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quinta-feira, abril 23, 2009

Medo

Ontem, mais uma vez senti medo. Ao sair do trabalho, lá estavam eles, em bando, prontos para o "arrastão". Falo dos meninos que habitam os Arcos da Lapa e que descobriram um novo point de assaltos na porta da minha empresa: lá é fácil, fácil, galera. Ninguém faz nada!

Eu já tinha contado do assalto que sofri no post "Primeiro da Abril". Segui a orientação do meu chefe e fiz um relato por e-mail para a segurança da empresa, que estranhamente, só foi encaminhado esta semana. Sabe o que mais? Perdeu o efeito.

Eu não fui na delegacia fazer o boletim de ocorrência (ou registro, sei lá como chamam isso agora!) e os meninos continuam lá nos intimidando.

Eu estou ficando covarde. Ontem, tive um pico de pressão, acho. A cena e o medo me deram logo dor de cabeça. Há alguns anos, eu sairia de peito aberto, pronta para a briga. Hoje, eu me encolho e tenho vontade de sair correndo. Ontem, pedi ajuda ao prancheteiro do ponto de táxi enquanto esperava meu marido chegar. Era quase "pânico", e essa minha reação me deu muito medo. Medo de mim mesma.

A gente vê na tv todos os dias eles falando da "Cracolândia", da prostituição dos menores, da vida que eles levam, do abandono das autoridades. Eu não tenho mais pena deles. Não daqueles que levam da gente coisa que batalhamos para conquistar. Meu professor de espanhol foi roubado semana passada no mesmo lugar que eu, na Avenida Chile. Ficou sem seus pertences e seu dinheiro, que só eu sei o quanto ele batalha para conseguir. Tem uma filha pequena e eu sei que esse dinheiro deve estar fazendo falta. Rodrigo, meu amigo, seu dinheiro virou pó, ou crack. Está sendo consumido nos cachimbos dos meninos embaixo dos Arcos da Lapa.

Até quando vamos ter que viver assim? Até quando vamos viver nesta apatia, covardes que somos?

quinta-feira, agosto 28, 2008

Carangos e motocas

Quando eu era pequena, eu via esse filme. Era um desenho animado encantador, e eu torcia sempre pelo Wheelie, um carrinho muito do simpático que tinha uma namoradinha-carrinho!




Eles eram sistematicamente atacados por um grupo de motocas (era esse o nome comum na época), que os infernizava, mas sempre se dava mal: Avesso, Chapa, Risada e Confuso.


O Confuso sempre dizia no final: "Mas, eu te disse, eu te disse. Mas, eu te disse, eu te disse". Era uma espécie de grilo falante!

Não sei porque isso me lembra tanto o mundo corporativo! Pior é que tem gente que não escuta nunca, que nem o Avesso!