domingo, maio 17, 2009

Pânico no elevador

Ontem, toda a família se reuniu para almoçar aqui perto de casa. Quando acabamos, como fazemos sempre, viemos aqui pra casa. Eu tinha aproveitado para pedir a mamãe que cortasse o meu cabelo, e estava empolgada com a mudança de visual.

Entramos os cinco no elevador social, conforme a orientação do fabricante e da empresa de manutenção: esse é o número máximo de pessoas que pode andar neste elevador juntas.

Qual não foi a nossa surpresa quando o dito elevador apagou quando estávamos chegando quase no meu andar, o quarto. E começou a cair...

Não tinha nada que fizesse o elevador parar ou abrir as portas. Meu maridão, que é engenheiro, logo se lembrou que o elevador tem freios laterais, e que mesmo que fôssemos parar no poço, coisa que eu não podia conceber, não iríamos em queda-livre. Não se dependesse dele.

De tempos em tempos, ele ia empurrando a porta do elevador contra a parede e o mesmo ia dando uma paradinha, o que no meu caso, só aumentava a tortura. Eu comecei a me dar conta que sou um pouco claustrofóbica, já que o elevador estava cheio e aquilo começou a me dar falta de ar. Comecei a imaginar que íamos ficar um bom tempo esperando alguém da manutenção aparecer, o que, em se tratando de sábado, implicava em muito tempo mesmo.

Lembrei que dentro do elevador tem um interfone, que liga direto pro porteiro. Não é que o cara não entendia o que eu dizia? Eu dizia: "Estamos caindo, faz alguma coisa!" E ele dizia: "O quê? O quê?" Cara, me deu vontade de dar na cara dele quando saímos do elevador.

Mas, ao contrário, eu tratei de ir para casa, pelas escadas, e me acalmar. Me imaginei cantando uns mantras indianos, enquanto subia os degraus da escada, e cheguei lá em cima calminha, fingindo que não havia acontecido nada. Mas, eu fiquei em pânico. Pânico mesmo.
À noite, quando voltamos do cinema, começamos a fazer piadas do episódio. Nos demos conta de que se algo nos acontecesse, não ia sobrer ninguém da família para contar a história, sem herdeiros. Aí nos lembramos que podíamos apenas ter quebrado as pernas todos nós, e que ficaríamos impossibilitados de cuidarmos um dos outros. Minha irmã já tinha comentado, logo depois que chegamos em casa, que estávamos em um Kabum sem pagar pela aventura... Minha mãe chegou a falar que teríamos que contratar enfermeiras e por aí, foi...


Êta, povo doido! Família ê, família ah, família... uououou...

Um comentário:

Lady Shady disse...

Deeeeeeeeeeus me livre!!!!!!
Pânico!!!!!

bjs
PS: Que bom que a família saiu ilesa!