domingo, agosto 07, 2011

Nine

Poster italiano de Nine (2009)

Na noite de ontem, saímos procurando quais os DVDs que tínhamos e ainda estavam na embalagem para curtirmos um filminho juntos. Temos essa mania, que eu sei, alguns de vocês acham um desperdício. Mas, gostamos de comprar filmes. Temos a maior preguiça de ir à locadora, gostamos de escolher a hora em que veremos os filmes, sem ficarmos presos ao horário da tv à cabo e com os atuais preços dos DVDs, dá para comprar que assistindo uma única vez, já está valendo. Fora que eu sempre compartilho os meus filmes com a família e amigos, então...

Desta vez, vimos Nine, um musical de 2009, do diretor Rob Marshall, o mesmo de Chicago, que à época de seu lançamento no cinema, teve muitas críticas ruins.

Como não ficar boquiaberto com a beleza dessa mulher (Penélope Cruz, como Carla)?

O fato é que eu gostei. Sei lá porquê. Talvez seja pelo tema, um dilema criativo de um diretor de cinema, que tem que escrever o roteiro de seu nono filme e não conseg
ue. Talvez por ele ter obtido reconhecimento logo de cara quando começou e não ter alcançado o mesmo sucesso nos últimos filmes. Esse diretor, Guido Contini, é interpretado pelo maravilhoso Daniel Day-Lewis... eu até li alguns blogueiros dizendo que ele não sabe cantar, mas não é que eu gostei das cenas em que ele aparece cantando?

As mulheres de Nine: Judie Dench, Marion Cotillard,
Sofia Loren, Nicole
Kidman, Katie Hudson, Fergie e Penélope Cruz


Também achei interessante o Marshall colocar logo de cara, na primeira cena, todas as mulheres relevantes da vida do Guido:
  1. aparece a mãe dele, Mamma, interpretada pela Sofia Loren, que inevitavelmente me lembra a minha sogra sempre;
  2. a esposa Julia Contini, interpretada pela Marion Cotillard, linda e melancólica, como em todos os outros filmes que vi com ela;
  3. a amante Carla, interpretada pela voluptuosa Penélope Cruz, arrasando em seu número musical e em todas as outras aparições no filme;
  4. a diva de seus filmes Cláudia, interpretada pela Nicole Kidman, que demora a aparecer no filme e tem uma atuação abaixo da média, mas faz um papel interessante da atriz que sofre por amar platônicamente seu diretor;
  5. a assistente Lilli, interpretada pela Judi Dench, que faz uma cena cantando em Francês muito bacana e atua quase como uma segunda mãe do Guido;
  6. a repórter Stephanie, interpretada pela Katie Hudson, que faz uma cena sobre o cinema italiano maravilhosa e empolgante;
  7. e a Saraghina, papel de Fergie, que eu não sei bem definir, mas que é uma mulher que inicia Guido ao sexo quando ele ainda é criança. A cena dos pandeiros e da areia é lindíssima e sua voz, o que dizer de sua voz?

Fergie, e a cena do pandeiro...

Enfim, são muitas mulheres orbitando esse diretor. É interessante ver como cada uma delas tem uma visão diferente do mesmo homem, e como esse homem se esforça e se complica - psicologicamente - para agradar e se sentir desejado por todas essas mulheres. Parece que, de fato, o problema é mais psicológico - e é o que leva o personagem a entrar numa crise criativa - do que moral ou ético.

Marion fazendo a esposa traída e relegada ao 2o. plano.

Talvez eu tenha gostado tanto do filme, com seus cortes e cenas em preto e branco para explicar a origem de certos problemas do personagem principal, porque não vi o longa-metragem 8½ do cineasta italiano Federico Fellini (de 1963).

Nicole e seu personagem que não engrena...

Confesso que fiquei com vontade de ver o original e quem sabe esse não seja o próximo filme que comprarei. O certo é que, como Chicago, eu gostei muito desse. Veja aqui algumas cenas que me marcaram...







Ah, e a trilha sonora? Que bacana, né? Pois é, acho que vale à pena ver, e até, ver de novo...

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