Vieram ao Brasil pela primeira vez para participar de um evento como palestrantes e visitar nossa empresa. Mas, não tiveram a oportunidade de visitar nossas instalações.
Adoraram o que viram por aqui. Nós os hospedamos num hotel de frente para a praia de Copacabana (ponto para nós) e pusemos um carro à disposição deles - o que eu acho que foi mais um ponto para nós. É, acho que nós acertamos!
Os ingleses não conseguem entender muito bem essa nossa falta de pontualidade. Eles são realmente pontuais. Até se surpreendem com o quão amáveis nós somos, mas acho que preferiam que fôssemos menos expansivos e mais responsáveis com o horário.
Realmente, os ingleses são bem formais, é um tanto difícil "quebrar o gelo". Se eles são tímidos, então, é quase impossível abordá-los. E na hora de cumprimentá-los com beijos? Chega a ser curioso notar o susto que eles levam quando as pessoas começam a se beijar e a beijá-los (ao se conhecer ou se despedir). Ainda mais, quando rola um beijo em cada bochecha. (Mas um aperto de mão já não estava bom?)
Dentro deste contexto de formalidade dos ingleses, eles adoram seguir uma agenda e uma pauta. Se alguma coisa dá errado ao longo da reunião, parece que não há jogo de cintura - como temos - suficiente para mudar o plano. Mas, há que se reconhecer, a competência deles é impressionante.
Ah, e como eles são ansiosos! Acho que se eles tivessem que viver imersos no nosso "regime burocrático" (no sentido mais pejorativo da palavra), sofreriam um enfarto por semana. Imagina receber a autorização para uma viagem internacional na véspera de viajar, se as diárias na mão, nem o bilhete emitido! Um atraso na emissão das passagens gerou uma troca de mais de 30 e-mails em menos de dez dias! Acho que a gente só tem paciência com eles porque eles são estrangeiros e, com certeza, eles não nos entenderiam...
Mas, eles são como nós, curiosos! Afinal, somo todos seres hu
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O inglês voltou do banheiro, ou restroom, como ele mesmo frisou, encantado (ou seria melhor dizer, perturbado?) com um desinfetante que encontrou nos mictórios, na forma de cubos de gelo. Nunca vira coisa igual! Para ele, era como se houvesse descoberto a pólvora. Disse que em nenhum outro lugar do mundo, viu uma inovação dessas. Foi quando um dos convivas brasileiros acrescentou que também serve para evitar a molhadinha, o respingo... (e eu que nem sabia que ela rolava!)...
Ainda sobre banheiro, eles se assustaram quando conheceram nosso protetor de assento - muito comum em banheiros femininos. Não é que, lá pela tantas, fez-se questão de ressaltar que o buraco do tal protetor é em forma de coração (mas, será que isto é uma questão de design, ou o que se quer é passar uma mensagem calorosa com o produto?)...
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Como curiosos e observadores que são, repararam que a tábua de queijos oferecida pelo hotel cinco estrelas em que fizemos nossa reunião não tr
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Provaram o guaraná Antárctica e se surpreenderam ao descobrir que se tratava de uma "gasosa de fruta brasileira" - uma bebida sem álcool, ao contrário do que pensavam.
Foram nas Sendas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, e acharam o supermercado horroroso. Mas, ficaram surpresos em ver o sabão em pó OMO firme e forte na prateleira, a mesma marca, as mesmas cores. Segundo eles, esse sabão deixou de ser vendido na Inglaterra há trinta anos.
É difícil conversar com pessoas estranhas quando não se domina a sua língua, mas com um pouco de esforço, rolam umas "small talks", como eles dizem. Mas, para que esse relacionamento se desenvolva, não se pode ser apenas superficial. O caminho é árduo, mas possível.
Respeito, cordialidade, atenção e gentileza são palavras que, enfim, resumem o que aprendemos com eles. Daqui a pouco, vou aprender mais um pouquinho. Vou para a terra deles.
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