Você já foi ver "Perdido em Marte"? Não?
Esqueça "Gravidade" e o que
mais você já viu. Ridley Scott marcou um gol de placa. Num mesmo filme,
ele discute Ética, Estratégia, Gestão de Pessoas (liderança e talentos),
Gestão de Crise, Gestão de Risco, Justiça, Meio Ambiente, Botânica,
Direito Internacional...
Ah, e você estuda Gestão do Conhecimento?
Então, você PRECISA ver esse filme. É pra usar em sala de aula. O ego, a
humildade, a empatia, a cooperação, a colaboração, o tácito, o explícito, o implícito... Está tudo lá.
E a trilha sonora? Um caso à parte! Um David Bowie surpreende no meio do filme...
Enfim... É longo, mas emociona. É uma ode ao conhecimento técnico
norte-americano (Nasa), mas tem lá suas surpresas... Vale muito à pena!
Fiquei tão empolgada que bati essas fotos aí pra vocês...
Palmas para o Matt Damon!
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sábado, outubro 17, 2015
domingo, julho 26, 2015
O Sal da Terra
"Nós, os Humanos, somos o Sal da Terra". Assim, Wim Wenders tenta explicar o nome do documentário sobre Sebastião Salgado que o codirigiu com seu filho mais velho, Juliano Ribeiro Salgado.
"O Sal da Terra" não é um filme incrível apenas por contar a história de Sebastião Salgado, sua mulher Lélia e sua família e sua relação com a terra e com a Terra.
É também um filme de um diretor maravilhoso, Wim Wenders, que faz de cada imagem do próprio Sebastião uma fotografia a sua altura.
É um relato da dor que é ser um fotógrafo social, da dor que acomete a alma de quem fotografa e que, na maioria das vezes, nada pode fazer por aqueles que estão à frente de suas lentes.
É uma história da coragem de um homem e de um núcleo familiar que decidiram mudar seu destino e sua relação com sua propriedade (uma terra de 600 hectares em MG) e replantaram 2,5 milhões de árvores da Mata Atlântica, permitindo o renascimento de 1000 nascentes de água.
... que deram origem às milhões de árvores plantadas na propriedade da família. Hoje, Instituto Terra, propriedade de todos.
O que dizer de mim? Estou embasbacada! E feliz de ter podido ver esse documentário hoje. Meu próximo passo: vou atrás deste Instituto Terra.
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Cartaz do filme exibido no Brasil. |
"O Sal da Terra" não é um filme incrível apenas por contar a história de Sebastião Salgado, sua mulher Lélia e sua família e sua relação com a terra e com a Terra.
É também um filme de um diretor maravilhoso, Wim Wenders, que faz de cada imagem do próprio Sebastião uma fotografia a sua altura.
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Wim Wenders |
É um relato da dor que é ser um fotógrafo social, da dor que acomete a alma de quem fotografa e que, na maioria das vezes, nada pode fazer por aqueles que estão à frente de suas lentes.
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Mulher tuaregue cega, foto: Sebastião Salgado |
"A força de um retrato é que, numa fração de segundo, você entende a vida daquela pessoa" - Sebastião Salgado
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Foto: Coleção Exodus, Ruanda, Sebastião Salgado
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"Nós, os humanos, somos animais muito violentos. A história da Humanidade é uma história de guerras. Uma guerra sem fim..." - Sebastião Salgado
É uma história da coragem de um homem e de um núcleo familiar que decidiram mudar seu destino e sua relação com sua propriedade (uma terra de 600 hectares em MG) e replantaram 2,5 milhões de árvores da Mata Atlântica, permitindo o renascimento de 1000 nascentes de água.
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Lélia e Sebastião a frente das mudas... |
... que deram origem às milhões de árvores plantadas na propriedade da família. Hoje, Instituto Terra, propriedade de todos.
O que dizer de mim? Estou embasbacada! E feliz de ter podido ver esse documentário hoje. Meu próximo passo: vou atrás deste Instituto Terra.
Férias acabando
Estes últimos quinze dias foram um período de intensa reflexão. De escolhas que mais se aproximavam de mim, e não do que o que era tendência. Busquei livros para estudar, filmes com a minha cara, passeios na minha cidade que eu nunca fizera, mas que eram o que eu queria fazer desde sempre. Vou contar deles aqui pra vocês...
Ontem, fiz duas boas escolhas. Dois filmes lindos, franceses, histórias muito bem delineadas.
O primeiro foi Belle et Sébastien, história linda de um menino órfão de seus seis anos que fica amigo da "besta", uma cadela selvagem que tem fama de comer ovelhas, mas que na verdade é uma fofa. Eles vivem nos Alpes franceses, na fronteira com a Itália e, em plena segunda guerra mundial, o vilarejo onde vivem está ocupado pelos soldados alemães.
Eu simplesmente me apaixonei pelos dois. O garoto é muito esperto. A história, muito bacana, e na refilmagem foram inseridos alguns elementos que a tornam atrativa não só para as crianças, mas também para os adultos. O cachorro é simplesmente lindo. E a música, do israelense Amrand Amar, é incrível! Recomendo!
Em seguida, decidi ver um outro francês, Pour une Femme, totalmente por acaso. Do mesmo ano que o anterior (2013), com música do mesmo israelense, este filme fala do pós-guerra, neste caso também a segunda, e mostra a caçada empreendida por alguns grupos contra os alemães nazistas, em busca de justiça pelas próprias mãos.
A história é bem amarrada, porém algumas situações são um tanto óbvias. É excelente para continuar a prática do francês, mas não chega a comover como o primeiro. De qualquer modo, é filme inteligente para gente inteligente. O que fica subentendido, a gente acaba entendendo no final.
Dos atores principais, Benoît Magimel fez um estilo Robert De Niro por todo o filme, com suas caras e caretas e seu jeitão de mafioso. E não pude deixar de lembrar da nossa Bruna Linzmeyer com a Mélanie Thierry. Olha eles aí...
Bom, é isso. Ando cansada do que vejo na tv. Estou em busca do alternativo, do francês, do alemão, do espanhol, do argentino... Um sopro de renovação no ar!
Espero que vocês aproveitem estas duas dicas! Mercy!
Ontem, fiz duas boas escolhas. Dois filmes lindos, franceses, histórias muito bem delineadas.
O primeiro foi Belle et Sébastien, história linda de um menino órfão de seus seis anos que fica amigo da "besta", uma cadela selvagem que tem fama de comer ovelhas, mas que na verdade é uma fofa. Eles vivem nos Alpes franceses, na fronteira com a Itália e, em plena segunda guerra mundial, o vilarejo onde vivem está ocupado pelos soldados alemães.
Eu simplesmente me apaixonei pelos dois. O garoto é muito esperto. A história, muito bacana, e na refilmagem foram inseridos alguns elementos que a tornam atrativa não só para as crianças, mas também para os adultos. O cachorro é simplesmente lindo. E a música, do israelense Amrand Amar, é incrível! Recomendo!
Em seguida, decidi ver um outro francês, Pour une Femme, totalmente por acaso. Do mesmo ano que o anterior (2013), com música do mesmo israelense, este filme fala do pós-guerra, neste caso também a segunda, e mostra a caçada empreendida por alguns grupos contra os alemães nazistas, em busca de justiça pelas próprias mãos.
A história é bem amarrada, porém algumas situações são um tanto óbvias. É excelente para continuar a prática do francês, mas não chega a comover como o primeiro. De qualquer modo, é filme inteligente para gente inteligente. O que fica subentendido, a gente acaba entendendo no final.
Dos atores principais, Benoît Magimel fez um estilo Robert De Niro por todo o filme, com suas caras e caretas e seu jeitão de mafioso. E não pude deixar de lembrar da nossa Bruna Linzmeyer com a Mélanie Thierry. Olha eles aí...
Bom, é isso. Ando cansada do que vejo na tv. Estou em busca do alternativo, do francês, do alemão, do espanhol, do argentino... Um sopro de renovação no ar!
Espero que vocês aproveitem estas duas dicas! Mercy!
domingo, setembro 15, 2013
Deus da Carnificina
Depois de anos querendo ver a peça de teatro, eu e meu marido resolvemos ver o filme, que passou no cinema há bem pouco tempo, mas que não havíamos conseguido ver. Uma tosse seca e insistente está me tornando companhia desagradável para quem está comigo no cinema, então, como ninguém merece isso, resolvi ficar em casa mesmo.
O filme é de 2011, do Roman Polanski, diretor que sempre arrebenta, baseado na peça homônima da escritora francesa Yasmina Reza. A história passa-se em um apartamento em Nova York, o que torna o filme extremamente barato. Mas, não são os efeitos pirotécnicos que tornam um filme interessante, não é?
Pois bem, o casal Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) vai até a casa de Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly). O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.
O quarteto é composto de personalidades muito diferentes: Kate Winslet interpreta Nancy Cowan, mulher acostumada à elegância e à cordialidade, tendo sempre que se desculpar pelo comportamento inadequado de seu cínico marido, Alan Cowan, interpretado por Christopher Waltz. O outro casal é composto por Michael Longstreet (John C. Reilly), um homem acostumado à imagem de bondoso, mas que esconde um temperamento mais forte do que se esperava, e Penélope Longstreet (Jodie Foster), uma mulher guiada por rígidos princípios morais. Então a luta psicológica começa...
O que se revela neste filme é uma profunda hipocrisia de quem diz lutar pelos direitos humanos, uma tentativa dos envolvidos de se manterem civilizados, envolvidos que estão no conceito chato do politicamente correto, que muitas vezes, impedem as pessoas de se mostrarem como realmente são ou pensam. Alguns tipos são bem marcados: o marido Alan Cowan, pai do menino que revida uma agressão verbal com uma porrada de um pedaço de bambu que arrebenta a boca do primeiro e o faz perder dois dentes, atua como se não estivesse nem aí para nada além de seu próprio trabalho e por isso, não larga o celular; sua mulher, Nancy, quer fazer o tipo de elegante e sensata, mas acaba vomitando de nervoso sobre toda a coleção de livros de arte da anfitriã, e enche a cara de uísque depois disso; a anfitriã, Penélope, que diz defender os fracos e oprimidos da África, mas é incapaz de se colocar no lugar de qualquer pessoa, e, principalmente, de seu marido bundão.
Enfim, a gente vê muita gente assim por aí, aliás, parece que o mundo está cheio de gente tentando ser o que não é, deixando de lado a espontaneidade, a veracidade de seus atos. E o nome do filme, Deus da Carnificina, tenta nos aproximar do nosso lado animal, grotesco, aquele que reage violentamente quando somos atacados, e que só se mantém sob controle porque estamos sempre submetidos à rigorosas leis morais, éticas, e até religiosas, que nos guiam e nos impedem de explodir diante dos outros.
Se bem que o que se vê pelas ruas não é bem isso... A gente vê as pessoas cada vez mais interessadas em cuidar do seu, em garantir o seu pedaço do bolo, em desfrutar antes dos outros do que a vida lhes reserva, tornando tudo mais complicado e difícil...
Fico me perguntando, muitas vezes, de onde vem esse nível de estresse a que estamos constantemente submetidos e chego a conclusão de que há 10, 15 anos, as coisas eram bem mais tranquilas, a sociedade em geral estava bem menos estressada... Enfim, ninguém faz nada mesmo para mudar este estado das coisas...
O final do filme, ah, esse merece ver para saber. Você vai gostar! Quer saber mais, clica aqui.
O filme é de 2011, do Roman Polanski, diretor que sempre arrebenta, baseado na peça homônima da escritora francesa Yasmina Reza. A história passa-se em um apartamento em Nova York, o que torna o filme extremamente barato. Mas, não são os efeitos pirotécnicos que tornam um filme interessante, não é?
Pois bem, o casal Nancy e Alan Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) vai até a casa de Penelope (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly). O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.
O quarteto é composto de personalidades muito diferentes: Kate Winslet interpreta Nancy Cowan, mulher acostumada à elegância e à cordialidade, tendo sempre que se desculpar pelo comportamento inadequado de seu cínico marido, Alan Cowan, interpretado por Christopher Waltz. O outro casal é composto por Michael Longstreet (John C. Reilly), um homem acostumado à imagem de bondoso, mas que esconde um temperamento mais forte do que se esperava, e Penélope Longstreet (Jodie Foster), uma mulher guiada por rígidos princípios morais. Então a luta psicológica começa...
O que se revela neste filme é uma profunda hipocrisia de quem diz lutar pelos direitos humanos, uma tentativa dos envolvidos de se manterem civilizados, envolvidos que estão no conceito chato do politicamente correto, que muitas vezes, impedem as pessoas de se mostrarem como realmente são ou pensam. Alguns tipos são bem marcados: o marido Alan Cowan, pai do menino que revida uma agressão verbal com uma porrada de um pedaço de bambu que arrebenta a boca do primeiro e o faz perder dois dentes, atua como se não estivesse nem aí para nada além de seu próprio trabalho e por isso, não larga o celular; sua mulher, Nancy, quer fazer o tipo de elegante e sensata, mas acaba vomitando de nervoso sobre toda a coleção de livros de arte da anfitriã, e enche a cara de uísque depois disso; a anfitriã, Penélope, que diz defender os fracos e oprimidos da África, mas é incapaz de se colocar no lugar de qualquer pessoa, e, principalmente, de seu marido bundão.
Enfim, a gente vê muita gente assim por aí, aliás, parece que o mundo está cheio de gente tentando ser o que não é, deixando de lado a espontaneidade, a veracidade de seus atos. E o nome do filme, Deus da Carnificina, tenta nos aproximar do nosso lado animal, grotesco, aquele que reage violentamente quando somos atacados, e que só se mantém sob controle porque estamos sempre submetidos à rigorosas leis morais, éticas, e até religiosas, que nos guiam e nos impedem de explodir diante dos outros.
Se bem que o que se vê pelas ruas não é bem isso... A gente vê as pessoas cada vez mais interessadas em cuidar do seu, em garantir o seu pedaço do bolo, em desfrutar antes dos outros do que a vida lhes reserva, tornando tudo mais complicado e difícil...
Fico me perguntando, muitas vezes, de onde vem esse nível de estresse a que estamos constantemente submetidos e chego a conclusão de que há 10, 15 anos, as coisas eram bem mais tranquilas, a sociedade em geral estava bem menos estressada... Enfim, ninguém faz nada mesmo para mudar este estado das coisas...
O final do filme, ah, esse merece ver para saber. Você vai gostar! Quer saber mais, clica aqui.
domingo, julho 14, 2013
Amor e outras drogas
Acabei de ver "Amor e Outras Drogas".
A sinopse é esta aqui:
Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um sedutor incorrigível do tipo que perde a conta do número de mulheres com quem já transou. Após ser demitido do cargo de vendedor em uma loja de eletrodomésticos, por ter seduzido uma das funcionárias, ele passa a trabalhar num grande laboratório da indústria farmacêutica. Como representante comercial, sua função é abordar médicos e convencê-los a prescrever os produtos da empresa para os pacientes. Em uma dessas visitas, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson. Inicialmente, Jamie fica atraído pela beleza física e por ter sido dispensado por ela, mas aos poucos descobre que existe algo mais forte. Maggie, por sua vez, também sente o mesmo, mas não quer levar adiante por causa de sua doença.
Fonte: Adoro Cinema
Esse filme me fez pensar em várias coisas:
(1) como é difícil a vida de quem tem Parkinson, ainda mais tão cedo. Eu tenho um amigo querido que tem Parkinson. A gente sempre brinca com ele, para a vida não ficar séria demais. O filme dá uma amostra de quantas coisas devem passar na cabeça de quem desenvolve uma doença dessas tão cedo! Inclusive, o medo de que os outros se aproximem por pena... Nossa, como deve ser complicado para este meu amigo!
(2) como a gente anda consumindo drogas de todos os tipos indiscriminadamente. Eu mesma, tenho uma pequena farmácia em casa, sou daquelas que ficou danada quando baixaram a proibição de comercializar remédios controlados sem receita. Já mapeei um monte de farmácias que vendem sem receita, mas confesso que estou desde quinta com um problema no olho esquerdo e hoje fui a um pronto-socorro para me medicar. Melhor, né?
(3) como a gente vive criando artimanhas para não se entregar, não se apaixonar, não viver um amor de verdade. Eu mesma faço isso o tempo todo, inclusive com amigos. Depois, não quero me sentir sozinha, né? Como?
(4) como muitas vezes uma criatura que parece muito auto-confiante, na verdade é a pessoa mais insegura do mundo... Também vale pra mim. Às vezes, estou com tanto medo, mas aí, vou com medo mesmo! Yeah!
Pra quem não viu, eu recomendo. Vale a reflexão!
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