domingo, outubro 25, 2009

Estratégia para disseminar novos vírus

Há uma semana, recebi um e-mail surreal através do e-mail do trabalho. A pessoa que enviou não sabia se aquele e-mail era de um homem ou de uma mulher, porque, já de propósito, eu não escolhi um e-mail que fosse fácil de identificar. No corpo do texto, havia uma ameaça de publicar umas "fotos"(???) na Internet, e dizia que eu deveria depositar R$ 5.000,00 numa dada conta (fornecida) do Banco do Brasil, para que as fotos comprometedoras não fossem divulgadas. O tal "anônimo" me enviava um link onde as supostas fotos estariam disponíveis.

Como eu não estou devendo nada pra ninguém (e quem não deve, não teme), não depositei a grana, não cliquei no tal link, não respondi a mensagem. Mas, me peguei pensando que este tipo de mensagem pode chegar a alguém que possa - efetivamente - estar fazendo algo errado, e que tenha medo de ver a sua intimidade exposta para Deus e todo mundo. E aí, além de ver seu computador infectado por um baita virus, a pessoa é bem capaz de ficar sem dormir por um bom tempo, e perder uma grana.

O engraçado é que uma empresa com uma firewall tão poderosa não é capaz de bloquear este tipo de coisa. Vejam só.

Quando eu estava estudando ainda, comecei a receber uns e-mails doidos como esse. A pessoa tinha um prazer mórbido de me ameaçar todos os dias, e eu comecei a ficar preocupada, porque ela dizia que eu não sabia quem ela era, mas ela me conhecia muito bem. Não sei se isso era uma brincadeira de algum colega, mas o fato é que me deixou perturbada. Eu resolvi então descobri de onde vinham aqueles e-mails, e então descobri um negócio chamado Proxy. A pessoa pode simular que está enviando um e-mail de um determinado IP, mas está de fato usando outro. É como se ela colocasse um espelho no caminho que encobrisse o seu real endereço de IP. Eu descobri o Proxy, porque o endereço que localizei foi de um médico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que nunca havia ouvido falar da minha pessoa, e que mal sabia que o endereço de e-mail dele estava sendo usado para este fim.

Foi então que o analista de sistemas da faculdade me orientou a nunca usar um e-mail que me identifique como homem ou mulher, e que esse e-mail não seja muito fácil de deduzir. Enfim, eu tenho seguido a dica dele, mas ainda assim, tem gente que é "espírito de porco" o suficiente para perder tempo com estas babaquices.

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