domingo, outubro 25, 2009
A gente tudo pode nesta vida
Parabéns à Luanda, Amanda e Thais no Caldeirão do Huck! Elas são sensacionais: um viva pra auto-estima delas!
A música, muito boa, por sinal, é Single Ladies, da Beyoncé!
Reciclagem e excessos

Enquanto está todo mundo aqui no Brasil preocupado com os excessos no consumo (pelo menos, eu acredito que a maioria esteja), lá nos Estados Unidos da América, onde estive na semana retrasada, eles estão preocupados em consumir, em gastar.
Gastam com tudo, consomem aos montes e isso se reflete neles mesmos, uma população que está bem acima do peso. A maioria das pessoas é grandalhona, principalmente os locais. Bem que se vê que os tamanhos mais reduzidos são dos estrangeiros.
Numa das viagens de avião que fizemos naquela semana (foi um absurda a quantidade de CO2 que ajudamos a emitir), optamos por tomar o café da manhã no aeroporto. E ao chegar lá, nos demos conta de que não havia muita opção... acabamos no McDonald's. O café da manhã do Mc Donald's de lá é uma coisa pavorosa de tanta gordura. É uma quantidade absurda de comida, um exagero o tamanho das embalagens, papel à beça, enfim, uma coisa que revolta quem não precisa daquilo tudo.
Eu, que costumo comer só o básico pela manhã, à medida que consumia no mesmo ritmo, ia me sentindo uma balofa. Tanto que entrei numa dieta rigorosa quando cheguei no Brasil e acho que, aos poucos, comecei a voltar a velha forma de antes.
Numa das lojas em que estive comprando bonés, disse ao vendedor que não precisava do saquinho, pois já tinha um. Vocês precisavam ver a cara de espanto do cidadão. Era algo quase que impossível de se ver acontecer por lá. É tanto saquinho que precisa de um compartimento na mala só pra eles. Por que não vender ecobags?
Quando é que eles vão entender o tamanho do problema? Quando é que eles vão compreender que isso afeta a eles mesmos, principalmente?
Bom, nem tudo está perdido. A turma da instituição com a qual nos reunimos nos contou que, recentemente, eles passaram por uma competição, voltada para reeducação alimentar, com o auxílio de nutricionistas, e acabaram perdendo muitos quilos. Estão todos bem mais saudáveis. Quem sabe essa onda não se espanha por lá como se espalhou por aqui, né?
Sobre o portão do meu prédio
O porteiro então apareceu ofegante, acho que estava "ocupado", e disse que eu não deveria estar há muito tempo esperando. Como assim? Cinco ou dez minutos parada num portão, em uma rua deserta, escura e sozinha ainda por cima, é muito tempo para uma mulher ficar esperando.
Eu não sei de quem foi essa idéia de não dar a chave do portão para os moradores por uma questão de segurança, mas sei que vários condomínios adotam esta estratégia. Se um dia me acontece alguma coisa por estar parada no portão esperando o porteiro, de quem vai ser a culpa, minha ou do condomínio? Ou será que vão por a culpa no Estado e eu vou virar estatística?
Ainda sobre estar sozinha
Ir ao mercado de carrinho de feira é mesmo uma derrota, coisa de quem nunca se animou a aprender a dirigir. Está na hora de acabar com isso. Não dá pra comprar tudo, a gente sempre tem que deixar alguma coisa pra depois, porque só é possível transportar o que cabe no carrinho.
E é engraçado começar a descobrir no mercado os produtos para solteiros. Sim, porque se você compra grandes porções, corre o risco de vê-las estragarem em casa. O potinho do Nescafé para um é uma gracinha, mas também se torna um atestado da nossa solidão, em plena cozinha.
Enfim, é sempre um aprendizado.
Estratégia para disseminar novos vírus
Como eu não estou devendo nada pra ninguém (e quem não deve, não teme), não depositei a grana, não cliquei no tal link, não respondi a mensagem. Mas, me peguei pensando que este tipo de mensagem pode chegar a alguém que possa - efetivamente - estar fazendo algo errado, e que tenha medo de ver a sua intimidade exposta para Deus e todo mundo. E aí, além de ver seu computador infectado por um baita virus, a pessoa é bem capaz de ficar sem dormir por um bom tempo, e perder uma grana.
O engraçado é que uma empresa com uma firewall tão poderosa não é capaz de bloquear este tipo de coisa. Vejam só.
Quando eu estava estudando ainda, comecei a receber uns e-mails doidos como esse. A pessoa tinha um prazer mórbido de me ameaçar todos os dias, e eu comecei a ficar preocupada, porque ela dizia que eu não sabia quem ela era, mas ela me conhecia muito bem. Não sei se isso era uma brincadeira de algum colega, mas o fato é que me deixou perturbada. Eu resolvi então descobri de onde vinham aqueles e-mails, e então descobri um negócio chamado Proxy. A pessoa pode simular que está enviando um e-mail de um determinado IP, mas está de fato usando outro. É como se ela colocasse um espelho no caminho que encobrisse o seu real endereço de IP. Eu descobri o Proxy, porque o endereço que localizei foi de um médico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que nunca havia ouvido falar da minha pessoa, e que mal sabia que o endereço de e-mail dele estava sendo usado para este fim.
Foi então que o analista de sistemas da faculdade me orientou a nunca usar um e-mail que me identifique como homem ou mulher, e que esse e-mail não seja muito fácil de deduzir. Enfim, eu tenho seguido a dica dele, mas ainda assim, tem gente que é "espírito de porco" o suficiente para perder tempo com estas babaquices.
Solteira no Rio de Janeiro
O que me surpreendeu foi encontrar um casal de amigos, dentre eles um colega que trabalha comigo, senta ao meu lado na empresa, na mesa do lado. Fiquei com a sensação de que o Rio de Janeiro é mesmo uma aldeia. Tanto lugar pra ir, e meus amigos foram escolher logo o mesmo restaurante em que eu estaria.
Tenho a sensação de que aqueles que têm a intenção de pular a cerca, devem ser mesmo uns artistas, porque, por aqui, todo mundo se encontra... sempre. Ou seja, nem tente!
terça-feira, outubro 20, 2009
Sempre vigilante
É estranho querer apenas desligar totalmente. Uma sensação inimaginável antes, mas já relatada em outras ocasiões por amigos solteiros.
quarta-feira, outubro 14, 2009
Um travesseiro e o peso de uma mala

Eu carrego o meu travesseiro pra todo canto. Ele é velho, achatado, duro, com um buraco no meio, e eu só consigo dormir com ele. Se pego um daqueles altos pela frente, sofro, tenho insônia. Tem que ser o meu velhinho, da época que eu era criança. Casei, e o meu marido começou a brigar comigo por causa do travesseiro. Ele também gosta do meu, o que torna isso uma tragédia grega.
Hoje, enquanto fazia a minha mala, lembrava da história da chupeta. Como falei aqui em outro post, estou usando aparelho. É transparente, tudo bem, quase imperceptível, mas é um aparelho nos dentes e é fixo. E, principalmente, dói. Tenho certeza que boa parte da causa que me fêz colocar esse aparelho foi o fato de ter chupado chupeta até tão tarde. Acho que larguei a chupeta aos sete anos, já com um defeito nos dentes que só foi piorando ao longo do tempo.
A mamãe foi a grande responsável por pôr um fim àquela angústia da chupeta. Ficávamos sempre discutindo quando eu largaria a chupeta, até que um dia ela inventou uma história e eu caí direitinho e nunca mais pedi chupeta para dormir.
E lembrando da história da chupeta, me peguei pensando no travesseiro, que pesa na mala, ocupa um espaço danado (que eu poderia ocupar com mais bobagens - que eu não páro de comprar) e que acaba sendo como a chupeta, que eu não largo.
Mas, afinal, por que eu tenho que ser tão apegada às coisas e principalmente às pessoas?
Enfim, no aeroporto de Dallas, enquanto fazia conexão para Washington, DC, vi uma garotinha linda, loirinha, de chupeta na boca, e carregando um paninho que arrastava pelo chão. De tempos em tempos, ela enrolava a pontinha do paninho e a enfiava no nariz. Eu era igualzinha quando criança, como eu me lembrei de mim, meu Deus.
Tenho que me livrar destas manias. Tenho certeza que serei uma pessoa muito melhor. Ah, serei.
Uma estrangeira

terça-feira, outubro 13, 2009
Viajando na cadeira do meio...
Eu tive o maior azar desta vez. De um lado, um cara grande. De outro, um cara que estava passando mal. E eu, que estava do mesmo jeito, mareada, mas sem querer incomodar o pobre.
Foi uma viagem daquelas. Eu até que tomei um remedinho para tentar dormir, mas definitivamente não consegui. Passei as nove horas do vôo apenas cochilando, quando a criatura ao meu lado deixava. Não é que ele foi ficando mal humorado, mal humorado e mais mal humorado que parecia que quem estava fazendo ele passar mal era eu? O cara sentava na cadeira com tamanha violência, que era impossível passar desapercebido. Agora, precisa isso? Não dá para fazer o que tem que fazer com discrição (neste caso, passar a noite no banheiro do avião!)?
O pior foi quando os cheiros começaram. Meu Deus! Eu não imaginei que pudesse ser tão ruim... por que as criaturas não fazem uma dietinha antes de entrar no avião, não é mesmo?
(Mas, cheiro ruim é tão ruim quanto - teoricamente - cheiro bom. Me lembro de uma vez, indo para Amsterdan, que uma criatura ao meu lado usva um perfume francês, gostoso, a princípio, mas que foi virando uma tortura chinesa, pois a cada duas horas ele ia ao banheiro e botava mais perfume. Acho que era medo que sua inhaca pessoal se sobrepusesse ao cheiro do tal perfume. Uma loucura!)
Então, ao chegar em Miami, onde fizemos conexão, o meu alívio foi tão grande que, apesar de estar "batendo-cabeça", praticamente dormindo em pé, a minha felicidade foi enorme ao saber que desceria daquele avião e andaria praticamente o terminal inteiro até pegar novamente as malas, despachá-las e embarcar novamente.
Deus existe, até nas coisas mais chatas a gente é capaz de ver felicidade.
Por um pouco mais de gentileza neste mundo...
Ao chegarmos no decrépito aeroporto do Galeão, ele me disse: "Vem comigo!" E me orientou a acompanhá-lo para fazermos o check-in na área para os VIPs (que poderia ser a tradução "pessoas que viajam muito e só por esta companhia"). Eu imediatamente pensei: "vai dar m...!"
Na hora H, a moça que estava fazendo o check-in me perguntou um monte de coisas, inclusive se eu tinha o tal cartão. Eu, imediatamente tirei meu corpo fora, e disse que só estava acompanhando o meu chefe, mas que se tivesse que encarar a outra fila, ia na boa (mas ela era quilomééééééétrica!). A moça então me deu um sorriso amarelo - euzinha, que sabia que estava errada, fiquei passada - e já ia me enfiando na outra fila, quando apareceu o Super Gilvan!
O Super Gilvan é um empregado da AA, que além de ser simpatissíssimo, na mesma hora disse:
-"Não, você pode ficar aí, você está acompanhando ele, não é? É comum abrirmos esse tipo de exceção!" (ufa, escapei da outra fila!)
Gilvan é um homem alto, gordo, de cavanhaque, que eu não consegui mensurar quantos anos tem, e que, quando te olha, sorri de orelha a orelha. Uma simpatia em pessoa.
Não é então que eu tive a grande idéia de tirar uma pashmina de uma das malas, para o caso de estar frio dentro do avião?! Então, qual não foi a minha supresa, mas na pressa, eu havia colocado o cadeado quebrado na mala. E então, Super Gilvan entrou em ação novamente!
De repente, o cara entortou um clips, tirou a capinha de plástico que encobria o cadeado, e prontamente descobriu que se tratava de um cadeado comum. Foi lá atrás, no escritório da companhia, e demorou, mas trouxe um chaveiro com um milhão de chaves de cadeado diferentes.
Eu, que já estava marcando o meu assento, estava ansiosa por sua volta, até que ele chegou, testou um monte de chaves e, então, ao achar a que abria o meu cadeado, fez questão de entregá-la para mim... e ainda disse sorrindo:
- "Voilá, seus problemas acabaram!"
Eu fiquei tão feliz com o Gilvan. Nossa, foi um alívio saber que eu não precisaria chegar nos EUA e procurar um lugar para arrebentar o meu cadeado. Pois onde é que eu ia encontrar alguém com tamanha gentileza? Em lugar nenhum...
Para uma pessoa que parece uma grande criança, pois parece estar se divertindo o tempo todo, um VIVA para o Super Gilvan!
sábado, outubro 10, 2009
Pelas pequenas coisas
Cancion de las simples cosas
de Armando Tejada Gómez y César Isella
Uno se despide insensiblemente de pequeñas cosas,
Lo mismo que un árbol en tiempos de otoño muere por sus hojas.
Al fin la tristeza es la muerte lenta de las simples cosas,
Esas cosas simples que quedan doliendo en el corazón.
Uno vuelve siempre a los viejos sitios en que amó la vida,
Y entonces comprende como están de ausentes las cosas queridas.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.
Demorate aquí, en la luz mayor de este mediodía,
Donde encontrarás con el pan al sol la mesa servida.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo
sexta-feira, outubro 09, 2009
Um estado de entorpecimento
Melhor teria sido usar alguma droga pra me desligar do mundo, dormir bastante, descansar, mas sou medrosa até pra isso. Tenho pânico de qualquer efeito colateral que possa me fazer perder o controle. Eu não gosto da idéia de perder o controle. Nunca. Por isso não bebo. E se 'viajo', é completamente lúcida, sempre. Minha música tinha que ser "Lúcida num céu de diamantes"...
No meio desse cansaço todo, eu fui apenas eu. Uma moleca, como ouvi hoje, que gargalha, brinca, conta piada e quer ver o povo sorrir. Eu fui gregária, afetuosa, me diverti.
Durante esta semana, disse muito com muito pouco, mais com gestos, que com palavras, e não disse metade do que gostaria de ter dito. Fiquei com uma verdade entalada na garganta, porque tem gente nessa vida que tem sempre o discurso certo e a artimanha mais incrível pra não nos deixar falar. Pede a palavra e quando a gente quer usar o direito a réplica, simplesmente, não escuta.
Se eu tivesse dito, talvez a minha verdade doesse. E eu, que dizem por aí, sou alguém que não sabe ouvir, acabei dizendo o que não disse, porque teve gente que ouviu demais. Ouviu o que queria ouvir e não o que eu estava a dizer. Se colocou num papel que eu nunca imaginei para ele. Só para sair pela tangente.
O que eu queria dizer é que a vida é risco. E mesmo que a gente seja inseguro, que queira ser querido e ser aceito, que tenha certa dificuldade em externalizar as emoções, a gente corre risco o tempo todo. Pode ser até que a gente não queira um risco muito grande pra nós, e por isso viva uma vida simplesinha, mas só o fato de estarmos vivos, agradecendo ou não a Deus pelos dons que nos foram dados, já implica em risco.
O maior risco de todos é o de gostar muito, mais do que na média. A gente gosta porque gosta, como disse um conhecido meu. É involuntário, não há como escolher. E gostar implica em ter preferências. Ter preferências é reconhecer que você aprecia mais determinadas características que uma pessoa tem em relação a outra. Virtudes, caráter, simplicidade, humildade, algumas coisas que as pessoas esqueceram que são relevantes. Gostar de alguém é confiar que aquela pessoa nunca vai te trair, vai ser fiel a uma relação (seja ela qual for, não necessariamente uma relação homem-mulher) que vocês estão construindo juntos... E quando eu falo em trair, falo nas pequenas coisas. Ou talvez das coisas mais importantes, as maiores.
Falo na fidelidade da amiga, que é sua confidente. Falo na cumplicidade do amigo, que te dá conselhos, te oferece um ombro pra chorar. Falo na parceria, na amizade, no olho-no-olho. Falo daquilo que não precisa ser dito, mas que também não será inventado (ou seja, você não vai dizer e o outro, que está do outro lado da linha telepática, vai entender direitinho, só de olhar pra você).
Gostar é querer reciprocidade. E a gente sabe, por mais doloroso que seja, que nem sempre isso é possível, porque gostar não é mensurável, nem comparável. Não dá pra gerenciar. Quando a gente gosta, não há como por o sentimento na balança e saber se você gosta mais do outro do que o outro de você. Você quer um tratamento especial, de quem você trata de uma forma especial. Você quer exclusividade e tempo... ah, principalmente, você quer que o outro dedique parte do seu tempo para estar só com você, mais ninguém. Se é pra somar, que seja com qualidade. Você não quer andar em bando, quer andar numa insustentável leveza...
E gostar é difícil de definir. Principalmente, para quem é intenso. Se gostar é querer ver o outro feliz, quem é intenso parece se esforçar mais para cumprir esta tarefa. Batalha, fica atento, pode-se dizer que pega até no pé. É um chato. Precisa estar o tempo todo se policiando para não exagerar. E 'exagerado', como dizia Cazuza, acredita que 'são precisas mil rosas roubadas pra descontar suas mentiras e mancadas'. Imagina, que exagero!
Se não disse, foi porque um anjo me cantou baixinho, num "carelless whisper" (é, coincidentemente, esta música estava tocando de novo) que não era hora de dizer. Meu interlocutor não entenderia. É gente que só vê o que quer ver. Se tenho muito que aprender, ele então... Quem sabe, não vamos acabar aprendendo um pouquinho que seja juntos?
A noite acabou em temporal. E quem discursou em tom solene, acabou preocupado. Se postergamos um papo franco, sabemos que um dia ele vai ter que acontecer. No dia da despedida, quando eu me livrar do medo e soltar o verbo, naquele que vai ser o dia da virada, quando eu mostrar quem eu sou de fato, em que eu resolver que é hora de entender o que não tem explicação, nem motivo, nem porquê. Nesse dia, aí sim, quem me olha nos olhos e busca sentido pro que diz, vai ter que mostrar muito gingado pra tomar o seu rumo e seguir adiante. Não vai terminar o discurso com o meu lema, não, apesar dele ser bom. "A vida é muito curta para ser pequena". E o 'pequena' aqui se refere à medíocre, pensando bem.
Nessa fim de noite, me pego pensando que para não ser medíocre, é preciso ter coragem pra botar contra a parede, falar sem rodeios. Dizer "eu sou assim, e daí, vai encarar?", sem medo que o outro se afaste, se acanhe, se encolha! Quem gosta do outro gosta de qualquer jeito, com defeitos, com as dificuldades, com as manhas, com os ataques de pití.
No dia dessa chamada derradeira, quem se esconde por trás dos discursos, terá que tirar a máscara e mostrar ao que veio. Nesse dia, meu coração terá um pouco de paz.
Saudades do que não vivi
quinta-feira, outubro 08, 2009
Saudades da infância
Se as cobras são surdas, qual o segredo dos encantadores de serpentes?

Quando o encantador abre o cesto onde a serpente está, ela se levanta porque costuma ficar com parte do corpo na posição ereta. O que desperta a curiosidade do animal é o movimento que o encantador faz com a flauta (eu também fico encantada quando o meu marido toca a flauta doce dele e não sou uma cobrinha, nem nada!).
Agora, pasmem, o segredinho é o xixi de rato. Arght! Alguns encantadores passam xixi de rato na ponta da flauta, o que atiça o faro da naja e ajuda a manter sua atenção.
Que nojo!
quarta-feira, outubro 07, 2009
MST e a reforma agrária
Quebraram tratores, furtaram óleo diesel, saquearam casas dos empregados, e até fertilizantes e produtos químicos foram roubados, sendo agora verdadeiras bombas nas mãos destes bandidos.
Lembro que quando eles invadiram a fazendo da Monsanto e acabaram com anos de pesquisa em alimentos transgênicos, nada foi feito. Mas, a imagem dos pesquisadores chorando ao ver o estado dos laboratórios foi muito triste. Quem é pesquisador sabe o quanto isso pode doer.
E eles ainda recebem dinheiro do Governo para fazer isso? Como é que pode? Como é que eles não são vistos como vândalos, delinqüentes, bandidos? Que reforma agrária é essa?
Eu não sou contra a reforma agrária. Sou a favor de um Estado justo, de direito, onde as pessoas respeitem leis e a propriedade privada. Se não, vira bagunça.
Bom, a propósito, eu estou começando a achar que esse ap. de 2 quartos onde moro está muito pequeno pra mim. Acho que vou invadir um triplex na Delfim Moreira. Me aguardem...
Para Daniela
A leitura do seu post me fez recordar também uma vez, na época do Doutorado no Fundão, em que eu estava almoçando com uns amigos no trailer do seu Antônio e havia um rapaz de cabeça baixa e olhos fechados sentado numa das mesas, sozinho. Logo pensamos que ele pudesse estar passando mal. Quando fomos até ele e perguntamos se ele estava sentindo algo, ele respondeu:
- Né nada, não. Estou em "stand-by".
Acho que todo mundo deveria ter o direito de entrar em "stand-by" no meio do dia. Assim, como o rapaz da faculdade, ou a Dany, que simplesmente pára para aprecisar o brilho do sol ou o entardecer, a gente podia se dar ao direito de fechar os olhos e esperar o turbilhão de emoções, que às vezes insiste em passear aqui dentro, passar, ir embora.
Hoje, eu até tentei fazer isso. Peguei uma carona e fiquei quietinha, esperando o meu amigo que dirigia dizer alguma coisa. Ele não disse nada, até a metade do caminho. De repente, o silêncio começou a doer nele - nele, não em mim - e ele começou a trocar os CDs e a querer me mostrar músicas novas. E foi colocando os CDs, e passando as músicas, sem que eu conseguisse ouvir umazinha até o fim.
Até que tocou num assunto complicado. E aí eu, que estava quietinha, fazendo o meu exercício diário de meditação instantânea, danei a falar feito doida, metí uns dois "filhos da p..." no meio da conversa (porque eu estava com raiva de um tal sujeito que, sempre que se dirige à mim, bate e depois assopra, ou vice-versa) e no final da carona, fiquei eu, sozinha, morrendo de vergonha de não ter modos nenhum (sim, porque o meu amigo fez questão de me chamar atenção pelo jeito desbocado com que eu estava falando).
Enfim, assim não dá, assim não pode, como diz seu Casseta. Eu ali, tentando ser uma boa menina, e o cara introduz um tema difícil. Não dá pra cutucar a onça com vara curta. Pronto, falei.
Dany, você realmente não é a única, mas fico feliz que você tenha sido guerreira ao cuidar do seu pai. Eu andei cuidando dos meus recentemente e o que me dá é aperto no peito, é medo de perdê-los. Acho que é por isso que a gente fica tão guerreira. Eu sei que você tem muita força, as mulheres normalmente tem.
E quanto à sua dieta, você vai conseguir. Se der certo, depois dá a dica dos médicos, para gente marcar uma consulta.
sábado, outubro 03, 2009
sexta-feira, outubro 02, 2009
Pai, eu gostei!
Pai, escuta só, você pode gostar!
O nome da música é "Entreolhares" e ela canta com o John Legend. Dá pra ver o clipe oficial aqui.
"Foi assim que Napoleão perdeu a guerra"

Pois, hoje, recebi de um amigo o PDF do livro "O Guia dos Curiosos" e lá, encontrei a explicação para esta expressão: "Foi assim que Napoleão perdeu a guerra"!
Perdeu a guerra assim mesmo, gente. Não é incrível?
Quando o exército de Napoleão estava voltando da Rússia, os soldados estavam tão exaustos e havia tanto gelo que eles mal conseguiam andar. Fatigados, eles acabavam tombando na neve, com as pernas e o tronco formando um ângulo de 90 graus.
E aí, a gente descobre que o baixinho perdeu a guerra pagando cofrinho. É mole?
Em breve, vocês conhecerão outras pérolas da sabedoria popular. Aliás, muito divertido o livrinho!
quinta-feira, outubro 01, 2009
O super herói corporativo

Pois, descrevendo este herói corporativo, esse meu amigo disse que ele:
1. tinha um cinto de mil-e-uma utilidades, do qual sempre tirava idéias magníficas envoltas em frases de efeito (quando não 'roubava' a idéia de alguém durante uma reunião, requentava e dizia que era sua);
2. no mesmo cinto, carregava um iPhone onde tinha instalado um "Embromator" de última geração: quando lhe faltava uma frase de efeito para empanar as idéias dos outros, ele chacoalhava o aparelho, que embaralhava as quatro colunas do programa e, com a incrível combinação de pedaços que nunca querem dizer nada, tinha uma "cola" do que falar nas reuniões;
3. ao mesmo tempo, tinha o manto da invisibilidade, que lhe permitia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, não estando em lugar nenhum. Assim, mesmo quando dava as suas idéias fantásticas, nunca era alocado nas equipes dos projetos, por ser o famoso "toli-tolá" (ou, por extenso, "estou aqui, estou lá, não estou em lugar nenhum");
4. finalmente, carregava uma granada especial de onde tirava uma cortina de fumaça... para o caso do manto da invisibilidade não funcionar. É lógico que essa deixava rastro, mas, fazer o quê, né? Sempre é preciso dar uma escapadinha, para não ficar na alça de mira do chefe.
E você, já viu o super herói corporativo em ação? Qual o artefato que você sugeriria colocar neste cinto?
quarta-feira, setembro 30, 2009
Influenciável
Um querido amigo estava me dizendo para não dar bola para certas pessoas, porque seus comentários são sempre negativos. E eu, estava ali, exercitando a minha capacidade de não ligar
Foi quando eu vi o comercial da Nova Skin
Olha só...
Muito divertido, não? Pelo menos, pra mim. Acho hilário aquela parte que diz: "Odeio homem peludo!" e ele corre pra se depilar...
Vê se pode...
terça-feira, setembro 29, 2009
Mais da pérola do PRG
Aí, emendaram a pérola...
"Homem com mais de quarenta anos é que nem orelhão, ou está ocupado ou está com defeito... e você tem que alimentar pra funcionar".
Pois é, né?
Oportunidade
que procuram as circunstâncias de que precisam
e, quando não as encontram, as criam."
Bernard Shaw
segunda-feira, setembro 28, 2009
Luxúria
Ela estava pedindo pra ver o Luxure, da Lady Shady e do Mr. Tux. Eu, já achando que havia bagunça suficiente naquele hall (único lugar com wireless naquela espelunca, diga-se de passagem), achei que não havia nada de mal abrir o blog e mostrar pras meninas...
Em pouco tempo, estávamos as três dando risada. Cada post que líamos, era uma comédia, uma pândega, um misto de "como eles escrevem bem" com "ai, acho que estou me reconhecendo aqui"...
E não é que, de repente, um colega nosso, bem mais velho, estrangeiro, aparece do nada e senta do nosso lado, bem na hora das fotos, digamos, "picantes", e mete o carão na tela do computador!?
Foi só o tempo de fechar a tampa do notebook e rezar pra que ele não tenha entendido nada. E nós três ficamos ali, com aquela cara de cúmplices, morrendo de dar risada por dentro!
A volta pro Rio

8:00 e nada do motorista de taxi que contratamos aparecer. Ligamos pra ele. Ele estava dormindo. Pode? Disse que não ia não, pediu umas desculpas esfarrapadas e voltou a dormir.
Conseguimos outro taxi. R$ 20,00 mais caro, mas eficiente. No meio do trajeto, o cara atende ao celular e diz pra quem está do outro lado da linha que estava virado, ou seja, não tinha dormido aquela noite. Gelei, mas fomos em frente.
Ao chegarmos no aeroporto, ele me deu o seu cartão e me disse que ficaria feliz em ser minha segunda opção. Tudo bem, com ressalvas.
No check-in, descobrimos que o vôo estava atrasado. 1 hora e meia. Pensamos que íamos mofar ali. O aeroporto nem tem muita coisa pra fazer.
Olhamos vitrine, tomamos café, conversamos, rimos, mas nada da hora passar.
Quando finalmente resolvemos entrar na sala de embarque, vimos que o vôo atrasaria mais ainda. Só sairia às 12 horas, ai meu Deus.
Para piorar, na hora do embarque, liberaram os assentos para livre escolha. Ou seja, foi um Deus-nos-acuda, um estouro-da-boiada. Eu não queria saber, ia sentar na 22 C, custasse o que custasse. Afinal, queria ir no fundo e no corredor. Acabou dando tudo certo.
Não é que os comissários da Gol ainda se sentiram ofendidos porque o povo estava reclamando? Não é que ainda foram grosseiros com as pessoas? É o fim do mundo, não?
Pois, no final, gostei do que ouvi de um senhor:
"O problema é que a Varig virou Gol e não o contrário!"
Quanta diferença! Onde está a inteligência destas linhas aéreas?
Sobre a incoerência do Lula
domingo, setembro 27, 2009
Piadinha fora de contexto
No meio da cerimônia, o reitor de uma universidade discursava. Daí ele se lembrou de uma piadinha que fêz muito sucesso entre os presentes.
A história era a seguinte:
"Três sábios chineses estavam desgostosos da vida quando subiram um monte e foram meditar. Sentaram-se em posição de lótus, e ficaram ali, em silêncio.
Um ano depois, um deles abriu os olhos e disse:
' Deus existe!'
Os outros dois nada disseram.
Depois de um ano, o segundo abriu os olhos e olhando por cima dos dois e da paisagem, retrucou:
'Deus não existe!'
Os outros dois ficaram calados.
Mais um ano se passou até que o terceiro reclamou:
'Olha, se vocês dois ficarem aí discutindo, vou embora daqui!' "
Pois bem, eu estava a esquerda do reitor, com o meu ouvido fraco, de tímpano perfurado. Num primeiro momento, achei que ele falava de sapos e não de sábios. Era a própria velhinha da Praça da Alegria, coitada. A minha vontade de rir era imensa, mas me controlei.
Depois, quando descobri que eram sábios, ri da piada, mas estou tentando até agora descobrir o quê que isso tinha que ver com o evento.
Vai saber...
Mais sobre o vôo da TAM
Tentando se fazer simpático, ele puxou um assunto surreal. Disse que tinha mania de tirar os sapatos no avião e que, um belo dia, quando o avião decolava, seus sapatos se perderam embaixo das poltronas e ninguém os encontrou. Ele passou o vôo todo tenso, sem poder se levantar, esperando que alguém se desse conta dos sapatos aos seus pés e os devolvessem.
Eu e minha amiga não estávamos acreditando no papo, mas o pior é que ele continuou. Disse que quando o avião estava pousando, ele ficou observando o que passava por debaixo dos seus pés e, de repente, lá estavam os sapatos. Ele os encontrou na volta, sem fazer esforço.
Pois bem, não é que a minha amiga soube direitinho a hora em que ele tirou os sapatos nesta nossa viagem. Segundo ela, o chulé era indescritível. Pode uma coisa dessas?
Tv aberta vs. Cartoon Networks

Eu sempre achei que isso era um exagero e que desenho animado demais poderia confundir o senso de realidade das crianças. E sempre achei que elas não poderiam, de forma alguma, ditar o que a família vê. Mas, nos últimos dias, andei reconsiderando o meu ponto de vista.
No sábado passado, fui assistir à um filme no cinema muito divertido, chamado "A verdade nua e crua". A despeito de ser uma comédia romântica, o filme traz uma reflexão sobre o que se pode e o que não se pode fazer na televisão para ganhar audiência. Menciona, inclusive, aquela moça do tempo no Canadá (eu sei que tem uma igual na Rússia e outra na Argentina), que, enquanto apresenta a previsão, vai tirando a roupa. Eles discutem a validade de algumas baixarias e eu comecei a pensar também na exibição exagerada da violência.
Estava em Salvador quando liguei pro Rio e um amigo me contou de uma coisa horrível que havia acontecido no bairro onde moro. Resumindo, um homem, fugindo de uma perseguição policial, entrou numa farmácia e, agarrado à dona do estabelecimento, ameaçava explodir tudo e a todos com uma granada, caso suas exigências de fuga não fossem atendidas. Eu fiquei perplexa que isso tenha acontecido tão perto dos lugares que frequento.
Só que à noite, enquanto me arrumava para sair, com a tv ligada, vi a cena no telejornal. Fizeram uma questão danada de mostrar o tiro que explodiu a cabeça do sujeito, o estado em que ficou o boné dele, o atirador, o chefe de polícia que deu a ordem para matar, a cara de desespero da refém. Enfim, mais chocada ainda fiquei de ver isso sendo exibido na tv às 20 hs da noite. Não é um pouco de apelação, não, gente?
A gente parece que perdeu os limites. A bem pouco tempo, haveria uma censura prévia do próprio veículo de tv que impediria uma cena dessas de ser exibida. É muita violência, estamos muito anestesiados. É lógico que eu não concordo com o que o bandido estava fazendo e é lógico que eu entendo que foi uma questão de minimizar os riscos, como o próprio policial pontuou. Mas, acho que aceitar a população aceitando isso, aplaudindo o feito, e totalmente anestesiada quanto a esta violência é assustador.
Pois bem, eu acho que é hora mesmo de dizer:
"Tirem as crianças da sala!" ou "Um viva pro Cartoon Networks!"
Você não sabe do que estou falando? Quer ver o que aconteceu? Procure no Youtube, você vai encontrar fácil, fácil...
Slogan
Não estava muito cheio, mas eu tive que ir na poltrona do meio que detesto porque sou grandalhona.
No meio daquele vôo, apertada, me dei conta de que a PricewaterhouseCoopers fazia propaganda na proteção do encosto dos assentos.
A frase era:
ou se você é que está de olhos fechados"
Humpf? Em se tratando da TAM, eu achei o slogan sui generis, não?
domingo, setembro 20, 2009
Vergonha alheia
Pode pagar, Biafra, fique à vontade! E como diz Clarice, não é que até o trecho da música combinou com a cena?
segunda-feira, setembro 14, 2009
Desencosta, ô, Mané!
Me empresta a sua mão
É a falta de espaço
Deu caimbra no braço
É a circulação
Se vai ter que apertar
'Guenta a falta de ar
É suvaco na orelha
e joelho no plexo solar
Se tem piada, não rir
Se tem dor, omitir
Fazer alongamento,
suor, treinamento,
virar um faquir
Muita concentração
Yoga, meditação,
Vou aguentar parado
Como bucha de canhão
Mas se aos céus eu pedir
E o engenheiro acatar
Vou deixar este inferno,
este colégio interno,
enfim, respirar
Vou sair por aí
Vou querer me esticar
Não sou boi confinado
Atum enlatado
Eu vou me mandar
...
Desencosta, ô, Mané!"
domingo, setembro 13, 2009
Você não sabe
Olha só...
Você Não Sabe
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos
Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz
Eu chegaria
Onde só chegam os pensamentos
Encontraria uma palavra que não existe
Pra te dizer nesse meu verso quase triste
Como é grande o meu amor
Você não sabe que os anseios do seu coração
São muito mais pra mim
Do que as razões que eu tenha
Pra dizer que não
E ainda que a realidade me limite
A fantasia dos meus sonhos me permite
Que eu faça mais do que as loucuras
Que já fiz pra te fazer feliz
Você só sabe
Que eu te amo tanto
Mas na verdade
Meu amor não sabe o quanto
E se soubesse iria compreender
Razões que só quem ama assim pode entender
Você não sabe quanta coisa eu faria
Por um sorriso seu
Você não sabe
Até onde chegaria
Amor igual ao meu
Mas se preciso for
Eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra
Ainda assim eu sou capaz
De muito mais
Do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz
sexta-feira, setembro 11, 2009
O número 9
Uma amiga estava contando hoje que uma conhecida dela havia feito 18 anos neste dia. Ou seja, nove de novo. Nove é o número da transformação. Tem gente que vai transformar o mundo...!
Olha o que o nove significa:
.....................................
Idealidade: Compaixão, otimismo, imediatismo, é considerado o "irmão de todo mundo" por ser extremamente solidário e humano. Apresenta porém, tendências à agressividade. É um ser mutável, mal consegue uma coisa e já está pensando em outra. Uma pessoa humanitária.
Expressão: Generosa, devotada, companheirismo, disposto a ajudar todo mundo, passa esta imagem, porém, pode ser a pessoa mais egoísta do mundo.
Destino: Transformar o mundo num lugar melhor e mais gostoso de se viver, consegue tudo o que quer, mesmo que seja com muito sacrifício. É muito preocupado com a humanidade, quer resolver os problemas de todo mundo.
Lição de Vida: Não tente alterar o caminho dos outros. Seja compreensivo.
Desafio: Ser compreensivo.
Número Poderoso: Grande capacidade mental e espiritual, aventureiro, otimista e generoso.
Ausência do Número 9: Falta interesse pelos outros. Qualidades: humanitário, líder nato.
Cor: ouro.
Planeta: Marte.
Pedra: opala.
Aroma: mel.
.....................................
Fonte: Numerologia da Cabala
terça-feira, setembro 08, 2009
Ostra feliz não faz pérola

Hoje, recebi de minha sogra uma mensagem com um texto dele. Vejam que sensível ele é...
Rubem Alves
Sempre vejo anunciados cursos de oratória.
Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar...
Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória,
mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que...
Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer,
que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante
e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino,
que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios:
Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança....
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano,
ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.
Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito,
pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos.
É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir.... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava,
eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou.
Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos,
estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer:
Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras...
No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.
Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia,
ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro
e a beleza da gente se juntam num contraponto.
segunda-feira, setembro 07, 2009
A vírgula e seus efeitos
Uma vírgula muda tudo mesmo!
domingo, setembro 06, 2009
A saga da casa invadida ou o drama do CD esquecido

Mas, o tempo foi passando, a mídia barateando e a gente ia comprando. Até que eu descobri algumas divas americanas (ai, o meu passado me condena) e, depois de ver o filme "The Bodyguard", de 1992, com a Whitney Houston e o Kevin Costner, comprei o tal CD e ouvi até enlouquecer os meus vizinhos (minha amiga Clarice, inclusive).
Quando eu começava a ouví-lo, me lembro dela gritando da janela: "Abaixa essa droga! Isso é horrível!" Eu lembro que dava risada com a loucura dela, e aumentava o volume (que criatura cruel! Clarice, me perdoe!).
A coisa só foi piorando quando a gente começou a se divertir imitando as caras e bocas da Whitney Houston, cantando em falsete aquelas músicas (e olha que ninguém cantava direito naquela época - que sofrimento!).
Pois uma dia, chegando da faculdade, percebi que o nosso apartamento havia sido arrombado. A fechadura da porta estava frouxa e eu não conseguia abrí-la. Fui até o apartamento de Clarice e pedi uma vassoura (a minha arma, imagina como eu era valente!), pois eu ia entrar pela cozinha.
Ela desceu para entrarmos juntas, numa adrenalina danada, pois imagina se o ladrão ainda estivesse dentro do ap.? Pois bem, quando entramos, a cena era desoladora. Tudo revirado, armários, cozinha, sala, o ladrão precisava de miudezas, era alguém que conhecia a gente pois foi direto no que interessava. Meu armário, inexplicavelmente, estava intocado, mas muita coisa havia sido roubada e a sensação era péssima.
E aí, nos demos conta do roubo do CD player e dos CDs? Mas, não é que o ladrão deixou o CD do filme "The bodyguard"?! Nunca mais esqueci da cara da Clarice, dando risada, e dizendo:
"Eu não disse que esse CD era uma bosta? Não tem nem valor de mercado! Nem o ladrão quis!"
Cara, eu fiquei com uma raiva danada daquele CD ter sobrado.
Não sei se a ficha caiu ou peguei implicância, o fato é que nunca mais o havia escutado. Hoje, ouvindo a Paradiso FM, tocou uma das músicas daquele CD e eu me dei conta de que ainda sabia a letra... incrível, lá se vão mais de quinze anos, e eu ainda sabia ela inteirinha, de cór.
Loucura!
Agora, de verdade, eu torço para que a Whitney, que esteve abduzida pelas drogas (principalmente a Cocaína) se reestabeleça e volte a cantar. Ela merece outra chance.
Olha a música aí...
Feriadão e... olha o tamanho da minha lista de afazeres!
6) Roupas pra passar;
10) Caminhada;
etc.
Se eu ponho essa listinha em ordem de prioridade, acabo não fazendo nada em casa e optando pela programação cultural, né? Mas, não dá. Se não, fico igual ao Pachá, atrás de uma secretária...
Ai, ai.
Brasil x Argentina; Brasil x Maradona

Todo mundo estava ligado no jogo. Parecia final de Copa do Mundo, mas era apenas um jogo das eliminatórias.
Pessoas de camisa da seleção, grupos animados, muita cerveja... assistir ao jogo ali foi mesmo demais.
Muita animação, muita gente torcendo, parecia que o bar estava fechado para uma galera só!

Mas, a cada lance, gol do Brasil e da Argentina, uma coisa me vinha à mente: estávamos jogando contra a Argentina, ou contra o Dieguito?
Quantas e quantas vezes eu ouvi o povo dizer: hoje o Maradona não dorme! Hoje o Maradona sifú...! Foi engraçado ver o quanto a rivalidade é muito mais com o 'cara' do que com o time que ele comanda...! E depois dizem que a galera esquece! Não esquece, não!
A propósito, hoje os meninos da nossa seleção estão no Sofitel de Salvador. Ai, que saudade! Este hotel é demais! Espero que eles tenham sossego suficiente para aproveitá-lo!
______________
* O Joaquina é um bar sensacional, os garçons são educados, a turma que frequenta é hiper civilizada, a comida é maravilhosa, a bebida sempre gelada! Quem ainda não conhece, deve conhecer, pois a recomendação é quente!
sábado, setembro 05, 2009
Porque nós somos mesmo assim...
Vídeo institucional do Comitê Olímpico Rio 2016.
Lindo, lindo: a paisagem, a sonoplastia, a simpatia do carioca, a torcida do Mengão e até a galera de Niterói, que também deu uma forcinha!
Do modo que as pessoas vêem a vida e o amor - parte II
De qualquer modo, são com os exemplos que a gente constrói o nosso ponto de vista. Eu queria aqui aproveitar pra citar três, entre parênteses.
-- Abre parênteses --
O primeiro é de uma mulher bem sucedida no amor, se é que podemos dizer assim. Ela se casou três vezes. O primeiro casamento durou dez anos, lhe deu filhos, mas não deu certo e ela pediu a separação. Incompatibilidade de gênios. O segundo, foi resultado de algo que as pessoas não constumam acreditar que possa acontecer. Ela conheceu um senhor casado, mais velho que ela, eles se apaixonaram e depois de um tempo, ele se separou e casou com ela. E foram felizes até que ele adoeceu e faleceu. Mas, ela gostou muito dele e foi bom enquanto durou. O terceiro, foi por acaso, eles viveram juntos, mas em casas separadas, numa relação moderna em que ficavam juntos quando estavam a fim. Agora ela está sozinha, mas feliz. Faz o que quer, é independente, e tem uma agenda cheia.
O segundo exemplo retrata uma menina que foi namorada / noiva por nove anos de um cara que todo mundo achava que não fazia a menor força pra ficar com ela e que ela amava de paixão. Depois que eles se separaram, ela encarnou o espírito da "Dominatrix" e apronta à vera por aí. Sem contar muitos detalhes, eu posso dizer que adoro a história do cara da manutenção do computador de vez em quando ser feito de homem-objeto e ela pedir manutenção pra ela também. É engraçadíssima.
O terceiro exemplo é uma amiga que foi casada muitos anos, pediu a separação, achando que em pouco tempo ela já estaria casada novamente e quem acabou se casando muito antes foi o ex-marido dela, que não prestava pra nada. Ela está sozinha, frequenta lugares onde 'acha' que pode encontrar um parceiro, tenta, tenta, e não dá em nada. Se ressente do fato de ser poderosa, bem cuidada, interessante, inteligente, e se já acha meio fora do mercado.
-- Fecha parênteses --
Será que o problema é a ansiedade? Será que isso vale tanto pra homens quanto mulheres? Por que será que os caras bacanas, de cabeça boa, que não pensam assim, também fogem da raia quando o assunto é companheirismo, parceria, e até, vamos dizer compromisso? Será que isso também vale para algumas mulheres?
Agora, mudando um pouco o foco, vocês já repararam como para algumas pessoas tudo isso é bem natural (quase animal mesmo)? É só olhar, gostar, chegar junto, tocar, e começar um relacionamento!
Será que análise dá jeito em cabeças confusas?
______________
PS.: Letícia, me desculpa a insistência no tema, mas vocês me levaram a refletir mais a respeito. Eu prometo que em seguida viro o disco.
sexta-feira, setembro 04, 2009
Aí é que a gente se dá conta de que o tempo passa...





beije lentamente, ame de verdade, ria descontrolavelmente,
nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo.
A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui,
temos que comemorar!!!
Pérola do PRG
"Homem com mais de quarenta anos é que nem orelhão, ou está ocupado ou está com defeito".
Ai, ai...
segunda-feira, agosto 31, 2009
Deus e eu no sertão

Tenho que confessar, eu que não gosto de música sertaneja, adoro o Victor e Léo... então tá confessado!
Deus e eu no sertão
Victor e Léo
Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão
Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão
Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir
Deus e eu no sertão
Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão
Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina
De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão
domingo, agosto 30, 2009
Do modo que as pessoas vêem a vida e o amor
Recentemente, um grande amigo se separou da esposa e já arrumou uma namorada. É natural ouvirmos dizer que o homem não consegue ficar sozinho e que, por isso, emenda um relacionamento no outro. Quanto às mulheres, o que a gente escuta é: não vá trocar um problema por outro, resolve esse seu problema primeiro para depois partir pra outro relacionamento. Enfim, é mais comum as pessoas aceitarem o fato das mulheres terem que passar por um momento de "luto" do antigo relacionamento pra poder começar outro de peito aberto.
Eu, particularmente, acho isso tudo uma besteira. Acho que o que importa nessa vida é sermos felizes, juntos ou separados, felizes sozinhos, na pista, como se diz por aí, ou acompanhados de um novo amor que nos faça crescer e sentir bem.
Mas, voltando às amigas solteiras. Outro dia, eu estava conversando com um amigo e ele disse: mulher solteira, ou separada, sem filhos, com mais de trinta e cinco anos, tem um alarme na testa, é sinal de perigo pra qualquer homem, que ao se aproximar, vai pensar logo que a mulher quer casar, quer uma família, vai virar encosto. Tudo bem, tudo bem, meu amigo não foi nada gentil. Mas, deve ser isso mesmo que os caras pensam, porque no fundo é assim que eles agem: fogem de mulheres desta faixa etária como o Diabo foge da cruz.
A mulher, então, pra se dar bem com esse tipo de homem medroso tem que ter muita auto-estima. Tem que saber muito o que quer, e o que não quer. Esse meu amigo, por exemplo, tem um check-list mental, e parece que vai checando as perguntas e as respostas, à medida que as escuta. Chega a ser engraçado. Você gosta de samba? Ah, você quer ter filhos? Você vai pra baladas no sábado à noite? Que tipo de filmes você vê? São tantas exigências que ele faz, que eu chego a pensar que ele não está pensando no "chinelo velho pro pé descalço" e, sim, no quanto esse chinelo velho vai exigir de manutenção por parte dele. E se, em contrapartida, as mulheres fizerem o mesmo?
Então, não se trata mais de avaliar o custo de mudança, nem o custo de oportunidade, mas sim, o custo de manutenção. A vida é mesmo feita de decisões econômicas.
O fato é que as pessoas não se entregam mais. E quando vêem alguém se entregando, começam a soar seus alarmes, pra avisar a pobre coitada: Cuidado, não vá amar demais, não vá sofrer demais, não seja boba, não acredite nele, ele não presta!
E quem é que presta nesta vida? Quem é que já não fez uma bobagem, se apaixonou pelo cara errado (ou pela mulher errada)? Foi trocado, sacaneado, corneado? Quem? Atire a primeria pedra quem ainda não passou por isso... Somos todos seres humanos...
Agora, ainda sobre as mulheres solteiras...
Tenho que dizer que a minha tese é um pouco pessimista (ou machista, vocês podem dizer). Eu sempre penso que se o cara tem mais de trinta e cinco anos e está sozinho, ele deve ter problemas... ou é um cara muito cheio de manias e exigências, como o meu amigo... ou muito tímido... ou está separado, e tem uma ex-mulher muito presente, e que de quebra, ainda o quer de volta... ou não gosta do sexo oposto (mais comum do que a gente pensa)... ou ainda, tem tanto medo de se envolver num relacionamento, que prefere ser um solteirão convicto.
Pois é, imagine a cena e comprove a minha teoria.
O casal chega no restaurante bacaninha da moda (o Alessandro e Frederico, da Garcia D'Ávila, Ipanema), e senta numa mesa na varanda, à luz de velas, um de frente pro outro (pra mim, já começou mal, tem que sentar do lado, pra ficar roçando a perna, depois o braço, depois passar a mão no cabelo, no rosto, enfim, tocar). Os dois com mais de trinta e cinco, talvez mais de quarenta, aparentemente bem resolvidos. Ela, bem vestida, de preto e sapatos altos, mas sem maquiagem (como assim, num sábado à noite?). Ele, um trapo de camiseta, com umas mangas indecentes... Começam um papo empolgado, que de repente descamba pra religião, pra Buda, pra espiritismo, pra fé em Deus... parece um tipo de pregação. A conversa não engrena... ela até que insiste, tenta mudar de assunto (olha só, estamos só nós dois aqui, pega na minha mão), mas o cara só quer saber do sentido da vida.
É lóóógggggiiiiiiccccccooooo que não dá em nada! E podia dar?
Eles vão embora lado a lado, caminhando (nenhum dos dois parece ter carro...), mas a brisa está fresca, vão em direção à praia (quem sabe uma esticada e uma mão no ombro), mas aquele papo foi o maior corta tesão, vamos combinar!...
E, então, a mulherada que está a fim de homens que vão direto ao ponto, e que sabem o que querem, não aguentam o tranco e caem fora... Quem é que aguenta uma abordagem dessas?
Não é que a gente desista fácil, mas o fato é que a fila anda, e anda cada vez mais rápido nestes últimos tempos. Eu sei, eu sei, que é preciso investimento numa relação pra que ela dê certo, mas as pessoas bem que podiam dar uma forcinha, não?
Eu ando descrente dos relacionamentos. Acho que está tudo muito difícil e que pessoas que encontram o amor são as maiores sortudas. Mesmo que esse amor seja torto, ou difícil... o importante, como eu costumo dizer, é ter história.
sábado, agosto 29, 2009
O que é a Claro?
Na pré-venda, a mocinha que atendia disse que eu não podia trocar o celular pois ainda tinha que ficar com o meu até novembro. Vá a uma autorizada para consertá-lo, ela disse. Que operadora é essa que não vive também da venda de aparelhos? Que marketing tosco é esse? Eu disse que queria outro modelo, mais caro até. Mas ela foi categórica: não compre!
Choquei!
Vou comprar um celular baratinho na Internet e trocar o chip. Pronto.
sexta-feira, agosto 28, 2009
O que ainda me emociona
Mas, de vez em quando (quando estou acordada) acompanho os epidódios de quinta, e às vezes, os de domingo. Nunca sei quem foi eliminado, nem quem sacaneou quem. Mas, ontem, numa prova onde era cada-um-por-si, dois concorrentes, a Luciana e o Osmar ficaram agachados por algumas horas, até que o rapaz desistiu... e se jogou no chão com dor. E, acredito eu, dormência nas permas.
A prova toda foi muito bacana, porque algumas pessoas resistiram muito. Era uma prova apenas para conquistar a imunidade e o direito a fazer um passeio, mas o fato é que tratava-se de superação e um meio de dizer aos meninos que as meninas também estão no páreo, e que não servem apenas de contra-peso.
Quando Luciana sagrou-se campeã, ela foi se arrastando vagarosamente em direção ao Osmar, deitado no chão e o abraçou, e chorou junto com ele, de dor e de emoção. Os outros competidores também choraram... e eu chorei também.
Se as pessoas sentem o que eu senti, viram ali um momento em que se criou uma cumplicidade muito grande entre dois oponentes. Agora eles se respeitam muito e ela mostrou isso ao abraçá-lo. Foi um ato quase imediato, no qual ela não pensou muito para fazer. É assim que se conclui que respeito é uma coisa que não se impõe, se conquista. E é incrível ver esse tipo de coisa acontecer, brotar do nada.
Veja o vídeo e tire as suas conclusões.