Volta e meia esbarro com frases como essa daí, do Steve Jobs:
Tenho pensado muito sobre isso! Há quanto tempo não encho a boca para dizer "AMO MEU TRABALHO!" ??? Nossa, muito, muito tempo!
Imaginei que seria fácil fazer o que sempre fiz ao mudar de área e iniciar meu trabalho no RH. Ledo engano! Acho que tudo fica mais difícil quando se é da área de Recursos Humanos porque, na minha, como em qualquer empresa, a área de Recursos Humanos é ainda considerada um centro de custos e não de geração de valor. Raramente as pessoas vêem o RH como parceiro estratégico, como um local no qual as pessoas estão lá para ajudá-las a antecipar os problemas e a solucioná-los o mais rapidamente possível. Elas nos vêem como controladores e chatos, um papel que - decididamente - não me cai bem!
Por isso, como amar o meu trabalho? Impossível!
Se eu ofereço uma solução e, em troca, recebo narizes torcidos, não dá para ser feliz!
Ainda que a questão sejam as pessoas com quem interajo, percebo que sempre interagi com pessoas dos mais diversos tipos e elas nunca foram problema. Estão sendo agora, na hora em que me tornei a "Fulana do RH". Tem dias que me pego dizendo: "odeio gente"... E isso não é bom!
Principalmente para quem trabalha com mudança de comportamento, como eu. Para quem precisa mostrar, carinhosamente, aos outros, que a postura do passado é velha e ultrapassada, e não leva ninguém a nada, estou mesmo num mato sem cachorro. Ora, se estou no RH, e se todas as minhas tentativas vêm sendo infrutíferas, então é porque, certamente, não estou fazendo uso do meu próprio remédio.
O que fazer para mudar isso?
Tenho pensado bastante a respeito. Talvez bastasse estar mais aberta, tentar me colocar mais no lugar dos meus clientes... mas, olha que difícil esta tarefa que ando me impondo! Como me colocar no lugar deles se eles fazem comigo coisas que eu jamais faria... do tipo perguntar "você sabe com quem está falando?"
Ah, isso é tão horrível! Como pode ter gente assim na empresa em que eu trabalho? É uma decepção, uma frustração sem tamanho!
A conclusão que eu chego é que propor mudança é bem diferente de impor mudança e ainda de conduzir a mudança. O problema é a encomenda, uma mudança imposta, coisa na qual eu não acredito. Talvez esteja aí o motivo de todo o meu sofrimento...
... e da minha insônia de dias!
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domingo, outubro 06, 2013
quarta-feira, maio 09, 2012
Tudo que vem tem volta
Não, eu não quero acreditar na arrogância, no mal jeito e na falta de cuidado das pessoas. Estou cansada de ter que ser compreensiva, de levar desaforo pra casa, de ter que medir minhas palavras e ter todo o cuidado do mundo para não ferir suscetibilidades.
Não, não é isso que eu quero pra mim. Quero que me cuidem, e que me vejam como alguém que merece cuidado. Assim como eu cuido dos outros. Quero que me chamem num canto para me dar um feedback, seja ele negativo ou positivo. E que pensem duas vezes antes de me dar uma notícia ruim, em como vão me dar essa notícia ruim. Porque eu sofro, como todo mundo. Quero que respeitem o meu trabalho e que me vejam como uma profissional dedicada. Que é o que eu sou.
O que está faltando para que isso aconteça? Será que sou eu, ou será que as pessoas perderam a medida? Será que as empresas são todas umas casas de fabricar malucos?
Estou cansada de ser encarada como alguém forte, que tem o coração de pedra, durona, que aguenta qualquer tranco. Não, eu não aguento.
Fico pensando no que ando fazendo de errado. Se estou reclamando que algo não vem do jeito que eu gostaria, é porque talvez eu não esteja dando a mensagem correta. Mas, também, tem horas que a única coisa que eu quero dizer é que estou de saco cheio. E eu tenho esse direito, ou não?
Parem, parem, por favor, esse bonde que eu quero descer.
Não, não é isso que eu quero pra mim. Quero que me cuidem, e que me vejam como alguém que merece cuidado. Assim como eu cuido dos outros. Quero que me chamem num canto para me dar um feedback, seja ele negativo ou positivo. E que pensem duas vezes antes de me dar uma notícia ruim, em como vão me dar essa notícia ruim. Porque eu sofro, como todo mundo. Quero que respeitem o meu trabalho e que me vejam como uma profissional dedicada. Que é o que eu sou.
O que está faltando para que isso aconteça? Será que sou eu, ou será que as pessoas perderam a medida? Será que as empresas são todas umas casas de fabricar malucos?
Estou cansada de ser encarada como alguém forte, que tem o coração de pedra, durona, que aguenta qualquer tranco. Não, eu não aguento.
Fico pensando no que ando fazendo de errado. Se estou reclamando que algo não vem do jeito que eu gostaria, é porque talvez eu não esteja dando a mensagem correta. Mas, também, tem horas que a única coisa que eu quero dizer é que estou de saco cheio. E eu tenho esse direito, ou não?
Parem, parem, por favor, esse bonde que eu quero descer.
domingo, abril 08, 2012
Dias de preguiça

Até que um dia, a rede começou a desmanchar. Primeiro foi a franja. Depois, as alças. Nós, eu e meu marido, que prezávamos tanto a rede, não entendíamos como ela podia estar desmanchando.
Ficamos de tocaia, num domingo à tarde. E eles apareceram. Passarinhos, por incrível que pareça. Eles estavam usando os fios da rede para construir seu ninho. E nós, que adorávamos os bichinhos e nos sentíamos felizes com sua visita livres, leves e soltos a nossa varanda, resolvemos deixar a rede por lá mais algum tempo, mas quando ela já estava bem detonada (acreditem, ela foi acabando nessa brincadeira), decidimos que não iríamos substituí-la...
Hoje, não tenho mais varanda e tive que pôr o jardim dentro de casa. Tudo bem. O que mais me faz falta são os dias de preguiça, de não fazer nada.
Desde o carnaval, lá se vão 40 dias, só fizemos trabalhar, mas trabalhar muito, para pôr a casa nova do nosso jeitinho. E aqui e ali, está tudo se arrumando. Já não temos mais caixas espalhadas pela sala, e pudemos incorporar novas peças à decoração. Tudo dentro da filosofia "MENOS É MAIS".
Se eu tiver coragem, tiro umas fotos e posto aqui depois.
Cada passo que damos, é uma satisfação. Ficamos felizes com nossa casa arrumada. Uma casa que vimos ocupada por outras pessoas e que hoje tem a nossa cara, é a nossa casa.
É tão bom ter uma casa para chamar de "lar, doce lar!"
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