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segunda-feira, janeiro 30, 2012

Triste que só...


Hoje eu acordei meio triste. Triste que só. Peguei o taxi para o trabalho depois de sofrer para escolher uma roupa. Estava lá, morna, sôfrega, cheia de saudade. É isso, estava explodindo de saudade. Mas, aguentando firme. Entrei no taxi e o motorista ouvia rádio. Músicas tão lindas, mas tão lindas, que transbordei. As lágrimas pingavam sobre a minha calça bege e eu ali pensando que ia chegar inchada no trabalho. Chorei à beça, o motorista ali, me olhando de rabo-de-olho, sem ter muita certeza se eu estava gripada ou chorando mesmo. Eu bege como a calça, mas fechada no meu mundinho triste, com as lágrimas pulando...

É isso, a estratégia é passar em algum lugar antes de ir ao trabalho. Está bem, vou ao caixa eletrônico.

Ao longo do dia, a sensação de desânimo foi passando. Eu fui pensando em outras coisas, trabalhando, trabalhando... A vida é mesmo curiosa. Atividade não me deixou menos triste. Mas, é isso. Um dia estamos bem, noutro um pouco mais amoadas e só nos resta esperar um novo dia... Só não podemos esquecer que somos "da raça da pedra dura"...








Somos mesmo!


Música do dia

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Se eu pudesse esquecer...


Tem dias que a gente simplesmente não quer lembrar, não quer se deparar com nada que lembre, não quer uma centelha de pensamento voltada para o passado, quer rasgar a página do caderno da vida, quer tirar da memória toda e qualquer lembrança de algo que doeu, que feriu, que nos mudou de direção.

A gente vê o carro do mesmo modelo, vê uma foto nas redes sociais, sente um perfume, ouve uma voz parecida, vê alguém que anda igual, vê um recado no qual reconhece um traço da ternura que um dia pareceu tão verdadeira, e aí aquilo tudo vem à garganta, como vaca que rumina o pasto e regurgita a comida que já está no estômago.

Tudo o que se quer é apagar o slot lotado de memórias sem sentido, de algo que te fizeram e você nem sabe bem porquê. Não, é fato, a vida dos outros, ainda que parentes e amigos, não gira ao redor de nós. Mas, no fundo, no fundo, a gente espera que aqueles que nos amam saibam conciliar o que é inconciliável, saibam dar "nó em pingo d'água", façam de tudo para nos ter por perto. E, principalmente, para não nos magoar deliberadamente.

De repente, tudo que se percebe é que não é bem assim. Então, só nos resta olhar pra frente. Antolhos às vezes são muito úteis quando se quer ter foco...

Impressionamente o que somos capazes de fazer quando acreditamos em nós mesmos. Quando nós miramos numa meta pré-estabelecida e vamos em frente... "para frente e avante", como diziam antigamente os escoteiros e as bandeirantes.

São esses valores que nos são incutidos na infância que vão moldando o que somos quando adultos. E se refletem nos nossos atos. Naquilo de que não abrimos mão, ou o que simplesmente não aceitamos, por não compactuar com certas atitudes dos outros.

Vale à pena continuar? Sempre. Mas, é preciso ter muita coragem, porque essa vida, ah, ela não é bolinho, não!

quarta-feira, novembro 10, 2010

Nostalgia nonsense...

Quando eu estava na faculdade de Engenharia, vivi uma sina. Volta e meia estava envolvida em um assalto. Daqueles que davam estórias pro "Retrato Falado", que a Denise Fraga apresentava no Fantástico.

Tinha sempre comigo um amigo, pequenino, que vou me furtar de dizer o nome (vai que ele se reconhece aqui) e que sempre me dizia: "De novo, não!?"

Fomos assaltados várias vezes. Várias.

Numa delas, quatro caras e duas mulheres entraram num 326 (Castelo - Bancários) atolado de gente e começaram a apalpar todo mundo. As mulheres possuíam bolsas de palha enormes, e tudo que os caras tiravam das pessoas colocavam naquelas bolsas.

Quando percebi o movimento, comecei a gritar: Cambada de otários!!! Nós somos muitos, nós podemos com eles, olhem só o que eles estão fazendo.

Eles limparam todo mundo, menos a doida aqui, que eu não deixei ninguém meter a mão na minha bolsa. Até porque eu era estudante, e o que eu tinha era muito pouco e se levassem, ia me fazer uma falta danada... Nem HP eu tinha, que o professor tinha mandado comprar, mas eu não tinha dinheiro. Trabalhei, trabalhei, trabalhei, e nunca comprei a tal HP 12C. Nunca foi minha prioridade.

Ah, o meu amigo se virou pra mim e disse: "De novo, não!?"

Ele tinha mais medo de mim do que dos assaltantes.

Um outro dia, quando embarcávamos num 605 (Rodoviária - Méier) na Leopoldina, com destino ao Maracanã, um casal me imprensou na roleta, que naquela época ficava nos fundos do ônibus. Eu tinha uma mochila jeans da Cantão, com bolso de camurça preta, que era o meu orgulho, e o cara meteu a mão no meu bolso. Eu gritei: "Tira a mão daí. Não tem nada aí pra você. O motorista, pára essa porcaria de ônibus que eu vou descer (detalhe, o ônibus estava parado)"...

Meu amigo, ainda na calçada, dizia: "Ah, não, de novo? Eu não vou mais andar com você. Você só arruma encrenca!"

Acho que por ele, eu seria sempre assaltada. Entregaria tudo, sem reclamar. Fala baixinho pra não incomodar o assaltante!

Mas, isso não começou aos dezoito, não. Com treze, andava com a minha irmã de volta pra casa pela Rua Doutor Satamini, quando dois moleques pediram o relógio dela na mão grande. Eu os fiz devolver o relógio, aos gritos.

O fim da picada foi quando, voltando da praia, fomos assaltadas no 433 (Barra - Rodoviária), eu, minha irmã e Clarice. Os garotos entraram no ônibus vazio e chegaram pedindo os anéis e o dinheiro. Eu, com a minha barraca de praia, resolvi enfrentá-los. Um deles me dizia que estava armado, e eu segurando a barraca, dizia que também estava. Queria partir pra luta armada, olha só.

Havia uma senhorinha no ônibus, que se fêz de surda, e ficou imóvel, como se nada estivesse acontecendo. Dela, nada levaram. Vovó esperta! 70 anos de praia! De mim, levaram um anel de prata lindo, que na verdade era da minha mãe, e que eu tinha "pego emprestado" para tirar onda na praia. E eu ainda tive que ouvir que "como patricinhas, nós estávamos muito sem dinheiro pro gosto deles".

Por incrível que pareça, eu sinto falta do tempo em que se roubava na mão grande e que dava pra gente gritar "pega ladrão!". Hoje, eu tenho medo. Está todo mundo armado. Nós, que entregamos as armas, estamos por nossa conta e risco. Até que uma bala perdida nos encontre.

domingo, setembro 06, 2009

A saga da casa invadida ou o drama do CD esquecido

Ontem, conversando com minha amiga Clarice, nos lembramos de um evento muito peculiar da nossa juventude. Quando éramos jovens (há um tempo considerável atrás), descobrimos a maravilha do CD, que veio para substituir os LPs (e suas capas maravilhosas) e que passamos a comprar com frequência, numa febre danada. Naquela época, ter um CD player, que era separado dos aparelhos de som convencionais, era para poucos.

Mas, o tempo foi passando, a mídia barateando e a gente ia comprando. Até que eu descobri algumas divas americanas (ai, o meu passado me condena) e, depois de ver o filme "The Bodyguard", de 1992, com a Whitney Houston e o Kevin Costner, comprei o tal CD e ouvi até enlouquecer os meus vizinhos (minha amiga Clarice, inclusive).

Quando eu começava a ouví-lo, me lembro dela gritando da janela: "Abaixa essa droga! Isso é horrível!" Eu lembro que dava risada com a loucura dela, e aumentava o volume (que criatura cruel! Clarice, me perdoe!).

A coisa só foi piorando quando a gente começou a se divertir imitando as caras e bocas da Whitney Houston, cantando em falsete aquelas músicas (e olha que ninguém cantava direito naquela época - que sofrimento!).

Pois uma dia, chegando da faculdade, percebi que o nosso apartamento havia sido arrombado. A fechadura da porta estava frouxa e eu não conseguia abrí-la. Fui até o apartamento de Clarice e pedi uma vassoura (a minha arma, imagina como eu era valente!), pois eu ia entrar pela cozinha.

Ela desceu para entrarmos juntas, numa adrenalina danada, pois imagina se o ladrão ainda estivesse dentro do ap.? Pois bem, quando entramos, a cena era desoladora. Tudo revirado, armários, cozinha, sala, o ladrão precisava de miudezas, era alguém que conhecia a gente pois foi direto no que interessava. Meu armário, inexplicavelmente, estava intocado, mas muita coisa havia sido roubada e a sensação era péssima.

E aí, nos demos conta do roubo do CD player e dos CDs? Mas, não é que o ladrão deixou o CD do filme "The bodyguard"?! Nunca mais esqueci da cara da Clarice, dando risada, e dizendo:

"Eu não disse que esse CD era uma bosta? Não tem nem valor de mercado! Nem o ladrão quis!"

Cara, eu fiquei com uma raiva danada daquele CD ter sobrado.

Não sei se a ficha caiu ou peguei implicância, o fato é que nunca mais o havia escutado. Hoje, ouvindo a Paradiso FM, tocou uma das músicas daquele CD e eu me dei conta de que ainda sabia a letra... incrível, lá se vão mais de quinze anos, e eu ainda sabia ela inteirinha, de cór.

Loucura!

Agora, de verdade, eu torço para que a Whitney, que esteve abduzida pelas drogas (principalmente a Cocaína) se reestabeleça e volte a cantar. Ela merece outra chance.

Olha a música aí...

quinta-feira, agosto 28, 2008

Carangos e motocas

Quando eu era pequena, eu via esse filme. Era um desenho animado encantador, e eu torcia sempre pelo Wheelie, um carrinho muito do simpático que tinha uma namoradinha-carrinho!




Eles eram sistematicamente atacados por um grupo de motocas (era esse o nome comum na época), que os infernizava, mas sempre se dava mal: Avesso, Chapa, Risada e Confuso.


O Confuso sempre dizia no final: "Mas, eu te disse, eu te disse. Mas, eu te disse, eu te disse". Era uma espécie de grilo falante!

Não sei porque isso me lembra tanto o mundo corporativo! Pior é que tem gente que não escuta nunca, que nem o Avesso!