domingo, maio 29, 2011

Das coisas que a gente não consegue dizer, mas eles {os escritores} conseguem...

Estou finalizando a leitura desse livro e a recomendo para todo mundo que quiser se ver espelhado nas várias estórias que a Martha conta nele, de forma simples e, por que não dizer, brilhante.

Tem gente que não gosta do estilo dela. Nem do da Lya Luft. Nem do da Thalita Rebouças. Nem do Paulo Coelho. Não, não os estou colocando no mesmo saco, até porque não gosto do Paulo Coelho, nunca li Thalita, nem sou muito fã da Lya. Mas, acho a forma como a Martha escreve muito, mas muito incrível. Porque é simples. E porque parece que ela viveu coisas muito parecidas com as que vivi.

Acho que esses escritores têm um grande mérito, que é o de conseguir se comunicar com as massas, e o de vender muito livro. Isso não é para qualquer um. E a Martha ainda tem algumas colunas nos jornais que a levam a escrever com uma regularidade boa, e nunca vi ela desprezar uma coluna com um texto medíocre, como acontece com alguns escritores por aí.

Das histórias do livro "Tudo o que eu queria te dizer", eu gostei de várias. Mas, a da atriz que não se considera boa e que não quer pra si o reconhecimento que o público e a crítica lhe proporcionam é realmente impactante, porque questionar-se diante do espelho, acredito, é dor de todo mundo. Destaco aqui três trechos:

"Pegue tudo o que eu já fiz e recolha, ensaque e jogue em qualquer terreno baldio. Ninguém vai dar por conta. Nem eu, e é o que deveria estar tratando num divã. (...) Não faço falta.

Durante esses anos todos, duas ou três frases foram verdade. Os "eu te amo" mais sinceros foram para quem não amei. E os homens que amei não escutaram. Eu não sei o lugar certo de dizer. A hora certa de ser humana. Tenho a sincronia de um espantalho. Paralisada. Ninguém precisa de assustar comigo. Eu sou de mentirinha.

Gostar é uma sofisticação. Perdi essa aula, não aprendi a manifestar meu afeto. De mim, gostei uma época. Hoje me repudio com mais honestidade. Dei muito errado, e poucos notam. E que nota nem se dá ao trabalho de me vaiar. O desprezo dos que percebem a farsa dói tanto quanto a adulação dos cegos".

Quantas e quantas vezes a gente não duvida de si mesmo nessa vida? Não se sente incompetente? Não acha que alguma coisa está errada? Mesmo que saibamos da nossa competência, do que somos capazes, não dá pra ser seguro o tempo todo. É aquela palavra mal colocada, aquele feedback mal dado, um cliente que não sabe pedir e que por isso não gosta de nada que entregamos, enfim, existem milhões de coisas que nos deixam inseguros... Ah, e o amor então? Esse, nem se fala...

"Meu quarto, por que devo deixá-lo todas as manhãs? A cama. O colchão. Bem deitada é a minha posição favorita. O teto me conforta, as paredes, estar protegida. Veria televisão pra sempre, se pudesse".

Eu tenho essa terrível sensação de vez em quando. A de não querer sair da cama. Mas, o relógio do celular toca insistentemente por 30 minutos {na função soneca} antes que eu consiga desistir de começar o dia, então, lá vou eu. Sei que um dia vou voltar a ter tesão de levantar e trabalhar... essa nuvem negra vai passar, tenho certeza.

"E de agora em diante não existe tempo. É só uma reticência da rotina. Vou continuar sendo quem eu sou, aquela que não é. A mulher que eles me vêem (...)"

Como não se comover com uma mulher/escritora que consegue expressar as mesmas angústias que sentimos todos nós? Como não pensar que essas dúvidas filosóficas são as dúvidas de todo mundo e que viver é duro pra todos?

O bom da vida é essa nossa incrível capacidade de se regenerar!!! Eu gosto disso! Gosto mesmo!

sábado, maio 28, 2011

Banheiros

Outro dia, na minha página do Facebook, postei uma frase sentida e lamentosa sobre a inabilidade de meus colegas engenheiros civis em construir banheiros – hoje em dia cada vez mais minúsculos – com suas janelinhas voltadas para prismas de ventilação internos. Recebi comentários de amigos dizendo que “eu estava muito revoltada”.

De fato, desde criança me delicio com as páginas dos classificados de imóveis nos jornais, onde as construtoras e incorporadoras publicam as plantas dos apartamentos que anunciam. E quando os mesmos jornais encartam propagandas avulsas com esses lançamentos e plantas em tamanhos maiores, onde se pode ver com detalhes a metragem e a decoração pensada – quem sabe, por um arquiteto contratado pra isso? -, fico em êxtase. Acho que foi isso que me levou a me tornar engenheira, mas de fato o que eu queria mesmo era ser arquiteta. Ou melhor, designer de interiores.


É como quem escreve porque lê muito, conhece o estilo dos outros escritores, entende de gramática, se preocupa com a ortografia e gosta que seu texto tenha um estilo seu. Eu também era assim com a “leitura das plantas baixas”. Com o tempo, foi ficando fácil identificar o que era obra de engenheiro civil e o que era obra de arquiteto. Só para dar um exemplo bem simples: andando de carro pela Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca, você vê que em algumas construções, houve uma preocupação de fazer com que todos os apartamentos, até os da lateral do edifício, fossem voltados para o mar, o que levou ao arquiteto a projetar uma construção meio na diagonal, mas que comercialmente tem um apelo muito maior. Um engenheiro civil talvez não tivesse feito isso, porque em sua maioria – vejam, não estou querendo generalizar, tem gente ousada em todas as profissões – eles preferem os ângulos de 90 graus e buscam aproveitar ao máximo os espaços, construindo de forma a facilitar o cálculo estrutural e a execução das instalações.

Mas, voltando ao caso das plantas baixas, como estão pequenas as construções hoje em dia! Vende-se um apartamento com 4 suítes, com metragem de 169 m2. Você sabe o que é isso? É um ovo! Uma lata de sardinha! Existem apartamentos grandes em Copacabana, daqueles considerados “antigos”, que nem tem tantos banheiros assim, mas que tem lá seus lavabos, e que contam com generosos 250 a 400 m2. O que, convenhamos, faz com que famílias vivam com muito conforto. Mas, diante da bolha imobiliária que vivemos hoje no Rio de Janeiro, por conta de Copa do Mundo e Olimpíadas, é pra gente rica, muito rica. Ou pra quem já nasceu morando num ap. desses.

E retornando ao caso dos banheiros do meu prédio, eles são voltados para um prisma de ventilação de aproximadamente 2 m2. Graças a Deus não se trata de ventilação forçada, o que também acho insuportável, já que não te dá a opção de ter uma janela no banheiro. Ainda assim, o problema dos meus banheiros (são 2) é que além de muito escuros – a qualquer hora do dia, você precisa de luz artificial para se enxergar dentro deles – esses cômodos são a “porta” (ou a “janela”) para que você partilhe da vida de seus vizinhos – e eles da sua.

Nada agradável saber quando o vizinho toma banho, sozinho ou acompanhado, quando faz reunião com a empregada, quando dá banho em seu cachorro catinguento, quando assoa o nariz, quando faz sexo com a mulher/namorada/sei lá, quando canta pensando que está no “Programa do Raul Gil” ou num trashokê da vida, ou mesmo quando faz aquilo que primordialmente fazemos no banheiro. Isso sem pensar que, se eu não estiver vigilante, estão me ouvindo também.

O fato é que, se eu uso o banheiro no trabalho para o mínimo possível – número 1, que é rápido, e escovar os dentes -, imaginem um banheiro que te expôe desse jeito!? Odeio banheiros públicos. Então, vocês podem imaginar meu sofrimento para usar um banheiro particular que é quase público.

Por isso, meus colegas engenheiros, pensem nesses pobres-coitados, como eu, na próxima vez que forem projetar alguma coisa. Pensem nas melhores práticas do passado, e lembrem que ainda tem gente que tenta ser discreta nessa vida e que odeia esse estilo de vida big-brother, ok? É um pedido, quase uma súplica, por uma vida mais sustentável... que nossos antepassados sabiam bem como preservar!

quinta-feira, maio 26, 2011

Eu somatizo, tu somatizas, ele somatiza...

Essa vida de blogueira não é fácil. Manter um blog atualizado com uma frequência razoável, tendo o mesmo sido criado em 2005, requer muita idéia, muita imaginação, muita criatividade. Mais difícil ainda é quando as histórias desse blog são 'fortementes' {não adianta mais mentir, né?} baseadas na sua vida... aí, então...

Passei a semana inteira cansada. Com uma rotina cada vez mais pesada, incluir na minha agenda a quantidade de compromissos que incluí, não foi nada generoso pra mim, mas foi pro meu bem. E tem funcionado. Yoga, massagem acupuntura, aula de inglês... e ainda quero ter um hobby.

Minha amiga Flor de Lótus ficou preocupada com meu último post. Eu estava desesperada. Mais ainda, estava cansada, estava triste, estava me sentindo desamparada, estava pedindo para parar o bonde que eu quero descer. Chega! Cansei de ser a Mulher Maravilha!

Amiga, fica tranquila, eu sou mais forte do que posso imaginar, do que todos pensam. Converso com os meus botões há tanto tempo, e eles são tão bons conselheiros, você nem sabe... Só fico míope quando as lágrimas embaçam meus olhos, como naquele sábado em que me sentei na frente desse computador e relatei toda a minha angústia. Tinha medo de explodir... tinha a sensação de que ia explodir... terrível sensação...

É muito triste quando você se dá conta de que ninguém se preocupa com você.

Só que, de repente, as pessoas começam a se preocupar. Por mais que aquilo que eu relatei pareça a quem lê uma terrível de uma somatização, isso definitivamente não dá em poste, como diria a minha avó. Muita gente hoje sofre com a pressão do dia-a-dia, não sou só eu. Tem gente que tem herpes, tem cistite, tem torcicolo, tem dor de estômago... tanta coisa...

No meu caso, dói o peito e dá falta de ar. Eu puxo o ar e ele não vem. Naquele dia, foram os exercícios de respiração que estou aprendendo na Yoga que me salvaram, quando eu estava ali sozinha, tentando puxar um ar que não vinha... apesar de ter uma caixa do tarja preta no armário do banheiro, eu consegui me acalmar sozinha, repetindo o meu eterno mantra:

- "Eu não tenho o direito de ficar doente, eu não me permito ficar maluca, eu não vou pirar..."

E assim eu fui me acalmando até dormir de novo. E quando acordei, incrivelmente, tinha descansado o suficiente para dar uma boa aula. Ao menos, eu gostei. E olha que eu sou bem exigente.

Tenho tido os meus maus momentos, de desespero e loucura, e às vezes, me vejo perdida na rua, sem saber pra onde ir, e o pior, nem porquê ir... mas, continuo vivendo. Acreditando na lealdade que tenho aos meus amigos, na fidelidade às minhas crenças e valores, na importância dos meus sonhos, na relevância da família da gente e na vontade de viver e aproveitar os lindos dias de sol de outono no Rio de Janeiro...

O resto é resto...

sábado, maio 14, 2011

O primeiro dia do resto da minha vida

Estranho como, de repente, tudo que você construiu ao longo da vida deixa de fazer sentido. Num momento, estou lá, com o maior cuidado, garimpando peças bonitas e interessantes para decorar a casa, no outro, estou pensando em fazer uma mala com uma muda de roupas e desaparecer.

Hoje de madrugada, por volta das duas da manhã, eu tive a minha primeira e verdadeira crise de pânico da vida (pelo menos foi assim que eu entendi aquilo que eu tive hoje): uma forte dor no externo, um angústia siderada, uma falta de ar louca, um enjôo generalizado, uma dor intensa no corpo inteiro e uma sensação de morte preemente. Eu sentia de maneira muito intensa que eu ia "falir", que não ia dar, que eu não ia conseguir suportar, muito menos gerenciar aquilo.

Racionalmente, quando eu páro para pensar nos motivos que me levaram a ter uma coisa assim, vejo que está tudo, mas TUDO mesmo, muito ERRADO. É como se eu tivesse passado a vida inteira jogando pérolas aos porcos. Ou {traduzindo} oferecendo o melhor de mim a quem nunca esteve preparado para esse melhor... seja na vida pessoal, seja no trabalho, ou em qualquer canto. E olha que ao longo de todo esse tempo, tudo que eu sempre quis foi ter uma vida normal, igual a de todo mundo: ter uma profissão, um trabalho bacana, uma família, filhos correndo pela casa, um jardim e quem sabe até um cachorro.

Hoje, quando eu penso no meu trabalho, eu me lembro lá atrás, com 17 anos, conversando com meu pai que queria fazer arquitetura, projetar casas, fazer design de interiores e paisagismo, e ele me orientou a seguir a carreira de engenheira civil, que eu nunca exerci depois que me formei, porque arquitetura não dava futuro... Tudo teria sido tão diferente, o caminho teria sido outro.

Já começo a pensar na idéia, na vontade de fazer um novo curso, quem sabe uma extensão em Design de Interiores, depois Paisagismo (já que eu tenho o "dedo verde" mesmo...), e então, mudar tudo, sair daquele escritório onde só consegue as coisas quem "baba o ovo" do chefe, quem bajula, muito mais esses dos que os que têm competência. Odeio essa politicagem e quanto mais o tempo passa, mais eu percebo que não tenho tino pra isso.

Então, quem sabe, mudando esse aspecto da minha vida, por que não mudar tudo de uma vez? Repensar os sonhos e viabilizá-los de outros jeitos. A gente não precisa forçar ninguém a nada, mas tenho certeza que tem um monte de gente a fim de embarcar em sonhos parecidos com os meus por aí... eu não preciso estar sozinha nessa, mas posso dar conta deles muito bem SOZINHA se eu quiser. Aliás, basta querer.

Há um tempo atrás, quando eu ainda estava com a outra terapeuta, ela me dizia que, na vida, a gente não pode ter o desejo fraco, que a gente tem que querer mesmo. Quer ter uma família, queira de verdade, quer dar pro vizinho, queira mesmo, quer mudar de emprego, vai lá e mude... (ai, que exemplos, eu nunca quis dar pro vizinho, que fique bem claro)... Mas, o fato é que ela dizia da importância do QUERER... e dizia que tudo na vida era uma questão de planos, que a gente devia fazê-los, mas de preferência, tentar tirá-los do papel, da imaginação, do potencial, do virtual, e torná-los REAIS.

Acho que hoje é o primeiro dia do resto da minha vida. Aguardem novidades.

Deixa eu ir que hoje eu ainda tenho 8 horas de aula para dar. Inté.

quarta-feira, maio 11, 2011

Angústia

Dor no peito. Uma agulha. Duas agulhas. Três agulhas. {nossa, como dá vontade de chorar} Sinal de angústia. Vai passar, já passou, tá passando? {não, continua doendo}. Ai, agora é a minha cabeça que dói. Tudo dói. A jaula {capa} que protege também enclausura. Tenho que me libertar da armadilha que eu mesma criei. Coragem. Angústia. Medo. Desalento.

---
Dor no peito. Dor em tudo.

sexta-feira, maio 06, 2011

Silêncios

Ele olhou pra mim e disse: "pelo menos fui eu quem te estendeu a mão e te ajudou a se levantar"... e mais algumas bobagens desnecessárias depois. Eu sublinhei a frase: "você já fez isso umas 5 vezes, nessa nossa curta jornada... obrigada".

(...)

Foi então que ele se calou.

quarta-feira, maio 04, 2011

E no final...


... tudo acabou bem! Aliás, se não acabou bem, é porque ainda não chegou ao final... (já dizia meu orientador de Doutorado)...




"E vejo flores em você" - Ira!, Acústico Mtv

Somatização

Onze da manhã, eu andava pelo quarto do hospital impaciente e uma dor lancinante no peito me consumia. Mas, eu só conseguia pensar: "Você não pode ficar doente, você não pode ficar doente! Afinal, tem tanta gente precisando de você."

Eu sabia, racionalmente falando, que estava somatizando o medo, ou melhor, o pânico que eu estava sentindo com a cirurgia da minha mãe, que estava demorando mais do que eu esperava. É lógico que eu estava confiante, tinha fé que daria tudo certo, que a equipe médica era competente, que ia dar conta do recado, que ela ia voltar bem, mas,..., eu tinha pego um tremendo engarrafamento numa via que tinha tudo pra ser "expressa", e demorado exatos 8 minutos a mais para chegar ao hospital antes dela ser levada para a sala de cirurgia. Acho que estava com medo do "E SE...?", ainda mais porque mamãe sempre falou - com todas as letras - que tinha pavor de anestesia... "E se alguma coisa acontecesse e eu não tivesse conseguido vê-la antes?"

Meia hora depois, meu marido dá a deixa: "Amor, eu acho que eu vou embora, porque eu estou gripado, estou com febre, não dormi direito..." Então tá, a primeira coisa que eu pensei foi: "Esse homem está com febre? Opa, a coisa é séria. Que ir embora que o quê, você está num hospital"... E não deixei ele sair. Depois, enquanto esperava pelo atendimento na emergência, me dei conta de que, com o problema da minha mãe, eu nem tinha olhado pro meu marido hoje de manhã... e fui cuidar dele.

A essas alturas, a dor no peito já tinha passado, pois eu tinha que estar alerta, para cuidar da minha mãe, do meu marido com suspeita de dengue (pois é, foi a primeira coisa que a médica aventou...), do meu pai, que estava tão nervoso quanto eu, mas estava tentando se segurar, enfim, de todos, porque eu sou a "Mulher Maravilha" !!!!

O dia passa, a gente se espreme entre as dezenas de pessoas que aguardam atendimento na emergência do Barra D'Or e, ao final do expediente (das 8 às 5, ficamos por lá), saímos do hospital sem um diagnóstico conclusivo, e o marido com febre (mínimo de 38,5 oC). Ainda...

Na yoga, vem o resultado de tanta tensão: TUDO DÓI... Assim como na acupuntura desta semana, em que todas as agulhas me doeram terrivelmente, todas as posturas de hoje foram torturantes, eu fiz um esforço hercúleo para terminar tudo direitinho, e o professor ainda me fez uma cara de interrogação no final... "Ah, professor, foi a minha lombar que doeu muito, você sabe, 8 horas de sala de emergência no hospital, não dá pra não ficar quebrada"... no que ele retruca: "Você tem que ter disciplina, se são 8 horas numa cadeira desconfortável, são 8 horas sem encostar nessa cadeira, são 8 horas em posição de asana..."

Hã? Hellooooooooo.... como assim?

A minha mãe recém-operada, meu marido reclamando de febre e dor no corpo, meu pai murchinho de dar dó, eu com dor no peito e ainda tenho que ser disciplinada?

Se a coluna dói, é porque a gente tem essa mania de carregar o mundo nas costas. E uma grande lição que eu aprendi é que tudo que você faz com muita iniciativa para todo mundo, se é algo que se repete por muito tempo, acaba virando obrigação, ou seja, acaba sendo o seu defaut, aquilo que todos esperam de você, pois, aliás, nem requer muito esforço seu pra fazer, não é mesmo?

Ai, como esse mundo moderno nos cobra perfeição, não?