quinta-feira, maio 26, 2011

Eu somatizo, tu somatizas, ele somatiza...

Essa vida de blogueira não é fácil. Manter um blog atualizado com uma frequência razoável, tendo o mesmo sido criado em 2005, requer muita idéia, muita imaginação, muita criatividade. Mais difícil ainda é quando as histórias desse blog são 'fortementes' {não adianta mais mentir, né?} baseadas na sua vida... aí, então...

Passei a semana inteira cansada. Com uma rotina cada vez mais pesada, incluir na minha agenda a quantidade de compromissos que incluí, não foi nada generoso pra mim, mas foi pro meu bem. E tem funcionado. Yoga, massagem acupuntura, aula de inglês... e ainda quero ter um hobby.

Minha amiga Flor de Lótus ficou preocupada com meu último post. Eu estava desesperada. Mais ainda, estava cansada, estava triste, estava me sentindo desamparada, estava pedindo para parar o bonde que eu quero descer. Chega! Cansei de ser a Mulher Maravilha!

Amiga, fica tranquila, eu sou mais forte do que posso imaginar, do que todos pensam. Converso com os meus botões há tanto tempo, e eles são tão bons conselheiros, você nem sabe... Só fico míope quando as lágrimas embaçam meus olhos, como naquele sábado em que me sentei na frente desse computador e relatei toda a minha angústia. Tinha medo de explodir... tinha a sensação de que ia explodir... terrível sensação...

É muito triste quando você se dá conta de que ninguém se preocupa com você.

Só que, de repente, as pessoas começam a se preocupar. Por mais que aquilo que eu relatei pareça a quem lê uma terrível de uma somatização, isso definitivamente não dá em poste, como diria a minha avó. Muita gente hoje sofre com a pressão do dia-a-dia, não sou só eu. Tem gente que tem herpes, tem cistite, tem torcicolo, tem dor de estômago... tanta coisa...

No meu caso, dói o peito e dá falta de ar. Eu puxo o ar e ele não vem. Naquele dia, foram os exercícios de respiração que estou aprendendo na Yoga que me salvaram, quando eu estava ali sozinha, tentando puxar um ar que não vinha... apesar de ter uma caixa do tarja preta no armário do banheiro, eu consegui me acalmar sozinha, repetindo o meu eterno mantra:

- "Eu não tenho o direito de ficar doente, eu não me permito ficar maluca, eu não vou pirar..."

E assim eu fui me acalmando até dormir de novo. E quando acordei, incrivelmente, tinha descansado o suficiente para dar uma boa aula. Ao menos, eu gostei. E olha que eu sou bem exigente.

Tenho tido os meus maus momentos, de desespero e loucura, e às vezes, me vejo perdida na rua, sem saber pra onde ir, e o pior, nem porquê ir... mas, continuo vivendo. Acreditando na lealdade que tenho aos meus amigos, na fidelidade às minhas crenças e valores, na importância dos meus sonhos, na relevância da família da gente e na vontade de viver e aproveitar os lindos dias de sol de outono no Rio de Janeiro...

O resto é resto...

Um comentário:

Letícia disse...

Eu me preocupo. E tenho certeza que muita gente se preocupa.

Mas é assim mesmo. Tem horas que tudo é tão angustiante, que parece que a gente pode sumir que ninguém vai perceber.

Conta comigo.