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domingo, maio 30, 2010

O "bom" e velho mundo corporativo

A gente trabalha muito em equipe lá na minha empresa. Todo mundo do meu departamento costuma fazer muitas reuniões, porque, na maior parte das vezes, nosso trabalho envolve outras áreas, que chamamos de "cliente internos" (não sei se correta ou incorretamente).

Às vezes, falta sala de reunião. A gente, então, apela para umas mesas que conseguimos por nas baias e que nos ajudam a fazer pequenas reuniões. Mesmo que a gente se controle o tempo todo, tem horas que falamos alto e acabamos atrapalhando as outras pessoas, então, reunião nessas mesinhas só em último caso.

Mas, no nosso departamento mora um Ogro. Um não, vários, mas esse é especial, porque não é nada "fofo". Outro dia, estávamos fazendo uma mini-reunião para fechar uma apresentação pro chefe. Não achávamos o tom: poucos slides, linguagem de negócios, e a gente tendo que vender um projeto pra lá de difícil.

O Ogro então passou e deu um encontrão na cadeira de uma amiga que participava da reunião. Acho que era para mostrar que ele não estava gostando da gente ali, que estávamos atrapalhando o "trabalho incrível" que ele estava fazendo (detalhe: sempre que eu olho na direção dele, ele nunca está fazendo algo relevante!). O encontrão foi tão grande que ela quase caiu da cadeira.

O surreal foi o fato dele não ter pedido desculpas. Então ela pediu. Foi quase um "me desculpa por existir"!

Depois, o Ogro fica sem saber por que ninguém quer a sua companhia para almoçar. Aliás, sempre que ele vai, por insistência do chefe, que pensa que existe um jeito daquela criatura se enturmar com alguém, eu acho um s...!

sábado, novembro 21, 2009

Passeando pelo Rio

É, pessoal. Nós ficamos a semana por conta dos alemães. Eles amaram o Rio de Janeiro.

No sábado, conforme prometido, levamos os dois para conhecer o samba na Lapa. O lugar que queríamos estava lotado - o Carioca da Gema (ai, será que um dia eu consigo ir lá?) - então, apelamos pro ODS (o-de-sempre) que é garantia de boa música e diversão. Fomos para o Rio Scenarium, samba de primeira, os melhores sambas-enredo de todos os tempos. Sambamos até de madrugada.

Como tínhamos programação intensa no dia seguinte, três da manhã já estávamos em casa. Mas, pra uma noite que começou às 20:00, até que deu pro gasto.

No dia seguinte, nosso destino era Niterói. Fomos conhecer o MAC, mas com um detalhe básico: de barca. Eles acharam a barca rápida e confortável e o passeio, muito tranquilo. O dia estava lindo e até a Baía de Guanabara ajudou, pois não estava muito fedorenta.

O maridão foi de carro pela ponte, para nos aguardar lá. Melhor coisa. Os dois alemães adoraram o museu, acharam a arquitetura fantástica, tiraram um monte de fotos do Rio, curtiram a exposição, enfim, amaram o passeio. Ficaram, como todos nós, impressionados com as pessoas que insistiam em tomar banho naquela praia nojenta em Niterói e eu tive que explicar que nem todas as praias de Niterói são assim, que existem praias oceânicas e que estas são mais limpas e mais procuradas.

O dia já ia longe quando resolvemos almoçar, e então, pra não ter dúvidas, fomos ao Porcão de Niterói, na praia de São Francisco. Eles adoraram as carnes, mas também ficaram impressionados com a qualidade da comida japonesa servida. Um dia pra lá de agradável.

Voltamos pela ponte Rio-Niterói que é linda, e como obra de engenharia também atraiu a atenção dos meninos.

Durante a semana, eles estiveram mais soltos. Um deles foi com o maridão para a Faculdade, para dar duas palestras. O outro conheceu o Centro da cidade. Fêz um passeio pra lá de cansativo, mas amou. Sente só o trajeto: camelódromo da Uruguaiana, para compras Cds piratas (é mole?), Lgo. da Carioca, Cinelândia, Glória, Flamendo, esse trecho a pé. O resto até Ipanema, ele fêz de metrô.

Na quarta-feira, o maridão levou os dois ao Cristo e acabamos a noite no Zazá Bistrô, em Ipanema, um charme. Eles foram a praia, curtiram a cidade e acabaram a noite dizendo que não há cidade mais linda e nem povo mais hospitaleiro.

Eu gostei, apesar de ter que falar inglês o tempo inteiro, o que foi cansativo! Pra quem não conhece o Rio e tem pouco tempo, posso dizer que esse é um bom roteiro!

terça-feira, outubro 13, 2009

Por um pouco mais de gentileza neste mundo...

Lá estava eu viajando de novo. Dessa vez, uma viagem maior, para fora do país. Vamos de American Airlines, eu e meu chefe. Ele tem o cartão fidelidade da companhia aérea, Gold. Euzinha, querida(o), nunca voei de American, que dirá ter o cartão de fidelidade.

Ao chegarmos no decrépito aeroporto do Galeão, ele me disse: "Vem comigo!" E me orientou a acompanhá-lo para fazermos o check-in na área para os VIPs (que poderia ser a tradução "pessoas que viajam muito e só por esta companhia"). Eu imediatamente pensei: "vai dar m...!"

Na hora H, a moça que estava fazendo o check-in me perguntou um monte de coisas, inclusive se eu tinha o tal cartão. Eu, imediatamente tirei meu corpo fora, e disse que só estava acompanhando o meu chefe, mas que se tivesse que encarar a outra fila, ia na boa (mas ela era quilomééééééétrica!). A moça então me deu um sorriso amarelo - euzinha, que sabia que estava errada, fiquei passada - e já ia me enfiando na outra fila, quando apareceu o Super Gilvan!

O Super Gilvan é um empregado da AA, que além de ser simpatissíssimo, na mesma hora disse:
-"Não, você pode ficar aí, você está acompanhando ele, não é? É comum abrirmos esse tipo de exceção!" (ufa, escapei da outra fila!)

Gilvan é um homem alto, gordo, de cavanhaque, que eu não consegui mensurar quantos anos tem, e que, quando te olha, sorri de orelha a orelha. Uma simpatia em pessoa.

Não é então que eu tive a grande idéia de tirar uma pashmina de uma das malas, para o caso de estar frio dentro do avião?! Então, qual não foi a minha supresa, mas na pressa, eu havia colocado o cadeado quebrado na mala. E então, Super Gilvan entrou em ação novamente!

De repente, o cara entortou um clips, tirou a capinha de plástico que encobria o cadeado, e prontamente descobriu que se tratava de um cadeado comum. Foi lá atrás, no escritório da companhia, e demorou, mas trouxe um chaveiro com um milhão de chaves de cadeado diferentes.

Eu, que já estava marcando o meu assento, estava ansiosa por sua volta, até que ele chegou, testou um monte de chaves e, então, ao achar a que abria o meu cadeado, fez questão de entregá-la para mim... e ainda disse sorrindo:
- "Voilá, seus problemas acabaram!"

Eu fiquei tão feliz com o Gilvan. Nossa, foi um alívio saber que eu não precisaria chegar nos EUA e procurar um lugar para arrebentar o meu cadeado. Pois onde é que eu ia encontrar alguém com tamanha gentileza? Em lugar nenhum...

Para uma pessoa que parece uma grande criança, pois parece estar se divertindo o tempo todo, um VIVA para o Super Gilvan!