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domingo, agosto 26, 2012

Só hoje, mostre que você se importa...






"Whether it's a gift, a helping hand, or a kind word, 
showing another that you care is one of the quickest 
and most effective ways to feel good".

-- Siimon Reynolds, "Better than Chocolate"


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Tradução livre:
"Seja por meio de um presente, uma mão amiga, ou de palavras educadas,
mostrar a alguém que você se importa é uma dos meios mais rápidos
e efetivos de se sentir bem".

quarta-feira, julho 25, 2012

Memórias vãs...

Existem programas na tv - à cabo, infelizmente - que são realmente instigantes. Um dos que eu realmente amo é o "Saia Justa", principalmente agora, com a participação dos maravilhosos Xico Sá, Dan Stuback, Dú Moscovis e Léo Jaime. Eles são realmente demais.


No programa de hoje, discutiram um tema sobre a infância, se a criança que fomos um dia se reconheceria no adulto que somos hoje. Eu fiquei pensando a meu respeito, se eu era essa criança responsável que se tornou essa mulher batalhadora... acho que era...

E isso me lembrou de tempos idos, de coisas que eu fazia na infância, do que eu gostava e do que eu não gostava,..., ai, acho que abriu uma porteira enorme de recordações....

Estes dias mesmo estava conversando com o meu marido a respeito dos Trapalhões, personagens também mencionados pelo Dú Moscovis no programa de hoje. O fato é que o meu marido O-D-E-I-A os Trapalhões (pelo menos, o Didi, disso eu tenho certeza)... ele sempre reclama aos domingos, quando eu esqueço a tv ligada e ele me pega na cozinha 'vendo' os Trapalhões.

Eu então me lembrei dos domingos na casa do meu tio-avô, Seu Mário, no Humaitá. Ele morava numa casa grande, de três andares, mas que não tinha muito espaço para brincar. Tinha um terraço, mas nós não podíamos ficar sozinhos por lá porque os adultos não deixavam. Lembro da programação de domingo: subir a ladeira de carro no maior esforço, porque a ladeira era íngreme e o carro não tinha lá tanto motor assim, manobrar bem lá em cima (onde o povo gostava de fumar uma erva), estacionar o carro (acho que ainda era um fusca o que o meu pai tinha), entrar na casa pela porta da garagem. Aí começava o meu sofrimento, porque a casa cheirava a cachorro, eles ficavam na sala de estar na maior parte do tempo, deitados sobre os sofás. Minha tia tinha um dinamarquês enorme, branco malhado de preto, que se chamava King, e um cocker spainiel preto chamado Xereta. Eles tinham pulga. E cheiravam a cachorro mal lavado que secou à sombra. King morreu atropelado por um ônibus, num dia de descuido e porta da garagem aberta. Xereta morreu de velho. Eram ícones daquela casa.

Eu não sentava naquele sofá nunca. Nós constumávamos chegar na casa deles à tarde, lá pelas cinco horas. Antes do Fantástico, passava uma sessão de uma hora de "Os Trapalhões", naquele que se podia considerar os áureos tempos, com a turma completa: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Lembro de ouvir meus primos dando risada sobre as besteiras que eles faziam, mas eu confesso que achava o programa um festival de piadas sem graça. Confesso que durante muito tempo tive medo de ir ao teatro para assistir a uma comédia ou a um stand-up por medo de não rir. Será que o meu problema é que eu não entendia as piadas? Eu ainda gostava um pouquinho do Mussum, e seu jeito de falar errado, mas o Didi era sempre tão cruel com todo mundo, que eu não curtia... aliás, como ele é até hoje...


Depois dos "Trapalhões", começava o Fantástico, e a gente sempre via ainda por lá o placar da rodada com o Léo Batista dando o resultado da loteria acompanhado da Zebrinha, que volta-e-meia dizia "Coluna do Meio", para alegria de todo mundo lá de casa (que ria da piadinha idiota a que a expressão "coluna do meio" fazia referência). Então, o sofrimento estava completo. Titia trazia a canja de galinha, numa louça brança com desenhos azuis que ela tinha - e adorava - e nós éramos obrigados a comer aquilo antes de qualquer sanduíche ou cachorro quente. Com bastante hortelã. Eu acabei me tornando uma pessoinha que odeia canja de galinha por causa disso, talvez pelo mesmo motivo que eu odeie beterraba e miolo de boi, ou seja, o fato de ter sido obrigada, em um dado momento da minha vida, a comer essas coisas, seja lá de que jeito...

O que salvava era o bolo de chocolate, que levava coca-cola na receita e ficava beeeeeemmmmm molhadinho... era sempre a sobremesa final, com um sorvete de flocos, e eu amava. Muito frustrante foi, tempos depois, descobrir que a velhice havia feito a titia a esquecer do bolo e de sua receita... Ela sequer se lembrava que fazia esse bolo pra gente...

Ah, não posso esquecer. A sensação da casa da minha tia eram duas, na verdade. Uma delas era vê-la preparando o macarrão na máquina artesanal, naquela cozinha espremida. Eu sempre me oferecia para ajudar, pela curtição de ver uma massa disforme virar macarrão fresco. A outra era um melro-preto, um pássaro para quem ela assoviava e que lhe oferecia em troca a cabeça para coçar... todo mundo queria coçar a cabeça daquele melro...

Foi na casa da minha tia que eu descobri a minha intolerância ao álcool e aos pobres bêbados... mas isso já é outra história...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Luxúria

Eu e duas amigas, colegas de trabalho, estávamos no hall do hotel Othon em Salvador acessando a internet. Foi quando uma delas disse, em tom maroto: "Ah, me mostra aquele blog de que você estava falando outro dia..."

Ela estava pedindo pra ver o Luxure, da Lady Shady e do Mr. Tux. Eu, já achando que havia bagunça suficiente naquele hall (único lugar com wireless naquela espelunca, diga-se de passagem), achei que não havia nada de mal abrir o blog e mostrar pras meninas...

Em pouco tempo, estávamos as três dando risada. Cada post que líamos, era uma comédia, uma pândega, um misto de "como eles escrevem bem" com "ai, acho que estou me reconhecendo aqui"...

E não é que, de repente, um colega nosso, bem mais velho, estrangeiro, aparece do nada e senta do nosso lado, bem na hora das fotos, digamos, "picantes", e mete o carão na tela do computador!?

Foi só o tempo de fechar a tampa do notebook e rezar pra que ele não tenha entendido nada. E nós três ficamos ali, com aquela cara de cúmplices, morrendo de dar risada por dentro!

sexta-feira, julho 24, 2009

Visível e invisível

"O visível não é a única verdade,
tampouco é toda verdade;

o invisível deve ser penetrado
com a ajuda do visível".
Marc Chagall

Você já se deu conta de que estamos perdendo a qualidade de leitores das mentes dos nossos semelhantes? E que há tempos atrás éramos capazes de fazer isso?

Não fosse por esta qualidade, não existiriam alguns seres, os ditos 'videntes', que quando vêem demais, paracem mágicos ou bruxos, mas que estão, na verdade, sintonizados com os nossos pensamentos e lendo as nossas mentes.

Você não tem aquele amigo (ou amiga) para quem um simples olhar já conta toda uma história, ou revela um julgamento seu, ou uma idéia, ou mesmo, uma percepção sobre algum fato ou alguém? Pois é, quando mais estamos sintonizados e abertos ao pensamento do outro, menos precisamos dizer. É natural. Somos todos 'videntes' que perderam sua habilidade.

Eu tenho os meus seres próximos, aqueles para quem não preciso dizer nada e que, com um simples olhar, entendem o que estou pensando. E tem aqueles que pensam que entendem, mas não entendem, por ainda não estarem próximos o suficiente. Tenho também as minhas verdades não-ditas, aquelas que eu guardo no fundo da minha alma. O melhor seria dizê-las, mas como às vezes, eu sei que elas podem magoar alguém, então prefiro guardá-las à chave, sem a memória de onde elas estão.

E você, como anda a sua percepção do Universo ao seu redor?

segunda-feira, maio 25, 2009

Você é o que você é

Hoje, duas pessoas importantes para mim me disseram a mesma coisa. Você é o que você é. Uma, que me conhece há muitos anos, e que, às vezes, quando me, olha parece estar me redescobrindo. Outra, que chegou há pouco tempo, e que faz questão de se fazer presente e de dizer o que pensa, doa a quem doer.

Imediatamente, nos dois momentos em que ouvi o que diziam, lembrei-me da minha analista. Ela dizia, sessão sim, sessão não. Você é o que você é. Portanto, seja! Eu me lembrei dela e me dei conta de que ouvia, mas não escutava.

O engraçado é que uma das pessoas que me disse isso hoje, me olhou nos olhos e me disse algo como: posso me certificar de que você entendeu o que eu disse?

Pode, respondi. No segundo momento, eu só comentei: engraçado, foi a segunda pessoa que me disse isso hoje.

É que, às vezes, me dá medo de ser. Não é que eu tenha que ser sempre humilde, para dar menos valor ao que eu já conquistei. É que eu aprendi a ser assim para me defender. A não ser arrogante. Incomodava a algumas pessoas importantes pra mim, e eu percebi que parecendo ser menos do que eu sou, ficava mais confortável. Aprendi a duras penas a me proteger de mim mesma, das minhas neuras.

Eu sou o que eu sou. Eu sei o que eu sou. Eu não me intimido. Mas, eu sou insegura às vezes. Sou a pessoa segura mais insegura que já conheci.

Obrigada aos dois pela frase. Hoje, eu posso dizer que escutei. Amanhã, quem sabe, eu possa ter aprendido com vocês.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Viagens e bagagens

Tenho horror a fazer mala. Acho uma incrível chateação. Se você sabe que vai a trabalho - e só - leva os terninhos básicos, um combinando com o outro, combinando com o sapato e com a bolsa, para não ocupar muito espaço. Mas, se a viagem é menos formal, aí, ferrou! Fico na maior indecisão, acho que tenho que ter opção de escolha, e acabo carregando a casa nas costas. Levo muita coisa ... M-E-S-M-O! E o travesseiro, que vai junto?

Acho que sou uma tartaruga.

Vasculhando minhas memórias, lembro do sofrimento que era fazer a mala para ir a Saquarema nas férias. Metade das roupas que eu levava iam na mala só para passear.

Como se cura isso?