para gastar meu latim à toa. Prefiro te deixar no vácuo do meu silêncio.

Sou a moleca bobona que gosta de brincar o tempo todo, mas não esqueço nunca que tenho muito aqui dentro a dizer. E como dizia o meu avô, brincando a gente diz tudo o que pensa.

Comemorando o 24o. aniversário do programa da Oprah, a T-Mobile apronta mais uma...

Muito maneiro... sem contar a música do Black Eyed Peas, que é sensacional! Eu juro que eu queria saber como rola a preparação para uma Flash Mob* Dance dessas!



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* Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails virais ou meios de comunicação social.

segunda-feira, outubro 26, 2009

O que foi que ela bebeu?



Preciso comentar?

Diga aí, o que foi que ela bebeu? Será que o Alexandre surtou ao ver isso?

Animais que não bebem água

Você sabia? Eles existem. Não precisam de água porque ela está nos alimentos que consomem.

O coala, mamífero marsupial presente na Austrália, é um dos animais que não bebem água. Nos primeiros meses de vida, o filhote, que nasce pouco maior que uma abelha, vive dentro de uma bolsa no abdômen da mãe. Ele se alimenta de leite e de uma secreção liberada pelo ânus materno (arghhhhh, mas que bicho nojento!).

Quando o aparelho digestivo está formado, o coala passa a ingerir folhas, ramos e brotos de eucalipto, chegando a consumir até um quilo de alimento por dia. Esses animais não bebem água porque seus pratos favoritos contêm todo o líquido de que precisam. Outros animais, como a garça, a girafa, o rato e certas espécies de coelhos, também são capazes de retirar dos alimentos toda a água necessária para a sobrevivência.

Eu tenho um colega no trabalho que não bebe água porque diz que enferruja. Só chopp, vinho e afins. Acho que ele é um coala (meio exagerado, eu sei, eu sei) e esqueceu de me contar...

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Mais uma do "Livro dos Curiosos" que eu prometi contar aqui pra vocês!

domingo, outubro 25, 2009

A gente tudo pode nesta vida

Um viva pra gordinha que encarnou a Beyoncé! Ela é demais!



Parabéns à Luanda, Amanda e Thais no Caldeirão do Huck! Elas são sensacionais: um viva pra auto-estima delas!

A música, muito boa, por sinal, é Single Ladies, da Beyoncé!

Reciclagem e excessos


Enquanto está todo mundo aqui no Brasil preocupado com os excessos no consumo (pelo menos, eu acredito que a maioria esteja), lá nos Estados Unidos da América, onde estive na semana retrasada, eles estão preocupados em consumir, em gastar.

Gastam com tudo, consomem aos montes e isso se reflete neles mesmos, uma população que está bem acima do peso. A maioria das pessoas é grandalhona, principalmente os locais. Bem que se vê que os tamanhos mais reduzidos são dos estrangeiros.

Numa das viagens de avião que fizemos naquela semana (foi um absurda a quantidade de CO2 que ajudamos a emitir), optamos por tomar o café da manhã no aeroporto. E ao chegar lá, nos demos conta de que não havia muita opção... acabamos no McDonald's. O café da manhã do Mc Donald's de lá é uma coisa pavorosa de tanta gordura. É uma quantidade absurda de comida, um exagero o tamanho das embalagens, papel à beça, enfim, uma coisa que revolta quem não precisa daquilo tudo.

Eu, que costumo comer só o básico pela manhã, à medida que consumia no mesmo ritmo, ia me sentindo uma balofa. Tanto que entrei numa dieta rigorosa quando cheguei no Brasil e acho que, aos poucos, comecei a voltar a velha forma de antes.

Numa das lojas em que estive comprando bonés, disse ao vendedor que não precisava do saquinho, pois já tinha um. Vocês precisavam ver a cara de espanto do cidadão. Era algo quase que impossível de se ver acontecer por lá. É tanto saquinho que precisa de um compartimento na mala só pra eles. Por que não vender ecobags?

Quando é que eles vão entender o tamanho do problema? Quando é que eles vão compreender que isso afeta a eles mesmos, principalmente?

Bom, nem tudo está perdido. A turma da instituição com a qual nos reunimos nos contou que, recentemente, eles passaram por uma competição, voltada para reeducação alimentar, com o auxílio de nutricionistas, e acabaram perdendo muitos quilos. Estão todos bem mais saudáveis. Quem sabe essa onda não se espanha por lá como se espalhou por aqui, né?

Sobre o portão do meu prédio

Ontem, ao chegar em casa, lá pela 1 da madrugada, vi que o porteiro não se encontrava na portaria. Por sorte, o motorista do táxi em que eu estava resolveu me esperar até que eu entrasse. Toquei uma vez, toquei duas, toquei a terceira, com vontade, já disposta a acordar todo o prédio.

O porteiro então apareceu ofegante, acho que estava "ocupado", e disse que eu não deveria estar há muito tempo esperando. Como assim? Cinco ou dez minutos parada num portão, em uma rua deserta, escura e sozinha ainda por cima, é muito tempo para uma mulher ficar esperando.

Eu não sei de quem foi essa idéia de não dar a chave do portão para os moradores por uma questão de segurança, mas sei que vários condomínios adotam esta estratégia. Se um dia me acontece alguma coisa por estar parada no portão esperando o porteiro, de quem vai ser a culpa, minha ou do condomínio? Ou será que vão por a culpa no Estado e eu vou virar estatística?

Ainda sobre estar sozinha

Por mais que a gente queira ser dono do nosso próprio tempo, parece que, ao ficarmos sós, temos uma lista de afazeres potencializada. Tudo sobra pro final de semana, que deveria ser um momento de descanso e contemplação.

Ir ao mercado de carrinho de feira é mesmo uma derrota, coisa de quem nunca se animou a aprender a dirigir. Está na hora de acabar com isso. Não dá pra comprar tudo, a gente sempre tem que deixar alguma coisa pra depois, porque só é possível transportar o que cabe no carrinho.

E é engraçado começar a descobrir no mercado os produtos para solteiros. Sim, porque se você compra grandes porções, corre o risco de vê-las estragarem em casa. O potinho do Nescafé para um é uma gracinha, mas também se torna um atestado da nossa solidão, em plena cozinha.

Enfim, é sempre um aprendizado.

Estratégia para disseminar novos vírus

Há uma semana, recebi um e-mail surreal através do e-mail do trabalho. A pessoa que enviou não sabia se aquele e-mail era de um homem ou de uma mulher, porque, já de propósito, eu não escolhi um e-mail que fosse fácil de identificar. No corpo do texto, havia uma ameaça de publicar umas "fotos"(???) na Internet, e dizia que eu deveria depositar R$ 5.000,00 numa dada conta (fornecida) do Banco do Brasil, para que as fotos comprometedoras não fossem divulgadas. O tal "anônimo" me enviava um link onde as supostas fotos estariam disponíveis.

Como eu não estou devendo nada pra ninguém (e quem não deve, não teme), não depositei a grana, não cliquei no tal link, não respondi a mensagem. Mas, me peguei pensando que este tipo de mensagem pode chegar a alguém que possa - efetivamente - estar fazendo algo errado, e que tenha medo de ver a sua intimidade exposta para Deus e todo mundo. E aí, além de ver seu computador infectado por um baita virus, a pessoa é bem capaz de ficar sem dormir por um bom tempo, e perder uma grana.

O engraçado é que uma empresa com uma firewall tão poderosa não é capaz de bloquear este tipo de coisa. Vejam só.

Quando eu estava estudando ainda, comecei a receber uns e-mails doidos como esse. A pessoa tinha um prazer mórbido de me ameaçar todos os dias, e eu comecei a ficar preocupada, porque ela dizia que eu não sabia quem ela era, mas ela me conhecia muito bem. Não sei se isso era uma brincadeira de algum colega, mas o fato é que me deixou perturbada. Eu resolvi então descobri de onde vinham aqueles e-mails, e então descobri um negócio chamado Proxy. A pessoa pode simular que está enviando um e-mail de um determinado IP, mas está de fato usando outro. É como se ela colocasse um espelho no caminho que encobrisse o seu real endereço de IP. Eu descobri o Proxy, porque o endereço que localizei foi de um médico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que nunca havia ouvido falar da minha pessoa, e que mal sabia que o endereço de e-mail dele estava sendo usado para este fim.

Foi então que o analista de sistemas da faculdade me orientou a nunca usar um e-mail que me identifique como homem ou mulher, e que esse e-mail não seja muito fácil de deduzir. Enfim, eu tenho seguido a dica dele, mas ainda assim, tem gente que é "espírito de porco" o suficiente para perder tempo com estas babaquices.

Solteira no Rio de Janeiro

Ontem, estive com uns amigos num restaurante espanhol chamado Venga, no Leblon. Não estava procurando nada em especial para fazer, apenas compartilhar meu tempo com pessoas interessantes, bater um bom papo, sair da toca. Os tapas eram todos muito gostosos, até o de espinafre com grão de bico e alho, uma delícia.

O que me surpreendeu foi encontrar um casal de amigos, dentre eles um colega que trabalha comigo, senta ao meu lado na empresa, na mesa do lado. Fiquei com a sensação de que o Rio de Janeiro é mesmo uma aldeia. Tanto lugar pra ir, e meus amigos foram escolher logo o mesmo restaurante em que eu estaria.

Tenho a sensação de que aqueles que têm a intenção de pular a cerca, devem ser mesmo uns artistas, porque, por aqui, todo mundo se encontra... sempre. Ou seja, nem tente!

terça-feira, outubro 20, 2009

Sempre vigilante

Este tempo em que o marido está fora e eu estou experimentando as dores e as delícias de morar sozinha, me dei conta de que a gente não descansa 100%, nem dorme 100%, como uma pedra (como eu faço quando ele está aqui). Estou sempre meio acordada, meio alerta, como que preparada para qualquer imprevisto (já que sou eu que tenho que cuidar de mim).

É estranho querer apenas desligar totalmente. Uma sensação inimaginável antes, mas já relatada em outras ocasiões por amigos solteiros.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Um travesseiro e o peso de uma mala

(Esse título dá direito ao leitor a compreendê-lo com seu duplo sentido)

Eu carrego o meu travesseiro pra todo canto. Ele é velho, achatado, duro, com um buraco no meio, e eu só consigo dormir com ele. Se pego um daqueles altos pela frente, sofro, tenho insônia. Tem que ser o meu velhinho, da época que eu era criança. Casei, e o meu marido começou a brigar comigo por causa do travesseiro. Ele também gosta do meu, o que torna isso uma tragédia grega.

Hoje, enquanto fazia a minha mala, lembrava da história da chupeta. Como falei aqui em outro post, estou usando aparelho. É transparente, tudo bem, quase imperceptível, mas é um aparelho nos dentes e é fixo. E, principalmente, dói. Tenho certeza que boa parte da causa que me fêz colocar esse aparelho foi o fato de ter chupado chupeta até tão tarde. Acho que larguei a chupeta aos sete anos, já com um defeito nos dentes que só foi piorando ao longo do tempo.

A mamãe foi a grande responsável por pôr um fim àquela angústia da chupeta. Ficávamos sempre discutindo quando eu largaria a chupeta, até que um dia ela inventou uma história e eu caí direitinho e nunca mais pedi chupeta para dormir.

E lembrando da história da chupeta, me peguei pensando no travesseiro, que pesa na mala, ocupa um espaço danado (que eu poderia ocupar com mais bobagens - que eu não páro de comprar) e que acaba sendo como a chupeta, que eu não largo.

Mas, afinal, por que eu tenho que ser tão apegada às coisas e principalmente às pessoas?

Enfim, no aeroporto de Dallas, enquanto fazia conexão para Washington, DC, vi uma garotinha linda, loirinha, de chupeta na boca, e carregando um paninho que arrastava pelo chão. De tempos em tempos, ela enrolava a pontinha do paninho e a enfiava no nariz. Eu era igualzinha quando criança, como eu me lembrei de mim, meu Deus.

Tenho que me livrar destas manias. Tenho certeza que serei uma pessoa muito melhor. Ah, serei.

Uma estrangeira

Aqui, na terra de Obama, não posso dizer que estou em casa. De fato, não estou. Não sei se saberia viver neste país. As pessoas, decididamente, são estranhas aqui no Texas. Elas valem pelo que têm, não pelo que são. Não é que seja diferente em outros lugares, hoje em dia. Não é, a gente sabe. Essa tem sido a maior crítica do Dalai Lama em seus livros, pelo que tenho lido. Deixamos de valer pelo que somos, o que pensamos, a forma como agimos, os nossos valores e passamos a valer pelo que consumimos, pelo que temos e pelo quanto temos.

Enfim, sem filosofar demais, essa terra aqui é a terra do consumo, verdadeiramente. Você vê isso nitidamente no shopping, que é enorme, diga-se de passagem. Nos primeiros andares, os daqueles que chegam a pé, as lojas mais simples, as multimarcas. À medida que se sobe, vão surgindo as marcas mais bacanas, Luis Vuiton, Burberry, Dior, Sephora e tantas outras. Tem uma ala só de alta costura, bacanérrima, com a presença de lojas de alguns brasileiros. Um must. Só para olhar.

O que me incomodou de fato foi o tratamento dado aos latinos. Se você não está atento, a coisa acaba sendo muito sutil, você pode até não perceber. Mas, com um pouquinho de atenção ao que acontece ao seu redor, dá para ver que quem não fala inglês fluente está literalmente lascado, ferrado, enfim, encalacrado... vai ser sim tratado de forma diferente. Quem te atende numa loja de marca não está preocupado em vender, está preocupado com quem está comprando. Ninguém se preocupa em agradar o cliente, em entender o que você está dizendo. Problema seu se você não sabe a língua deles, se vira, malandro!

Eu pensava que isso só acontecia na França, com o bendito francês. Mas, pelo visto, a tal da globalização, que os norte-americanos tanto pregam, só existe mesmo no papel, nos livros e revistas que eles vendem para nós, os trouxas, que acreditamos no que eles dizem. Eu fui comprar um batom para uma amiga na Sack's, e a atendente fez a seguinte observação: "até que você fala um bom inglês".

Como assim? Te conheço? Tô pagando!

Definitivamente, certos consumismos não são mesmo para mim. Uma capa de chuva na Burberry (feminina) custa a bagatela de US$ 995,00. O interessante foi que quando eu entrei na loja, de calça jeans e tênis, a vendedora logo começou a falar comigo em espanhol, disse que era argentina, e nem sequer tentou me vender alguma coisa, me mostrar algo ou perguntar se eu queria alguma coisa em especial. Não devo ser mesmo o tipo de gente que compra nesse loja e dá para ver pelo estereótipo.

Me lembro de uma passagem do último livro do Dalai Lama que li que contava de uma vez em que ele havia ficado hospedado na casa de um casal amigo no interior da França por um tempo. Os dois, segundo ele, viviam em pé de guerra, estressados um com o outro, impacientes, mesmo morando numa cidade bucólica. Quando se acomodou no quarto que lhe foi destinado, ele pôde perceber que no armário do banheiro haviam vários tipos de remédios diferentes. Muitos para combater insônia, manipulados e controlados, comprados apenas com receita médica. Ele comentou, então, em seu livro, que mesmo morando bem, com uma qualidade de vida excelente, dispondo de uma casa boa, sendo estáveis profissionalmente, com uma relativa segurança financeira, o casal não parecia feliz. O foco, para ele, era no TER e não no SER.

Se eu posso dizer que aprendi alguma coisa com o povo da minha terra foi a dar valor ao que eu tenho. E, principalmente, ao que eu sou. A gostar das pequenas coisas, a apreciar os momentos. Fiquei encantada hoje de ver uma aula de patinação no gelo, com as crinças se esbaldando ao cair no chão. Fico feliz em não me sentir em casa, em me entender estrangeira nesse país difícil, onde todos se sentem melhores que você, e sofrem cada vez que percebem que não são mais o país número 1 do mundo. Fico feliz com todas as dificuldades e idiossincrasias do meu país. São muitas, são duras, mas são nossas.

Mesmo quando o americano-número-1-do-mundo se assusta ao ver a favela-mais-pobre ao lado da riqueza-da-loja-de-carros-de-luxo no Rio de Janeiro, eu ainda assim sinto uma grata felicidade por ter nascido na minha terra...

terça-feira, outubro 13, 2009

Viajando na cadeira do meio...

Não tem sofrimento maior do que viajar na cadeira do meio, entre dois marmanjos enormes. É realmente uma dureza. A gente fecha os olhos e fica rezando para a tortura acabar logo, tomando cuidado para não olhar no relógio, para que o tempo passe mais rápido.

Eu tive o maior azar desta vez. De um lado, um cara grande. De outro, um cara que estava passando mal. E eu, que estava do mesmo jeito, mareada, mas sem querer incomodar o pobre.

Foi uma viagem daquelas. Eu até que tomei um remedinho para tentar dormir, mas definitivamente não consegui. Passei as nove horas do vôo apenas cochilando, quando a criatura ao meu lado deixava. Não é que ele foi ficando mal humorado, mal humorado e mais mal humorado que parecia que quem estava fazendo ele passar mal era eu? O cara sentava na cadeira com tamanha violência, que era impossível passar desapercebido. Agora, precisa isso? Não dá para fazer o que tem que fazer com discrição (neste caso, passar a noite no banheiro do avião!)?

O pior foi quando os cheiros começaram. Meu Deus! Eu não imaginei que pudesse ser tão ruim... por que as criaturas não fazem uma dietinha antes de entrar no avião, não é mesmo?

(Mas, cheiro ruim é tão ruim quanto - teoricamente - cheiro bom. Me lembro de uma vez, indo para Amsterdan, que uma criatura ao meu lado usva um perfume francês, gostoso, a princípio, mas que foi virando uma tortura chinesa, pois a cada duas horas ele ia ao banheiro e botava mais perfume. Acho que era medo que sua inhaca pessoal se sobrepusesse ao cheiro do tal perfume. Uma loucura!)

Então, ao chegar em Miami, onde fizemos conexão, o meu alívio foi tão grande que, apesar de estar "batendo-cabeça", praticamente dormindo em pé, a minha felicidade foi enorme ao saber que desceria daquele avião e andaria praticamente o terminal inteiro até pegar novamente as malas, despachá-las e embarcar novamente.

Deus existe, até nas coisas mais chatas a gente é capaz de ver felicidade.

Por um pouco mais de gentileza neste mundo...

Lá estava eu viajando de novo. Dessa vez, uma viagem maior, para fora do país. Vamos de American Airlines, eu e meu chefe. Ele tem o cartão fidelidade da companhia aérea, Gold. Euzinha, querida(o), nunca voei de American, que dirá ter o cartão de fidelidade.

Ao chegarmos no decrépito aeroporto do Galeão, ele me disse: "Vem comigo!" E me orientou a acompanhá-lo para fazermos o check-in na área para os VIPs (que poderia ser a tradução "pessoas que viajam muito e só por esta companhia"). Eu imediatamente pensei: "vai dar m...!"

Na hora H, a moça que estava fazendo o check-in me perguntou um monte de coisas, inclusive se eu tinha o tal cartão. Eu, imediatamente tirei meu corpo fora, e disse que só estava acompanhando o meu chefe, mas que se tivesse que encarar a outra fila, ia na boa (mas ela era quilomééééééétrica!). A moça então me deu um sorriso amarelo - euzinha, que sabia que estava errada, fiquei passada - e já ia me enfiando na outra fila, quando apareceu o Super Gilvan!

O Super Gilvan é um empregado da AA, que além de ser simpatissíssimo, na mesma hora disse:
-"Não, você pode ficar aí, você está acompanhando ele, não é? É comum abrirmos esse tipo de exceção!" (ufa, escapei da outra fila!)

Gilvan é um homem alto, gordo, de cavanhaque, que eu não consegui mensurar quantos anos tem, e que, quando te olha, sorri de orelha a orelha. Uma simpatia em pessoa.

Não é então que eu tive a grande idéia de tirar uma pashmina de uma das malas, para o caso de estar frio dentro do avião?! Então, qual não foi a minha supresa, mas na pressa, eu havia colocado o cadeado quebrado na mala. E então, Super Gilvan entrou em ação novamente!

De repente, o cara entortou um clips, tirou a capinha de plástico que encobria o cadeado, e prontamente descobriu que se tratava de um cadeado comum. Foi lá atrás, no escritório da companhia, e demorou, mas trouxe um chaveiro com um milhão de chaves de cadeado diferentes.

Eu, que já estava marcando o meu assento, estava ansiosa por sua volta, até que ele chegou, testou um monte de chaves e, então, ao achar a que abria o meu cadeado, fez questão de entregá-la para mim... e ainda disse sorrindo:
- "Voilá, seus problemas acabaram!"

Eu fiquei tão feliz com o Gilvan. Nossa, foi um alívio saber que eu não precisaria chegar nos EUA e procurar um lugar para arrebentar o meu cadeado. Pois onde é que eu ia encontrar alguém com tamanha gentileza? Em lugar nenhum...

Para uma pessoa que parece uma grande criança, pois parece estar se divertindo o tempo todo, um VIVA para o Super Gilvan!

sábado, outubro 10, 2009

Pelas pequenas coisas

Gostei tanto das reflexões filosóficas do Normann, que resolvi copiar a letra da música e o vídeo aqui. Normann, queria poder ter deixado um recado pra ti no seu blog. Sua inspiração me caiu como uma luva, em função do post anterior que escrevi. Beijos e obrigada!

Cancion de las simples cosas
de Armando Tejada Gómez y César Isella

Uno se despide insensiblemente de pequeñas cosas,
Lo mismo que un árbol en tiempos de otoño muere por sus hojas.
Al fin la tristeza es la muerte lenta de las simples cosas,
Esas cosas simples que quedan doliendo en el corazón.

Uno vuelve siempre a los viejos sitios en que amó la vida,
Y entonces comprende como están de ausentes las cosas queridas.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.

Demorate aquí, en la luz mayor de este mediodía,
Donde encontrarás con el pan al sol la mesa servida.

Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo



sexta-feira, outubro 09, 2009

Um estado de entorpecimento

Estou exausta. Preparar uma viagem e um evento ao mesmo tempo, com uma apresentação diferente sobre um tema novo, foi quase como correr uma maratona por dia, ao longo de uma semana. O cansaço me deixou assim, neste estado de entorpecimento.

Melhor teria sido usar alguma droga pra me desligar do mundo, dormir bastante, descansar, mas sou medrosa até pra isso. Tenho pânico de qualquer efeito colateral que possa me fazer perder o controle. Eu não gosto da idéia de perder o controle. Nunca. Por isso não bebo. E se 'viajo', é completamente lúcida, sempre. Minha música tinha que ser "Lúcida num céu de diamantes"...

No meio desse cansaço todo, eu fui apenas eu. Uma moleca, como ouvi hoje, que gargalha, brinca, conta piada e quer ver o povo sorrir. Eu fui gregária, afetuosa, me diverti.

Durante esta semana, disse muito com muito pouco, mais com gestos, que com palavras, e não disse metade do que gostaria de ter dito. Fiquei com uma verdade entalada na garganta, porque tem gente nessa vida que tem sempre o discurso certo e a artimanha mais incrível pra não nos deixar falar. Pede a palavra e quando a gente quer usar o direito a réplica, simplesmente, não escuta.

Se eu tivesse dito, talvez a minha verdade doesse. E eu, que dizem por aí, sou alguém que não sabe ouvir, acabei dizendo o que não disse, porque teve gente que ouviu demais. Ouviu o que queria ouvir e não o que eu estava a dizer. Se colocou num papel que eu nunca imaginei para ele. Só para sair pela tangente.

O que eu queria dizer é que a vida é risco. E mesmo que a gente seja inseguro, que queira ser querido e ser aceito, que tenha certa dificuldade em externalizar as emoções, a gente corre risco o tempo todo. Pode ser até que a gente não queira um risco muito grande pra nós, e por isso viva uma vida simplesinha, mas só o fato de estarmos vivos, agradecendo ou não a Deus pelos dons que nos foram dados, já implica em risco.

O maior risco de todos é o de gostar muito, mais do que na média. A gente gosta porque gosta, como disse um conhecido meu. É involuntário, não há como escolher. E gostar implica em ter preferências. Ter preferências é reconhecer que você aprecia mais determinadas características que uma pessoa tem em relação a outra. Virtudes, caráter, simplicidade, humildade, algumas coisas que as pessoas esqueceram que são relevantes. Gostar de alguém é confiar que aquela pessoa nunca vai te trair, vai ser fiel a uma relação (seja ela qual for, não necessariamente uma relação homem-mulher) que vocês estão construindo juntos... E quando eu falo em trair, falo nas pequenas coisas. Ou talvez das coisas mais importantes, as maiores.

Falo na fidelidade da amiga, que é sua confidente. Falo na cumplicidade do amigo, que te dá conselhos, te oferece um ombro pra chorar. Falo na parceria, na amizade, no olho-no-olho. Falo daquilo que não precisa ser dito, mas que também não será inventado (ou seja, você não vai dizer e o outro, que está do outro lado da linha telepática, vai entender direitinho, só de olhar pra você).

Gostar é querer reciprocidade. E a gente sabe, por mais doloroso que seja, que nem sempre isso é possível, porque gostar não é mensurável, nem comparável. Não dá pra gerenciar. Quando a gente gosta, não há como por o sentimento na balança e saber se você gosta mais do outro do que o outro de você. Você quer um tratamento especial, de quem você trata de uma forma especial. Você quer exclusividade e tempo... ah, principalmente, você quer que o outro dedique parte do seu tempo para estar só com você, mais ninguém. Se é pra somar, que seja com qualidade. Você não quer andar em bando, quer andar numa insustentável leveza...

E gostar é difícil de definir. Principalmente, para quem é intenso. Se gostar é querer ver o outro feliz, quem é intenso parece se esforçar mais para cumprir esta tarefa. Batalha, fica atento, pode-se dizer que pega até no pé. É um chato. Precisa estar o tempo todo se policiando para não exagerar. E 'exagerado', como dizia Cazuza, acredita que 'são precisas mil rosas roubadas pra descontar suas mentiras e mancadas'. Imagina, que exagero!

Se não disse, foi porque um anjo me cantou baixinho, num "carelless whisper" (é, coincidentemente, esta música estava tocando de novo) que não era hora de dizer. Meu interlocutor não entenderia. É gente que só vê o que quer ver. Se tenho muito que aprender, ele então... Quem sabe, não vamos acabar aprendendo um pouquinho que seja juntos?

A noite acabou em temporal. E quem discursou em tom solene, acabou preocupado. Se postergamos um papo franco, sabemos que um dia ele vai ter que acontecer. No dia da despedida, quando eu me livrar do medo e soltar o verbo, naquele que vai ser o dia da virada, quando eu mostrar quem eu sou de fato, em que eu resolver que é hora de entender o que não tem explicação, nem motivo, nem porquê. Nesse dia, aí sim, quem me olha nos olhos e busca sentido pro que diz, vai ter que mostrar muito gingado pra tomar o seu rumo e seguir adiante. Não vai terminar o discurso com o meu lema, não, apesar dele ser bom. "A vida é muito curta para ser pequena". E o 'pequena' aqui se refere à medíocre, pensando bem.

Nessa fim de noite, me pego pensando que para não ser medíocre, é preciso ter coragem pra botar contra a parede, falar sem rodeios. Dizer "eu sou assim, e daí, vai encarar?", sem medo que o outro se afaste, se acanhe, se encolha! Quem gosta do outro gosta de qualquer jeito, com defeitos, com as dificuldades, com as manhas, com os ataques de pití.

No dia dessa chamada derradeira, quem se esconde por trás dos discursos, terá que tirar a máscara e mostrar ao que veio. Nesse dia, meu coração terá um pouco de paz.

Saudades do que não vivi

No shopping Barra, de Salvador, vi uma coisa muito bacana. Queria ser criança pra poder me permitir uma brincadeira dessas...



Eu só precisava ter uns 30 anos a menos. Feliz dia das crianças pra todo mundo!

Matemática genial!


Tem dias que a minha cabecinha só produz as idéias do meio!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Saudades da infância


Eu adorava me balançar. Um dia, brincando numa pracinha no Leme, caí e ralei feio a coluna. Não sei porquê, não me lembro mais de brincar de balanço depois disso. A gente fica com cada coisa boba na cabeça, não é mesmo?

Acho que qualquer dia desses, vou me balançar a valer por aí!

Se as cobras são surdas, qual o segredo dos encantadores de serpentes?

Essa é muito boa. Mas uma do "Livro dos Curiosos". Todas as cobras, inclusive a naja, usada nas apresentações de encantadores, são praticamente surdas.

Quando o encantador abre o cesto onde a serpente está, ela se levanta porque costuma ficar com parte do corpo na posição ereta. O que desperta a curiosidade do animal é o movimento que o encantador faz com a flauta (eu também fico encantada quando o meu marido toca a flauta doce dele e não sou uma cobrinha, nem nada!).

Agora, pasmem, o segredinho é o xixi de rato. Arght! Alguns encantadores passam xixi de rato na ponta da flauta, o que atiça o faro da naja e ajuda a manter sua atenção.

Que nojo!

quarta-feira, outubro 07, 2009

MST e a reforma agrária

Gente, a temática deste blog não é política, mas não posso deixar de comentar a invasão da fazenda da empresa Cutrale pelo MST. Doze mil pés de laranja foram destruídos, segundo os próprios militantes do Movimento, para que pudessem plantar feijão. Hã?

Quebraram tratores, furtaram óleo diesel, saquearam casas dos empregados, e até fertilizantes e produtos químicos foram roubados, sendo agora verdadeiras bombas nas mãos destes bandidos.

Lembro que quando eles invadiram a fazendo da Monsanto e acabaram com anos de pesquisa em alimentos transgênicos, nada foi feito. Mas, a imagem dos pesquisadores chorando ao ver o estado dos laboratórios foi muito triste. Quem é pesquisador sabe o quanto isso pode doer.

E eles ainda recebem dinheiro do Governo para fazer isso? Como é que pode? Como é que eles não são vistos como vândalos, delinqüentes, bandidos? Que reforma agrária é essa?

Eu não sou contra a reforma agrária. Sou a favor de um Estado justo, de direito, onde as pessoas respeitem leis e a propriedade privada. Se não, vira bagunça.

Bom, a propósito, eu estou começando a achar que esse ap. de 2 quartos onde moro está muito pequeno pra mim. Acho que vou invadir um triplex na Delfim Moreira. Me aguardem...

Heroísmo

Assim eu qualquer dia me convenço de que esse mundo tem salvação...

Para Daniela

Hoje, em mais um de seus post incríveis, Daniela, a super bem humorada que eu acompanho, fala de uma vida em transição, ou melhor, em suspensão, como se estivesse esperando um sábado onde tudo fosse se resolver. Dany confessa estar cheia de sentimentos, preocupações e emoções que não está conseguindo externalizar e, por conta disso, está se sentindo em "stand-by", como quando o computador "vai dormir". Me lembrou a época em que eu escrevia minha tese, onde tudo parecia estar deste jeito.

A leitura do seu post me fez recordar também uma vez, na época do Doutorado no Fundão, em que eu estava almoçando com uns amigos no trailer do seu Antônio e havia um rapaz de cabeça baixa e olhos fechados sentado numa das mesas, sozinho. Logo pensamos que ele pudesse estar passando mal. Quando fomos até ele e perguntamos se ele estava sentindo algo, ele respondeu:

- Né nada, não. Estou em "stand-by".

Acho que todo mundo deveria ter o direito de entrar em "stand-by" no meio do dia. Assim, como o rapaz da faculdade, ou a Dany, que simplesmente pára para aprecisar o brilho do sol ou o entardecer, a gente podia se dar ao direito de fechar os olhos e esperar o turbilhão de emoções, que às vezes insiste em passear aqui dentro, passar, ir embora.

Hoje, eu até tentei fazer isso. Peguei uma carona e fiquei quietinha, esperando o meu amigo que dirigia dizer alguma coisa. Ele não disse nada, até a metade do caminho. De repente, o silêncio começou a doer nele - nele, não em mim - e ele começou a trocar os CDs e a querer me mostrar músicas novas. E foi colocando os CDs, e passando as músicas, sem que eu conseguisse ouvir umazinha até o fim.

Até que tocou num assunto complicado. E aí eu, que estava quietinha, fazendo o meu exercício diário de meditação instantânea, danei a falar feito doida, metí uns dois "filhos da p..." no meio da conversa (porque eu estava com raiva de um tal sujeito que, sempre que se dirige à mim, bate e depois assopra, ou vice-versa) e no final da carona, fiquei eu, sozinha, morrendo de vergonha de não ter modos nenhum (sim, porque o meu amigo fez questão de me chamar atenção pelo jeito desbocado com que eu estava falando).

Enfim, assim não dá, assim não pode, como diz seu Casseta. Eu ali, tentando ser uma boa menina, e o cara introduz um tema difícil. Não dá pra cutucar a onça com vara curta. Pronto, falei.

Dany, você realmente não é a única, mas fico feliz que você tenha sido guerreira ao cuidar do seu pai. Eu andei cuidando dos meus recentemente e o que me dá é aperto no peito, é medo de perdê-los. Acho que é por isso que a gente fica tão guerreira. Eu sei que você tem muita força, as mulheres normalmente tem.

E quanto à sua dieta, você vai conseguir. Se der certo, depois dá a dica dos médicos, para gente marcar uma consulta.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Pai, eu gostei!

Papai não gosta da Ana Carolina, mas eu adorei esta balada que ela acabou de lançar...

Pai, escuta só, você pode gostar!




O nome da música é "Entreolhares" e ela canta com o John Legend. Dá pra ver o clipe oficial aqui.

"Foi assim que Napoleão perdeu a guerra"

Era assim que a minha avó Irma costumava gozar da cara da gente quando a gente estava curvado, tentando pegar alguma coisa no chão, com o "derrière" dando sopa, que nem ela dizia. Em poucas e boas palavras, "pagando cofrinho", como se diz atualmente.

Pois, hoje, recebi de um amigo o PDF do livro "O Guia dos Curiosos" e lá, encontrei a explicação para esta expressão: "Foi assim que Napoleão perdeu a guerra"!

Perdeu a guerra assim mesmo, gente. Não é incrível?

Quando o exército de Napoleão estava voltando da Rússia, os soldados estavam tão exaustos e havia tanto gelo que eles mal conseguiam andar. Fatigados, eles acabavam tombando na neve, com as pernas e o tronco formando um ângulo de 90 graus.

E aí, a gente descobre que o baixinho perdeu a guerra pagando cofrinho. É mole?

Em breve, vocês conhecerão outras pérolas da sabedoria popular. Aliás, muito divertido o livrinho!

quinta-feira, outubro 01, 2009

O super herói corporativo

Enquanto viajava, um amigo me ligou e disse que estava dando risada porque um colega nosso estava contando o papo do super herói corporativo. Aquele que é o mestre da "arte de dizer o óbvio".

Pois, descrevendo este herói corporativo, esse meu amigo disse que ele:

1. tinha um cinto de mil-e-uma utilidades, do qual sempre tirava idéias magníficas envoltas em frases de efeito (quando não 'roubava' a idéia de alguém durante uma reunião, requentava e dizia que era sua);

2. no mesmo cinto, carregava um iPhone onde tinha instalado um "Embromator" de última geração: quando lhe faltava uma frase de efeito para empanar as idéias dos outros, ele chacoalhava o aparelho, que embaralhava as quatro colunas do programa e, com a incrível combinação de pedaços que nunca querem dizer nada, tinha uma "cola" do que falar nas reuniões;

3. ao mesmo tempo, tinha o manto da invisibilidade, que lhe permitia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, não estando em lugar nenhum. Assim, mesmo quando dava as suas idéias fantásticas, nunca era alocado nas equipes dos projetos, por ser o famoso "toli-tolá" (ou, por extenso, "estou aqui, estou lá, não estou em lugar nenhum");

4. finalmente, carregava uma granada especial de onde tirava uma cortina de fumaça... para o caso do manto da invisibilidade não funcionar. É lógico que essa deixava rastro, mas, fazer o quê, né? Sempre é preciso dar uma escapadinha, para não ficar na alça de mira do chefe.

E você, já viu o super herói corporativo em ação? Qual o artefato que você sugeriria colocar neste cinto?