Andei fazendo umas compras no meu site favorito, o da Lancome, e dessa vez, na hora de escolher os brindes (sim, porque eles sempre oferecem brindes a quem é cadastrado), eu pude escolher um potinho de Génifique, um creme que eu estava namorando há muito tempo e que nem no ano passado, quando estive na França, tive coragem de comprar, de tão caro.
Não precisa comprar muito para ganhar brindes, mas é lógico que, quanto mais se compra, mais se ganha. Eu estou usando o Génifique desde que chegou aqui em casa, há mais ou menos dez dias. Como eu já tinha lido em resenhas nos jornais e revistas, é realmente maravilhoso. A sensação é de estar com uma base poderosa o dia todo, e ainda com efeito lifting. E olha que eu só passo o creme à noite, antes de dormir, logicamente depois de ter limpado muito bem o rosto das impurezas do dia.
Tenho lá minhas dúvidas se o produto mesmo é tão bom quanto a amostra, porque já vi muita gente reclamando que a amostra era mil vezes superior do que o produto em si. Mas, como a Lancome é uma marca na qual eu confio, e da qual eu sou fã de vários produtos, acho que não vou me decepcionar, não.
Então, quer o seu? Olha, não sei se a promoção ainda está valendo, mas passa lá e faz o seu perfil: http://www.lancome.com.br
"your life is your life don’t let it be clubbed into dank submission. be on the watch. there are ways out. there is a light somewhere. it may not be much light but it beats the darkness. be on the watch. the gods will offer you chances. know them. take them. you can’t beat death but you can beat death in life, sometimes. and the more often you learn to do it, the more light there will be. your life is your life. know it while you have it. you are marvelous the gods wait to delight in you."
É assim que eu me sinto. O dia está lindo, posso ver pela janela. Céu azul, clima ameno, ideal para um passeio ao ar livre. E eu aqui esperando. Esperando o corpo vencer a batalha, para voltar ao meu normal. Não ao normal dos outros. Ao meu.
Enquanto espero, me contento com as ligações que recebo, com as poucas visitas. Elas me acalentam, me mostram algum carinho. Eu ainda me pergunto porquê tudo isso, porque uma crise tão intensa. Por que demoro tanto a ficar bem?
Hoje, abri o "Livro do Desassossego", do Fernando Pessoa, numa página qualquer, e era isso que dizia...
"144. Depois dos dias todos de chuva, de novo o céu traz o azul, que escondera, aos grandes espaços do alto. Entre as ruas, onde as poças dormem como charcos do campo, e a alegria clara que esfria no alto, há um contraste que torna agradáveis as ruas sujas e primaveril o céu de inverno banal. É domingo e não tenho que fazer. Nem sonhar me apetece, de tão bem que está o dia. Gozo-o com uma sinceridade de sentidos a que a inteligência se abandona. Passeio como um caixeiro liberto. Sinto-me velho, só para ter o prazer de me sentir rejuvenescer. (...) Todas essas coisas não têm importância. São, como tudo no comum da vida, um sono dos mistérios e das ameias, e eu olho, como um arauto chegado, a planície da minha meditação. (...)"
A vida é mesmo cheia de mistérios, a sensação que tive foi que, por não ter tamanha competência, havia incomendado esse trecho ao Pessoa para ilustrar o meu 25o. dia de prisão domiciliar.
Corte um pedacinho de retalho bem bacaninha, como um quadradinho ...
Use uma tesoura de picote para fazer o acabamento...
Dobre ao meio como um triângulo e vinque à ferro para marcar...
Depois, como uma bandana, coloque na cabeça do ursinho.
Use uma linha para prender atrás e dos lados...
Escolha uma fita que combine e faça um lacinho curto...
E voilà, aqui está meu ursinho surfista de bandana!
Ou, dependendo de quem olha, um chef de cuisine!
Quem disse que eu não tinha habilidades manuais, heim?!
A propósito, esse foi pro meu sobrinho-neto, e por isso, e porque papai surfa, eu me inspirei e usei o tecido da bandana. E também, escolhi cores mais sóbrias. Depois mostro outros inventos!
Eu vi essa revista nas bancas e enlouqueci. Adorei esse vestido. Está certo, é um Carolina Herrera. Mas, eu preciso, eu quero, eu necessito!!!! Sei lá o que passa pela nossa cabeça que nos leva a amar alguma coisa que a gente acabou de ver. Comprei a revista. Nada, nenhuma foto interna para que eu pudesse ver os detalhes. Zero. Que frustração!
Mas, um detalhe, vendo o making off da Alinne no site da Marie Claire, pude ver que as alças são cruzadas nas costas, o que me encanta ainda mais. Adoro vestido assim!
Fazendo uma pequena busca na Internet, encontrei o desfile da coleção Primavera/Verão 2011-12. É um festival de vestidos lindíssimos, cada um mais elaborado que o outro. Olha só:
Cá entre nós, a trilha sonora é meio pavorosa, mas os vestidos são lindos. E nada de achar a origem do meu objeto do desejo.
No site Hoy Moda, lá estava ele, numa outra modelo. Confira aqui. Enfim, é lógico que eu não vou ter um... mas, quem sabe um parecido ou inspirado. Aguardem!
Acho que o maior sofrimento de quem está com uma doença que impõe quarentena é ver a vida passar lá fora e você estar alheia a ela. Você se sente como num universo paralelo.
Lidar com a ignorância das pessoas e também com a tua sobre a doença é algo que irrita, a maior parte do tempo.
Rolam os mais variados comentários, que às vezes viram boatos: "Ela vai morrer...", "Ela está estressada", "Ela vai ter que ser operada de emergência...", "Tadinha dela, somatiza tudo...".
Para cada um que telefona, é preciso dar a mesma explicação: "Não, eu não vou morrer, não dessa vez"; "Não, eu não estava estressada com o trabalho, imagina!"; "Não, eu não vou ser operada agora, não se opera ninguém no meio de uma crise se for possível esperar"; "Não, não tem nada a ver com somatização, não dessa vez"...
Em resumo, meu corpo só precisa se recuperar sozinho - ele precisa de TEMPO, só isso!
Então, como se não bastasse toda essa incomodação, ainda há aqueles que te infantilizam e insistem em te tratar como uma criança de 5 anos de idade. Para esse povo que faz isso, só tenho uma coisa a dizer:
Ah, não enche!
Está bem, está bem, eu deveria estar / ser menos agressiva. Mas é que paciência tem limites, e eu estou com os meus por um fio.
Aí entra em cena o título deste post. Enquanto hávidaláfora.com.br, eu fico aqui, esperando nem sei o quê. Imagina uma pessoa que, há três dias, não conseguia ir ao laboratório fazer os exames médicos por causa do efeito dos buracos no asfalto na cabeça da coitada. Não dava pra dizer ao condutor do táxi: "Moço, toma cuidado para não passar em nenhum buraco, que eu estou com enxaqueca..." Impossível, pois nesta cidade, só tem buraco, não dá para desviar de um sem cair em outro!
De casa, vejo a vida pela tv, é claro, porque já não se vive sem ela, então nem conta mais. Pela varanda, mas o máximo que eu observo são as flores do meu bouganville nascendo, crescendo e atraindo mais e mais passarinhos e depois, sendo levadas pelo vento. E, finalmente, pelo Facebook, onde uns postam que vão à praia, outros vão fazer piquenique com a família. Uns vão fazer uma pequena cirurgia, outros oferecem palestras online gratuitas. Uns vão tomar café da manhã com os amigos no Leblon, outros saíram de férias e foram viajar. Uns perderam o emprego, outros estão como Deus quer, curtindo o ócio.
Tudo isso, mais os telefonemas que recebo, mais o que vejo na tv, formam uma louca colagem que dá origem aos meus sonhos. Dos me que lembro, só posso dizer que são muito, muito sem sentido. Borjes gostaria de usá-los como inspiração para os seus livros, tenho certeza. Costumam "ressussitar" pessoas que há muito já não dão o ar da graça na minha vida real.
E por falar em dar o ar da graça, tem outra coisa engraçada nessa coisa de estar doente. Alguns amigos assumem que não posso receber visitas porque não posso me contaminar (Hã !!!!????). Outros, me ligam dizendo que estão passando aqui, e não vêm, e sequer ligam para avisar que não vêm. Tudo bem, eu entendo que a vida de todos é corrida demais, que são muitas atividades, trabalho demais, que final de semana é pra passear e não para visitar gente doente. Eu também vivo uma vida corrida quando estou bem.
Mas se esse é um tempo de aprendizados, esse é mais um: não prometa o que você não vai cumprir. Quem está do outro lado, pode estar precisando de você.
Tem um menino lá no meu trabalho, o Carlos, que vende cupcakes deliciosos. Eu sempre peço a ele para nem me mostrar os danadinhos, para não dar vontade!
Decidi que dieta é uma droga, e que vou me permitir ao menos 1 por semana, eu não vou explodir por conta dessas calorias!
Ninguém gosta de ficar doente. Muito menos eu. Interessante ver a quantidade e a diversidade de pessoas que ligaram para mim para saber como eu estava. Estou melhorando, mas bem lentamente. No início, deu medo. Os dois médicos com quem eu me consultei disseram que não havia remédio, que eu teria que me recuperar sozinha. Daí a gente faz os exames e não melhora, "fica estável", como a própria médica disse. E tem que esperar.
Há muito tempo que eu aprendi que o meu karma é ter paciência. Eu nunca gostei de esperar, sempre sofri de ansiedade, sempre quis resolver as coisas ontem. Mas, agora, só me resta esperar. Até porque não consigo ler, pouco escrevo, nem o jornal eu encaro. E se deixo a tv ligada é para fazer barulho, não para acompanhar o que está passando.
E, já tendo ficado 15 dias em casa, escuto a médica me dizer que provavelmente vou ficar mais 15. Ninguém merece. Isso não é coisa para uma pessoa ativa como eu. Daí eu tento trocar os lençóis da minha cama, e vejo como é uma tarefa difícil. Cansa muito. Vestir o colchão com o lençol de elástico é quase uma tortura. Depois, levar para a área de serviço, programar a máquina, organizar tudo, esperar bater. Ai, deixa eu me sentar um pouco que meu coração já começou a palpitar novamente.
Uma coisa que não sai da minha cabeça é por quê isso acontece com pessoas legais. Porque eu sou legal, eu me esforço para ser legal. Não me meto na vida dos outros, sou honesta, sou fidelíssima aos meus amigos, sou uma boa filha, sou uma pessoa bacana com todo mundo, não me furto a trabalhar e adoro o meu marido. Então, por que? Eu queria entender.
Ainda mais uma doença silenciosa como a anemia. Uma doença que não avisa, que vai tomando o corpo, transformando tudo aqui dentro numa batalha intensa, entre glóbulos brancos, vermelhos, baço, coração, corpo e mente (a gente tem que se reorganizar para não entregar os pontos).
Eu sei que tenho muito que aprender com tudo isso. Aliás, com esse meu ano, que está sendo brabíssimo. Ô, 2011, você podia dar uma aliviada, né? Ainda não descobri o que tenho que aprender. Talvez, seja hora de entender quem são de fato os meus amigos, aqueles que retribuem com o mesmo carinho tudo o que eu faço. Mas, como eu disse pra mamãe outro dia, talvez também seja hora de reconhecer que ninguém dá o que não tem, como diz o mestre Alan Kardec.
Eu ainda vou postar muitas outras reflexões por aqui, se Ele quiser.
Dá para não se emocionar? Que gravação linda! Amo o Alceu e a Zizi...
Na Primeira Manhã Alceu Valença
Na primeira manhã que te perdi Acordei mais cansado que sozinho Como um conde falando aos passarinhos Como uma bumba-meu-boi sem capitão E gemi como geme o arvoredo Como a brisa descendo das colinas Como quem perde o prumo e desatina Como um boi no meio da multidão
Na segunda manhã que te perdi Era tarde demais pra ser sozinho Cruzei ruas, estradas e caminhos Como um carro correndo em contramão Pelo canto da boca num sussurro Fiz um canto demente, absurdo O lamento noturno dos viúvos Como um gato gemendo no porão Solidão.
Definitivamente, não sou ela. Adorava quando criança, mas seus poderes ficaram no passado, nas telas da tv. Muito cansaço. Coração em permanente disparo, para dar conta da falta de ar. 99, 100, 110 batimentos por minuto. Dor de cabeça. Ela lateja dentro de mim. Não aguento a luz. Não aguento ficar deitada. Não aguento dar 5 passos. Não é falta de sangue. Nem caso para cirurgia. Tenho que me recuperar sozinha. Mas, como é lento o processo. Já conheço as manchas do teto. Já quero trocar tudo.
Quem sabe um dia o gás volte e eu queira retomar o blog com a mesma força de quando mudei o layout?
Desde que comecei a ler o livro do Fabrício, e a partir do momento em que posso levá-lo para qualquer lugar, sem ter que me ater a pequena tela do computador onde encontro seus maravilhosos escritos em blogs e colunas de revistas, me pego pensando cada vez mais no que ele escreve e no quanto compartilho de suas opiniões. No último texto, ele escreveu assim o que pensa sobre "ser grande":
"Não há mais adultos no mundo. Ninguém mais pede para ser adulto. O tempo parou afetivamente, e raros são os corajosos que desejam envelhecer".
Ah, como eu concordo com o Carpi. A gente está se perdendo num mundo pasteurizado. No alto dos meus 41 anos, muitas são as vezes em que eu me pego experimentando uma roupa numa loja e me perguntando: "vem cá, isso aqui não é roupa de adolescente, não?"
Está tudo muito igual. O que é roupa de mulher de 40 e poucos anos? Não há mais distinção... somos todos iguais, correndo atrás da fonte da eterna juventude, dos cremes aos ácidos hialurônicos que nos tiram as rugas, do botox que nos congela a expressão, estamos todos com a mesma cara, a cara que tínhamos quando ainda não havíamos deixado a vida nos marcar com suas experiências boas e ruins.
Não decidimos mais nossas questões como adultos, estamos sempre precisando de muletas e é cada vez mais difícil pensarmos por nós mesmos. Estamos criando uma legião de terapeuta-dependentes, aqueles que só são capazes de ouvir o que pensam naquela horinha de análise. Por que é tão difícil chegarmos a uma conclusão sobre uma análise de trade-off : chegar ao que vale, avaliar custo x benefício é difícil pra todo mundo, mas parece que muitos não conseguem mais sozinhos.
E a super-exposição? Nos abrimos na rede como flores na Primavera e depois ficamos reclamando que todo mundo se mete em tudo o tempo todo? Afinal, o que queremos? Há o tempo de sermos crianças, o de começarmos a crescer, e o de sermos adultos... o que precisamos é guardar todo esse arsenal de vivências e construir um adulto melhor, que é capaz de deixar um legado para aqueles que gostam de nós...
Você já se fêz essa pergunta? Eu me faço o tempo todo...
Música de hoje:
PS.: Essa música que eu amo tanto é para minha amiga Maria Cecília, que sempre dá um jeito de dar uma passadinha por aqui. Beijo Ciça!
Acho que já falei aqui que há mais de dois anos estávamos com um problema no nosso boiler. Demorou, mas pouco antes de sairmos de férias, chamamos uma empresa de aquecedores à gás e trocamos o dito cujo (que já estava vazando gás e podia causar um problema sério aqui em casa).
As férias passaram e no sábado o maridão resolveu, finalmente, chamar uma pessoa para fechar dois buracos no teto de gesso deixados pelo instalador do equipamento.
O rapaz marcou às 9 horas. Mas, não veio. Simplesmente ligou dizendo que ia fazer uma calçada aqui na rua e que o serviço levaria o dia inteiro. Como assim? Nós deixamos de viajar por causa disso. Dissemos a ele que ele teria que vir. Que precisava ter palavra. Ele então disse que adiantaria o serviço e viria pra cá à tarde.
Mal sinal. Mas, não captamos. Estamos tão acostumados com essa quantidade de informações que temos que processar todos os dias que não nos damos conta de que o corpo/cérebro percebe quanto "há algo de estranho no Reino da Dinamarca".
Chegou às 12:30, nós já havíamos almoçado, mas tivemos que arrumar a cozinha expeditamente, porque o serviço implicaria em poeira.
Ficou até às 16:30 e, antes de sair, resolveu dar uma limpada nas coisas - inclusive no aquecedor.
Aqui vem a lição aprendida do dia: nunca deixe uma pessoa dessas sozinha na sua casa - ele pode resolver agir, sem pensar!
O sujeito deu um banho de água com um balde no meu aquecedor novinho, que tem uma plaquinha eletrônica programada em seu interior. O bichinho parou de funcionar e nós tivemos que tomar banho frio!!!! Não pode molhar a placa, genteeemmm!
Ai, nada contra a classe, mas como disse uma amiga no Facebook essa semana, peão em casa é receber a visita do capeta...!!!
Eu apelei. Lembrei-me de uma amiga que quase perdeu um celular e que secou sua plaquinha com o secador de cabelo. Fiz o mesmo. Fiquei lá, horas secando o bichinho por dentro, sem tirar os parafusos e lacres para não perder a garantia, torcendo para que ele funcionasse... acho que deu certo!
Na noite de ontem, saímos procurando quais os DVDs que tínhamos e ainda estavam na embalagem para curtirmos um filminho juntos. Temos essa mania, que eu sei, alguns de vocês acham um desperdício. Mas, gostamos de comprar filmes. Temos a maior preguiça de ir à locadora, gostamos de escolher a hora em que veremos os filmes, sem ficarmos presos ao horário da tv à cabo e com os atuais preços dos DVDs, dá para comprar que assistindo uma única vez, já está valendo. Fora que eu sempre compartilho os meus filmes com a família e amigos, então...
Desta vez, vimos Nine, um musical de 2009, do diretor Rob Marshall, o mesmo de Chicago, que à época de seu lançamento no cinema, teve muitas críticas ruins.
Como não ficar boquiaberto com a beleza dessa mulher (Penélope Cruz, como Carla)?
O fato é que eu gostei. Sei lá porquê. Talvez seja pelo tema, um dilema criativo de um diretor de cinema, que tem que escrever o roteiro de seu nono filme e não consegue. Talvez por ele ter obtido reconhecimento logo de cara quando começou e não ter alcançado o mesmo sucesso nos últimos filmes. Esse diretor, Guido Contini, é interpretado pelo maravilhoso Daniel Day-Lewis... eu até li alguns blogueiros dizendo que ele não sabe cantar, mas não é que eu gostei das cenas em que ele aparece cantando?
As mulheres de Nine: Judie Dench, Marion Cotillard, Sofia Loren, Nicole Kidman, Katie Hudson, Fergie e Penélope Cruz
Também achei interessante o Marshall colocar logo de cara, na primeira cena, todas as mulheres relevantes da vida do Guido:
aparece a mãe dele, Mamma, interpretada pela Sofia Loren, que inevitavelmente me lembra a minha sogra sempre;
a esposa Julia Contini, interpretada pela Marion Cotillard, linda e melancólica, como em todos os outros filmes que vi com ela;
a amante Carla, interpretada pela voluptuosa Penélope Cruz, arrasando em seu número musical e em todas as outras aparições no filme;
a diva de seus filmes Cláudia, interpretada pela Nicole Kidman, que demora a aparecer no filme e tem uma atuação abaixo da média, mas faz um papel interessante da atriz que sofre por amar platônicamente seu diretor;
a assistente Lilli, interpretada pela Judi Dench, que faz uma cena cantando em Francês muito bacana e atua quase como uma segunda mãe do Guido;
a repórter Stephanie, interpretada pela Katie Hudson, que faz uma cena sobre o cinema italiano maravilhosa e empolgante;
e a Saraghina, papel de Fergie, que eu não sei bem definir, mas que é uma mulher que inicia Guido ao sexo quando ele ainda é criança. A cena dos pandeiros e da areia é lindíssima e sua voz, o que dizer de sua voz?
Fergie, e a cena do pandeiro...
Enfim, são muitas mulheres orbitando esse diretor. É interessante ver como cada uma delas tem uma visão diferente do mesmo homem, e como esse homem se esforça e se complica - psicologicamente - para agradar e se sentir desejado por todas essas mulheres. Parece que, de fato, o problema é mais psicológico - e é o que leva o personagem a entrar numa crise criativa - do que moral ou ético.
Marion fazendo a esposa traída e relegada ao 2o. plano.
Talvez eu tenha gostado tanto do filme, com seus cortes e cenas em preto e branco para explicar a origem de certos problemas do personagem principal, porque não vi o longa-metragem 8½ do cineasta italiano Federico Fellini (de 1963).
Nicole e seu personagem que não engrena...
Confesso que fiquei com vontade de ver o original e quem sabe esse não seja o próximo filme que comprarei. O certo é que, como Chicago, eu gostei muito desse. Veja aqui algumas cenas que me marcaram...
Ah, e a trilha sonora? Que bacana, né? Pois é, acho que vale à pena ver, e até, ver de novo...
s. f. Ato ou efeito de cair: levar uma queda. Fig. Ato de ruir, de desmoronar; decadência, ruína: a queda de um império; perda de influência ou de poder; inclinação; declive; quebrada; perdição moral; tendência, propensão, habilidade, vocação.
Quedas. Subjetivas. Materiais. De cabelo. Vertiginosas. Abismais. Perda de sentidos. Joelhos verde-azulados. Desencontros. De pressão. Depressão. Pelo caminho. Frequentes. Inexplicáveis. Doloridas. Vergonhosas. O fundo. O chão. O que se vê. O mundo a cair com você.
Na queda, só o que se quer é sumir. Não se quer ajuda, nem alguém que te apóie para levantar. Só sumir. Machucou? Sempre.
Passei a semana de volta pensando nas cantoras novas, nas que estou curtindo e uma delas é, logicamente, a Adele. Veja só a regravação desse clássico do The Cure, que coisa linda.
Love Song The Cure Composição: Robert Smith
Whenever I'm alone with you You make me feel like I am home again Whenever I'm alone with you You make me feel like I am whole again
Whenever I'm alone with you You make me feel like I am young again Whenever I'm alone with you You make me feel like I am fun again
However far away I will always love you However long I stay I will always love you Whatever words I say I will always love you I will always love you
Whenever I'm alone with you You make me feel like I am free again Whenever I'm alone with you You make me feel like I am clean again
However far away I will always love you However long I stay I will always love you Whatever words I say I will always love you I will always love you
Quando estávamos preparando a viagem, recebemos algumas indicações de Pousadas em Tiradentes. Mamãe quando vai até lá, costuma ficar na Pousada Neuza Barbosa, que foi reformada recentemente e recebeu uma série de melhorias, o que leva a mamãe a apostar que se ela já era uma boa pousada, agora ficou melhor ainda.
Dois amigos nos indicaram outras pousadas. Um deles indicou a Pousada Don Quijote. Diz ele que a pousada é otima, mas o site não diz muito. Quer conferir? Clica aqui.
Nós optamos pela Brisa da Serra. Tenho que confessar, foi indicação do nosso amigo mais cri-cri, o mais chato. Eu pensei assim, se ele gostou, é impossível que a gente não goste.
A única coisa que ficou faltando foi a parte de lazer da pousada. A piscina e a sauna ainda estão sendo construídas. A promessa é que fiquem prontas ainda em Setembro. Mas, é tudo super bem cuidado e o serviço, de primeira. A pousada oferece café da manhã e café da tarde.
Na segunda foto, você pode ver o teto forrado de macela, que é um sonho, e deixa o ambiente super acolhedor. A Rita, proprietária, também é super gente fina.
Agora, já estamos construindo o próximo roteiro. A vida tem que ser assim, viver muito, intensamente, cada dia.
<< A gente tem que se habituar a agradecer pelos bons dias de sol, os bons dias de chuva, os bons dias nublados, os bons dias que estamos aqui na Terra, entre os nossos, para presenciar tudo isso, seja de que jeito for...>>
_______________________ PS.: Quem quiser conhecer Tiradentes, em agosto, pode conhecer sua agenda cultural aqui.
Hoje é aniversário dele. 70 anos. Só posso desejar felicidades, e que ele continue oferecendo pérolas aos nossos ouvidos, com essa voz maravilhosa que Deus lhe deu. Salve, leonino!