Mostrando postagens com marcador perdas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador perdas. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Perdas e ganhos


Perder pessoas queridas não é fácil!

Perder uma pessoa querida é uma situação que sempre nos causa desconforto. Ontem perdemos uma colega de trabalho que estava muito doente e que deixou em todos a sensação de ter ido embora muito cedo.

Eu, que sou muito chorona, não consegui derramar uma lágrima. Ainda estou com uma sensação estranha, como se estivesse entalada. Cheguei a pensar que choraria ao chegar em casa, mas o choro não veio. De fato, eu percebi que era a minha hora de consolar os outros, ainda que eu estivesse sentida com a perda.

Distribuí abraços e alguns doces para acalentar os corações dos amigos e me esforcei para oferecer aos outros os meus melhores sorrisos.

Tenho pensado muito nisso. Naquela história de que temos que ser a mudança que queremos para o mundo.

Desde que li um texto sobre pessoas que se sentem invisíveis, tenho me esforçado muito para mostrar a elas que eu as vejo. Elas sofrem muito, simplesmente por acharem que não existem para os outros. Então, os meus "bons dias" ganharam volume, ficaram mais altos, cheguei a perceber a mudança à medida que eu ia dando "Bom dia, Fulano, bom dia, Ciclano", falando com as pessoas nominalmente.

Eu comecei a falar com a recepcionista, o segurança, o porteiro, o zelador, com mais vontade, sem tentar me esconder deles como antes. E aí, ganhei em dobro, pois os sorrisos com os quais eles passaram a me devolver o cumprimento eram mais abertos, doces e cheios de energia boa.

Como quando, na faculdade, cismei que tinha que conquistar a amizade do dono do trailer no qual almoçávamos e ele era o cara mais ranzinza do Campus. Um dia, sem que eu percebesse, ele, que não falava com ninguém, me perguntou: "O que houve com você? Está triste? Nem me deu bom dia hoje!" O nome dele? Seu Camilo.

Conhece-te a ti mesmo!

Eu percebi ontem que a gente tem que fazer da nossa vida a melhor vida possível, porque nossa existência pode ser rápida e efêmera. Vencer barreiras, ultrapassar obstáculos, saltar montanhas se for preciso, mas sempre encarando os dasafios com leveza e bom humor.

E não é que hoje eu fui posta a prova logo cedo? Ao chegar para trabalhar me deparei com a rua ao redor do meu prédio completamente alagada. Ficamos "ilhados" numa igrejinha ali perto. De repente, eu que sempre tive pânico de enchente, me vi brincando com as pessoas, falando com todo mundo para impedir que elas sentissem o desespero que eu um dia senti. E depois de 1h40min presa ali, eu consegui sair, e me dei conta de que nem tinha sentido a hora passar. Fiz do abacaxi um suco delicioso e com hortelã!

Podemos, se quisermos, levar a vida de modo mais leve, espalhando uma luz clara e vibrante ao nosso redor. Só depende de nós. O "Urubulino" de cada um de nós pode e deve ficar adormecido, por que não?

Não seriam boas essas resoluções para 2014? #umnovotempo

Como diria o poeta, é a vida, é bonita e é bonita...


domingo, julho 07, 2013

Perdas


Hoje fazem meses que eu perdi minha melhor amiga, num acidente de carro.
Morreu da pior forma, sem me dar chance para uma despedida. Não estava doente, mas sentia-se só. E eu me senti tão responsável por aquilo, por ser tão cega.
Foi duro, nela eu depositava toda a minha confiança e a fé na Humanidade.

Morreu assim, de uma hora para a outra. 
Mas, já vinha morrendo. Estava morrendo aos poucos,
Se transformando, sofrendo uma metamorfose, perdendo sua essência, 
Deixando de ser borboleta para virar uma lagarta rastejante encapsulada.
Como Benjamin Burton, estava vivendo ao contrário, fruto de suas neuroses.

Eu não percebi a morte, nem as diversas vezes em que ela tentou se despedir.
Ela bem que tentou. Tentou me dizer que tínhamos ficado diferentes demais, distantes demais, que tínhamos metas muito diversas...
Eu, crente que o que tínhamos era mais precioso do que qualquer meta, do que qualquer desejo de estar com alguém, um homem, um amante, supus, erradamente, que sobreviveríamos a isso, como já havíamos sobrevivido em outros tempos.

Mas não foi assim. Numa crise de solidão, sentindo-se plenamente incompreendida, ela jogou o carro que dirigia contra um muro, sem me dizer Adeus.

O tempo vai passando e é tão estranho... Eu quase já não lembro de seu rosto, sua voz, sua risada, seu corpo magro... E o pior é que nunca mais fui capaz de ter uma amizade igual.

domingo, agosto 19, 2012

A gosto de agosto



Então, no meio do caminho houve um aniversário. É, vocês já devem perceber que convivem com uma Rebecca leonina até a raiz dos cabelos. Muito leonina!

Naquela data, sentei para comemorar com os amigos novos que fiz este ano no almoço e com a família no jantar. Mas, algo estava faltando.

Como processar a perda de alguém vivo como se esta pessoa estivesse morta? Como aceitar que uma pessoa que foi sempre a sua irmã postiça deixa de fazer parte da sua vida por escolha própria, sem dizer palavra, sem explicação, despedida, nada? Como lidar com o fato de que a pessoa com quem você comemorou todas as conquistas não estaria ali depois de 26 anos? Como não sentir falta, não lembrar com carinho, alguém que simplesmente escolheu partir? Haja terapia para entender e aceitar.

Dito isso, explica-se uma certa melancolia que me afastou dos textos mas não dos sentimentos por estes dias. Continuei levando a vida, vendo meus filmes, ouvindo minhas músicas, lendo meus livros, indo ao cinema, sonhando com o show da Norah Jones em dezembro, encontrando novos amigos...

Ah, e essa foi a parte boa da libertação do passado-presente. Permiti-me fazer novas amizades, algumas que estavam bem quietinhas esperando que eu desse mais atenção a elas. Nessa faxina na vida, surgiu tanta gente legal!! E tanta gente mostrou sua cara, tirou suas máscaras, tantos me fizeram ver que o mundo não é cor de rosa, como a Alice aqui sempre fez questão de imaginar...

Agosto foi um mês bom, está sendo. Mais um mês de mudanças, de enfrentar novos desafios. Está sendo um mês muito corrido, de muito trabalho, mas um mês de muitas felicidades, um mês que está me fazendo muito feliz, que está me permitindo deixar o passado-presente no passado, onde ele deve ficar. E eu estou sacundindo poeiras todos os dias, sabendo da minha consciência, das minhas escolhas e do que me faz feliz.

Um mês de aceitação. De gostar de mim mesma. Tenho todos os motivos do mundo para perguntar "por que?". Mas, sei que do outro lado não haverá uma resposta. Não ainda. Nem todo mundo tem a coragem que eu tenho, e eu respeito isso. Porque é preciso coragem para SE respeitar todos os dias acima de tudo e não aceitar as migalhas da vida.

Se eu quero algo, aprendi a trabalhar por isso, e esperar que aconteça. Por incrível que pareça, acontece. As portas e janelas estão abertas pra vida. Então, agora, só me resta esperar... que venha setembro!



Música do dia: Sol de Primavera - Beto Guedes

segunda-feira, julho 09, 2012

Ele só queria um abraço...


Queria um abraço, mas a outra insistiu em ser espelho. Ralhou, apontou dedo, disse verdades, disfarçou suas mentiras. Construiu castelos de areia com fundações muito rasas. Sem perceber, estava presa no calabouço, com direito a foço repleto de jacarés. Sem ponte, nenhuma ligação com o mundo real. Estava no inferno, optou pelo diabo. "A culpa é minha, eu tenho um vício de me machucar"...

Enquanto tudo o que ele queria era um abraço...

(...)


Hoje, quer distância. E segue convivendo com mentiras que apertam o peito, todos os dias.



Música do dia: "Simplesmente aconteceu" - Ana Carolina

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Whitney


Neste sábado que passou, perdemos precocemente a estrela Whitney Houston. Ela, que estava afastada dos palcos há muito tempo por causa das drogas, tentava retornar, como tentou o Michael Jackson há dois anos (ou já são três?) atrás.

Eu adorava a Whitney. Acho que ela fez a minha cabeça muito seriamente na adolescência. Contra tudo e contra todos, eu escutava a Whitney dia e noite. E a imitava. Gostava de tremer os lábios como ela fazia quando cantava. Isso era coisa de diva negra, pensava. E os meus amigos não suportavam aquele estilo de música. Nem o assaltante que roubou nossa casa e levou todos os nossos CDs quis o da Whitney (graças à Deus!)...

Quando vi o filme "O Guarda Costas", com ela e o Kevin Costner, saí do cinema imediatamente para a loja de CDs e comprei a trilha, que ouvi incessantemente até aposentá-la definitivamente e nunca mais escutá-la na vida. Aquele ato da gente que não sabemos explicar: ouve-se um CD até cansar, para depois nunca mais conseguir ouvir uma música sequer.


Até que sábado, a Whitney faleceu. Aliás, não sei o que estão querendo investigar. As pessoas podem morrer afogadas se dormem profundamente numa banheira cheia d'água. Por isso, é tão perigoso entrar numa banheira para relaxar. Porque nem sempre a gente acorda.

E a tv começou a falar da cantora, da sua história, dos seus problemas com drogas, de seu casamento falido, de sua decadência... enfim, tudo pelo que parece têm que passar as divas da música para que sejam consideradas divas (e é por isso que eu peço a Adele que vá devagar, por favor).

Fazendo uma retrospectiva de sua vida, várias de suas músicas foram mostradas na tv... e eu me dei conta de que ainda sei contá-las todas, que ainda gosto delas, e que elas estão guardadas aqui dentro, no meu sótão intangível particular... em alguma gaveta perdida.



Fiquei me perguntando como uma pessoa que gravou "The greatest love of all" pode ter descido tão fundo...? E talvez, se ela tivesse escutado sua música todos os dias, e cantado a plenos pulmões, ela não tivesse ido tão cedo, não tivesse se entregado tão rápido... É fato que no clipe de "I look to you", ela já estava bem caidinha e sua voz não era a mesma... mas precisava ser mesmo assim? Precisa ser assim com todas elas? A vida da Etta James, por exemplo, também não foi fácil...

Uma pena!

Para quem não se lembra, aqui estão letra e música.

The Greatest Love Of All

I believe that children are our future,
Teach them well and let them lead the way.

Show them all the beauty they possess inside,
Give them a sense of pride... to make it easier,
Let the children's laughter,
Remind us how we used to be .

Everybody's searching for a hero,
People need someone to look up to.
I never found anyone who fulfilled my needs...
Lonely place to be and so i learned to depend on me.

I decided long ago, never to walk in anyone's shadow,
If i fail if i succeed at least
I'll live as i believe
No matter what they take from me.
They can't take away my dignity...
Because the greatest, love of all, is happening to me.

I've found the greatest love of all inside of me
The greatest love of all, is easy to achieve
Learning to love yourself, it is the greatest love of all

And if by chance that special place that ...
You've been dreaminf of
Leads you to a lonely place
Find your strength in love.