domingo, julho 11, 2010

Por onde andei [10] - indo a Portugal

(não parece Santa Tereza?)

Que loucura foi essa viagem! O vôo de Berlim para Paris estava marcado para às 6:55 da manhã. Como era vôo internacional, o maridão resolveu que tínhamos que chegar no aeroporto às 4:55. Então, pediu ao seu amigo alemão que marcasse o taxi para às 4:00 da manhã, para que tivérssemos alguma folga caso alguma coisa desse errado. Não deu. O taxista chegou pontualmente às 4:00, para pegar dois "bêbados de sono" na porta do edifício.

Para tal, tentamos fechar as malas cedo. De fato, só conseguimos dormir lá pela meia noite, o que nós deu apenas três horas de sono. Eu preferia ter ficado acordada, mas depois ia ter que ter discernimento para fazer as coisas e chegar no hotel em Lisboa, então, tá, dormi essas três horinhas.

Fui despertada pelo celular do maridão, com a música do filme "O poderoso chefão", que por alguns segundos penetrou nos meus sonhos e me fez pensar que estava num filme de mafiosos, sendo torturada por alguém que não me deixava dormir. É, gente, o celular dele toca assim...

Fechamos o restante das malas daquele jeito, colocando tudo o que não podia ficar do lado de fora dentro das malas aleatoriamente, já sabendo que íamos ficar feito loucos para achar as coisas quando chegássemos em Portugal. Mas, tudo bem, àquela hora da madrugada, estava valendo qualquer coisa.

Realmente, trouxemos muita coisa. Quando eu penso na quantidade de peças de meia estação que eu trouxe porque o amigo do maridão disse que estava frio, eu tenho vontade de morrer. Frio de 40 graus? Essas peças vieram passear, literalmente. E por isso, trouxemos mais malas do que deveríamos...

Bom, voltando ao aeroporto. Chegando no check-in da Air France, tínhamos lá 4 malas para despachar e direito à só duas, de Paris para Lisboa. O maridão passou uma conversa na atendente e conseguimos despachá-las sem pagar os tais 55,00 euros por mala extra que nos haviam cobrado antes, quando fomos pedir informação. Aí, foi tudo de bom. Só tivemos que nos precupar com malas em Lisboa.

Em Paris, ficamos quatro horas esperando o vôo, que só saiu às 13:00. Foi uma batalha insana contra o sono. Eu não queria dormir, porque ia apagar, dormir profundamente, e tenho sempre a memória de que no Brasil, se você apaga em lugar público, pode acabar "sem um rim, dentro de uma banheira" (ha ha ha)... tudo bem, estávamos em Paris, mas eu ainda assim não confio.

As pessoas estavam, na sua maioria, com o desodorante vencido. Era um cheirinho de "flores silvestres" no ar, meu Deus. Não sei como aguentam. Elas simplesmente não lavam as roupas, usam a mesma roupa N vezes. E parecem não sentir o cheiro. A pobre coitada que sentou do meu lado no avião, não podia se mexer, que o "perfume" se espalhava... Aliás, coitada de mim!

Lisboa é uma cidade muito bonita, pelo pouco que eu já vi. Mas, há miséria nas ruas, diferente de Berlim. Aqui, você vê mendigos esmolando, o que raramente vê em Berlim. Até vê pessoas pedindo dinheiro por lá, mas não é como aqui, com a aparência que eles têm aqui. O aeroporto é enorme. E muito perto de uma área residencial belíssima. O que é totalmente diferente do Brasil.

Pedimos informações no aeroporto, porque ao chegarmos aqui, descobri que o maridão tinha decretado que o guia de Lisboa que eu comprei não era importante e o havia deixado no Brasil. E o hotel que reservamos era bem próximo ao aeroporto, o que não daria uma tarifa maior do que 10,00 ou 12,00 euros, no máximo. Então, foi fácil.

Estava um pouco apreensiva porque o hotel era um três estrelas, e eu já fiquei em três estrelas vagabundo no Brasil. Mas, esse aqui tem algumas boas qualidades: os lençóis são novos, limpos e bem brancos; as toalhas são banhão e bem macias (ah, e bem brancas também). As janelas são duplas e têm black-out, o que nos ajuda a dormir apesar do sol lá fora às 3 da manhã. E ele fica ao lado de uma estação de metrô, que nessa viagem tem sido nosso meio de transporte oficial.

Então, é isso. Estou de máquina fotográfica a postos, protetor solar, óculos escuros e muita disposição para caminhar com os meus tênis novos. Lisboa, aqui vou eu!
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PS.: Uma curiosidade: da janela do meu quarto, dá pra ver uma enorme "Igreja Universal do Reino de Deus" do outro lado da praça. Sem comentários.

3 comentários:

Letícia disse...

Aproveita muito!

Alberto Mauricio disse...

Tive a mesma sensação que você.
Parece mesmo Santa Tereza.
Mas o castelo la no alto é bem interessante. Imagino que você deve ter tirado fotos ótimas.

Luis Paulo disse...

Que tal levar uma imagem de Santo Antônio de presente para o pastor da Igreja Universal?
Não. Isso pode deflagar a Guerra Santa de Portugal contra o Brasil...