domingo, outubro 06, 2013

Eu amo meu trabalho?

Volta e meia esbarro com frases como essa daí, do Steve Jobs:


Tenho pensado muito sobre isso! Há quanto tempo não encho a boca para dizer "AMO MEU TRABALHO!" ??? Nossa, muito, muito tempo!

Imaginei que seria fácil fazer o que sempre fiz ao mudar de área e iniciar meu trabalho no RH. Ledo engano! Acho que tudo fica mais difícil quando se é da área de Recursos Humanos porque, na minha, como em qualquer empresa, a área de Recursos Humanos é ainda considerada um centro de custos e não de geração de valor. Raramente as pessoas vêem o RH como parceiro estratégico, como um local no qual as pessoas estão lá para ajudá-las a antecipar os problemas e a solucioná-los o mais rapidamente possível. Elas nos vêem como controladores e chatos, um papel que - decididamente - não me cai bem!

Por isso,  como amar o meu trabalho? Impossível!

Se eu ofereço uma solução e, em troca, recebo narizes torcidos, não dá para ser feliz!

Ainda que a questão sejam as pessoas com quem interajo, percebo que sempre interagi com pessoas dos mais diversos tipos e elas nunca foram problema. Estão sendo agora, na hora em que me tornei a "Fulana do RH". Tem dias que me pego dizendo: "odeio gente"... E isso não é bom!

Principalmente para quem trabalha com mudança de comportamento, como eu. Para quem precisa mostrar, carinhosamente, aos outros, que a postura do passado é velha e ultrapassada, e não leva ninguém a nada, estou mesmo num mato sem cachorro. Ora, se estou no RH, e se todas as minhas tentativas vêm sendo infrutíferas, então é porque, certamente, não estou fazendo uso do meu próprio remédio.

O que fazer para mudar isso?

Tenho pensado bastante a respeito. Talvez bastasse estar mais aberta, tentar me colocar mais no lugar dos meus clientes... mas, olha que difícil esta tarefa que ando me impondo! Como me colocar no lugar deles se eles fazem comigo coisas que eu jamais faria... do tipo perguntar "você sabe com quem está falando?"

Ah, isso é tão horrível! Como pode ter gente assim na empresa em que eu trabalho? É uma decepção, uma frustração sem tamanho!

A conclusão que eu chego é que propor mudança é bem diferente de impor mudança e ainda de conduzir a mudança. O problema é a encomenda, uma mudança imposta, coisa na qual eu não acredito. Talvez esteja aí o motivo de todo o meu sofrimento...

... e da minha insônia de dias!

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