terça-feira, abril 06, 2010

Chove chuva, chove sem parar

Está chovendo muito. Nunca vi chover tanto. O título do post são versos de uma música que é bonitinha e foi cantada pelo Simonal há muito tempo atrás. Mas, o que caiu no Rio de Janeiro essas 24 horas não foi brincadeira, foi muita água, foi surreal.

Quando eu morava com a família na Praça da Bandeira, a gente sofria muito toda vez que chovia. Foram muitas e muitas noites que a gente desceu para cuidar da porta da nossa garagem subterrânea e evitar a perda dos carros. Foram duas as vezes que o "bicho literalmente pegou": em 1988 e em 1998. Duas chuvas torrenciais, daquelas que inundam tudo e deixam marcas nas paredes que a gente custa a acreditar quando tudo está seco.

Numa dessas vezes, a garagem ficou tão cheia, mas tão cheia, que quando a chuva parou, a gente só via os ratos pulando por cima dos capôs dos carros, e tiveram que contratar uma bomba para esvaziar a garagem. Para piorar, ainda ficamos sem água, porque nossa cisterna também era subterrânea a e água foi contaminada.

Ontem, quando eu tentava chegar ao Humaitá, me vi sozinha, encarando o temporal no meio do trânsito, com um medo enorme da chuva (ah, esse medo que não vai embora!). Queria chegar logo em casa, mas o máximo que eu consegui foi chegar na casa dos meus pais. Passei a noite lá e hoje voltei pra casa.

O saldo de tudo isso foi muita destruição, um dia sem trabalho, muitos mortos no estado (95 até agora), muitas ruas alagadas e o Governador do Estado decretando luto de três dias. Não quero arranjar culpados para essa situação. Eu estou seca e bem.

Só queria registrar que eu descobri recentemente que os pequenos guarda-chuvas, aquelas sombrinhas que cabem na bolsa, não nos servem mais pra nada. Faz umas três ou quatro chuvas que só os "familhões" resolvem... e eles também estão virando descartáveis, os chineses que não duram mais de duas chuvas...

Ah, descobri também que tenho que providenciar umas galochas, e que estes itens (as galochas e o familhão) estão na moda, já que estamos virando "fashion victims" de São Pedro...


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Dando crédito: A primeira foto é um registro da Praça da Bandeira, uma verdadeira praça de guerra, tamanha a destruição. A segunda, é a Senador Furtado, bem perto dali, na qual os carros ficaram empilhados. As duas foram tiradas pelos fotógrafos do Terra.com.br.

2 comentários:

Clarisse Bronté disse...

Gata garota beautiful girl,indago: o que vem a ser um "familhão"?

Rebecca Leão disse...

O "familhão" é aquele guarda-chuva enorme que a gente usa para tirar casquinha dos amigos, porque cabe todo mundo ali embaixo... he he he