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terça-feira, julho 21, 2015

o que importa é ser feliz...

Bateu uma porta. Bateu a segunda porta. Saiu pela porta da rua, batendo a terceira porta. Estava cansada daquele casamento.

Passou pelo porteiro do prédio, sem sequer vê-lo. Ao bater o portão, olhou pra um lado, olhou para o outro e teve a sensação de que tinha que andar, tinha que sair por aí, esfriar a cabeça.

Caminhou até a rua mais movimentada, onde decidiu tomar um táxi. Sabia onde gostaria de estar. Deu ao taxista apenas o nome do bairro, pois não sabia seu endereço.

Ao chegarem, o motorista perguntou a ela: "para onde vamos?" Ela simplesmente não sabia. Mas decidiu que aquela viagem não teria retorno.

Ligou pra ele e aguardou ansiosamente que ele a atendesse. "Oi, estou aqui por perto, posso passar na sua casa?" Surpreso, ele disse que sim. "Mas eu não tenho seu endereço. Pode passar pra mim?"

Em cinco minutos, ela estava em pé na porta do seu apartamento, esperando por ele. "Posso dormir aqui?"

Notadamente, ele estava sem jeito por apresentar a ela uma casa displicentemente arrumada. Parecia que ele não tinha apreço por aquele lugar. Ela entrou, caminhou por todos os cômodos acompanhada por ele, mas não reparou nos detalhes, apenas procurou senti-lo ali, percebê-lo o mais em praticamente possível.

"Vejo que você estava escrevendo. Pode continuar. Eu só preciso de um cantinho para dormir".

"Estava sim. Mas você não quer conversar um pouco?" "Não, estou muito triste, preciso de um canto para dormir um pouco, posso?" "Pode, dorme na minha cama, eu vou varar a madrugada escrevendo, se isso não te incomoda".

Ela então tirou os sapatos, os brincos, os anéis, a calça jeans, ficando apenas de camiseta. Foi até a sala, e pediu a ele apenas um favor, tinha medo dos cachorros. "Você teria como manter os cachorros longe do quarto, eu tenho medo deles?"

"Claro, claro, eles não vão te incomodar. Pode dormir tranquila, eu vou ficar por aqui".

Assim que ela se deitou, ele encostou a porta e voltou ao trabalho. Ainda pôde ouvi-la chorando baixinho. Não sabia muito bem como agir, nem como tratá-la, nem o que fazer para agradá-la.





Embarcou novamente no trabalho, desconectando-se daquele problema, mas, de tempos em tempos, a imagem dela voltava a sua mente. No meio da noite, resolveu checar se ela estava bem. Foi até o quarto, abriu a porta que estava entreaberta, e sem acender a luz, caminhou em direção da cama.




Subitamente, ele decidiu que não ia apenas olhar pra ela. Deitou-se ao seu lado. Num impulso, passou a mão por seus cabelos desalinhados, como se pudesse tirar dela todo o sofrimento que ele sabia que ela sentia. A vida inteira, desde que se conheceram, sempre foram muito próximos, e ele sabia o que ela sentia, sabia o tamanho daquele vazio.

Ao tocar nela, ela acordou, mas não fez nenhum movimento, sequer abriu os olhos; ficou ali, sentindo o prazer daquele toque, um toque que há muito tempo ela não tinha. Relaxou o corpo. Percebendo que a tinha agradado, ele aproximou seu corpo do dela, encaixou-se em concha, passando o braço por sobre os seus seios. Encostou seu rosto no rosto dela e ficou em silêncio, sentindo a sua respiração. Ela estava onde sempre quisera estar, nos braços dele.





Ela sabia que qualquer movimento poderia afastá-lo. E por isso, decidiu apenas ficar ali, na segurança daquele abraço. Passaram alguns minutos abraçados, e ele também começou a sentir uma paz, uma
tranquilidade, uma plenitude... Mas tinha medo. Um movimento em falso poderia pôr a perder uma amizade de uma vida inteira.

Eles finalmente dormiram. Quando amanheceu, deram-se em conta que haviam dormido abraçados. Com sua voz grave, ele disse em seu ouvido: "bom dia, moça, dormiu bem?" Percebeu então que seu braço estava adormecido. Ela finalmente virou-se para ele, e depois de abrir um sorriso, o beijou delicadamente. "Esse é o jeito que eu tenho pra te agradecer por ter me deixado dormir aqui. Muito obrigada".

Ele resolveu retribuir o beijo. Deu um, mais um, e mais um. Ela, que já tinha achado que não havia intimidade maior do que dormirem juntos, resolveu finalmente que era tempo de ser feliz, entregando-se a ele. Naquela manhã, ela se sentiu plenamente feliz. E ele também.





E aquela casa desarrumada, de repente passou a fazer sentido. E com a presença dela, ele passou a ter vontade de arrumar aquela casa, enfeita-la, encher de flores, perfumes, odores, essências, matizes, temperos...


Ela veio por uma noite, depois mais uma, e mais outra, e encheu a vida dele de sentido. O que era bom quando eram apenas amigos, ficou mais consistente, mas não ganhou nome, para não estragar. Porque o que importa para os dois é estarem felizes...

quinta-feira, janeiro 09, 2014

Tudo é vermelho

O verão me remete ao vermelho. Vermelho, como está a minha pele agora, nos pedaços em que não espalhei decentemente o bloqueador solar.Vermelho do sol e do céu de verão.

É ou não é uma beleza esse cenário quente?


Como não ser feliz no Verão Vermelho?


Vermelho dos corações apaixonados, que ficam trocando confidências em plena luz do dia, espalhando felicidade pelas praças das cidades...


Vermelho do coração apaixonado...


Vermelho do tesão, das bocas pintadas com os batons mais bonitos, das unhas mais vermelhas possíveis, das mulheres prontas para seduzir qualquer um com suas armas vermelhas...


Vermelho nas bocas e unhas...


Vermelho da cabeça aos pés...


Vermelho nos maiôs das mulheres que não temem em exibir seus corpos aos olhares dos mais ávidos e famintos...




Vermelho nos maiôs...

 Vermelho nas pipas das crianças a colorir o céu, mesmo quando ele já não reluz o vermelho do sol...

Vermelho das pipas...

Que estação maravilhosa é o Verão. Mesmo que soframos com o calor intenso, que as cidades não tenham infra-estrutura para lidar com tantos banhos e tantos aparelhos de ar-condicionado ligados em potência máxima, é no Verão Vermelho que estamos na rua.

Viva!

Música do dia: Sol de Verão - Roupa Nova

quarta-feira, janeiro 08, 2014

Leminski, de novo


Anais Nin


O que quer dizer

O que quer dizer diz.
Não fica fazendo
o que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
o que, um dia, se disse,
um dia, vai ser feliz.

quinta-feira, outubro 10, 2013

Simplesmente feliz

Felicidade é isso: uma escolha!

Eu andava muito desanimada, triste, infeliz no trabalho, infeliz no amor, infeliz com a conta bancária! Até que resolvi dar um
#basta!
Um chega, um that's enought! Não aguentava mais tanta chateação! Fui me livrando de uma a uma.

Quanto à conta bancária, foi fácil: parei de usar a função crédito do cartão. Só isso já me deu um gás para respirar e acertar minhas contas.

Quanto ao trabalho, fiz mais ou menos assim: se me chateia, não me envolvo. Se é fofoca, não quero saber. Se não me diz respeito, nem olho. Se não é meu trabalho, não me prontifico a ajudar. Já basta as coisas chatas que estão na minha agenda, chega de pegar o trabalho dos outros para mim.

Quanto ao amor, parei de desejar o impossível. Vi que só eu me magoava tentando mudar os outros. Entendi que o belo está justamente nas rugas daquele que escolheu viver sua vida ao meu lado, que esse caminho que ele vem trilhando junto comigo é tão bonito e pode ser tão mais leve quanto eu quiser que seja. E, por incrível que pareça, acho que estou me apaixonando por ele novamente, como no começo. Pelas rugas, pelo corpo que mudou, pelo carinho com que ele sempre me tratou. Tem a ver com um profundo sentimento de gratidão que me envolveu esses dias.

E aí, eu fui ficando mais tranquila, mais tranquila... que nem me reconheço.

Por que você não experimenta?



segunda-feira, abril 23, 2012

Congelando o tempo




Acho que o maior desafio - meu e de todo mundo - é fazer o tempo passar mais devagar. Não é novidade que o tempo parece estar correndo, quanto mais a gente se esforça, mais tem a sensação de que o tempo está voando... voando mesmo. Outro dia, estávamos comemorando o Natal, logo em seguida, lá estávamos nós curtindo o Carnaval, e agora, aqui vem eles, uma série de feriados para aproveitarmos, seja para não fazer nada, seja para fazermos tudo ao mesmo tempo agora.

Eu tenho ido pelo caminho da diminuição do ritmo, de fazer algo que eu curto muito, de preparar uma comidinha gostosa no meio da tarde, de cuidar de mim fazendo uma massagem no cabelo ou algo parecido, de ver um bom filme no dvd. Nada de compromissos, nem de hora marcada. Tudo que eu quero é não ter agenda nestes dias.

Acordar cedo, se der na telha, ou tarde, se eu preferir. O lance é estar em paz.

O pior de tudo é que quanto mais a gente sente que o tempo voa, mais temos a percepção de que ele é curto para o tanto que queremos fazer. Não é paradoxal?

Bom, neste final de semana de feriado no Rio de Janeiro, já que hoje é dia de São Jorge e estamos todos em casa, a minha sugestão é ler um bom livro (estou lendo "Leite Derramado", do Chico Buarque, por sugestão do meu amigo argentino), ver um bom filme (a minha intenção é ver "A árvore da vida" com o Sean Penn e o Brad Pitt) e comer um bolinho com café à tarde. Ah, bolinho com café: compre um bolo simples no mercado do sabor que você gosta (pode ser chocolate, baunilha, laranja), derreta uma barra de chocolate meio amargo em banho maria e jogue por cima! Fica très bien!

Bom feriado!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Eu mereço ser feliz

A vida a gente encara de frente. Poético? Não, é que se é inevitável, vai, relaxa e goza.

Fazer análise é como se olhar no espelho. Eu resolvi me olhar no espelho de novo. E deixar de ser covarde, tomar minhas próprias decisões, sem precisar das opiniões e das aprovações dos outros.

Tenho resoluções de fim-de-ano a fazer que não podem ser só resoluções de fim-de-ano. Tem que ser resoluções-de-vida-inteira. Um presente de Natal para mim.

Eu mereço ser feliz. Sem apurrinhações, sem somatizações, sem drama. Só uma vida calma e feliz, uma paz na alma e um sorriso no rosto. E isso não tem que ser máscara, tem que ser real.

Também quero a sorte de um amor tranquilo, nem que pra isso eu tenha que transformar o que eu levo aqui dentro. Quero a paz de não ter mais urgência.

Vou em frente, me cobro, me exijo, me dôo, me espalho, me cato do chão, me fecho, me aqueço, espero o tempo passar, me perdôo e me dou outra chance. Quero viver a vida com o melhor que ela tiver pra me dar.

__________________
Obra da artista Aimee Sicuro.

terça-feira, julho 21, 2009

Definindo objetivos para a sua vida


Objetivos dão direção:
FAMÍLIA - SAÚDE - EDUCAÇÃO - CARREIRA - VIDA SOCIAL - ESPIRITUALIDADE!

Do livro do Siimon Reynolds, "Better than Cholocate - 50 Proven Ways to Feel Happier", da Ten Speed Press (canadense). As ilustrações, lindas por sinal, são da Jenny Kostecki.

segunda-feira, abril 27, 2009

A difícil tarefa de ser feliz

Enquanto a maioria sofre por aí e outros se apoiam na tv para esquecer do mundo, alguns ainda tentam ser felizes, um pouquinho todo dia, e sofrem também na busca por esta tal de felicidade, que é tão efêmera e parece só existir nos livros.

Eu, que não sou boba, ponho um sorriso no rosto, como sugeria o Chaplin na canção Smile.

Não sei se vocês viram, mas o Hugo Chavez deu um livro ao Obama do Eduardo Galeano. Chama-se "As veias abertas da América Latina", excelente livro sobre política deste pensador uruguaio.

Vi que este livro já está totalmente disponível para download na internet, é só procurar. E procurando outros textos sobre o Galeano, encontrei esta citação fantástica:



"Na parede de um botequim de Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar.
Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa:
É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem.
Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca."
Eduardo Galeano


Rogo a Deus todos os dias que as pessoas nunca deixem de brincar. No dia que nos despedirmos da criança que há dentro de nós, seremos como um leito seco de um rio... mesmo com toda a pressa que temos de sermos felizes, o que precisamos agora e sempre é de brincar!