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segunda-feira, janeiro 20, 2014

Por onde andei - Rio de Janeiro - Vista Chinesa

Num domingo de calor, combinamos de fazer um passeio que nós, apesar de nascidos no Rio de Janeiro, nunca tínhamos feito: fomos conhecer a Vista Chinesa. O lugar é mesmo lindo.

A ideia era começar o dia com um refrescante banho de cachoeira. Subimos o Horto para conhecer a cachoeira do Chuveiro ou dos Primatas. É super fácil de chegar. Para chegar ao início da trilha, fomos pela Jardim Botânico até entramos na rua Lopes Quintas e viramos a esquerda, na placa que apontava a subida para a Vista Chinesa. Subimos a Rua Pacheco Leão até o final e viramos à direita na Estrada Dona Castorina. Após uma guarita informando o início do Parque Nacional da Tijuca, dirigimos por mais um tempo até a entrada que aparece à direita. A nossa dica é ir de carro até a cachoeira, pois tem onde estacionar e o movimento é tranquilo. E para subir a pé, só se a pessoa tem algum preparo físico (nós não temos e sofremos um pouco).

Cachoeira do Chuveiro ou dos Primatas

Tomar um banho nesta cachoeira foi revigorante. Quando estivemos lá, havia bastante gente. Recomendo que se inicie o passeio um pouco mais cedo, por volta das 8 horas, para evitar a quantidade de gente que nós encontramos e aproveitar melhor o banho.

Depois disso, já devidamente secos, resolvemos ir até a Vista Chinesa. O caminho foi todo reformado pela Wöllner (valeu, Wöllner!) e a estrada está uma graça. Olha só!

Rio, eu amo, eu cuido!

Encontrar uma paisagem do Rio tão bem cuidada desse jeito dá uma felicidade! Nem te conto! E o melhor de tudo, nos sentimos muito seguros! Olha que gracinha que está o mirante, e veja como estava lotado de gente!


Mirante em estilo chinês que se localiza na chamada "Vista Chinesa"


A vista lá de cima é mesmo incrível. Do Cristo Redentor, ao Morro do Vidigal, com a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Pão de Açúcar, quase todos os cartões postais do Rio de Janeiro se pode ver lá de cima.

Que visual!


Mas, não ficamos por aí não! Fomos um pouco mais adiante e conhecemos o mirante da Mesa do Imperador. Lá, pudemos ver mais um pouquinho dessa beleza que é o Rio de Janeiro de cima.

Fonte do Imperador

A vista do Mirante da Mesa do Imperador

Olha a Mesa do Imperador ali à esquerda.

A nossa pedida foi descer pelo caminho que leva à São Conrado. Viemos pela estrada Lagoa-Barra de volta à Botafogo, onde aproveitamos para almoçar, na Cobal do Humaitá, um peixinho que estava delicioso. Pronto, estava feito o nosso domingo.

E você, já experimentou um passeio-delícia assim?

Em breve, posto outras dicas de programas para fazer aqui pelo Rio de Janeiro.


terça-feira, janeiro 14, 2014

Por onde andei - Rio de Janeiro - Praia da Barra da Tijuca

Ao contrário do que todo turista pensa, a Praia da Barra também é uma delícia durante a semana... ou seja, o Rio de Janeiro não se restringe a Ipanema e Leblon...

Quer glamour? Vai para um resort!

Glamourosa? Só no resort.

As cadeiras e barracas da praia são mais simples, e custam R$ 5,00 cada o dia de aluguel. Vale, né?

Na praia da Barra da Tijuca, a sugestão é o bom e velho mate Leão e o biscoito Globo. Eventualmente, um sorvetinho passa.

Meu ponto de praia fica ali, na Avenida Lúcio Costa, entre o Windsor Barra Hotel e o Sheraton Barra. Um lugar calmo, tranquilo, repleto de locais e limpo, o que é o mais bacana. O local é point de Stand Up Paddle. A galera fica o dia todo remando, e o mar anda favorecendo. Não sabe o que é? É isso aqui ó.


Stand up paddle - a última moda! Reforça pés e braços!


Essa praia anda ajudando, né?


Dá para fazer o stand up paddle de joelhos (para os iniciantes), ou em pé. E eu fico me perguntando, quando é que eu começo?!

Além disso, praia durante a semana tem suas vantagens. Você pode comprar o Biscoito Globo na promoção (2 por R$5,00, enquanto que no finde é R$ 4,00 cada)...


Eu gosto do salgado!

Pode curtir aqueles aviõeszinhos tradicionais de propaganda, que alegram céu e ar e fazem a alegria da garotada...

"Puro leite é mococa"


... Mas tem que estar atento ao aviso dos bombeiros. A praia da Barra tem fortes correntezas, porque é mar aberto. É mais limpa, mas pode ser mais perigosa. Não dá para descuidar!

As correntezas podem ser perigosas!

Enfim, vale ou não vale experimentar outros ares além da muvuca de Ipanema e Leblon? De onde eu moro até lá, são 30 minutos pelo Alto da Boa Vista... Ainda curto um visual incrível da Floresta da Tijuca...

um visual incrível, e uma temperatura bem mais baixa que o resto da cidade...

Enfim, segunda-feira também pode ser dia de praia. Aliás, qualquer dia é dia!


Gostou? Aproveite!




domingo, março 06, 2011

Fita vermelha

I
Ela amarrou a fita vermelha nos cabelos, passou o batom, também vermelho, e saiu pela rua, no meio do bloco.

Estava exultante, orgulhosa de sua fantasia, planejada e confeccionada por ela mesma, em janeiro. Nunca tinha se permitido brincar o carnaval de rua, nunca tinha se dado o direito de "construir e viver uma fantasia".

Estava cansada de tanta caretice, queria matar as saudades de um tempo que não tinha vivido e que só conhecia pelas revistas e pela televisão.

Olhando as pessoas que estavam curtindo a festa, dentro e fora do bloco, fantasiadas ou não, ela viu, pela primeira vez, a alegria estampada, viu um sopro de felicidade nunca visto outrora. Seus cabelos rubros, cacheados, amarrados na fita vermelha compunham uma pintura com sua fantasia, e ela emanava paixão: pelos outros, por si mesma e pela vida!

As velhas marchinhas de carnaval, todas cantadas de cór, serviam de trilha sonora para aquele momento mágico, um pano de fundo para um sonho de liberdade...nem que este sonho durasse apenas os quatro dias de carnaval e se acabasse na quarta-feira de cinzas.

Pulando com o povo no bloco, sentia aquela alegria invadindo-lhe o peito, tornando-a leve, fazendo com que ela esquecesse os problemas da vida. Tanto tempo perdido...

II
Olhando nos olhos dos homens, sentia de novo o desejo surgindo, sentia que estava viva. Sentia-se bonita, tão saudável, tão cheia de amor. Há muito sentia-se cansada, mas naquele dia, estava disposta, havia se encontrado...

No meio da multidão, avistou um antigo amor, Marcos. Pensou que não poderia ser verdade, pois já não o via há mais de quinze anos. Arriscou chamá-lo, mesmo com todo aquele barulho:
- Marcos! Marcos!

Ele ouviu sua voz e abriu-lhe um sorriso escancarado, fitando-a nos olhos como fazia quando eram namorados. De braços abertos, pulando ao som da marchinha, ele caminhou em sua direção, enquanto ela tentava vencer a multidão (que insistia em estar ali se divertindo) e chegar onde ele estava.

III
O Marcos que ela conheceu era um homem alto, forte, corpulento, de cabelos negros e espessos. Hoje, havia se transformado num homem bonito, porém já meio grisalho, mas ainda era o homem mais cheiroso da face da Terra...

- Luísa, quanto tempo! Dá aqui um abraço!

- Ô, Marcos! Por que a gente ficou tanto tempo sem se ver!?

Num primeiro momento, eram bons amigos que se encontravam depois de anos. Um abraço, depois outro abraço...

- Vamos tomar um choppinho, para matar as saudades!

- Como nos velhos tempos? Vamos! Você está sozinho?

Isso fazia mesmo diferença? Sentaram-se num barzinho que margeava a rua e pediram dois choppinhos bem gelados. O papo se seguiu enquanto o bloco passava. Como a música era altíssima, tinham necessidade de cochichar nos ouvidos, de falar bem pertinho, encostando os rostos. Ela foi sentindo uma saudade dele, do seu toque, do seu cheiro...ainda usava o mesmo perfume...

Ele sentia o mesmo, o coração chegou a disparar algumas vezes. Não sabia se era ela ou uma sensação de voltar a ser adolescente. O fato é que seus cabelos, seu hálito, seu toque, o estavam remetendo a uma época de sua vida em que ele era livre, feliz, inconsequente até!

IV
De repente, um desejo louco por um outro abraço acometeu os dois...e do abraço veio a vontade de um beijo... e eles ficaram se perguntando por que mesmo o namoro deles tinha acabado...
E depois daquele beijo, veio outro beijo, e mais outro, e mais outro...

Ah, que carnaval! Bendita fita vermelha no cabelo da Luísa! Bendito batom...que sabor de cereja! Bendita cerveja gelada, deixando as pessoas mais descontraídas, mais à vontade!

Como eles estavam próximos da casa da Luísa, resolveram continuar o papo por lá, mais reservados, sem a presença daquele mundo de gente jogando confete e serpentina nos pierrôs e colombinas perdidos na tarde festiva...

Marcos havia ficado tão bom com o tempo, tão habilidoso com as mãos! Luísa, por sua vez, sabia o que queria, conhecia melhor o seu corpo e o seu desejo. A saudade era muito grande: o amor começou na sala, estendeu-se pelo quarto, pela cozinha, no banho gelado, e terminou numa noite estrelada, com o casal caminhando pelas ruas da cidade de mãos dadas.

V
Quando finalmente Marcos deixou Luísa de volta em casa, já no raiar do dia, um olhou bem fundo nos olhos do outro, e ambos agradeceram pelas noites vividas e revividas naquele encontro. Sem precisar de um acordo, resolveram não trocar telefones. Se o destino assim o quizesse, Marcos saberia como encontrar Luísa, como voltar àquela casa, como retomar aquele amor.

E, depois de um sono tranquilo e abençoado, foi hora da Luísa trocar de fantasia e se preparar para outro bloco, outra aventura, outro dia feliz de carnaval.

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Publicado neste blog em outubro de 2006.

segunda-feira, junho 15, 2009

Programaço para sábado

Dizia assim o cartaz colado no carro velho, detonado, abandonado, estacionado na porta da 5a. DP na Gomes Freire, centro do Rio:

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"Excursão com Carlos Evaney"
(Sósia do Rei Roberto Carlos)

ao sítio dos Empregados da Caixa Econômica Federal

no próximo sábado

CERVEJA, CHURRASCO, PLAYGROUND & PISCINA

10 horas de diversão, das 8 às 18 horas

saída do ônibus do Largo da Carioca, impreterivelmente às 8:00
(o babado já começa no ônibus, sacou?)

Compre aqui o seu ingresso por R$ 100,00
(caraca, não é cruzeiro com o Rei, mas é caro, heim?!)

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Como assim? Tem gente que vai nesse negócio, ver o Carlos Evaney? Onde será que é esse sítio? Será que o carro detonado era do próprio Carlos Evaney? Meu Deus... !

Só sei que morri de rir sozinha enquanto lia isso...

segunda-feira, setembro 22, 2008

Entreouvido por aí...

Conversa entre um carioca e um paulista...

- E aí, cumpadi? Tudo na boa?

- Então...

- E aí?

- Então...

Desafio você a me dizer quem é o carioca e quem é o paulista!

sábado, agosto 30, 2008

Entreouvido por aí...

17:30, esquina de Rua Gonçalves Dias com Sete de Setembro. Centro do Rio de Janeiro.

Dois homens caminham apressados. De repente, um se afasta do outro, andando mais rapidamente para atravessar a rua.

Um dos homens começa a gritar para o outro, como se ele e todos à sua volta precisassem ouvir:

Vamos pro puteiro? Vamos pro puteiro, cara? Vamos?

No que o outro respondeu, três vezes:

Não quero, cara. Não vou. Não tô a fim.

Prosaico, né?