sábado, setembro 05, 2009

Do modo que as pessoas vêem a vida e o amor - parte II

Eu cheguei a conclusão que a parte complicada do meu post anterior foram os exemplos. Quem se der ao trabalho de ler o post sem os exemplos, vai entender o modo como eu penso. Caso contrário, vai ficar achando que eu concordo com tudo isso.

De qualquer modo, são com os exemplos que a gente constrói o nosso ponto de vista. Eu queria aqui aproveitar pra citar três, entre parênteses.

-- Abre parênteses --

O primeiro é de uma mulher bem sucedida no amor, se é que podemos dizer assim. Ela se casou três vezes. O primeiro casamento durou dez anos, lhe deu filhos, mas não deu certo e ela pediu a separação. Incompatibilidade de gênios. O segundo, foi resultado de algo que as pessoas não constumam acreditar que possa acontecer. Ela conheceu um senhor casado, mais velho que ela, eles se apaixonaram e depois de um tempo, ele se separou e casou com ela. E foram felizes até que ele adoeceu e faleceu. Mas, ela gostou muito dele e foi bom enquanto durou. O terceiro, foi por acaso, eles viveram juntos, mas em casas separadas, numa relação moderna em que ficavam juntos quando estavam a fim. Agora ela está sozinha, mas feliz. Faz o que quer, é independente, e tem uma agenda cheia.

O segundo exemplo retrata uma menina que foi namorada / noiva por nove anos de um cara que todo mundo achava que não fazia a menor força pra ficar com ela e que ela amava de paixão. Depois que eles se separaram, ela encarnou o espírito da "Dominatrix" e apronta à vera por aí. Sem contar muitos detalhes, eu posso dizer que adoro a história do cara da manutenção do computador de vez em quando ser feito de homem-objeto e ela pedir manutenção pra ela também. É engraçadíssima.

O terceiro exemplo é uma amiga que foi casada muitos anos, pediu a separação, achando que em pouco tempo ela já estaria casada novamente e quem acabou se casando muito antes foi o ex-marido dela, que não prestava pra nada. Ela está sozinha, frequenta lugares onde 'acha' que pode encontrar um parceiro, tenta, tenta, e não dá em nada. Se ressente do fato de ser poderosa, bem cuidada, interessante, inteligente, e se já acha meio fora do mercado.

-- Fecha parênteses --

Será que o problema é a ansiedade? Será que isso vale tanto pra homens quanto mulheres? Por que será que os caras bacanas, de cabeça boa, que não pensam assim, também fogem da raia quando o assunto é companheirismo, parceria, e até, vamos dizer compromisso? Será que isso também vale para algumas mulheres?

Agora, mudando um pouco o foco, vocês já repararam como para algumas pessoas tudo isso é bem natural (quase animal mesmo)? É só olhar, gostar, chegar junto, tocar, e começar um relacionamento!

Será que análise dá jeito em cabeças confusas?

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PS.: Letícia, me desculpa a insistência no tema, mas vocês me levaram a refletir mais a respeito. Eu prometo que em seguida viro o disco.

4 comentários:

Clarisse Bronté disse...

A verdade é que não há um modo certo de viver. Cada escolha que tomamos na vida traz um resultado (bom ou ruim). Crescer com nossas escolhas, aprender com nossos erros e valorizar quem realmente se importa com a gente me parece o caminho mais acertado.

Suas amigas estão tentando, cada uma ao seu modo, viver da maneira que elas acham que podem serem felizes. Se é certo ou errado, não nos cabe julgar. Porque somente elas sabem "a dor e a delícia de ser o que é”

Quanto ao seu último questionamento eu, por experiência própria, digo que homens e mulheres não estão ansiosos, mas mais egocêntricos, ter um relacionamento seja de qual natureza for requer responsabilidade e tolerância e consequentemente requer tirar o foco do próprio ego e ter um olhar generoso para o outro. Mas esse "desprendimento" , infelizmente, é muito raro nos dias de hoje.

Beijos para você, amiga verdadeira :-*

Letícia disse...

Rebecca,

Não se desculpe. Estou achando ótimo.

Gostei de ver os exemplos tão distintos deste post. Acho que a vida é isso mesmo: cada caso é um caso.

O que me irrita no discurso do seu amigo e tantos outros homens e mulheres são as generalizações. Acho muito limitante. Leva a preconceitos burros.

E quanto à análise, espero que ajude muito à melhorar minha cabeça torta! rsrsrs

Beijos.

Rebecca Leão disse...

O que eu queria mesmo é que as pessoas se dessem em conta de que falta de respeito com os outros pode deixar marcas profundas... difíceis de cicatrizar... precisamos mesmo ter cuidado uns com os outros... Bjs

Lady Shady disse...

Clarisse disse tudo e Leti tb.

Também tenho 'problemas' com generalizações do tipo:

"Por que será que os caras bacanas, de cabeça boa, que não pensam assim, também fogem da raia quando o assunto é companheirismo, parceria, e até, vamos dizer compromisso?".

Não acho que todo mundo fuja da raia, não.
A coisa às vezes rola, outras vezes não rola.
As pessoas realmente 'fechadas a relacionamentos' não são a maioria, eu acho.

Bem, como adoro uma polêmica, gostei desta discussão toda de 'do modo que as pessoas veem a vida e o amor'.
Justamente há vááááários modos de pensar sobre isso.

bjs