sexta-feira, agosto 22, 2008

O reino das tarraxas perdidas

Eu sempre imaginei que havia um reino onde algumas coisinhas que caem das nossas mãos ficam perdidas... coisa assim de duendes brincalhões, que gostam de nos pregar peças.

Hoje, chegando de viagem cansada, estressada por conta do trânsito de São Paulo e do Rio, tirei o meu brinco, e como se eu já pudesse imaginar, uma das tarraxas caiu no chão.

Em segundos, lá estava eu, de quatro, investigando em baixo da minha cama, olhando cada cantinho do quarto, com o auxílio da luz mais forte do abajour, para recuperar a tarraxa antes que o duende a levasse de vez.

É nesse reino que eles escondem as continhas dos colares que eu me proponho a fazer de vez em quando, os clipes, os alfinetes de fralda, enfim, tudo que é pequenino o suficiente para desaparecer.

Procurei, procurei, procurei, e ... nada!

Pedi a ele, então, que me deixasse ficar só com essa, que eu gosto muito desse brinco e que não é qualquer tarraxa que serve nele, porque algumas ficam frouxas e aí é um custo para manter o brinco na orelha.

Como num passe de mágica, ele me atendeu: lá estava ela, reluzente, sobre o tapete. Como se sempre estivera ali, se exibindo para mim, mesmo depois que eu bati o tapete, passei a mão sobre ele, analisei cada trama com a ajuda da luz do abajour... lá estava ela.

Se o duende me fez este favorzinho hoje, o que será que ele vai querer de mim depois?

2 comentários:

Letícia disse...

Olha, deve ser genético, porque isso sempre acontece comigo. Da última vez, eu estava pronta pra sair quando a tarraxa caiu. Resultado: como não dava tempo de procurá-la, mudei de brinco. Duende danado! Humpf!

Claudia Moema disse...

Conhece a lenda de Runpelstistekin?
Corra para conhecê-la, pois esse duende poderá vir cobrar o favor e você precisará ter essa informação.
Bitocas
CM