Mostrando postagens com marcador paz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador paz. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, julho 01, 2013

Começando o segundo semestre



Parece bobo que eu esteja postando poesia, fotografia, música, literatura, moda... num tempo em que as pessoas estão clamando por mudanças. Algumas estão, inclusive, dando a sua vida por isso. É lógico que sou a favor destas mudanças, mas o fato é que tenho horror a violência.

Minha avó me ensinou, desde pequenininha, como eram importantes os preceitos pregados por um dos maiores homens da nossa História, Mahatma Gandhi. Até hoje, guardo com carinho um livro que ela mantinha em sua cabeceira, e que ela lia sempre que podia.

Mahatma Gandhi foi um homem que viveu quase 80 anos, que gozava de imenso prestígio entre centenas de milhões de conterrâneos seus e que, através de cujas mãos passavam anualmente milhões e milhões de libras esterlinas, que podia possuir latifúndios e magníficos palacetes na Índia, mas que morreu sem deixar um único palmo de terra, nem uma casa, nem dinheiro em banco algum. A própria cabra de cujo leite se alimentava por ordem médica, não era dele e foi retirada pelo dono logo após a morte de Gandhi...

Gandhi dizia (marcação de minha avó):

"O que em mim peca é aquilo que eu tenho --
O que me redime é aquilo que eu sou".

Para o Mahatma, pretender abolir a violência sem primeiro abolir o egoísmo era o mesmo que querer evitar o efeito sem extinguir a causa do mesmo.

Vimos muitas cenas de violência nas ruas estes dias. Eu não me sinto preparada para o enfrentamento. Não me sinto confortável em participar de algo que pode perder o controle. Não creio que seja assim que conseguiremos algo, apesar de reconhecer que muito já foi obtido e que foi graças ao susto que nossos Governantes levaram.

Gandhi falava assim da violência:

"A violência aparece em formas várias; a mais comum, é a violência material, que pratica atos violentos em forma física, como ferimento ou morte. Violência em forma mais civilizada se revela verbalmente, em forma de injúrias, maledicências, mentiras e difamações. A mais sutil, e por isso mesmo a mais perversa das violências, aparece na forma mental do ódio ou malquerença. As vibrações negativas do ódio envenenam em primeiro lugar seu próprio autor e produtor, e podem também causar graves danos ao objeto do mesmo, no caso que este seja alérgico às invisíveis ondas de ódio. Em casos extremos, o ódio produz a morte de sua vítima."

Como foram muitas as cenas difíceis dos últimos dias, não vou postar aqui nenhuma foto. Nem mesmo as tiradas por mim.

Ao invés disso, eu te ofereço ele...


Namastê!

domingo, junho 24, 2012

Madureza...

Quando a vida não mais te amedronta, quando o peito está aberto e parece que nada mais abala a fortaleza em que habitas, talvez tenhas chegado ao tempo da madureza... teu corpo e teu cérebro já podem estar tão calejados e 'amaciados', que só te resta pular...


Pular, se jogar, aceitar os riscos, lidar com eles, aprender e, infinitamente, crescer. Olhar pra vida como um espectador de si mesmo, mas ainda como alguém capaz de descobrir algo novo todos os dias, capaz de se surpreender, e de gostar, capaz de sentir prazer com coisas pequenas e mundanas, e, principalmente, simples.

Quando a vida fica assim, colorida, simplificada, correta, quando a vida perde a complexidade do tempo das dúvidas, das inseguranças, das frustações eternas... aí, tu podes dizer que estás finalmente...

... em paz!



segunda-feira, setembro 22, 2008

A Paz

De repente, não sei como, nem porquê, ela se faz presente. Nos invade. Chega a nos atormentar de tão intensa, sufocante.

Vem num fio de navalha, retratada em paisagem cortante. Cinza, cheia de fog, muita, mas muita névoa, e chuva. Mas nos mostra, de relance, que está dentro da gente, e que quando menos esperamos, está pronta para se revelar.

Vi a paz neste lugar aí da foto, em Londres, num jardim, ao redor da Catedral de St. Paul, lugar de paz no meio do burburinho da cidade, que você quase não percebe mais quando está aqui. Num lugar limpo, cuidado, tratado, sem insetos (se eles estavam lá, eu não os vi). E não é porque é um jardim de igreja, não! Mas, a paz estava ali, posso te garantir. No silêncio absoluto.

Tão europeu, como se a paz não pudesse estar por aqui, logo ali, na Quinta da Boa Vista, ou no Campo de Santana, ou ainda, na Praça Paris. Quero a paz em todo lugar, sem ter que ficar me cuidando, olhando para os lados, com medo do outro que atravessa a rua em minha direção. Quero poder dar a um estranho meu melhor sorriso, porque com ele sou mais bonita que a mulher amedontrada pela cidade opressora.

Rio, cidade maravilhosa, cidade partida ... e perdida. Já não acredito mais em ti...