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domingo, maio 12, 2013

Fotografando Londres

Quando estive em Londres, em 2008, amei fotografar detalhes da vida cotidiana, daqueles que parece que ninguém vê. Nem os dois rapazes que estavam comigo.

A despeito da inexistência do Instagram na época, o que eu dispunha era o meu FickR, onde eu tratei de fazer upload de todas as fotos da viagem, mas que, a estas alturas, está me cobrando uma grana para que eu acesse as minhas fotos (a-d-o-r-o-i-s-s-o!).

Esta semana, estive revisitando as fotos, resgatando as lembranças daquela viagem pelas terras da Rainha. Por este motivo, e por ainda ter algumas delas guardadas e acessíveis em meu HD, resolvi postá-las aqui.
God save the Queen!











Londres foi para nós uma passagem muito breve, estivemos por lá em dias nublados (ora, o que esperar mesmo?), frios e com pouco tempo para passeios. Mas, é uma cidade para onde eu gostaria de voltar!

As fotos são sem legenda que é pra você tentar imaginar por onde eu andei!


Música do dia: Yesterday, The Beatles

domingo, maio 10, 2009

Life is for sharing

A T-Mobile, empresa de telefonia que já tinha aprontado uma boa com a galera em uma estação do metrô de Londres (lembra que eu postei a respeito aqui?), aprontou outra, agora na Trafalgar Square, em Londres. Colocou uma anúncio em várias mídias dizendo assim: "Encontre-me às 18 horas do dia 30 de abril na Trafalgar Square, no centro de Londres".

Mesmo sem saber o que ia acontecer lá, a galera pareceu. E foi uma galera mesmo: umas 13 mil pessoas. Microfones foram distribuídos às pessoas e, de repente, acendeu um telão, onde mostrava-se a letra da canção "Hey Jude". Era um grande Karaokê. Foi o maior barato, todo mundo - homens, mulheres, crianças, idosos -, soltaram a voz (boa ou não) e se divertiram a valer. Olhem só!


Dois momentos incríveis da propaganda são o momento em que um rapaz tem sua performance capturada no telão e fica com vergonha e quando a Pink aparece no meio da galera, entoando um clássico da Janis.


Fiquei imaginando a Vivo, a Claro, a Tim ou a Oi nos propondo a mesma coisa. Iríamos todos para aonde? ao calçadão de Copacabana? e cantaríamos Cidade Maravilhosa? Emoções? Rio 40 graus? alguma coisa...

Ou será que não iríamos a lugar nenhum por medo de assalto?

segunda-feira, setembro 22, 2008

A Paz

De repente, não sei como, nem porquê, ela se faz presente. Nos invade. Chega a nos atormentar de tão intensa, sufocante.

Vem num fio de navalha, retratada em paisagem cortante. Cinza, cheia de fog, muita, mas muita névoa, e chuva. Mas nos mostra, de relance, que está dentro da gente, e que quando menos esperamos, está pronta para se revelar.

Vi a paz neste lugar aí da foto, em Londres, num jardim, ao redor da Catedral de St. Paul, lugar de paz no meio do burburinho da cidade, que você quase não percebe mais quando está aqui. Num lugar limpo, cuidado, tratado, sem insetos (se eles estavam lá, eu não os vi). E não é porque é um jardim de igreja, não! Mas, a paz estava ali, posso te garantir. No silêncio absoluto.

Tão europeu, como se a paz não pudesse estar por aqui, logo ali, na Quinta da Boa Vista, ou no Campo de Santana, ou ainda, na Praça Paris. Quero a paz em todo lugar, sem ter que ficar me cuidando, olhando para os lados, com medo do outro que atravessa a rua em minha direção. Quero poder dar a um estranho meu melhor sorriso, porque com ele sou mais bonita que a mulher amedontrada pela cidade opressora.

Rio, cidade maravilhosa, cidade partida ... e perdida. Já não acredito mais em ti...

terça-feira, setembro 09, 2008

O Carluccio's


Para vocês terem uma idéia do que era o restaurante, haviam pequenos livretos na sua entrada que podiam ser levados pelos clientes, com receitas especialíssimas para o preparo das massas.

Os dessa semana em que estivemos lá falavam da Calabria e da Puglia, duas regiões bastante famosas da Itália (se você não sabe onde fica, surpreenda-se: os mapas estão no verso do livreto!).

Dá uma sensação de acolhimento, de que você vai poder comprar aquele Penne Regine e que saberá o que fazer com ele.

Enfim, gente chique é outra coisa.

Só para não deixar todo mundo com água na boca, deixo aqui a receita do livreto da Calabria. Tentem e divirtam-se!

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UNA RICETTA DALLA CALABRIA

BRANZINO CON SALSA E PATATE
Sea bass with tomato salsa and sautéed potatoes

Calabria is a mountainous territory between two seas, with a climate of extreme temperatures. Calabrese history is layered with Greek, Albanian, Spanish and Arabic influences. This recipe offers a classic taste of the region: fresh fish and rich tomatos, simple and roboust flavoours. Match with Gravina Bianco DOC from Puglia, an elegant dry white wine made from Greco and Malvasia grapes.

Serves 4

For the salsa:
250g medium-sized vine tomatoes
100g Spanish onion, finely diced
120ml olive oil
6g garlic (about 2 cloves), finely diced
60ml white wine
1 punnet of cherry tomatoes, cut into halves
160g semi-dried tomatoes
salt and freshly ground black pepper
8g (about 3 tbsp) shredded basil
30g finely chopped chives
20g finely chopped flat-leafed parsley

For the potatoes:
olive oil
24 small new potatoes
80g butter
salt and freshly ground pepper

For the fish:
4 filles of sea bass (about 170g each)
40g plain flour
salt and freshly ground pepper
80g butter
olive oil

Cute the vine tomatoes into quarters and remove the seeds. Cut each wedge into half lenghtways, then thirds, so that you have 6 pieces per quarter. Set aside. Sweat the onion in a little olive oil. When the onion is trnslucente, add the garlic and cook for a minute, then add the dash of wine. Reduce a little before adding the fresh tomatoes. Cook for a minute or two. Add the sun-kissed tomatoes. Season. Allow to cool, then add the herbs and adjust the seasoning.

Deep fry the potatoes in hot olive oil until golden brown, then add the butter asn seasoning to taste.

Season and dust each fish fillet with flour. Heat the butter with a little olive oil. Add the fish, skin side up, and fry until golden on both sides.

On a pasta plate, place a spoonful of salsa on one side with plenty pf juice. Then add a heap of potatoes and lastly the sea bass. Serve straightaway.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Londres :: casas italianas

Mas, como tem restaurante italiano em Londres! Nunca estive na Itália, mas começo a desconfiar que tem mais restaurante italiano em Londres que em Roma!

Comemos em vários deles, a comida é farta, parecida com a nossa e relativamente barata. Um deles, tinha um nome sensacional: Paraíso y Inferno. Você podia escolher, através do Menu, de que maneira gostaria que o seu estômago se sentisse: no paraíso ou no inferno! Eu passei bem, obrigada!


Passamos por um outro restaurante, o Carluccio's, misto de bistrô e mercearia chique, que me encantou profundamente. Tudo delicadamente arrumado, tão arrumado que os preços eram equivalentes à experiência que a casa nos proporcionava com os olhos. Era isso, não precisava nem comer.

Pensei na minha vóvozinha querida, que eu teria contado isso a ela, como ela ficaria contente de ver Londres através dos meus olhos, como ela fêz várias vezes nas minhas outras viagens. Os mais velhos, quando já não podem mais viajar (afinal, quem aguenta aquela classe econômica por mais de dez horas?), vêem o mundo através dos olhos dos mais novos e das histórias que eles contam. Pois eu teria contado tudo isso para a minha avó. E ficaria feliz de vê-la feliz, com suas gargalhadas frequentes.
Ah, e para piorar, ainda tinham os pãezinhos e doces. Uma loucura! Mas, tenho que dizer com orgulho que eu segurei minha onda. Cá estou, com alguns quilos que não ganhei ali.

Huuuuuummmmmm! Que delícia!

Modelos de Negócio

Em Londres, me surpreendeu a diversidade dos modelos de negócio existentes para encantar os consumidores. Em se tratando de comida, então, nem se fala. Como ela é muito cara, a gente acaba cedendo a tentação da fast-food. E aí, meu bem, não há quem não engorde.

Pensando nisso, um cara muito esperto criou uma cadeia de lojas chamada Wasabi. Eles têm um site interessantíssimo na internet (http://www.wasabi.uk.com/), que mostra, inclusive, a etiqueta para se comer sushi: sabia que uma vez que você escolheu o seu sushi ou sashimi, você deve comê-lo por inteiro, sem partí-lo pela metade? Do contrário, é considerado falta de educação.

Só que, apesar de parecer fast-food, porque tudo já está pronto previamente, a proposta desta cadeia de lojas é criar um ambiente de tranquilidade no meio do burburinho londrino (um quê de slow-food). Ao entrar no restaurante, nota-se um ambiente de paz, com um silêncio relativamente razoável, só maculado pelo barulho do trânsito do lado de fora.

O wasabi é um tempero em pasta utilizado na culinária japonesa, feito da planta Wasabia japonica sendo cultivado nos frescos planaltos de Amagi, na península de Izu, Shizuoka, Hotaka e Nagano. A Wasabia japonesa é conhecida também como rabanete japonês ou wasábia. O rabanete japonês apresenta alguma semelhança com a raiz-forte (Armoracia rusticana), mas tem um sabor e aroma mais delicado. Atualmente o rabanete japonês é usado para acompanhar o sushi e o sashimi.

Não é fantástico o cara ter pensado nisso? Num momento em que todo mundo tenta se manter saudável e a comida japonesa tem sido considerada uma fonte de vitalidade, já que aquele povo vive à beça, o cara tirou um coelho da cartola, literalmente! E o melhor, ele ainda entrega em casa - ou no escritório, se você preferir.

Você mete o carão na vitrine, dá uma olhadinha no que já está lá, prontinho, te esperando, bem preparado, bem arrumado, e é impossível não se sentir tentado a comer uma, duas, três, várias peças... ainda mais se elas vêm embaladas uma a uma. Sensacional!

Fiquei me perguntando por que ainda não pensaram em alguma coisa parecida no Rio de Janeiro, ali, no centro da cidade...

Bom, eles não têm os restaurantes à quilo, como nós, que já se arvoram a fazer a comida japonesa, misturando-a com o churrasco.

Uma casa parecida, com este mesmo espírito, é a de rodízio japonês, onde as peças ficam circulando na sua frente e você pode eleger as que quer comer... tudo para a gente relaxar, no meio desse nosso dia-a-dia caótico.

London London

Eu fui conhecer a cidade, à trabalho. Aproveitei para dar umas voltas, vi tudo que eu pude. Foi pouco tempo. Mal deu para respirar.

Não estava sozinha. Me senti sozinha algumas vezes.

Cumpri alguns itens da programação dos turistas, mas me encantei com os hábitos, os transeuntes, a cara da cidade. Vi uma cidade cosmopolita, grande, desordenada em alguns momentos, ordenada em outros. Vi diversidade. Vi até solidariedade.

Mas as pessoas não se olham, principalmente na rua, ou quando estão no transporte público. Talvez para que não sejam acusadas de assédio. Estranho.

É uma cidade bonita. Com poucas lixeiras, é até engraçado. Eles temem as bombas.

Cidade cara, mas limpa. Cidade cinza, chuvosa. Cidade rara.

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Foto Rebecca Leão: London Eye, Big Ben, Parlamento.