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segunda-feira, maio 13, 2013

Estilo: ter ou não ser!

Eu confesso: tenho medo de errar. Por isso, confio em quem entende de moda. Dou uma olhada nas tendências, observo os lookbooks das lojas que eu gosto, e tento replicar os outfits (é assim que eles chamam, gente). Mas, tenho pensado mesmo é nesta coisa do estilo, de quem consegue misturar o caro com o barato, o estranho com o bacana, e daí põe o seu melhor carão e sai para passear.

Eu não faço isso. Sou meio insegura de fato para confiar cegamente neste carão! Aliás, acho que ele nem sequer existe.

Bom, passeando pelos blogs que eu gosto, encontrei a seguinte frase, que muito me impactou:


Acho que a frase diz tudo, não é?

Não sei se é a crise dos quarenta que de repente me pegou, mas, eu tenho andado bem mais preocupada com o visual do que antes. E andar preocupada com o visual parece que não é o bastante. É preciso ter estilo, uma coisa que é danada de difícil de construir, porque pra isso você precisa se conhecer.

Fico observando as crianças de hoje, e vejo o quanto elas já entendem de moda e de estilo desde cedo. Minhas sobrinhas decidem o que vão vestir (e o que não vão) assim, sem nenhuma cerimônica, porque quem está vestindo aquilo são elas, então não adianta mamãe dizer que gostou, titia comprar o casaco mais lindo e mais caro da loja. Se elas não gostarem, não rola.

Não me  lembro de, quando criança, resistir muito aos desejos da minha mãe. Acho que eu costumava vestir o que ela decidia. E ela sempre me mandava pra escola com um casaquinho vermelho, mesmo que estivesse o maior sol do mundo. Minha irmã, ao contrário, era uma pessoa que sempre decidiu, fez birra, revoltou-se quando não gostava de algo. Não vestia, nem obrigada. E hoje, parece ser uma das pessoas mais "estilosas" que eu conheço. Seus amigos também reconhecem isso.

Ou seja, vejam o quão importante é deixar as crianças experimentarem e terem o seu próprio gosto. Vejo que eu tenho até hoje o gosto bastante parecido com o da minha mãe. Não que isso seja negativo, a não ser pelo fato dela ter pouco mais de 20 anos a mais do que eu, o que pode me levar a concluir que eu estou me vestindo de um jeito que me envelhece... Vixe, será que eu viajei na minha tese?

Um site que eu amo é o Polyvore, porque é "montado" por pessoas que tem estilo, que gostam de moda, e que sabem combinar. Para amanhã, estou procurando um look que combine com um blazer verde-esmeralda que eu tenho e que fuja do preto como base. Mas, não me vejo combinando este blazer apenas com branco.

Que tal misturar um pouco de bege, como esta combinação aí...?


Keep it Classy




Não há como não amar tudo isso, não é? Pois é, sinto que eu sou mais clássica, mais tradicional, principalmente no trabalho. Mas, como ser clássica sem ser old-fashioned? E por mais que eu ame a Lancòme, e ela seja a minha marca oficial de maquiagem, eu seria incapaz de usar uma sombra verde no trabalho...

Enfim, ó dúvidas cruéis!



Música do dia: Seven Days in Sunny June - Jamiroquai

sábado, setembro 05, 2009

Porque nós somos mesmo assim...



Vídeo institucional do Comitê Olímpico Rio 2016.

Lindo, lindo: a paisagem, a sonoplastia, a simpatia do carioca, a torcida do Mengão e até a galera de Niterói, que também deu uma forcinha!

quarta-feira, outubro 15, 2008

Ser ou não ser - depois da Martha, a casa dos espelhos

Estou eu aqui, devorando o livro da Martha Medeiros, relendo crônicas que eu já havia lido no jornal O Globo. Gosto muito do positivismo dela e da maneira leve como ela faz suas análises e olha a vida. "Doidas e Santas" é realmente um livro para se guardar, porque nos permite ter, como coleção, aquelas estórias do jornal, sem ter que lidar com o papel de tinta ruim que solta toda na sua mão.

Na crônica do dia 19 de novembro de 2006, Martha fala de Volver, um filme do Almodovar que tinha acabado de estrear nos cinemas e que eu vi várias vezes. Meu professor de castellano, um espanhol radicado no Brasil, não gosta do diretor. Como ele pode? Eu comprei este filme para ter em casa, assim como a caixa de filmes do Almodovar que, já sei, não vou poder utilizar como matéria-prima em sala de aula.

Mas, continuando. Nesta crônica, Martha fala da cena inicial do filme, das mulheres lavando os túmulos dos seus homens no cemitério. Eu sublinhei no texto dela: "todas sobreviveram a eles". A gente até podia dizer há um tempo atrás que as mulheres morriam mais que os homens, mas agora, com esse papo de mulher executiva, sei não.

No meu caso, várias cenas me impressionaram, mas tenho que confessar que, como boa engenheira, fiquei encantada com os moinhos de vento ladeando a estrada. Esta cena me gerou um interesse que me levou a buscar mais informações sobre os países que estam investindo nesta tecnologia de geração de energia, como o nosso faz, muito timidamente.

Martha diz ainda que "mulher é sempre real, comoventemente real". Será que foi por isso que eu me comovi e me encomodei tanto com os espelhos que me puseram a frente? De fato, eu me senti na Casa dos Espelhos, procurando um que não exacerbasse os meus defeitos ou qualidades, ou outro que não diminuísse tanto o meu lado bom. Enfim, um espelho que me refletisse, eu praticamente não encontrei, e não é que eu estivesse me recusando a ver, eu estava aberta. É que acho que não houve interesse genuíno pelo outro e seu desenvolvimento (como os consultores gostam tanto de frisar lá no curso).

Na crônica de 11 de novembro de 2007, Martha fala ainda de flexibilidade, que "é preciso ter certa flexibilidade para evoluir e se divertir com a vida". Eu sinto que ainda isso que me falta. Ser flexível: não é fácil! Segundo ela, "o fato de transgredirmos nossas próprias regras só demonstra que estamos conscientes de que a cada dia aprendemos um pouco mais, ou desaprendemos um pouco mais, o que também é amadurecer. Não estamos congelados em vida". Talvez tenha sido essa a grande lição da imersão no sítio:
F-L-E-X-I-B-I-L-I-D-A-D-E!

Difícil, mas possível. Cada vez mais possível com o amadurecimento.

domingo, outubro 12, 2008

Ser ou não ser - eis a questão!

Sempre soubera que tinha uma personalidade forte. Não era do tipo mimada, apenas não gostava de ser mandada sem razão ou motivo. Era do tipo que nunca levava desaforo para casa. Nunca! Como dizem por aí, dava um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dela.

Vivia isso na vida pessoal, e na profissional também. Sua família já sabia, quando ela ficava muito calada e séria, a chapa estava esquentando. Mas, no fundo, sempre fôra uma pessoa boa, com um coração enorme, do tipo sempre cabe mais um. Rexona, sabe?

Os amigos abusavam. Quem a conhece bem, sabe que seu coração é mole. Que uma hora ele amolece e ela cede.

Ao pegar antipatia por alguém, ela ficava braba. E não se esforçava para disfarçar seus sentimentos, fazia questão de não ser falsa. Porque falsidade dá dor de estômago, ela dizia.

Até que um dia ela se deparou com a maioria. E com um diabo de um processo chamado Feedback (que no caso de ser bom é floresback e, se ruim, é fodeback mesmo!). A maioria não se fêz de rogada e detonou geral! Ela, como boa leonina que é, ficou abalada. Se olhou no espelho e se perguntou: mas, em toda a minha vida eu fui assim, e as pessoas gostavam de mim assim!? O que hoje eles apontam como defeito sempre foi visto como qualidade: iniciativa, determinação, foco no cliente, conteúdo! Por que então a maioria anda me vendo desse jeito? Onde está a falta de foco nesta fotografia, que eu não consigo enxergar?

Voltou para casa pensando na maioria, e no Nelson Rodrigues (minha filha, toda unanimidade é burra! - dizia para si mesma). Estaria apenas procurando uma maneira de se perdoar, ou se convencer que não era bem assim? De quem era a reponsabilidade por aquilo tudo? Podiam os professores se eximir dela e deixar o circo pegar fogo?

Ficou se perguntando o que era mais imperioso: seu direito de ser como é ou o dever de não ser (para agradar a maioria)! Ao final, concluiu que nem sempre quem tem que mudar é quem incomoda. Aliás, os incomodados que se mudem!

E seguiu a sua vida feliz, esquecendo-se do drama daquela temporada no sítio. Voluntariosa, determinada e consciente das suas possibilidades e limites!