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segunda-feira, janeiro 06, 2014

Aprendendo um pouco a cada dia

O que eu pedi para 2014!


Apenas sendo o que preciso ser.

Incrível como a idade nos traz serenidade. De onde ela vem? Não sei. Há tempos não me sinto tão em paz. Impressiona como os caminhos que traço são fruto de escolhas finalmente feitas. Essa história de deixa a vida me levar é balela. Faz mal!

A vida é boa, mas melhor ainda quando a tomamos as rédeas. Aí sim, ela fica perfeita! "Deixa a vida me levar" é um jeito preguiçoso de não ir a lugar nenhum.

- Para onde você quer ir, Alice?
- Ora, não sei.
- Então qualquer caminho serve.
(Alice no País das Maravilhas)

Tem diálogo mais sábio do que esse? Acho que não!

Se você não sabe para onde quer ir, nem dê o primeiro passo. Não faça nada por vingança, faça por você!

Meu Caderno das Coisas Boas vem funcionando. Incrível como até agora só valorizei as coisas bacanas que têm acontecido, como estar com meus pais, caminhar ao ar livre, tomar meus banhos de cachoeira, encontrar os amigos...

Nada, mas nada de ruim entra pro caderno. Até do que foi ruim estou extraindo boas coisas, aprendizados, que é para lembrar que todo dia se pode aprender algo!

E aí, a vida vai ficando mais fácil e mais leve... Graças à Deus e a mim!



terça-feira, setembro 17, 2013

Piruá

Tenho pra mim que a Martha Medeiros é uma sábia mulher, assim como a Lya Luft. Elas conseguem filosofar sobre coisas simples e cotidianas. Esses dias, li um trecho de um livro dela (tenho vários) que dizia...


"Pesquisando sobre o tema, descobri que o milho que não estoura se chama piruá. Sabe aquele milho que sobra na panela e se recusa a virar um floquinho branco, macio e alegre? Piruá. E aí tenho que concordar com o escritor Rubem Alves, que já escreveu sobre o assunto: tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste e inútil pro resto da vida. Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor. Não vira pipoca, mantém-se piruá. E um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom. Pois é. Perdeu a chance de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se."


Pois é, depois de velha, esse se tornou meu maior medo. Não estourar, virar piruá. Quero muito do mundo, da vida, quero realizações, como se eu tivesse que realizar algo todos os dias para ser feliz! Por isso, anoto tudo que eu faço, como num diário. E como se eu pudesse quantificar e qualificar minhas realizações, vou levando a vida. Certa ou errada, esse é meu jeitim de viver...



Só sei que essa gana de viver e de realizar me impulsiona a viver e a caminhar, mesmo naqueles dias piores, onde a gente não tem força nem para levantar da cama. E assim a gente vai vivendo, fazendo bonito...

A única coisa que falta é o RISCO. Tenho que me conscientizar que viver é correr riscos, e botar mais adrenalina na história... mas, isso é assunto pra outro post.

segunda-feira, junho 07, 2010

De volta para o futuro

Sexta-feira saí com uma amiga para um happy-hour. Fomos a um barzinho perto de casa, e ficamos lá, jogando conversa fora. Foi muito bom. Quando saímos, ficamos discutindo para ver quem tomaria o táxi que estava parado no ponto. Eu cedi, ela também, eu insisti, ela também, e no vai-não-vai, ela acabou indo no tal táxi em direção ao Grajaú.

Depois, fiquei ali parada esperando um táxi e não parava nenhum. Em seguida, chegou um casal e se posicionou na minha frente e então, tive que esperá-los conseguir um táxi para então retomar a minha busca por um que me levasse para casa. Já estava pensando num plano B, quando de repente, sem que eu tivesse feito sinal, me parou um táxi arrumadinho, novinho, da cooperativa. E o cara ficou me esperando entrar no carro.

Tive alguns segundos para pensar se ia ou não ia. E fui. Quando entrei no carro, me dei conta de que conhecia ele, o motorista. Ele se virou pra mim e disse: "você vai pra onde?" E encerrou a pergunta com o meu nome. Eu me assustei. Eu então disse pra ele: "sei que eu te conheço, mas não me lembro de onde". E ele então disse seu nome, refrescando a minha memória. Começou a me perguntar um monte de coisas, e me proporcionou uma volta ao passado. Mais de vinte anos que eu não o via. Ele me contou que casou e teve três filhos e que, agora, mora pertinho de mim. O mundo é mesmo engraçado, eu tinha que entrar naquele táxi.

Agora, o que me surpreendeu é que tivemos um amigo em comum, de quem gostamos muito. Ele sofreu um grave acidente de carro, no qual morreu seu melhor amigo, e nós nos reunimos ao seu redor para confortá-lo. De repente, o destino nos afastou. Esse motorista de táxi era muito seu amigo naquela época. Agora não é mais. Esse cara se tornou diretor de uma grande multinacional e foi morar em São Paulo, aparecendo no Rio de Janeiro muito esporadicamente.

Eu me lembrei o quanto eu senti saudade dele quando nossos destinos se separaram, mas vi que a ambição, por vezes, determina o que somos e quem deixamos pelo caminho. Permanecer humilde é coisa rara, difícil mesmo. Eu espero, do fundo do meu coração, que esse meu antigo amigo tenha sido feliz, e que tenha encontrado sinceridade no caminho que ele escolheu.