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segunda-feira, julho 09, 2012

Ele só queria um abraço...


Queria um abraço, mas a outra insistiu em ser espelho. Ralhou, apontou dedo, disse verdades, disfarçou suas mentiras. Construiu castelos de areia com fundações muito rasas. Sem perceber, estava presa no calabouço, com direito a foço repleto de jacarés. Sem ponte, nenhuma ligação com o mundo real. Estava no inferno, optou pelo diabo. "A culpa é minha, eu tenho um vício de me machucar"...

Enquanto tudo o que ele queria era um abraço...

(...)


Hoje, quer distância. E segue convivendo com mentiras que apertam o peito, todos os dias.



Música do dia: "Simplesmente aconteceu" - Ana Carolina

segunda-feira, setembro 28, 2009

A volta pro Rio

Tudo marcado para às 9:30. O vôo, pela Gol, sairia do Aeroporto Internacional, e nós tínhamos que sair do hotel às 7:45 hs.

8:00 e nada do motorista de taxi que contratamos aparecer. Ligamos pra ele. Ele estava dormindo. Pode? Disse que não ia não, pediu umas desculpas esfarrapadas e voltou a dormir.

Conseguimos outro taxi. R$ 20,00 mais caro, mas eficiente. No meio do trajeto, o cara atende ao celular e diz pra quem está do outro lado da linha que estava virado, ou seja, não tinha dormido aquela noite. Gelei, mas fomos em frente.

Ao chegarmos no aeroporto, ele me deu o seu cartão e me disse que ficaria feliz em ser minha segunda opção. Tudo bem, com ressalvas.

No check-in, descobrimos que o vôo estava atrasado. 1 hora e meia. Pensamos que íamos mofar ali. O aeroporto nem tem muita coisa pra fazer.

Olhamos vitrine, tomamos café, conversamos, rimos, mas nada da hora passar.

Quando finalmente resolvemos entrar na sala de embarque, vimos que o vôo atrasaria mais ainda. Só sairia às 12 horas, ai meu Deus.

Para piorar, na hora do embarque, liberaram os assentos para livre escolha. Ou seja, foi um Deus-nos-acuda, um estouro-da-boiada. Eu não queria saber, ia sentar na 22 C, custasse o que custasse. Afinal, queria ir no fundo e no corredor. Acabou dando tudo certo.

Não é que os comissários da Gol ainda se sentiram ofendidos porque o povo estava reclamando? Não é que ainda foram grosseiros com as pessoas? É o fim do mundo, não?

Pois, no final, gostei do que ouvi de um senhor:

"O problema é que a Varig virou Gol e não o contrário!"

Quanta diferença! Onde está a inteligência destas linhas aéreas?

sábado, junho 20, 2009

Cena carioca: o espírito do Carioca onde está?

12:30. Metrô, sentido Zona Norte. Uma mulher entra na estação Uruguaiana e senta ao lado de uma senhora de cabelos brancos. Estou de frente para elas. De repente, a mais nova abre as pernas e cospe no chão, entre as pernas. A mais idosa a olha com uma desaprovação do tamanho do mundo. Eu não queria ser aquela mulher - a que cuspiu. Ela se desculpa com a mais velha e diz que está se sentindo mal. Não tem desculpa. Eu também senti nojo. Isso aqui não é trem, é metrô. Mais educação!

14:30. Shopping Tijuca, porta da Avenida Maracanã. Uma mulher numa cadeira de rodas se esforça para vencer a porta automática. Ela não tem forças para ultrapassar o desnível e a porta insiste em fechar sobre ela. Eu observo a cena, mais uma vez. Vejo também que ninguém a nota, ninguém percebe aquela pessoa lutando pela vida num momento para nós banal do cotidiano: vencer uma passagem de nível. Eu páro e espero. Penso se ela quer ajuda. Mas e se ela se ofender? Comento com a minha mãe, que está comigo. Ela me pergunta a mesma coisa. Eu chego por trás dela e me ofereço para ajudar. Ela fala tão baixinho. Pede que eu também a ajude a vencer a rampa, inclinada demais para ela. Mais um erro dos engenheiros, que projetam sem pensar no fim daquela obra, em quem ela estará servindo, ou ajudando. Quando enfim chegamos na calçada, ela está agradecida, mas a sua voz é tão pequena que eu quase não escuto seu agradecimento. Tudo isso me deixa emocionada. Ninguém nota mais ninguém. Não há mais solidariedade. Quando retorno ao shopping, minha mãe comenta que eu fiz minha boa ação do dia. Isso não me consola. Não quero esses pontos no meu credi-karma. Mais solidariedade!

Onde foi parar o espírito do carioca? Onde estão os simpáticos de sempre, os atenciosos de sempre? Onde é que guardamos as palavras afetuosas, o muito-obrigado, o por-favor, o com-licença? Onde foi que perdemos tudo o que nos fazia diferentes? Vocês sabem?

segunda-feira, setembro 22, 2008

Desilusão

Todo mundo já passou por uma na vida. Você não? Que triste é você!

Tenho lido o blog da Clarisse e pensado no quanto a gente sofre desnecessariamente, por quem não merece.
Hoje, folheando um livro incrível que tenho (Frases geniais que você gostaria de ter dito, do Paulo Burchsbaum) encontrei duas citações que me lembraram minha amiga Clarisse.

A primeira versa sobre a experiência, e diz assim:

"A experiência é um professor implacável; primeiro ele dá o teste, depois a lição" (anônimo). Acho que é por isso que dói, porque a gente sempre quer se sair bem, em todos os testes. Eu juro que o aprendizado é o que menos importa para mim quando estou no meio do teste.

A segunda, é sobre pontos de vista. Perfeita. Me lembrou minha irmã, por que será?

"É preciso aceitar que uns dias você é pombo e outros dias você é a estátua" (Roger Andersen). Eu odeio ser estátua, apesar do aprendizado que uma boa cagada proporciona. Estes dias de estátua, eu passo. Nessas horas, peço para parar o bonde e desço!