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O fato é que eu me senti numa montanha russa, onde as sequências vão acontecendo sem que a gente consiga imaginar o que vem depois.
Tudo fica muito confuso, como confusa é a vida da gente, e num dado momento do filme eu me lembro de ter dito aos meus companheiros de jornada que não sabia como o filme acabaria. Tudo muito cohen para a minha cabeça.
Mas, quantas e quantas vezes eu não me senti assim, como que dentro de um novelo de lã, cheio de nós, sem conseguir sair, uma montanha russa mesmo?
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Brad se supera quando tenta chantagear o Ozzie, como nesta cena aí ao lado, em que tenta engrossar a voz para paracer um sequestrador e se mostra completamente amador. Não tem como não cair na gargalhada com ele.
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Mas, o que é pior, além de balançar a cabeça, ele dança, dança na esteira, dança quando orienta os alunos, dança dentro do carro... ou seja, um completo imbecil.
Quem também está muito bem (como ator) é o George Clooney, que emagreceu demais, depois de ter engordado horrores para fazer Syriana, e está muito envelhecido, usando uma barba muito escura - aquilo ali tem tinta, meu bem - e com a calça jeans frouxa. Seu personagem é louco, e tem também umas sequências impagáveis.
O engraçado é que, para mim, Clooney não interpreta o personagem principal, como parece a princípio. O seu Harry louco, neurótico e doido pela mulher, não é, nem de longe o personagem mais interessante, ao meu ver. Sou
das antigas: um filme com John Malkovich não pode ter outro personagem principal que não o dele.
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Acho esse ator simplesmente o máximo. A cena em que ele é despedido da CIA é algo simplesmente fantástico, ele diz para os seus pares e superiores tudo aquilo que um dia a gente já teve vontade de dizer para o chefe e não teve coragem. E olha que esse é o começo do filme, heim? Só por esta cena a gente já imagina o que pode vir pela frente, o viés que o filme deve seguir.
John ainda é o mesmo de "Ligações Perigosas", o primeiro filme de que eu me recordo com ele e que me impressionou tanto. Eu só tenho que confessar que a sequência final de seu personagem alcólatra foi completamente desnecessária, por ser tão violenta. Eu virei o rosto. Não estava na montanha russa dos "Fracos...", achei que não teria estômago para olhar. Mas, o saldo, pra lá de positivo, valeu os R$ 18,00 que paguei pelo ingresso.
Cinema está caro, né?
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