quinta-feira, dezembro 16, 2010

Silêncio

Estava ali tentando deixar uma mensagem naquela caixa postal quando o seu celular apitou duas vezes. Era ele telefonando do outro lado da linha. Sempre se enrola na hora de desligar o celular para atender a chamada em espera. Mas, conseguiu. Ele falou, falou, falou. Disse todas as verdades as quais está acostumado. Como se pode conviver com alguém tão cheio de verdades? Ela, permaneceu quieta. Ele repetiu me fala tudo, me fala tudo, desconfiando da verdade dela. Ela simplesmente não quis falar. Estava de saco cheio. Ele então comunicou sua decisão solene: vou desligar. Ela consentiu com um . Ele desligou. Ela preferiu o silêncio.

O silêncio é de ouro.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Como queimar seu filme em poucas, mas perfeitas, lições



Não precisa dizer mais nada... (mas o que é essa sunga frouxa, heim!?)

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PS.: A propósito, a gente lembra de tudo na propaganda, menos qual é a cerveja... Sei não!

domingo, dezembro 05, 2010

Fluminense campeão

Meu amigo argentino deve estar feliz... ele é Fluminense, e ama o Conca... tem até um pequeno muralzinho de idolatria dele lá no trabalho...

Ai, ai, amanhã, o dia vai ser cheio...

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Definição do Rio, na visão do meu amigo argentino

"Esse lugar é engraçado... é um lugar onde cafetão sente ciúme, puta goza, e traficante é viciado!"

Pois é...

Mas, pelo menos, o crime é organizado... até pra fugir, eles têm Plano de Contingência...

Proibiram o "Proibidão"

Agora lá no Alemão, proibiram o "Proibidão", um baile funk que acontecia aos sábados no alto do morro, com a escolta dos traficantes, regado a álcool, pó, maconha, crack, balinha e tudo que o povo tinha direito...

O baile incomodava não só pelo barulho, mas porque "cachorras" e "cachorros" faziam sexo ao ar livre, nas vielas do morro, em cima das lajes e, depois, de manhã, os donos das casas tinham que recolher as camisinhas... quando eles lembravam de usar...

Agora, o Governo do Estado do Rio está prometendo o "Permitidão"... será que vai ter tanta 'graça"?

Esse é o Rio que amamos!

Surreal...

E no Morro do Alemão...

Vai entender uma cena dessa...



domingo, novembro 28, 2010

Quer ver o que está acontecendo?

Teme que a Globo esteja fazendo um BBB do crime no Alemão?

Olha só isso:
http://terratv.terra.com.br

É real. É aqui na Cidade Maravilhosa...

domingo, novembro 21, 2010

domingo, novembro 14, 2010

Do Nelson Freitas no Faustão

"Esse país é engraçado: existe uma lei do IBAMA que proíbe que se faça bolsa com couro de jacaré, mas não existe lei que proíba que se faça Bolsa Família com o couro da classe média".
-- disse tudo!

Por que nunca se deve assustar uma mulher na TPM

Acordei cedo, tomei meu café, um banho rápido e tratei de colocar o vestido que havia deixado esticadinho, passadinho, no dia anterior. Estava me sentindo ótima naquela roupa nova, comprada para uma ocasião especial. Neste caso, iríamos receber uma consultora internacional, então eu achei que eu merecia estar bem, visto que tinha grandes chances de acabar ciceroneando o evento.

Escolhi um casaquinho que combinasse e saí, de vestido preto, sapato-boneca e bolsa verdes e tudo em cima, com maquiagem caprichada. Só que eu me dei conta de que estava irritada, por causa da TPM. Respirei fundo e fui pro trabalho.

O transito estava ótimo, cheguei em quinze minutos no trabalho, bem a tempo de receber a consultora, que chegou com um colega.

A reunião foi ótima, melhor que a encomenda, gastei meu inglês direitinho, as pessoas gostaram, tiraram proveito da mesma, a consultora realmente sabe do que está falando, durou o tempo que deveria durar e, para celebrar, resolvemos convidá-la para um almoço no Da Silva, restaurante português que fica na Av. Graça Aranha.

Na volta, caminhávamos muito tranquilos pela rua (éramos em sete), eu conversava com uma amiga de outra área, quando um camelô nos abordou aos berros:

- Vai um catchup aí, dona?

Se a intenção dele era nos assustar, conseguiu, pois o pânico de ficar com a roupa suja foi maior do que qualquer bom senso que uma mulher na TPM podia ter.

Eu enfiei a mão no camelô...

A única coisa que eu me lembro de ter dito foi:

- Ai, moço, não me assusta! e dei-lhe um tapão no braço, daqueles que deixam a nossa mão doendo...

E ele ficou lá, gritando:

- Calma, dona, calma, dona, pelo amor de Deus, é só brincadeira...

Ô brincadeira sem graça! Por isso que não se deve assustar mulher na TPM, corre-se risco de vida! E a minha amiga ficou tirando uma com a minha cara, cantando:

- Ai, ai, elas estão descontroladas...

quarta-feira, novembro 10, 2010

Nostalgia nonsense...

Quando eu estava na faculdade de Engenharia, vivi uma sina. Volta e meia estava envolvida em um assalto. Daqueles que davam estórias pro "Retrato Falado", que a Denise Fraga apresentava no Fantástico.

Tinha sempre comigo um amigo, pequenino, que vou me furtar de dizer o nome (vai que ele se reconhece aqui) e que sempre me dizia: "De novo, não!?"

Fomos assaltados várias vezes. Várias.

Numa delas, quatro caras e duas mulheres entraram num 326 (Castelo - Bancários) atolado de gente e começaram a apalpar todo mundo. As mulheres possuíam bolsas de palha enormes, e tudo que os caras tiravam das pessoas colocavam naquelas bolsas.

Quando percebi o movimento, comecei a gritar: Cambada de otários!!! Nós somos muitos, nós podemos com eles, olhem só o que eles estão fazendo.

Eles limparam todo mundo, menos a doida aqui, que eu não deixei ninguém meter a mão na minha bolsa. Até porque eu era estudante, e o que eu tinha era muito pouco e se levassem, ia me fazer uma falta danada... Nem HP eu tinha, que o professor tinha mandado comprar, mas eu não tinha dinheiro. Trabalhei, trabalhei, trabalhei, e nunca comprei a tal HP 12C. Nunca foi minha prioridade.

Ah, o meu amigo se virou pra mim e disse: "De novo, não!?"

Ele tinha mais medo de mim do que dos assaltantes.

Um outro dia, quando embarcávamos num 605 (Rodoviária - Méier) na Leopoldina, com destino ao Maracanã, um casal me imprensou na roleta, que naquela época ficava nos fundos do ônibus. Eu tinha uma mochila jeans da Cantão, com bolso de camurça preta, que era o meu orgulho, e o cara meteu a mão no meu bolso. Eu gritei: "Tira a mão daí. Não tem nada aí pra você. O motorista, pára essa porcaria de ônibus que eu vou descer (detalhe, o ônibus estava parado)"...

Meu amigo, ainda na calçada, dizia: "Ah, não, de novo? Eu não vou mais andar com você. Você só arruma encrenca!"

Acho que por ele, eu seria sempre assaltada. Entregaria tudo, sem reclamar. Fala baixinho pra não incomodar o assaltante!

Mas, isso não começou aos dezoito, não. Com treze, andava com a minha irmã de volta pra casa pela Rua Doutor Satamini, quando dois moleques pediram o relógio dela na mão grande. Eu os fiz devolver o relógio, aos gritos.

O fim da picada foi quando, voltando da praia, fomos assaltadas no 433 (Barra - Rodoviária), eu, minha irmã e Clarice. Os garotos entraram no ônibus vazio e chegaram pedindo os anéis e o dinheiro. Eu, com a minha barraca de praia, resolvi enfrentá-los. Um deles me dizia que estava armado, e eu segurando a barraca, dizia que também estava. Queria partir pra luta armada, olha só.

Havia uma senhorinha no ônibus, que se fêz de surda, e ficou imóvel, como se nada estivesse acontecendo. Dela, nada levaram. Vovó esperta! 70 anos de praia! De mim, levaram um anel de prata lindo, que na verdade era da minha mãe, e que eu tinha "pego emprestado" para tirar onda na praia. E eu ainda tive que ouvir que "como patricinhas, nós estávamos muito sem dinheiro pro gosto deles".

Por incrível que pareça, eu sinto falta do tempo em que se roubava na mão grande e que dava pra gente gritar "pega ladrão!". Hoje, eu tenho medo. Está todo mundo armado. Nós, que entregamos as armas, estamos por nossa conta e risco. Até que uma bala perdida nos encontre.

terça-feira, novembro 09, 2010

Meus ídolos, hoje e sempre

Adoro o Lulu. Meu pai é Lulu. Sempre chamaram ele assim. Lulu pra mamãe. Tio Lulu, pros meus primos. Pra mim nunca foi, mas sempre foi meu ídolo. Adoro ele. Adorava ver F1 com ele no domingo e curtir o Airton, outro cara que eu amei muito como ídolo.

Adoro o Lulu. O cantor. Todas as músicas, todas as fases, todos os shows.

Pro meu Lulu, uma música linda do outro Lulu, o Santos.




Certas Coisas
Lulu Santos
Composição: Lulu Santos / Nelson Motta

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

segunda-feira, novembro 08, 2010

Braba

Meu marido diz que sou braba. Minha sogra diz que tenho que aplicar botox na testa para desmanchar a terrível ruga de expressão da brabisse. Meus amigos sabem quando estou danada só de olhar pra mim.
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Acho que tenho que fazer yoga...

Encosto: meu dia de Saraiva (ah, se eu tivesse uma arma!)

Sábado passado foi o dia do encosto. A galera resolveu se encostar em mim. Sabe como é? Ficar na aba do teu chapéu? Pois é...

Começou por volta da hora do almoço. Tolinha que sou, pensei que fosse apenas um instante passageiro. Mal sabia que duraria o dia inteiro.

Cheguei em casa do curso de inglês, e fui correndo na "5àsec" antes que fechasse, para deixar duas camisas. Não estou mais à fim de gastar minhas unhas e meu tempo no tanque e no ferro de passar. Cansei! A lojinha da lavanderia aqui perto de casa é minúscula. Não, deixa eu corrigir, o espaço para os clientes é minúsculo, quando entra um, o outro tem que esperar do lado de fora. Lá estávamos portanto, eu e meu marido (que foi junto pois dali íamos almoçar) esperando do lado de fora, como se fôssemos um par de "dois de paus", enquanto uma senhora retirava de uma sacola de pano enoooooorrrrrme do Carrefour da França um monte de roupas e ainda, umas cortinas de linho, daquelas que encolhem mesmo. O atendimento à senhora não terminava e nós dois engrenamos num papo animado, sem deixar de notar, é claro, o que ela estava deixando para lavar (é que eu fiquei chocada quando, dias antes, a moça da lavanderia me contou que a galera deixava calçinhas e soutiens para lavar também)...

De repente, uma moça com o cabelo muito vermelho (natural, diga-se de passagem), chegou e entrou, sem pedir licença nenhuma aos dois patetas que aguardavam do lado de fora. E ficou esperando - do lado de dentro - para ser atendida, espremendo a outra senhora, que quase não conseguia se movimentar. Eu disse pro meu marido:
"Deixa, então, eu entrar porque senão outra vai chegar e passar a minha frente!"

Quanto a senhora saiu, a atendente virou-se pra mim e perguntou: "Pois não?"

A outra reclamou. Ela então disse que eu já estava esperando há mais de dez minutos. A vermelhuda então disse que não me viu. E eu descobri que sou invisível. Perguntei a ela se por acaso ela achava que eu estava ali, do lado de fora, olhando pra porta, como se fosse um cachorro hipnotizado em frente a uma padaria, esperando o frango assado ficar pronto!?

A mulher não respondeu. Tá certo, eu fui grossa à beça, mas dizer que não me viu foi o Ó!

Resolvida a questão lavanderia, fomos ao restaurante. Meu marido adora comer um galetinho no sábado. Isso começou tem pouco tempo e eu não sei até quando vai durar. Só sei que eu odeio comer em restaurante em beira de calçada. Mas, como ele anda bonzinho, não quero desagradá-lo. Estávamos bem no final do galetinho, uma delícia, vale registrar, no restaurante da esquina da Rua Campos Sales com Doutor Satamini -que eu não sei o nome -, quando chegaram duas senhoras.

Uma delas caminhava com dificuldade entre as mesas, toda tremula, segurando a bengala. A outra seguia analisando as mesas e vendo quem já estava acabando. Quando chegou ao nosso lado, parou e ficou atrás de mim (encostada, que fique bem claro!), esperando que acabássemos. Foi o meio copo de coca zero mais demorado que eu tomei na vida! Até que elas desistiram e foram em busca de outra mesa, por que tinha, lá isso tinha.

Pois é, segundo encosto.

Eu fiz questão de dizer ao meu marido que se eu ficar pentelha assim quando ficar velha, que ele me interne, pois eu não gosto de "secar" o almoço de ninguém em restaurante, prefiro procurar por outro. Mas, do jeito que eu estava "tolerância zero", fiquei foi com medo dele querer me internar agora, isso sim...

Mas, a saga continua.

À noite, fomos ao MOMIX. Maravilhoso espetáculo. Lindo demais. Merece um post a parte. O Municipal está que é uma beleza, mas a frequência da galera, não se pode dizer o mesmo.

Chegamos cedo, passeamos pelo teatro, sentamos na ponta, como meu marido gosta, e eu percebi que éramos responsáveis pela separação de uma família. Três estavam do nosso lado (o marido, o filho - de cinco anos! - e a esposa) e um outro casal, na fila de baixo. Eu até olhei para ver se a localização deles era tão boa quanto à nossa, mas temia que não fosse, então não sugeri ao marido que trocássemos de lugar. Só que, como sábado era dia do encosto, é lógico que os três do meu lado acharam que aquilo ali era um estádio de futebol. O menino falou o balé inteiro... as duas horas de espetáculo! O pai comentou cada cena, além de enchê-lo de beijos, o que era muito bonitinho no começo, mas fazia com que ele não parasse quieto um minuto sequer, e o tempo todo me enfiasse o pé na calça de seda.

Por fim, o garoto disse que estava com sono, e para ninar o pequeno, colocou-o no colo, sem esquecer de posicionar os pés do garoto em cima da minha calça. Vem cá, eu sou da família? Tenho alguma coisa a ver com isso? Dá pra mudar de lugar que o senhor está me incomodando? E ele foi pro lugar do garoto, dizendo que eu era uma intolerante. Agora, alguém garante que aquele garoto veio de casa até o teatro no colo e que aqueles tênis estavam limpos? Onde foi parar a educação das pessoas? Eu preciso pedir este tipo de consideração ou isso não deveria ser default? Tem que levar uma criança de cinco anos para um espetáculo de balé às nove da noite, sabendo que vai durar duas horas e meia? Deixa a p... do garoto dormir um pouco, cara!

A minha vontade era quebrar meu guarda-chuva na cabeça daquele pai, mas eu respirei fundo... (estava chovendo à beça lá fora...)

Na hora dos aplausos, a velha (outra!) que estava atrás de mim, me deu um cutucão porque eu resolvi aplaudir de pé. Eu queria mandar aquela velha tomar no olho retrovisor, que é cego, mas aguentei firme, e sentei, pra pobre poder ver alguma coisa. Afinal, todos estavam em pé e eu não preciso ver os bailarinos mesmo, não é? Isso é um detalhe que não faz a menor diferença...

Agora, pensa que acabou?

Pra coroar a noite, pegamos o metrô de volta pra casa. Quando eu achava que nada mais ia me acontecer, a moça do banco de trás se "aninhou" nas minhas costas pra tirar uma sonequinha! Comigo não, violão! Te avia! Levantei imediatamente e só ouvi o som oco da cabeça da folgada batendo na parede do metrô... Eu lá tenho cara de almofada?

Ou está todo mundo muito folgado e mal educado, ou o mundo está se acabando! É por isso que eu não posso andar armada...seria um perigo!

domingo, novembro 07, 2010

Trilha sonora

Sempre achei que a minha vida deveria ter trilha sonora, ou seja, aquela música da novela ou do filme que fica o tempo inteiro ilustrando o estado de espírito dos protagonistas. Hoje acordei péssima, com uma dor de cabeça terrível, náuseas, enfim, o fígado estava "gritando". Logo eu, que já tinha programado estrear minha bicicleta se fizesse sol, passei o dia vomitando e lutando contra a enxaqueca.

Agora que já estou melhor, fui atrás da música, a grande inspiração. Eu A-D-O-R-O essa música. Acho-a simplesmente maravilhosa! Ela ficou ecoando na minha cabeça o dia todo...




Ao contrário do que possa parecer, eu não estou deprimida. Não estou mal, acho esse piano e esse saxofone incríveis. O dvd do show (Pulse, para quem não sabe), nós também temos, e já cansamos de tanto revê-lo. É lindo. É Pink Floyd. Simples assim.


Us and Them
Pink Floyd
Composição: Waters, Wright

Us, and them
And after all we're only ordinary men.
Me, and you.
God only knows it's not what we would choose to do.
Forward he cried from the rear
and the front rank died.
And the general sat and the lines on the map
moved from side to side.
Black and blue
And who knows which is which and who is who.
Up and down.
And in the end it's only round and round.
Haven't you heard it's a battle of words
The poster bearer cried.
Listen son, said the man with the gun
There's room for you inside.

"I mean, they're not gunna kill ya, so if you give 'em a quickshort,
sharp, shock, they won't do it again. Dig it? I mean he get off
lightly, 'cos I would've given him a thrashing - I only hit him once!
It was only a difference of opinion, but really...I mean good manners
don't cost nothing do they, eh?"

Down and out
It can't be helped but there's a lot of it about.
With, without.
And who'll deny it's what the fighting's all about?
Out of the way, it's a busy day
I've got things on my mind.
For the want of the price of tea and a slice
The old man died.


Nós somos apenas pessoas comuns. Fora do caminho, meus dias têm sido movimentados. Mas, como eles, eu tenho muitas coisas em mente para fazer!

terça-feira, novembro 02, 2010

O cara

Ainda sobre o impacto do Coronel Nascimento,o cara, já coroa, bonitão, grisalho, e do filme "Tropa 2", resolvi postar a letra da música "O Calibre", do maravilhoso Herbert Vianna, outro "cara" que ainda está entre nós (que, aliás, decidiu ficar mais um pouco, um herói, como o Dinho, do Capital, ah, que geração bacana!)...

Essa música fecha o filme... causa um impacto ainda maior do que quando a gente a ouve pela primeira vez...


O Calibre
Os Paralamas do Sucesso
Composição: Herbert Viana

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)


segunda-feira, novembro 01, 2010

Filosofia Seinfeld: Perfumes!

"Adoro ver mulheres botando perfume. Elas são muito cuidadosas. Tem pequenas áreas estratégicas. Sempre botam no pulso. Elas estão convencidas de que esta é a área de mais ação do corpo. Por que? É em caso de darem um tapa no cara?

PLAF!

Ele se vira. "Hum... Chanel."

...

"Qual é a idéia por trás destas fragrâncias? Será que nós achamos que as pessoas vão achar que nós temos mesmo esse cheiro?

Um dia, me deram um desses conjuntos de presente. Tem colônia, loção pós-barba, sabonetinhos presos numa cordinha. Eu preciso muito de sabonetinhos numa cordinha. Toda hora eu vou tomar banho e quero me enforcar.

Veio até aquele desodorante com cheiro de água de colônia. Para que cheiro de colônia no sovaco? Quando a mulher estiver com o nariz no seu sovaco, é porque o processo de sedução já acabou há muito tempo. Será que nós somos feito cachorros, tendo que cheirar cada centímetro quadrado do outro antes de tomar uma decisão?

Até os cachorros, de vez em quando, passam um pelo outro sem dar muita bola."

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Jerry Seinfeld. "O melhor livro sobre o nada", pg. 43. 2001.

domingo, outubro 31, 2010

Missão dada...

Fomos ver "Tropa de Elite 2" na última sexta-feira. Eu, que não vi o primeiro por medo da tal da denúncia, sabia o que me esperava. Depois de ouvir o comentário unânime de todo mundo que eu conheço (o público desse filme já são 6 milhões de pessoas), dizendo que o filme "É demais!", "É uma p...denúncia!", "Tem cenas incríveis", ele não podia ser nada menos do que isso...

O que mais me amedrontava no que eu ia ver era que se tratava do Rio de Janeiro, cidade onde eu nasci e que eu amo tanto. E olha que eu saí do cinema muito mais triste do que eu imaginei que ia sair.

Não, o filme não é ruim! Ao contrário, ele é ótimo! Muito bem feito, digno de indicação para o Oscar, ao contrário do "Lula, o filho do Brasil". Cá pra nós, né?

Como disse a minha irmã, o Wagner Moura carrega o filme nas costas. Ele está muito bem mesmo. O drama do policial que vive alheio ao convívio com o filho, que é criado por um padrasto que o critica o tempo todo, que critica a sua profissão e que o chama de assassino "pra-baixo", comove a gente... (Mas, a propósito, ele é o que mesmo? Ele foi treinado pra que mesmo? Ah, pra matar, né, gente? ok!)

A gente está precisando de quem nos defenda... só posso concluir isso. Me lembra da época da escola, quando vivíamos com medo dos meninos que desciam o morro e nos roubavam quando saíamos da escola. Quando eles eram pegos, nós urrávamos com uma combinação de alegria-e-raiva que nos fazia quase seres irracionais. Era a nossa vingança contra os "pivetes" (tolos que éramos). O fato é que com dez, onze anos de idade, e em desvantagem (porque nós nem sabíamos o que era aquela violência toda - arrancar lóbulo de orelha pra roubar brinco era algo surreal!), nós só queríamos que alguém nos protegesse, sem entender que o problema da diferença de classes era algo muito mais grave e ainda é... Político nenhum tinha, e ainda não tem coragem de botar a "mão naquela cumbuca"...

Essa cena do helicóptero sobrevoando o morro Santa Marta é mesmo fantástica, como o Padilha disse na tv, mas muita coisa passou pela minha cabeça naquela hora. Todo moleque correndo no morro na hora do tiroteio é bandido? Todo mundo que está na linha de tiro tem que ser morto? Que justiça é essa dos que entram no morro "para resolver"? Onde está a nossa capacidade de se indignar com isso? Por que a gente continua apoiando aqueles que dizem que "bandido bom é bandido morto"?
Na hora da raiva, na hora que somos assaltados, na hora que eles fazem arrastão, bonde, e tudo mais, a gente só quer mesmo vê-los mortos, mas esse nosso comportamento (o famoso "tapar o sol com a peneira") é solução para um problema crônico? Essa história de UPP funciona mesmo? Já ouvi taxista dizendo que a boca continua funcionando nas comunidades que têm UPP... e então, é tudo história pra boi dormir? Pra gringo ver? Dá pra acreditar nisso?
Não está na hora de pensarmos numa solução de verdade pra esse problemão do Rio de Janeiro?


A gente fica com vergonha de quem permite que certas ações sérias, que envolvem a vida (e a morte) das pessoas, decida tudo com base na política. E o pior é ir identificando os governantes que estão por aí nos personagens retratados na tela. E isso porque o filme começa com aquela frase clássica "esse é um filme de ficção, qualquer semelhança é mera coincidência"(ou algo parecido).

Pra finalizar, o que é essa criatura (o ator André Mattos) gritando "Imperador, fecha o close! Close em mim, Imperador! Isso não é possível?" Te lembra alguém?

Esmalte do dia

Hoje é aniversário do maridão. Para comemorar a data, comprei um vestido muito bonitinho, do jeitinho que eu gosto. De malha, mas com o tom de jeans.


Chegando no trabalho outro dia, por coincidência, Cacau me presenteou com um vidro do esmalte "Jeans", da Colorama. A cor do vestido.




Eu não resisti e pintei a unha hoje, pra combinar com o vestido.


Pras meninas do Esmaltes S.A., blog que é uma graça e muito bem humorado. Um dia, mostro a vocês as minhas caixinhas!

quarta-feira, outubro 27, 2010

Eleição presidencial 2010

Do Zé Simão hoje na Band News: os eleitores do Serra estão todos em Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. São cidades-sem-praia! Por isso, ele pede que o povo vote e depois viaje no feriadão! Está apavorado!

Eu estou com nojo desta campanha!

Alguém por acaso já viu o acampamento dos pró-Dilma, os bolsa-tudo, no viaduto-passarela entre Petrobras e BNDES?

Ninguém faz nada, ficam deitados o dia todo! E o mal cheiro?! Aff...

Eu já não quero mais votar em ninguém... pena que o voto é obrigatório!