domingo, março 23, 2008

"Imagine você e eu"

Ontem, me deparei com o início de um filme no Telecine que eu já havia visto em pedaços e que morria de curiosidade para ver desde o começo. Pois é... não costumo ver filmes na TV pela manhã, mas como era finalmente o início de "Imagine você e eu", resolvi encarar... mesmo sabendo que isso representaria o atraso do meu almoço (mas, tudo bem, era feriado!).

Esse filme não me dizia nada, a não ser pelo nome de dois dos personagens que formariam um triângulo amoroso: Rachel e Hector. Quem me conhece sabe o que isso significa. Não é que o filme começa com o casamento dos dois?

A Rachel está linda, com um vestido bem simples, que sua irmã mais nova, a Henriqueta (a "H") - bem mais nova, por sinal (11 anos) - define como "um merenguinho"! Na igreja, depois de mostrar-se bem moderna para os padrões londrinos (ela pára para urinar vestida de noiva num McDonald's), ela troca olhares com a Lucy e percebe que, enfim, encontrou o amor da sua vida (não é a Lucy in the Sky with Diamonds, mas deixa a guria bem doidona!).

Mas, ela já está casada e sente uma vontade incontrolável de se encontrar com a nova amiga, de estar com ela, de abraçá-la e beijá-la...

O diretor é realmente fantástico. Em nenhum momento isso fica esquisito para quem não é gay. O sentimento é apresentado ao espectador de um modo bem natural, ele não se prende a convenções e a gente fica até emocionado quando finalmente a Rachel consegue ficar com a Lucy.
Quando o Hector vai embora, ele não fica triste porque descobre que a mulher é gay e sim porque, segundo ele, quer vê-la feliz e sabe que não será com ele que ela será feliz. Muito civilizado, como aliás, tudo deveria ser.

O que me tocou neste filme foi me dar em conta de que não existem verdades absolutas. Que mesmo quando você acha que tem certeza de tudo, você pode, no momento seguinte, não ter mais certeza de nada. Que amar alguém pode não ser o suficiente para passar o resto da sua vida ao lado desta pessoa e que, infelizmente, às vezes, ela tem que aceitar isso. Que é muito difícil encontrar alguém por quem a gente realmente se apaixone e por isso, quando de fato isso acontece, não se pode deixar passar tamanha sorte.

Os atores não são famosos, mas a narrativa é agradável... faz pensar, é o que me vale! Se você vir um grande amor passando por aí... vá atrás dele!

2 comentários:

Unknown disse...

concordo! vi esse filme ontem, e ja estava atras dele a 1 ano e meio...

ate gravei pra mim!

Anônimo disse...

Lindo mesmo, *--*